Blavatsky Elena Petrovna é uma famosa viajante, filósofa, admiradora das ciências ocultas, uma personalidade odiosa e extraordinária. Talvez não haja nenhum país no mapa onde essa mulher não tenha visitado.

Os contemporâneos a chamavam de mestre ou charlatão, e os livros escritos por Elena Petrovna causaram uma reação ambígua do público. O desejo de Blavatsky pelo conhecimento da verdade universal, unindo as pessoas pelo bem da paz, do perdão era louvável, e o conhecimento dos mais misteriosos mentores dos templos do Tibete e da Índia encantava qualquer um.

Biografia

Helena Blavatsky era uma representante da antiga família Gan. Entre seus ancestrais estavam nobres, príncipes que ocupavam cargos importantes no governo. Elena nasceu em 12 de agosto de 1831 na família de um oficial e um famoso romancista na cidade de Yekaterinoslav.

A família Gan foi forçada a se mudar com frequência, mas isso não incomodou a pequena Lenochka, mas, pelo contrário, despertou nela o desejo de viajar. A mãe de Helena Blavatsky morreu cedo, pouco antes de completar 28 anos, e a menina foi entregue aos avós para criar.

Helena Blavatsky recebeu uma excelente educação em casa, e a biblioteca, onde muitos livros raros e únicos foram coletados, tornou-se seu lugar favorito. Amigos que conheciam Helena Blavatsky falaram bem de perto sobre a natureza independente da garota, seu desejo de independência, independência. Um papel especial no destino do futuro esotérico foi desempenhado por uma reunião com um maçom, um mago Golitsyn, representante de uma antiga família russa. Foi ele quem descobriu para Blavatsky os misteriosos ensinamentos dos antigos sábios indianos - os Mahatmas.

O ano de 1844 é notável pela viagem de Blavatsky a Paris, onde Elena Petrovna começou a estudar música, mas logo desistiu dessa ocupação, finalmente levada pelas ciências ocultas e tratados filosóficos do Oriente.

Os parentes não gostaram muito do hobby extravagante da garota, então cinco anos depois organizaram, sem o consentimento dela, um noivado com Blavatsky, que tinha uma fortuna muito sólida e também ocupava uma boa posição. A biografia de Blavatsky é dividida em dois períodos: antes do casamento e depois. O marido idoso não inspirou a jovem beleza. Tendo suportado com dificuldade vários meses de vida de casada, Elena Petrovna retorna à sua família.

A família não gostou do desejo de liberdade da menina, interpretando mal sua saída de Blavatsky. A partir deste momento começa a nova vida de Elena, cheia de aventuras, perigos, descobertas misteriosas. Primeiro, Blavatsky vai para Constantinopla, onde por algum tempo atua como amazona de circo, mas, ao cair, quebra o braço. Depois vai para Londres e lá desempenha vários papéis em performances sobre temas esotéricos, entre eles a produção de Ísis.

O contato com o misticismo egípcio a inspira a viajar para o Cairo, onde Elena Petrovna estudou por muito tempo o cuneiforme, e depois escreveu o livro “Ísis Revelada”. Do Egito, Blavatsky parte em uma longa jornada pela Grécia, Índia, Ásia e, estudando a cultura e as crenças dos povos antigos, busca a verdade por si mesma.

Ela visita o Tibete várias vezes, passando um total de sete anos lá, os monges permitem que ela visite o santo dos santos de um mosteiro fechado, perdido no alto das montanhas. Blavatsky morre em Londres após uma longa doença, pouco antes dos 60 anos.

Criatividade e pregação

B Lavatsky era uma pessoa talentosa e gentil, ela entendia tudo rapidamente e tinha discernimento. Contemporâneos notaram seu dom de profecia, muitas previsões se tornaram realidade da maneira mais incompreensível. Enquanto morava em Paris, Blavatsky conheceu espiritualistas, entre os quais o Coronel Olcott, seu futuro colega na Sociedade Teosófica. Havia vários objetivos para a criação da sociedade:

• Organize uma comunidade de pessoas sem divisão de acordo com status social ou princípio religioso e una-as para o objetivo comum de compreender a verdade.
• Promover o estudo de antigos manuscritos orientais, escritos e outras fontes contendo informações sobre práticas espirituais.
• Explore as possibilidades ocultas do corpo humano e use o conhecimento adquirido em benefício da humanidade.

Em 1888, Blavatsky publicou a obra de sua vida, A Doutrina Secreta, na qual tentou unir todas as religiões, seus símbolos, ciência, filosofia e ocultismo. Uma boa preparação literária permitiu que Blavatsky apresentasse sua teoria de forma bastante inteligível, mas as resenhas de seus contemporâneos não eram muito lisonjeiras.

Mais tarde, Blavatsky funda um jornal no qual ela tenta se opor a seus oponentes, especialmente representantes da igreja. Um escândalo que quase explodiu foi milagrosamente silenciado colocando uma carta com explicações nas páginas da revista.

No entanto, as ideias de Blavatsky sobre igualdade, perdão e humanismo encontraram seus adeptos, seus melhores livros foram traduzidos para vários idiomas e ainda são vendidos com sucesso em muitos países. É digno de nota que Helena Roerich, apaixonadamente arrebatada pelos ensinamentos dos mahatmas, traduziu para o russo a Doutrina Secreta de Blavatsky. Roerich compartilhou os pontos de vista de Blavatsky tão plenamente que ela espalhou ativamente suas ideias e até escreveu um livro sobre iluminação e visão secreta.

Não se pode ignorar o dom especial de Helena Blavatsky - um desejo pelo oculto e a capacidade de prever. As terríveis visões juvenis de futuros campos de concentração, descritas nas memórias de Blavatsky, eram um prenúncio de uma guerra terrível, mas ela ainda não entendia isso. Suas previsões sobre a Rússia eram ambíguas: guerras, revoluções, convulsões econômicas aguardavam o país, e então ele se tornaria o centro espiritual do mundo, sua consciência e coração.

Depois de retornar à Rússia, ela se instalou na casa de seu parente e observa em suas memórias que todos os quartos foram imediatamente preenchidos com sons incomuns, farfalhar, sussurros e coisas estranhamente desapareceram e foram encontradas.

Então Blavatsky passa algum tempo na propriedade de seu marido, mas rapidamente se cansa da vida cotidiana comedida. Ela decide se tornar uma agente secreta protegendo os interesses do estado russo na Índia e no Egito, onde a influência de antigos inimigos, os britânicos, era incrivelmente forte. Ela envia uma carta com a proposta correspondente à gendarmaria secreta, mas nem sequer é honrada com uma recusa. Autor: Natalya Yakovleva

Helena Blavatsky é reconhecida como a maior ocultista do Ocidente, e sua "Doutrina Secreta" ainda é discutida nos mais altos círculos! O que era essa mulher?

1. Infância de Helena Blavatsky
2. Que superpoderes Blavatsky possuía?
3. As andanças de Helena Blavatsky
4. Mais destino e desenvolvimento de superpotências
5. A Doutrina Secreta de Helena Blavatsky

Infância de Helena Blavatsky

Elena von Hahn nasceu em uma família de aristocratas no sul do Império Russo em Yekaterinoslavl (agora Dnipro, Ucrânia) em 12 de agosto de 1831.

Seus pais eram Peter von Hahn e a talentosa escritora russa Elena Fadeeva, cujo pedigree começou com os próprios Ruriks. A mãe morreu quando a menina tinha cerca de onze anos, e ela teve que se mudar para morar com o avô, que na época foi nomeado governador da província de Saratov.

Desde a primeira infância, Helena Blavatsky se destacou entre outras crianças!

Suas habilidades e talentos psíquicos surpreenderam e encantaram repetidamente a família. Ela também tinha habilidades excepcionais para línguas estrangeiras, era uma talentosa pianista e artista, uma amazona magnífica e destemida.

Quais superpoderes Blavatsky possuía?

Desde tenra idade, Helena Blavatsky disse à sua família que constantemente vê várias criaturas, fantasmas e ouve sons misteriosos e bonitos. Especialmente muitas vezes ela mencionou um hindu importante e nobre, que ela viu, tanto em sonho quanto na realidade. Ela assegurou que este é o Guardião, que a salvará de muitos problemas e infortúnios.

Alguns anos depois, descobriu-se que esse hindu não era outro senão Mahatma Morya¹, seu Mestre espiritual.

Seu conhecimento ocorreu em 1852 em Londres. Mahatma Morya disse a Elena que precisava da ajuda dela, que ela deveria vir ao Tibete e passar três anos lá.

As habilidades psíquicas de Blavatsky ainda estão sendo questionadas, embora testemunhas oculares tenham dito que ela repetidamente:

• eventos futuros previstos
• podia ler cartas fechadas,
• mover objetos sem contato, etc.

Blavatsky foi um dos primeiros a prever:

• o surgimento de armas nucleares
• o começo da guerra
• previu inúmeras descobertas e invenções no campo da física,
• falou sobre a conquista do espaço no século XX.

Ela também disse que o Sol tem pulso, como o coração humano, mas com intervalo de onze anos. Essa suposição foi posteriormente comprovada cientificamente por Alexander Chizhevsky².

Uma de suas previsões diz que chegará o momento em que o povo russo se interessará pelo budismo, reencarnação³, carma e vegetarianismo.

As andanças de Helena Blavatsky

Em um esforço para sair dos cuidados do pai, Blavatsky decidiu se casar aos dezoito anos com o vice-governador da província de Erivan, N. Blavatsky, de quarenta anos, mas fugiu do marido três meses depois. Assim começou sua jornada sem fim.

Ao longo de sua vida, Helena Blavatsky visitou quase todos os países desenvolvidos do mundo, ela conseguiu viajar duas vezes ao redor do mundo e se tornou uma das primeiras mulheres russas que conseguiram obter a cidadania nos Estados Unidos.

Mais destino e desenvolvimento de superpotências

A primeira viagem ao Tibete em 1852 não teve sucesso, ela teve que retornar à Inglaterra e, um ano depois, partir novamente para os Estados Unidos. No outono de 1855, Blavatsky conseguiu chegar à Caxemira⁴ e Ladakh⁵, e de lá ao Tibete.

Ela viveu em um país montanhoso por três anos, recebendo conhecimento oculto de seu Mestre Mahatma Morya, envolvendo-se em práticas místicas e desenvolvendo superpoderes.

Em 1858, ela deixou o Tibete para a França, depois para a Alemanha e depois para a Rússia, onde morou por algum tempo com sua irmã em Pskov. Em 1860-1865. Blavatsky viveu no Cáucaso para melhorar sua saúde, um tanto prejudicada pela incapacidade de controlar seus superpoderes.

Em 1865, ela novamente deixa a Rússia e viaja pelos países do Mediterrâneo e da África.

Visitando o Tibete em 1868, Blavatsky conheceu e estudou com o Mestre Kut Hoomi⁶. Cinco anos depois, seguindo as instruções de seus professores, ela vai para os Estados Unidos.

Na América, o destino deu a Elena um conhecimento de Henry Olcott⁷, um jornalista aposentado, advogado e militar. Eles viveram juntos até o fim de suas vidas. Em 1975, eles co-fundaram a Sociedade Teosófica⁸, cujo objetivo principal era unir religião, filosofia e ciência, bem como o estudo das superpotências e capacidades humanas.

A Doutrina Secreta de Helena Blavatsky

A última vez que Blavatsky visitou a Índia foi em 1984. Ela passou os últimos anos de sua vida em Londres, onde criou sua principal obra, A Doutrina Secreta. A obra de três volumes foi publicada em 1988 e atraiu instantaneamente a atenção de toda a comunidade mundial.

Apesar dos ataques e das fortes críticas, A Doutrina Secreta foi lida e relido pelas mentes proeminentes da época. Mahatma Gandhi⁹ certa vez admitiu que era uma grande honra para ele tocar as roupas de Helena Blavatsky.

Na década de 1920, A Doutrina Secreta caiu nas mãos de Adolf Hitler...

Foi pelos escritos de Blavatsky que Hitler¹⁰ aprendeu que o povo alemão é o herdeiro direto e descendente dos arianos, que têm o direito de estabelecer novas ordens e leis.

Se Blavatsky pudesse adivinhar que consequências suas declarações teriam...

Helena Petrovna Blavatsky morreu em maio de 1891, quando uma grave epidemia de gripe ocorreu na Inglaterra. O corpo foi cremado em Woking (Surrey), e as cinzas foram divididas em três partes, uma das quais é armazenada em Madras, a segunda foi levada para Nova York e a terceira foi deixada em Londres.

1991 foi declarado o ano de Helena Blavatsky pela UNESCO.

Ela era realmente uma mulher lendária. Por seus trabalhos e ensinamentos, por sua fidelidade à sua missão e por seus superpoderes, Helena Petrvna Blavatsky foi reconhecida como a maior ocultista da história da civilização ocidental.

Notas e artigos de destaque para uma compreensão mais profunda do material

¹ Mahatma Moriah - um dos "Mestres da Sabedoria", nos Ensinamentos dos Mestres Ascensos (sob o nome de El Morya) - um dos "Mestres Ascensos" (Wikipedia).

² Alexander Leonidovich Chizhevsky (26 de janeiro (7 de fevereiro), 1897 - 20 de dezembro de 1964) - cientista soviético, biofísico (fundador da heliobiologia), filósofo, poeta, artista (Wikipedia).

³ Transmigração de almas, reencarnação, reencarnação - um grupo de idéias filosóficas religiosas, segundo as quais a essência imortal de um ser vivo (em algumas variações - apenas pessoas) reencarna repetidamente de um corpo para outro (Wikipedia).

⁴ A Caxemira é uma região disputada no noroeste da península do Hindustão, historicamente um antigo principado no Himalaia (Wikipedia).

⁵ Ladakh, ou Ladakh, é uma região histórica e geográfica que atualmente faz parte do estado indiano de Jammu e Caxemira (Wikipedia).

⁶ Kut Hoomi, às vezes Kuthumi, menos frequentemente Kut Hoomi Lal Singh, mais frequentemente Professor K. H. ou simplesmente K. H. - em teosofia um dos Professores da Sabedoria Atemporal (Wikipedia).

⁷ Henry Steel Olcott (2 de agosto de 1832 - 17 de fevereiro de 1907) - um dos fundadores e primeiro presidente da Sociedade Teosófica, participante da Guerra Civil Americana, coronel, advogado, jornalista e escritor (Wikipedia).

⁸ A Sociedade Teosófica de Adyar é a unidade base da comunidade internacional de teosofistas (Wikipedia).

⁹ Mohandas Karamchand "Mahatma" Gandhi é uma figura política e pública indiana, um dos líderes e ideólogos do movimento de independência indiana da Grã-Bretanha (Wikipedia).

¹⁰ Adolf Hitler - o fundador e figura central do nacional-socialismo, o fundador da ditadura totalitária do Terceiro Reich, o líder ( Führer) Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (1921-1945), Chanceler do Reich (1933-1945) e Fuhrer (1934-1945) da Alemanha, Comandante Supremo das Forças Armadas Alemãs (desde 19 de dezembro de 1941) na Segunda Guerra Mundial (

Helena Blavatsky pode ser considerada uma das mulheres mais influentes da história mundial. Ela foi chamada de "Esfinge Russa"; ela abriu o Tibete para o mundo e "seduziu" a intelligentsia ocidental com ciências ocultas e filosofia oriental.

Nobre de Rurikovich

O nome de solteira de Blavatsky é von Hahn. Seu pai pertencia à família dos príncipes hereditários de Macklenburg Gahn von Rotenstern-Gan. Através de sua avó, a genealogia de Blavatsky remonta à família principesca de Rurikovich.

A mãe de Blavatsky, romancista Elena Andreevna Gan, Vissarion Belinsky chamado de "Russian George Sand"

O futuro "Isis moderno" nasceu na noite de 30 para 31 de julho de 1831 (de acordo com o estilo antigo) em Yekaterinoslav (Dnepropetrovsk). Em suas memórias de infância, ela escreveu com moderação: “Minha infância? Contém mimos e lepra por um lado, castigos e amargura por outro. Doenças sem fim até a idade de sete ou oito anos ... Duas governantas - uma francesa Madame Peigne e Miss Augusta Sophia Jeffreys, uma solteirona de Yorkshire. Várias babás... Os soldados do meu pai cuidaram de mim. Minha mãe morreu quando eu era criança."

Blavatsky recebeu uma excelente educação em casa, aprendeu vários idiomas quando criança, estudou música em Londres e Paris, era um bom cavaleiro e desenhava bem.

Todas essas habilidades vieram a calhar durante suas andanças: ela dava concertos de piano, trabalhava no circo, fazia tintas e flores artificiais.

Blavatsky e fantasmas

Blavatsky, mesmo quando criança, era diferente de seus pares. Ela costumava dizer à família que vê várias criaturas estranhas, ouve os sons de sinos misteriosos. Ela ficou especialmente impressionada com o majestoso hindu, que não foi notado pelos outros. Ele, segundo ela, apareceu para ela em sonhos. Ela o chamou de Guardião e disse que ele a salva de todos os problemas.

Como Elena Petrovna escreveria mais tarde, foi Mahatma Moriah, um de seus professores espirituais. Ela o conheceu "ao vivo" em 1852 no Hyde Park de Londres. A Condessa Constance Wachtmeister, viúva do embaixador sueco em Londres, segundo Blavatsky, deu detalhes da conversa em que o Mestre disse que "exigiu a participação dela no trabalho que ia empreender", e também que "ela teria passar três anos no Tibete para se preparar para esta importante tarefa."

Viajante

O hábito de se mover de Helena Blavatsky foi formado durante sua infância. Devido à posição oficial do pai, a família muitas vezes teve que mudar de local de residência. Após a morte de sua mãe em 1842 por tuberculose, a educação de Elena e suas irmãs foi assumida por seus avós.

Aos 18 anos, Elena Petrovna estava noiva do vice-governador de 40 anos da província de Erivan, Nikifor Vasilyevich Blavatsky, mas 3 meses após o casamento, Blavatsky fugiu do marido.

Seu avô a enviou para seu pai com duas escoltas, mas Elena conseguiu escapar deles também. De Odessa, no veleiro inglês Commodore, Blavatsky navegou para Kerch e depois para Constantinopla.

Sobre seu casamento, Blavatsky escreveu mais tarde: "Fiquei noivo para me vingar de minha governanta, não pensando que não poderia cancelar o noivado, mas o karma seguiu meu erro".

Depois de fugir do marido, começou a história das andanças de Helena Blavatsky. Sua cronologia é difícil de restaurar, pois ela mesma não mantinha diários e nenhum de seus parentes estava perto dela.

Apenas nos anos de sua vida, Blavatsky viajou duas vezes ao redor do mundo, esteve no Egito, na Europa, no Tibete, na Índia e na América do Sul. Em 1873, ela foi a primeira mulher russa a receber a cidadania americana.

Sociedade Teosófica

Em 17 de novembro de 1875, a Sociedade Teosófica foi fundada em Nova York por Helena Petrovna Blavatsky e o Coronel Henry Olcott. Blavatsky já havia retornado do Tibete, onde afirmava ter sido abençoada pelos mahatmas e lamas para transmitir conhecimento espiritual ao mundo.

As tarefas de sua criação foram assim enunciadas: 1. Criação do núcleo da Fraternidade Ecumênica da Humanidade sem distinção de raça, religião, sexo, casta ou cor da pele. 2. Promover o estudo da religião, filosofia e ciência comparadas. 3. O estudo das leis inexplicáveis ​​da Natureza e das forças ocultas no homem.

Blavatsky escreveu em seu diário naquele dia: “Nasceu uma criança. Hosana!".

Elena Petrovna escreveu que “os membros da Sociedade mantêm total liberdade de crenças religiosas e, entrando na sociedade, prometem a mesma tolerância em relação a qualquer outra convicção e crença. Sua conexão não está em crenças comuns, mas em um esforço comum pela Verdade.

Em setembro de 1877, na editora de Nova York J.W. Bouton "a, a primeira obra monumental de Helena Blavatsky, Ísis sem Véu, foi publicada, e a primeira edição de mil exemplares se esgotou em dois dias.

As opiniões sobre o livro de Blavatsky eram polares. O trabalho de Blavatsky foi chamado de "um grande prato de sobras" no The Republican, "lixo descartado" no The Sun, e o revisor do New York Tribune escreveu: consciência do autor.

No entanto, a Sociedade Teosófica continuou a se expandir, em 1882 sua sede foi transferida para a Índia.

Em 1879, a primeira edição de The Theosophist foi publicada na Índia. Em 1887, a revista Lúcifer começou a ser publicada em Londres, 10 anos depois passou a se chamar The Theosophical Review.

Na época da morte de Blavatsky, a Sociedade Teosófica tinha mais de 60.000 membros. Esta organização teve uma grande influência no pensamento social, era composta por personalidades de seu tempo, desde o inventor Thomas Edison até o poeta William Yeats.

Apesar da ambiguidade das idéias de Blavatsky, em 1975 o governo da Índia emitiu um selo comemorativo dedicado ao 100º aniversário da fundação da Sociedade Teosófica. O selo retrata o selo da Sociedade e seu lema: "Não há religião superior à verdade".

Blavatsky e a teoria racial

Uma das ideias controversas e controversas na obra de Blavatsky é o conceito do ciclo evolutivo das raças, parte do qual é apresentado no segundo volume de A Doutrina Secreta.

Alguns pesquisadores acreditam que a teoria das raças "de Blavatsky" foi tomada como base pelos ideólogos do Terceiro Reich.

Os historiadores americanos Jackson Speilvogel e David Redles escreveram sobre isso em seu trabalho Hitler's Racial Ideology: Content and Occult Roots.

No segundo volume de A Doutrina Secreta, Blavatsky escreveu: “A humanidade está claramente dividida em pessoas inspiradas por Deus e seres inferiores. A diferença de inteligência entre os arianos e outros povos civilizados, e selvagens como os ilhéus do Mar do Sul, não pode ser explicada de outra forma.<…>A "Centelha Sagrada" está ausente neles, e só eles são agora as únicas raças inferiores neste Planeta, e felizmente - graças ao sábio equilíbrio da Natureza, que está constantemente trabalhando nessa direção - eles estão morrendo rapidamente.

Os próprios teosofistas, no entanto, argumentam que Blavatsky em suas obras não tinha em mente os tipos antropológicos, mas os estágios de desenvolvimento pelos quais passam todas as almas humanas.

Blavatsky, charlatanismo e plágio

Para chamar a atenção para seu trabalho, Helena Blavatsky demonstrou seus superpoderes: cartas de amigos e da professora Kuta Hoomi caíram do teto de sua sala; os objetos que ela segurava na mão desapareceram e acabaram em lugares onde ela não tinha estado.

Uma comissão foi enviada para verificar suas habilidades. Um relatório publicado em 1885 pela London Society for Psychical Research disse que Blavatsky era "o mentiroso mais erudito, espirituoso e interessante que a história conhece". Após a exposição, a popularidade de Blavatsky começou a diminuir, e muitas das Sociedades Teosóficas se desfizeram.

O primo de Helena Blavatsky, Sergei Witte, escreveu sobre ela em suas memórias:

“Contando coisas sem precedentes e inverdades, ela, aparentemente, tinha certeza de que o que estava dizendo realmente era, que era verdade - portanto, não posso deixar de dizer que havia algo demoníaco nela, o que havia nela, simplesmente dizendo algo diabólico, embora, em essência, ela fosse uma pessoa muito gentil e gentil.

Em 1892-1893, o romancista Vsevolod Solovyov publicou uma série de ensaios sobre encontros com Blavatsky sob o título geral "Modern Priestess of Isis" na revista Russkiy Vestnik. “Para controlar as pessoas, é preciso enganá-las”, aconselhou-o Elena Petrovna. “Há muito tempo entendo esses queridinhos das pessoas, e sua estupidez às vezes me dá grande prazer ...
Solovyov chamou essa mulher de "apanhadora de almas" e a expôs impiedosamente em seu livro. Como resultado de seus esforços, a filial de Paris da Sociedade Teosófica deixou de existir.

Helena Petrovna Blavatsky morreu em 8 de maio de 1891. Sua saúde foi afetada negativamente pelo tabagismo constante - ela fumava até 200 cigarros por dia. Após sua morte, ela foi queimada e as cinzas foram divididas em três partes: uma parte permaneceu em Londres, a outra em Nova York e a terceira em Adyar. O dia de comemoração de Blavatsky é chamado de Dia do Lótus Branco.

Blavatsky, Elena Petrovna

(nascida Gan) - escritora e teosofista; gênero. em 1831 em Yekaterinoslav, mente. 8 de maio de 1891 em Londres Tendo perdido cedo sua mãe, uma escritora conhecida em seu tempo, ela foi criada sob a orientação de sua avó, Elena Pavlovna Fadeeva, uma mulher muito esclarecida, mas, não se distinguindo pela perseverança, limitou-se apenas à educação mais superficial . Aos 17 anos, casou-se com o vice-governador de Erivan, Nikifor Vasilyevich Blavatsky, deixou o marido alguns meses depois e partiu para Constantinopla, e de lá para o Extremo Oriente, onde permaneceu por dez anos. Esse período é o mais sombrio da biografia de Blavatsky, pois ela não enviou nenhuma notícia sobre si mesma para sua terra natal e, posteriormente, relatou fatos conflitantes sobre suas andanças. Muito provavelmente, ela viajou para o Egito, Sev. América, Ceilão e Índia. Viajando por países que há muito são considerados o berço das ciências secretas, Blavatsky sucumbiu à paixão pelo sobrenatural, conheceu vários sábios orientais e seus ensinamentos e retornou à sua terra natal em 1860 como uma ardente adepta e pregadora do "ocultismo". ", que ela supostamente estudou durante sua estadia de dois anos no Tibete. Ela criou uma atmosfera misteriosa em torno de si mesma, disse que recebeu o dom da clarividência e dos milagres. Depois de passar dois anos no Cáucaso, Blavatsky viajou novamente pela Itália, Grécia e Egito para o Extremo Oriente, supostamente viveu por muito tempo no Tibete, e em 1873 se estabeleceu em Nova York e obteve a cidadania americana. Ela se tornou ativa nos jornais de Nova York Tribune, Sun, Daily Times, argumentando contra os jesuítas e o papado e colocando ensaios sobre o Cáucaso, e também enviou correspondência ao Boletim de Tiflis. Ao mesmo tempo, Blavatsky começou a pregar uma doutrina mística "teosófica", que deveria esmagar as doutrinas materialistas e foi reforçada por abundantes "fenômenos" milagrosos. Ela fingiu ser uma estudante e mensageira dos grandes sábios budistas que viviam nas montanhas do Tibete e possuíam poderes sobrenaturais. Em dois anos, conseguiu reunir à sua volta um número muito significativo de adeptos e, em 17 de novembro de 1875, fundou a Sociedade Teosófica. Em 1876, Blavatsky publicou em Nova York o livro "Isis Unveiled", que detalhava seu fantástico ensino. Em 1875 ela foi com seu zeloso seguidor, o Coronel Olcott, para a Índia, estabeleceu a sede da Theosophist em Bombaim e começou a publicar The Theosophist, um jornal que estava quase completamente cheio de seus artigos. Mantendo vivas relações com os cientistas hindus e apresentando-se como pregadora de sua sabedoria, Blavatsky logo conquistou ampla simpatia entre os nativos, que viam nela uma lutadora por sua originalidade, oprimida pelos britânicos. Por outro lado, as autoridades britânicas olharam para os teosofistas com muita desconfiança e até acusaram Blavatsky de espionagem. Mais tarde, Blavatsky mudou sua residência para o subúrbio de Madras, Adyar, e aqui ela começou a realizar tais milagres que os céticos mais teimosos começaram a acreditar em sua missão, e os cientistas estavam profundamente interessados ​​na profetisa do teosofismo, como uma pessoa dotada de poderes ainda não conhecidos da ciência. Em 1883, Blavatsky, para melhorar sua saúde, mudou-se para a Europa e morou primeiro em Nice e depois em Paris, onde também fundou uma filial da Sociedade Teosófica. Mais ou menos na mesma época, a doutrina teosófica recebeu duros golpes de dois lados, que destruíram seu encanto aos olhos de toda a sã sociedade: quase simultaneamente, artigos sobre teosofismo apareceram na Madras Christian College Magazine e nos relatórios da Sociedade Inglesa de Pesquisas Psíquicas. O jornal missionário publicou as cartas incriminatórias de Blavatsky, relatadas por sua ex-assistente em Adiar, Madame Coulomb, e provando que todos os milagres de Adiar eram apenas truques grosseiros e arranjados para atrair pessoas ricas para a sociedade. Independentemente de Madame Coulomb, um membro da Sociedade Psicológica Inglesa Godgson, que foi enviado a Adiar para conhecimento científico dos "fenômenos" de Blavatsky, chegou às mesmas conclusões. Depois disso, o mundo científico deixou completamente de se interessar pelos teosofistas, e muitos seguidores zelosos desse ensinamento viraram as costas para ele. Mas a atração pelo reino do misterioso e o charme pessoal de Blavatsky eram tão fortes na Europa Ocidental e na América que o número total de crentes, no entanto, aumentava constantemente; Os materiais da Sra. Coulomb foram declarados falsificados, e o artigo de Godgson foi uma manifestação da cegueira espiritual dos cientistas. Em 1886, Blavatsky se estabeleceu em Londres e começou a publicar o jornal "Lúcifer", e em 3 de julho de 1890, inaugurou solenemente a sede da Sociedade Teosófica na capital inglesa. No mesmo ano Blavatsky publicou em Londres duas novas obras sobre questões teosóficas, A Doutrina Secreta e A Chave da Teosofia. O movimento que ela causou não parou mesmo após sua morte. Além disso, a "Lotus bleu" fundada por ela em Paris afirmava que a grande professora continua colaborando nesta revista, enviando artigos do outro mundo. - Se os escritos teosóficos de Blavatsky representam um conjunto de ficções vagas e arbitrárias, então seus ensaios sobre a vida indígena, publicados nos anos 80. em "Moskovskie Vedomosti" e "Russian Bulletin" sob o pseudônimo Radda-Bai, eles revelam um talento literário indubitável e vívido, observação e talento artístico. Em 1883, esses ensaios foram reunidos no livro: "From the caves and wilds of Hindustan"; sua continuação foi publicada no "Boletim Russo" de 1884-86. Além disso, ela colocou vários artigos no "Rebus" 1883-85. e o artigo "Sombras Chinesas" em "Novo Tempo" 1888, nº 1493.

Literatura sobre Blavatsky no Zap. Europa, Sev. A América e a Índia são extraordinariamente extensas, mas é melhor se familiarizar com seus ensinamentos por meio de seus escritos. Para informações biográficas, artigos no "Rewiew of Rewiews" 1891 (Steady), "Revue Encyclopédique", 1892, No. 30, V. P. Zhelikhovskaya em "Russian Review", 1891, Nos. 11 e 12 são importantes , Vsevolod Solovyov no "Mensageiro Russo", 1892, Nos. 1-6 ("A Sacerdotisa Moderna de Ísis") e um artigo detalhado no "Dicionário" de Vengerov.

(Polovtsov)

Blavatsky, Elena Petrovna

(née Gan) - escritor e espiritualista; gênero. em 1831 em Yekaterinoslavl. Após um casamento malsucedido com o Barão B., de 60 anos, B., de 17 anos, deixando o marido, empreendeu uma série de viagens de aventura pela Europa Ocidental, Síria e Egito, América do Norte, Índia e Ásia Central. Ela descreveu suas impressões e observações de viagem em muitos artigos de jornais, distinguidos por uma extraordinária riqueza de fantasia e aventuras extraordinárias (em Russkiy Vestnik sob o pseudônimo "Radda-Bai"). Possuindo um caráter excêntrico, B. se deixou levar pelos ensinamentos místicos do Oriente e em 1875, junto com os ingleses. O Coronel Olcot fundou a "Sociedade Teosófica", que visa: 1) formar o núcleo de uma fraternidade universal sem distinção de sexo, nacionalidade e religião; 2) estudar todo o filósofo. e religiosos. ensinamentos, especialmente do Oriente e da antiguidade, para provar que a mesma verdade está escondida em todos eles; 3) estudar o inexplicável na natureza e desenvolver os poderes supra-sensíveis do homem. Desde 1887, B. publica revistas para difundir suas idéias - em Londres, Lucifer, the Lightbringer, com a ajuda de Anna Besant, e em Paris, La revue theosophique e Lotus bleu. Separadamente, ela também publicou "Ísis revelada", "A doutrina secreta, a síntese da Ciência, Religião e Filosofia" e "A chave da teosofia". Até sua morte († 26 de abril de 1891) B. permaneceu Presidente Teosofich. sociedade e entre seus poucos admiradores e admiradores gozava da autoridade do mais alto sendo escolhido para revelações extraordinárias. Nos escritos, como na vida, é difícil para B. traçar uma linha onde termina o engano consciente ou inconsciente e o auto-engano e começa uma paixão sincera pelo misticismo ou pelo simples charlatanismo.

(Brockhaus)

Blavatsky, Elena Petrovna

(1831-1891, pseudônimo Radda-By) - escritor teosófico. Por 10 anos ela vagou pela Índia, Ceilão e outros lugares, praticando ocultismo e estudando vários ensinamentos místicos do Oriente. Em 1873 B. estabeleceu-se em Nova York e começou a promover os ensinamentos teosóficos que ela havia criado. A propaganda B., apesar dos meios charlatães que usou, teve um sucesso bastante significativo e, em 1875 aC, com a ajuda de seus adeptos, fundou a Sociedade Teosófica. As ideias de B. encontraram um excelente terreno de disseminação entre alguns círculos aristocráticos e intelectuais que se afastaram das religiões oficiais, mas que não queriam romper completamente com a cosmovisão religiosa. Semelhantes about-va teosóficos foram baseados B. em muitas cidades da Índia (Bombaim, Madras, etc.). O sucesso da propaganda teosófica B. foi prejudicado pelas revelações feitas por seu cúmplice, assim como o inglês. sobre-vom investigações mentais (Sociedade de Pesquisas Psíquicas), revelou a ausência de qualquer revestimento sobrenatural "milagres" B. em seus truques de charlatão. Apesar do escândalo, B. conseguiu manter um número considerável de adeptos e fundou em Londres (1890) o principal ramo da Sociedade Teosófica - a Loja Blavatsky.

Principais obras de B.: em inglês - "Isis Unveiled" ("Isis sem véu"), Nova York, 1876; "A Doutrina Secreta" ("A Doutrina Secreta"), L., 1888; "A Chave da Teosofia" ("Chave da Teosofia"), L., 1891. Em russo, B. escreveu histórias sobre suas viagens ("Das Cavernas e Selvagens do Hindustão", Moscou, 1883, etc.).

Aceso.: Vengerov, S., Dicionário Biográfico Crítico de Escritores e Cientistas Russos, São Petersburgo, 1892; "Questões de Teosofia", São Petersburgo, 1910; Solovyov, V., sacerdotisa moderna de Ísis, no jornal "Russian Messenger", nº 1-6, 1892.

Blavatsky, Elena Petrovna

[pseudônimo Raddaban; 31/08(09/12).1831-04/26(05/08/1891] - escritor, fundador da teosofia. Gênero. em Yekaterinoslav, na família de um coronel de artilharia von Gan-Rottesh-tern, primo de S. Yu. Witte. Em 1848, ela se casa com o general N.V. Blavatsky, de 60 anos, vice-governador de Yerevan. No entanto, depois de três meses, ela deixa o marido e deixa a Rússia. Até 1870 B. viaja pela Europa, América e Ásia. Em 1851, B. encontra-se com Mahatma Morya, chefe da filosofia esotérica. escola de um dos mosteiros do Tibete, que se tornou sua professora. Uma condição necessária para o aprendizado era a subordinação do físico. natureza para os propósitos do espírito. melhoria. Em 1873 ele recebeu o Amer. cidadania. Em nome do Mestre, B. foi o primeiro mensageiro do conhecimento sagrado no Ocidente. Para este fim, em Nova York, em novembro de 1875, ela criou uma sociedade teosófica, cujo presidente era um associado de B., Amer. Coronel G.S. Olkot. A Sociedade Teosófica apresentou o seguinte programa: 1) organizar um pan-humano. fraternidade sem distinção de sexo, nacionalidade e religião; 2) estude toda a filosofia. e religioso ensinamentos, especialmente os do Oriente Antigo; 3) estudar os fenômenos misteriosos e inexplicáveis ​​da natureza e desenvolver as habilidades supra-sensíveis do homem. Para propagar seus ensinamentos, Olcott e B. viajam para a Índia e lá emitem gás. "Teosofista". Em 1880, no Ceilão, após um longo período de provações e treinamento, B. recebeu iniciação no budismo esotérico. Após retornar à Europa em 1883, B. morou em Paris até 1886 e depois em Londres, onde organizou a Ch. departamento da Sociedade Teosófica. Ela morreu em Londres em 1891. O ensino teosófico de B. é uma espécie de tentativa de síntese científica., Filosófica. e religioso idéias baseadas no leste. tradição filosófico-mística. No centro da Teosofia está a ideia da existência do conhecimento esotérico, que é a essência mais íntima de todos os cultos pagãos, religiões mundiais e filosofias mais profundas. sistemas. Conhecimento esotérico, portador do universal-cósmico. caráter, revela de forma abrangente o espírito. a essência e o propósito do homem, explica a evolução do Cosmos como um todo, bem como a lógica e o significado da existência humana. civilização. significado esotérico evolução, segundo B., é a implementação da ideia do espírito. Unidade em todos os níveis do ser entre todas as criaturas do Universo, pois tudo o que existe na natureza é um na origem, no método de evolução e nos objetivos de seu desenvolvimento. Este conhecimento secreto esotérico é criptografado em símbolos e enredos mitológicos, mistérios antigos, textos ocultos. A chave para o conhecimento secreto é mantida apenas pelos "grandes iniciados", to-rye em diferentes fontes. vezes apareceu à humanidade para familiarizá-lo com o conhecimento universal secreto. Os iniciados foram Buda e Cristo, Platão e Pitágoras. Um espírito.-cósmico. o centro, que nutre todos os iniciados com o verdadeiro conhecimento e guarda a memória de culturas e tribos terrenas há muito desaparecidas, está escondido do olhar dos ambiciosos e profanos mundanos em algum lugar dos bairros inexpugnáveis ​​do Centro. Ásia. "Doutrina Secreta" - centro. O trabalho de B. - afirma ser uma interpretação abrangente do antigo simbolismo de mitos, religiões. ensinamentos e filosofia. sistemas com t.sp. o conhecimento secreto-esotérico armazenado nele. Definindo a relação entre teosofia e religião e explicando as tarefas da Sociedade Teosófica, B. escreveu na obra "Chave para a Teosofia": "... A Teosofia é um oceano sem limites de Verdade, Amor e Sabedoria universais, iluminando a Terra com sua esplendor, enquanto a Sociedade Teosófica é apenas uma bolha de ar visível na superfície deste oceano... A Teosofia na Terra é como um raio de luz branca, e cada religião é apenas uma das sete cores do arco-íris obtidas por meio de um prisma. o raio, assim, proclama não apenas sua primazia, mas sua pretensão de ser um raio branco, e anatematiza até mesmo suas próprias sombras como heréticas. percepção humana, cada raio colorido desaparece gradualmente até ser completamente absorvido novamente, a humanidade não sofrerá mais de desunião artificial e finalmente se verá banhado em pura incolor sol da Verdade. Isso será Teosofia... Só estudando dez. das grandes religiões e filosofias da humanidade, pela comparação imparcial delas com uma mente sem preconceitos, o homem pode esperar alcançar a Verdade."

Op.: Ísis revelada. V.1-2. NOVA IORQUE., 1887 ;Das cavernas e selvas do Hindustão. SPb., 1912 (Russo V. 1883. Nº 1-4; 1885. № 11 ; 1886. № 2 , 3 , 8 ;estranho ed. - M, 1883 ;SPb., 1912 );Tribos Misteriosas. Três meses para"montanhas Azuis"Madras. SPb., 1893 ;A voz do silêncio. Kaluga, 1908 ;Doutrina Secreta. T.1-3. EU., 1991 (1ª edição.:Blavatsky N. R. Doutrina Secreta. V.1-2. eu, 1888 );Das cavernas e selvas do Hindustão. M., 1991 ;Lei de Causa e Efeito,explicando o destino humano(Carma). EU., 1991 ;Ísis Revelada. T.1-2. M., 1992 (1ª edição.:Blavatsky H. P. Ísis revelada. NOVA IORQUE., 1877 );Chave para a Teosofia. M., 1993 ;Novo Panarion. M., 1994 ;Doutrina Secreta. Síntese da ciência,religião e filosofia. T.1. Cosmogênese. M.-Kharkov, 1999 ;Doutrina Secreta. T.2. Antropogênese. M.-Kharkov, 1999 ;Doutrina Secreta. T.3. Ensinamento esotérico. M.,

2000.

A.V. Ivanov

Grande enciclopédia biográfica. 2009 .

Veja o que é "Blavatsky, Elena Petrovna" em outros dicionários:

Blavatsky, Helena Petrovna, escritora e viajante. Nascido em 1831, em uma família muito talentosa. Sua mãe, E. A. Gan, foi um notável romancista, General R.A. Fadeev era seu tio, S.Yu. Primo de Witte: conhecido em ... ... Dicionário Biográfico

- (1831 91) escritor e teosofista russo. Vagou pela Europa, Sev. África, M. Ásia, Norte. e Yuz. América, Índia e China. Em 1859 ela retornou à Rússia e, a partir de 1860, organizou sessões espíritas. Tendo partido para os EUA em 1873, publicou na imprensa americana ... ... Grande Dicionário Enciclopédico

- (1831, Ekaterinoslavl 1891, Londres) escritor religioso, fundador da teosofia. Nascido na família de um coronel de artilharia. Em 1848 deixou a Rússia e viajou pelos países da Europa, América e Ásia... Dicionário psicológico

- (nascido em 1831, Yekaterinoslavl - m. 8 de maio de 1891, Londres) russo. filósofo religioso, criador do Ind. filosofia da "Sociedade Teosófica", fundada em 1875 (residência - a cidade de Adyar, perto de Madras, na Índia). Como favorito... ... Enciclopédia Filosófica

Blavatsky declarou-se a eleita de um certo “grande princípio espiritual”, bem como aluna (chela) da irmandade dos mahatmas tibetanos, a quem chamou de “guardiões do conhecimento secreto”, e passou a pregar a versão da teosofia do autor. Em 1875, em Nova York, juntamente com o coronel H. S. Olcott e o advogado W. C. Judge, fundou a Sociedade Teosófica, que se propôs a estudar todos os ensinamentos filosóficos e religiosos sem exceção, a fim de identificar neles a verdade, que, na opinião de Blavatsky e seus seguidores, ajudará a revelar os poderes supra-sensíveis do homem, a compreender os fenômenos misteriosos da natureza. Um dos principais objetivos da sociedade era “formar o núcleo de uma Fraternidade Universal sem distinção de raça, cor, sexo, casta ou credo”. Mais tarde, a sede da sociedade mudou-se para a Índia, para a cidade de Adyar, perto de Madras; desde 1895 a sociedade tem sido chamada de Sociedade Teosófica de Adyar.

A principal atividade de Blavatsky ocorreu nos EUA, Inglaterra, França e Índia, onde abriu filiais da Sociedade Teosófica e adquiriu dezenas de milhares de seguidores. Ela escreveu seus principais ensaios em inglês.

Alguns autores sugeriram que Blavatsky tinha habilidades de clarividência. No decorrer de seu trabalho, Blavatsky foi frequentemente acusada de fraudes e trapaças. A primeira mulher russa a receber a cidadania americana.

Infância e juventude

Elena Gan foi o primeiro filho da família de um oficial de uma bateria de artilharia montada, o coronel Peter Alekseevich Gan (1798-1875). Ela nasceu no ano seguinte após o casamento de seus pais, na noite de 31 de julho (12 de agosto de acordo com o novo estilo), 1831 em Yekaterinoslav. Uma mãe de dezessete anos, Elena Andreevna Gan (nascida Fadeeva; 1814-1842), nasceu no oitavo mês de gravidez.

Devido à posição oficial do pai, a família muitas vezes teve que mudar de local de residência. Assim, um ano após o nascimento de Elena, a família mudou-se para Romankovo ​​e em 1835 - para Odessa, onde Elena tinha uma irmã, Vera, futura escritora. Em seguida, a família visitou Tula e Kursk e, na primavera de 1836, chegou a São Petersburgo, onde viveu até maio de 1837. De São Petersburgo, Elena Petrovna com sua irmã, mãe e avô, Andrei Mikhailovich Fadeev, vão para Astrakhan, onde Andrei Mikhailovich foi o principal administrador sobre o povo Kalmyk e os colonos alemães locais. Em 1838, a mãe com filhas partiu para Poltava, onde Elena começou a ter aulas de dança, e sua mãe começou a ensiná-la a tocar piano. Na primavera de 1839, devido à deterioração da saúde de Elena Andreevna, a família mudou-se para Odessa. Lá, Elena Andreevna encontrou uma governanta, Augusta Jeffreys, para as crianças, que lhes ensinou inglês. Em novembro, depois que o avô - Andrei Mikhailovich, com a aprovação de Nicolau I, foi nomeado governador em Saratov, Elena Andreevna se mudou para ele com os filhos. Em Saratov, em junho de 1840, nasceu seu filho Leonid.

Em 1841, a família retornou à Ucrânia novamente e, em 6 de julho de 1842, a mãe de Blavatsky, então já uma escritora conhecida, a primeira romancista russa, que usava o pseudônimo Zinaida R-va (Reznikova), morreu aos vinte e dois anos. oitavo ano de sua vida por consumo transitório.

período Saratov

Após a morte de sua mãe, o avô Andrei Mikhailovich e a avó Elena Pavlovna levaram as crianças para sua casa em Saratov, onde começaram uma vida completamente diferente. A casa dos Fadeev foi visitada pela intelectualidade de Saratov, entre os quais o historiador N.I. Kostomarov e a escritora Maria Zhukova. A avó e mais três professores estavam agora envolvidos na educação e educação das crianças, então Blavatsky recebeu uma sólida educação em casa. O lugar favorito de Elena na casa era a biblioteca de sua avó, herdada por Dolgoruky de seu pai. Nesta vasta biblioteca, Blavatsky dedicou atenção especial aos livros sobre ocultismo medieval.

Em 1844 Blavatsky viajou para Londres e Paris para estudar música.

Período de Tíflis

Em 1910, no ensaio de E. F. Pisareva, dedicado a Blavatskaya, apareceram as memórias de Maria Grigoryevna Yermolova, esposa de Sergei Nikolayevich Yermolov, governador de Tiflis, que falou sobre os eventos de meio século atrás. Yermolova afirmou que “ao mesmo tempo que os Fadeevs, um parente do então governador do Cáucaso, Prince. Golitsyn, que costumava visitar os Fadeevs e estava muito interessado na jovem original ”, e isso foi graças a Golitsyn (Yermolov não nomeia Golitsyn), que, segundo rumores, era “ou um maçom, ou um mágico ou adivinho ”, Blavatsky tentou “entrar em contato com o misterioso sábio do Oriente, para onde o príncipe Golitsyn estava indo. Esta versão foi posteriormente apoiada por muitos dos biógrafos de Blavatsky. De acordo com as memórias de A. M. Fadeev e V. P. Zhelikhovskaya, no final de 1847, um velho conhecido de Andrei Mikhailovich - príncipe Vladimir Sergeevich Golitsyn (1794-1861), major-general, chefe do centro da linha caucasiana e depois conselheiro privado , chegou a Tíflis e passou vários meses lá, visitando os Fadeevs quase diariamente, muitas vezes com seus filhos Sergei (1823-1873) e Alexander (1825-1864).

Em Tiflis, no inverno de 1848/49, Blavatsky estava noiva de um homem muito mais velho que ela - o vice-governador da província de Erivan, Nikifor Vasilyevich Blavatsky. Em 7 de julho de 1849, seu casamento aconteceu. Três meses após o casamento, tendo escapado do marido, Blavatsky voltou para seus parentes e deles, indo para Odessa, do porto de Poti, no veleiro inglês Commodore, navegou para Kerch e depois para Constantinopla.

Anos errantes

Os biógrafos de Blavatsky descrevem o próximo período de sua vida com dificuldade, já que ela mesma não mantinha diários e não havia parentes que pudessem contar sobre ela. Em geral, a ideia da rota e do curso da viagem é baseada principalmente nas próprias memórias de Blavatsky, que em alguns lugares contêm contradições cronológicas. A. N. Senkevich escreve que Pyotr Alekseevich Hahn, pai de Blavatsky, “não esqueceu sua filha rebelde e amante da liberdade” e periodicamente lhe enviava dinheiro.

De acordo com as memórias do príncipe A. M. Dondukov-Korsakov, Blavatsky em 1853 disse a ele que, depois de escapar de seu marido, ela chegou a Constantinopla através de Odessa, onde trabalhou como amazona em um circo por um ano e depois que quebrou o braço , mudou-se para Londres, onde estreou em vários teatros de drama.

Ao mesmo tempo, L. S. Klein afirma que, tendo lido as obras do escritor Edward Bulwer-Lytton, e especialmente o romance Os Últimos Dias de Pompéia, publicado em 1834, que falava sobre o culto de Ísis na Roma antiga, em 1848 Blavatsky vai para o Egito, conhecido como "o país das pirâmides, cultos antigos e conhecimentos secretos, na esperança de se juntar a eles", o que mais tarde se refletiu "em seu livro Isis Unveiled" (1877, nova ed. 1902), cheio de denúncias apaixonadas dos modernos ciência e o racionalismo em geral".

De acordo com o americano Albert Rawson, no Cairo Blavatsky o conheceu, na época ainda estudante de arte. Após a morte de H. P. Blavatsky, A. Rawson, já doutor honorário em Direito pela Universidade de Oxford, descreveu seu encontro no Cairo.

Depois de deixar o Oriente Médio, Blavatsky, junto com seu pai, como ela mesma relatou, fez uma viagem à Europa. Sabe-se que nessa época ela teve aulas de piano com Ignaz Moscheles, um famoso compositor e pianista virtuoso, e mais tarde, ganhando a vida, deu vários concertos na Inglaterra e em outros países.

De acordo com Klein, Blavatsky viajou pela "Grécia, Ásia Menor, finalmente Índia (ela estava na estrada até 1851) e várias vezes tentou sem sucesso entrar no Tibete".

Em 1851, em seu aniversário (12 de agosto), em Hyde Park (Londres), como a própria Blavatsky afirmou, ela conheceu o hindu Rajput Morya, que ela já havia visto em seus sonhos e devaneios. A condessa Constance Wachtmeister, viúva do embaixador sueco em Londres, segundo Blavatsky, relata os detalhes dessa conversa, na qual Morya disse que "exigiu a participação dela no trabalho que ia empreender", e também que "ela ter que passar três anos no Tibete para se preparar para esta importante tarefa." De acordo com Kenneth Johnson, as primeiras ideias de Blavatsky sobre Morya e seus outros professores de ocultismo foram influenciadas pela Maçonaria.

Desenho de Elena de 20 anos (12 de agosto de 1851)

Depois de deixar a Inglaterra, H. P. Blavatsky foi para o Canadá, depois para o México, América Central e do Sul, e de lá foi para a Índia, onde chegou em 1852. Blavatsky lembrou que ela “ficou lá por cerca de dois anos, viajando e recebendo dinheiro todos os meses - sem saber de quem; e segui conscientemente o caminho que me foi indicado. Recebi cartas desse hindu, mas nunca o vi nestes dois anos”. Embora, N. L. Pushkareva observe que todo esse tempo de viagem, Blavatsky viveu "com o dinheiro que seus parentes lhe enviaram".

Segundo Pushkareva, Blavatsky entrou no Tibete em 1855, onde, com a ajuda de Morya, recebeu seu primeiro treinamento. De acordo com a Enciclopédia Colombiana (Inglês) Russo. Blavatsky ficou no Tibete por 7 anos, onde estudou ocultismo.

Da Índia, Blavatsky voltou novamente a Londres, onde, como relata V.P. Zhelikhovskaya, “tendo ganho fama por seu talento musical, ... ela era membro da Sociedade Filarmônica”. Aqui, em Londres, como a própria Blavatsky afirmou, ela mais uma vez se encontrou com seu Mestre. Após esta reunião, ela segue para Nova York. Lá ele retoma seu relacionamento com A. Roson. De Nova York, relata Sinnett, Blavatsky foi "primeiro para Chicago ... e depois para o Extremo Oeste e pelas Montanhas Rochosas com as caravanas de colonos, até que finalmente parou por um tempo em São Francisco", de onde em 1855 ou 1856 navegou através do Oceano Pacífico para o Extremo Oriente. Através do Japão e Singapura chegou a Calcutá.

Em 1858, Blavatsky passou vários meses na França e na Alemanha e depois foi a Pskov para visitar parentes. Na Rússia, Blavatsky organizou sessões espíritas, viciando a sociedade de Petersburgo a essa ocupação.

Em maio de 1859, a família mudou-se para a vila de Rugodevo, distrito de Novorzhevsky, onde Blavatsky viveu por quase um ano. A estadia de Blavatsky em Rugodevo terminou com sua doença grave, tendo recuperado, na primavera de 1860, ela e sua irmã foram ao Cáucaso para visitar seu avô e avó.

Em 1860-1863 ela viajou pelo Cáucaso.

De acordo com L. S. Klein, Blavatsky não viajava desde 1853 e se estabeleceu por dez anos, primeiro com seus parentes em Odessa, depois em Tiflis. Na opinião dele, ela continuou suas viagens a partir de 1863, vagando pela Índia e penetrando no Tibete.

Da Rússia em 1863, Blavatsky viajou novamente, visitando a Síria, Egito, Itália e os Balcãs. Klein também observa que “desde 1863, Blavatsky novamente vagou pela Índia, finalmente penetrando no Tibete. Essas andanças levam mais dez anos - até 1872.

Ao mesmo tempo, tendo sofrido um naufrágio, Blavatsky conseguiu chegar à cidade do Cairo, onde fundou sua primeira "Sociedade Espiritual" (fr. Societe Spirite), que não durou muito.

Em 1867, ela viajou por vários meses na Hungria e nos Balcãs, visitou Veneza, Florença e Mentana. Segundo Nandor Fodor, vestida com roupas masculinas, em 3 de novembro de 1867, ela, juntamente com outros voluntários da Rússia - A.I. Benny e A.N. Jacobi - participou da sangrenta batalha de Mentana ao lado dos garibaldianos, foi ferida.

No início de 1868, tendo se recuperado de seus ferimentos, Blavatsky chegou a Florença. Então ela passou pelo norte da Itália e pelos Balcãs, e de lá para Constantinopla e mais adiante para a Índia e o Tibete. Mais tarde, respondendo à pergunta por que ela foi ao Tibete, Blavatsky observou:

“De fato, não há absolutamente nenhuma necessidade de ir ao Tibete ou à Índia para descobrir algum tipo de conhecimento e poder “que está escondido em cada alma humana”; mas a aquisição de conhecimento e poder superiores requer não apenas muitos anos de estudo mais intenso sob a orientação de uma mente superior, juntamente com uma determinação que nenhum perigo pode abalar, mas também muitos anos de relativa solidão, em associação apenas com estudantes que perseguem o mesmo objetivo, e em um lugar onde a própria natureza, como o neófito, mantém a paz perfeita e imperturbável, se não o silêncio! Onde o ar, por centenas de quilômetros ao redor, não é envenenado por miasma, onde a atmosfera e o magnetismo humano são completamente puros e - onde o sangue animal nunca é derramado.

Segundo os biógrafos, seu caminho levou ao mosteiro de Tashilhunpo (perto de Shigatse). A própria Blavatsky confirmou sua estadia em Tashilhunpo e Shigatse. Em uma de suas cartas, ela descreveu ao seu correspondente o templo isolado do Tashi Lama perto de Shigatse.

De acordo com Blavatsky, de acordo com S. Cranston, não se sabe se ela estava em Lhasa naquela época, no entanto, V.P. Tibet, e em seu principal centro religioso Chikatse (Shigatse) ... e nas montanhas Karakorum em Kuenlun. Suas histórias vivas sobre eles provaram isso para mim muitas vezes ... ".

Segundo os biógrafos, Blavatsky passou o último período de sua estadia no Tibete na casa de seu professor K.Kh. Em uma carta datada de 2 de outubro de 1881, ela informou a M. Hollis-Billing que a casa do Mestre K. H. “está localizada na região das montanhas Karakorum, além de Ladakh, que fica no Pequeno Tibete e agora pertence à Caxemira. É um grande edifício de madeira em estilo pagode chinês, aninhado entre um lago e uma bela montanha.”

Os pesquisadores acreditam que foi durante esta estadia no Tibete que Blavatsky começou a estudar os textos incluídos em A Voz do Silêncio. Klein observa nesta ocasião que "no Tibete, ela, segundo ela, foi iniciada nos mistérios ocultos".

Em 1927, um dos maiores pesquisadores modernos do Tibete e sua filosofia, W. I. Evans-Wentz (inglês) russo. no prefácio de sua tradução de The Tibetan Book of the Dead, ele escreveu: “Quanto ao significado esotérico do quadragésimo nono dia do Bardo, veja sobre isso em The Secret Doctrine, de H. P. Blavatsky (Londres, 1888, vol. 1). , p. 238, 411; v.2, p. 617, 628). O falecido Lama Kazi Dawa Samdup acreditava que, apesar das críticas hostis às obras de Blavatsky, esta autora possui evidências indiscutíveis de que estava bem familiarizada com o mais alto ensinamento lamaísta, para o qual precisava receber iniciação. O estudioso budista do Sri Lanka Gunapala Malalasekara, fundador e presidente da World Fellowship of Buddhists, escreveu sobre Blavatsky: "Não há dúvida sobre sua familiaridade com o budismo tibetano, bem como com as práticas budistas esotéricas". O filósofo japonês e estudioso budista Daisetsu Suzuki acreditava que

“Sem dúvida, Madame Blavatsky foi de alguma forma iniciada nas provisões mais profundas dos ensinamentos Mahayana…”.

Depois de quase três anos no Tibete, Blavatsky partiu em uma jornada pelo Oriente Médio. Estive em Chipre e na Grécia.

No início dos anos 70. Blavatsky do século XIX começa a pregar.

Em 1871, enquanto viajava do porto de Pireu para o Egito, um paiol de pólvora explodiu no navio Evnomia, e o navio foi destruído. 30 passageiros morreram. Blavatsky escapou de ferimentos, mas ficou sem bagagem e dinheiro.

Em 1871, Blavatsky chegou ao Cairo, onde organizou a Sociedade Espiritual (Societe Spirite) para pesquisar e estudar fenômenos psíquicos. A sociedade logo se viu no centro de um escândalo financeiro e foi dissolvida.

Depois de deixar o Cairo, Blavatsky viajou pela Síria, Palestina e Constantinopla em julho de 1872 para Odessa e passou nove meses lá.

S. Yu. Witte lembra que Blavatsky, “tendo se estabelecido em Odessa ... primeiro abre uma loja e uma fábrica de tintas, e depois uma floricultura (loja de flores artificiais). Naquela época, ela visitava minha mãe muitas vezes... Quando a conheci melhor, fiquei impressionado com seu enorme talento para entender tudo da maneira mais rápida... muitas vezes, diante dos meus olhos, ela escrevia longas cartas em verso para seus amigos e parentes... Em essência, ela era uma pessoa muito gentil e gentil. Ela tinha olhos azuis tão grandes que eu nunca vi ninguém na minha vida.

De Odessa em abril de 1873, Blavatsky foi a Bucareste para visitar sua amiga e depois a Paris, onde ficou com seu primo Nicholas Hahn. No final de junho do mesmo ano, peguei uma passagem para Nova York. H. S. Olcott e a Condessa C. Wachtmeister relatam que em Le Havre, Blavatsky, vendo uma pobre mulher com dois filhos que não podiam pagar a passagem, trocou sua passagem de primeira classe por quatro passagens de terceira classe e partiu em uma viagem de duas semanas terceira classe.

Período criativo principal

Em 1873, Blavatsky partiu para Paris, depois para os EUA, onde conheceu pessoas que gostavam do espiritismo, incluindo o Coronel Henry Steel Olcott, que em 1875 junto com ela se tornou um dos fundadores da Sociedade Teosófica.

Em 3 de abril de 1875, ela formalizou um casamento nominal com um georgiano que mora em Nova York, Michael / Michael Betanelli (Michael C. Betanelly), de quem se divorciou três anos depois. Em 8 de julho de 1878, ela se tornou cidadã americana. O New York Times escreveu sobre isso: “Madame Helen P. Blavatsky foi naturalizada pelo Juiz Larremore no Termo Especial dos Pleitos Comuns ontem” (Eng. Mme. Helen P. Blavatsky foi naturalizada pelo Juiz Larremore no Termo Especial do Plenário Comum Pedidos de ontem.)

Em fevereiro de 1879 (de acordo com a Enciclopédia Columbia em 1878) Blavatsky e Olcott partiram para Bombaim, na Índia. As memórias de Blavatsky de sua estada na Índia desde 1879 foram publicadas no livro "From the caves and wilds of Hindustan", na escrita que Blavatsky mostrou grande talento literário. O livro é composto por ensaios escritos por ela no período de 1879 a 1886 sob o pseudônimo "Radda-Bai" e apareceu pela primeira vez no jornal russo "Moskovskie Vedomosti", editado pelo famoso publicitário M. N. Katkov. Os artigos despertaram grande interesse entre o público leitor, então Katkov os republicou em um apêndice para Russkiy Vestnik, e então publicou novas cartas escritas especificamente para esta revista. Em 1892, o livro foi parcialmente, e em 1975 totalmente traduzido para o inglês.

As viagens de Blavatsky e Olcott com amigos hindus, incluindo Thakur Gulab-Sing, o suposto professor de Blavatsky, são descritas em forma literária, Out of the Caverns and Wilds of Hindustan.

Em 1880, Blavatsky visitou um monge budista no Ceilão, de quem se refugiou nas três jóias e cinco votos, tornando-se assim budista.

Em 1882, Blavatsky e Olcott estabeleceram a sede em Adyar (agora a Sociedade Teosófica de Adyar), não muito longe de Madras.

Logo eles conheceram Alfred Sinnett (Alfred Percy Sinnett), na época editor do jornal governamental de Allahabad, The Pioneer. Sinnett ficou seriamente interessado nas atividades da Sociedade. Usando a mediação mediúnica de H. P. Blavatsky, iniciou uma correspondência com os Mahatmas. O próprio Sinnett acreditava que o valor das cartas era bastante reduzido por tal mediação e, portanto, era contra publicá-las na íntegra, selecionando para publicação apenas as passagens que, em sua opinião, refletiam com precisão os pensamentos dos Mahatmas. A correspondência, no entanto, foi publicada por Alfred Barker em 1923, após a morte de Sinnett.

A Sociedade Teosófica na Índia reuniu um número bastante grande de seguidores.

De 1879 a 1888, Blavatsky também foi editor da revista The Theosophist.

Alegando ter poderes sobrenaturais, Blavatsky viajou para Londres e Paris, e em 1884 foi acusado de charlatanismo pela mídia indiana.

Pouco depois de ser acusada de fraude em 1885, ela deixou a Índia devido à deterioração da saúde. Depois disso, morou na Alemanha e na Bélgica por cerca de dois anos, trabalhando em A Doutrina Secreta, depois, mudando-se para Londres, começou a publicar os dois primeiros volumes de A Doutrina Secreta (1888), continuando o trabalho no terceiro volume e outros livros e artigos. Nessa época, foram escritas as obras A Voz do Silêncio (1889) e A Chave da Teosofia (1889). Ela morreu em 8 de maio de 1891, tendo contraído uma gripe. Seu corpo foi cremado e as cinzas foram divididas entre os três centros do movimento teosófico, localizados em Londres, Nova York e Adyar, perto de Madras (desde 1895, a sede da Sociedade Teosófica de Adyar está localizada aqui). O dia da morte de Blavatsky é comemorado por seus seguidores como "o dia do Lótus Branco".

Ensinamentos de Blavatsky e Sociedade Teosófica

Na Rússia, as cartas de H. P. Blavatsky sobre suas viagens, sob os títulos "From the Caves and Wilds of Hindustan" e "The Tribes of the Blue Mountains", foram publicadas sob o pseudônimo de "Radda-Bai". Neles, Blavatsky mostrou grande talento literário.

Em 1875, Blavatsky começou a escrever Isis Unveiled (Isis Unveiled, 1877), onde criticava a ciência e a religião e afirmava que o conhecimento confiável poderia ser obtido através do misticismo. A primeira tiragem de 1.000 cópias foi vendida em 10 dias.

O livro recebeu reações mistas da crítica e do público. De acordo com um revisor do New York Herald, o livro foi uma das "criações notáveis ​​do século". V. P. Zhelikhovskaya, irmã de Blavatsky, em seu livro "Radda-Bye (the Truth about Blavatsky)" escreve que "Seu primeiro grande trabalho, Isis Unveiled, causou centenas de críticas lisonjeiras na imprensa americana e mais tarde na imprensa européia" e cita a opinião do Arcebispo dos Armênios, Sua Eminência Aivazovsky (irmão do pintor, que morreu em 1880 em Tíflis). De acordo com seu testemunho, Aivazovsky escreveu a ela que "não pode haver fenômeno maior do que o aparecimento de tal ensaio da caneta de uma mulher".

Em "O Republicano (Inglês) Russo." O trabalho de Blavatsky foi chamado de "um grande prato de sobras", "The Sun" - "lixo descartado", e o revisor do New York Tribune escreveu: "H.P. suposições do que no conhecimento do autor.

No mesmo ano, em Nova York, juntamente com H. S. Olcott e W. C. Judge, fundou a Sociedade Teosófica, que proclamou os seguintes objetivos:

• Formar o núcleo da Fraternidade Universal sem distinção de raça, cor, sexo, casta ou credo;
• Promover o estudo das escrituras arianas e outras, religiões mundiais e várias ciências, defender a importância do significado das antigas fontes asiáticas pertencentes às filosofias bramânica, budista e zoroastrista;
• Explorar os mistérios ocultos da Natureza em todos os aspectos possíveis, e especialmente as faculdades psíquicas e espirituais latentes no homem.

Em 1888, ela escreveu sua principal obra, A Doutrina Secreta, que tem como subtítulo: Uma Síntese de Ciência, Religião e Filosofia.

E. L. Mityugova escreve que a teosofia de Blavatsky em sua interpretação “é uma tentativa de unir todas as religiões em um ensinamento universal através da revelação da comunhão de sua essência profunda e da descoberta da identidade dos significados de seus símbolos, todas as filosofias (incluindo as esotéricas) ), todas as ciências (incluindo as ocultas), porque “a sabedoria divina está acima das divisões humanas”. No Concise Philosophical Dictionary, os autores de um artigo sobre Blavatsky escrevem que “o ensinamento de Blavatsky - a teosofia - visava salvar as verdades arcaicas, que são a base de todas as religiões, da perversão, revelar sua base comum, indicar ao homem sua legítima lugar no universo. A doutrina negava a existência de um deus criador antropomórfico e afirmava a crença no princípio divino universal - o Absoluto, a crença de que o Universo se desdobra, a partir de sua própria Essência, sem ser criado. Blavatsky considerava a purificação das almas, o alívio do sofrimento, os ideais morais e a observância do princípio da Fraternidade da Humanidade os mais importantes para a Teosofia. Blavatsky se chamava não a criadora do sistema, mas apenas a condutora das Forças Superiores, a guardiã do conhecimento secreto dos Mestres, os Mahatmas, de quem ela recebeu todas as verdades teosóficas.

V. S. Solovyov viu na Teosofia uma adaptação do Budismo às necessidades do pensamento ateísta europeu: "Na Russian Review em agosto de 1890, Solovyov publicou um artigo com uma resenha crítica do livro de Blavatsky The Key to Theosophy."

Blavatsky fundou o periódico Lucifer e o coeditou com Annie Besant até sua morte em maio de 1891.

Zhelikhovskaya cita um fragmento da carta de Blavatsky explicando esse nome. "Por que você me atacou por chamar minha revista de Lúcifer? Este é um nome maravilhoso. Lux, Lucis - luz; ferre - para usar:" Portador de Luz "- o que é melhor? .. Isso é só graças ao Paraíso Perdido de Milton" Lúcifer tornou-se sinônimo de espírito caído. A primeira coisa honesta do meu diário será remover a calúnia do mal-entendido desse nome, que os antigos cristãos chamavam de Cristo. Easphoros - os gregos, Lúcifer - os romanos, porque esse é o nome da estrela da manhã, o arauto da brilhante luz do Sol. O próprio Cristo não disse de si mesmo: “Eu, Jesus, a estrela da manhã” (“Apocalipse de São João XXII, artigo 16)? , a luz da verdade!

Por iniciativa da Igreja Episcopal dos Estados Unidos, várias reuniões aconteceram em Londres. No entanto, de acordo com Żelichowska, uma carta escrita por Blavatsky na revista Lucifer sob o título "Lúcifer ao Arcebispo de Canterbury" encerrou o conflito. Zhelikhovskaya escreve que o primaz da Inglaterra declarou que esta carta trouxe "se não o ensinamento dos teosofistas, então seu pregador total simpatia e respeito", e também que depois disso o clero começou a frequentar as reuniões da Sociedade Teosófica. Segundo ela, eles foram visitados pela esposa do bispo de Canterbury.

Atitude para com o Espiritismo e a Mediunidade

Os pesquisadores escrevem que existem muitos rumores e histórias de que Blavatsky era uma médium desde a infância, e vários eventos “paranormais” acompanharam sua vida. Posteriormente, ela afirmou que se livrou da mediunidade subordinando completamente essas forças à sua vontade.

No início da década de 1860 na Rússia, Blavatsky realizou sessões espíritas. V. P. Zhelikhovskaya, em seu ensaio “A verdade sobre H. P. Blavatsky”, publicado na revista Rebus, nº 40-48, 1883, por exemplo, menciona que Blavatsky realizou uma sessão espírita para investigar um assassinato na aldeia de Rugodevo. O Dicionário Enciclopédico Humanitário Russo cita a carta de Blavatsky, que afirma que a maioria de suas sessões eram de natureza mistificadora.

Sergei Yulievich Witte, primo de Blavatsky, relembrou esses eventos da seguinte forma: “Lembro-me dela (Blavatskaya) na época em que chegou a Tíflis... Seu rosto era extremamente expressivo; estava claro que ela costumava ser muito bonita ... Lembro-me de como todas as noites a alta sociedade de Tíflis se reunia para essas sessões ... Pareceu-me que minha mãe, minha tia [Nadezhda] Fadeeva e até meu tio Rostislav Fadeev - todos gostavam disso ... Naquela época, os ajudantes de Baryatinsky eram o conde Vorontsov-Dashkov, o atual (1911) vice-rei do Cáucaso, os condes Orlov-Davydov e Perfilyev, eram jovens da Guarda de São Petersburgo jeunesse dore 'e (juventude de ouro); Lembro-me de que todos ficavam constantemente conosco noites e noites inteiras, praticando o espiritismo. ... Assim, por exemplo, uma vez na minha presença, a pedido de um dos presentes, um piano começou a tocar em outra sala, completamente fechada, e ninguém estava ao piano naquele momento.

Embora naquela época alguns explicassem isso por forças mediúnicas, incluindo Zhelikhovskaya, a própria Blavatsky, criticando sua irmã, negou isso e argumentou que, tanto na Rússia quanto em toda a sua vida subsequente, forças completamente diferentes a influenciaram - aquelas que são usadas pelos sábios indianos, Raj Iogues. A. N. Senkevich afirma que com a ajuda de Mahatma Morya, “por escrita automática, como garantiu Blavatsky, sua principal obra, A Doutrina Secreta”, foi criada. De acordo com Nandor Fodor, A Doutrina Secreta foi escrita em sua maior parte em um estado anormal de consciência do autor (em uma condição supernormal). Arnold Kalnitsky escreveu que mesmo um olhar superficial sobre a vida de Blavatsky é suficiente para ter certeza de que ela foi sistematicamente submetida a certas formas do que mais tarde veio a ser chamado de "estados alterados de consciência".

Em 1871, ainda no Cairo, Blavatsky fundou a Société Spirite, em suas palavras, “para o estudo de médiuns e fenômenos com base nas teorias e filosofia de Allan Kardec, pois não havia outra maneira de mostrar às pessoas o quão profundamente elas são equivocado”. Para fazer isso, ela primeiro pretendia expor as manifestações mediúnicas, e depois "mostrar a diferença entre um médium passivo e um criador ativo". A aventura terminou em fracasso: na carta seguinte, Blavatsky escreve sobre os médiuns amadores que conseguiu encontrar no Cairo:

Eles roubam o dinheiro da Sociedade, bebem muito, e agora eu os peguei no engano mais vergonhoso quando eles mostram fenômenos falsos para membros de nossa Sociedade que vieram estudar fenômenos ocultos. Eu tive algumas cenas bem embaraçosas com várias pessoas colocando a culpa de tudo em mim sozinho. Portanto, eles tiveram que ser expulsos ... Société Spirite não durou nem duas semanas - está em ruínas - majestosa, mas ao mesmo tempo instrutiva, como os túmulos dos faraós ... duas sessões públicas que conseguimos dar , e, ao que parece, foi possuído por algum espírito vicioso.

A carta termina com as palavras: "Prometo acabar com essas sessões para sempre - elas são muito perigosas e não tenho experiência e força para lidar com os espíritos impuros que podem se aproximar de meus amigos durante essas reuniões".

Alguns pesquisadores afirmam que nos EUA Blavatsky usou a orientação de um "espírito" chamado John King. Mais tarde, Blavatsky afirmou que "John King" era um pseudônimo pelo qual ela explicava certos "fenômenos", e também o usava quando se referia a seus Mestres e seus mensageiros. H. S. Olcott escreveu: “Aprendi gradualmente com H. P. B. sobre a existência de adeptos orientais e os poderes que eles exercem e, ao demonstrar muitos fenômenos, ela me convenceu de sua capacidade de controlar as forças da natureza, atribuída a John King.”

De acordo com Vsevolod Solovyov, em uma carta a A. N. Aksakov datada de 14 de novembro de 1874, Blavatsky escreveu: “Sou um “espiritualista” e um “espiritualista” no sentido pleno desses dois nomes ... fui espírita e agora toda a minha vida pertence a este ensinamento. Eu luto por isso e tento dedicar todos os minutos da minha vida a isso. Se eu fosse rico, usaria todo o meu dinheiro até o último centavo para a propaganda de cette divina verite. De acordo com V. Ir. Solovieva Blavatsky também declarou seu compromisso com os ensinamentos do fundador do espiritismo, Allan Kardec.

John Fakyuhar, professor da Universidade de Manchester, escreveu que nos Estados Unidos no período de 1873 a 1875, Blavatsky foi extremamente ativa em afirmar a fé no espiritualismo, e sua comunicação oculta, segundo Farkuhar, não ocorreu com professores do Tibete, mas com os espíritos dos mortos.

H. I. Roerich, viajante, tradutora de A Doutrina Secreta para o russo, criticando o fenômeno da mediunidade em suas cartas, observa a atitude cautelosa de Blavatsky em relação aos médiuns e ao espiritismo:

... Que ninguém considere a mediunidade como um dom, pelo contrário, é o maior perigo e pedra de tropeço para o crescimento do espírito. O médium é uma pousada, há uma obsessão. Em verdade, um médium não tem centros abertos, e nele está ausente alta energia psíquica... Recordemos uma regra - não se pode receber Ensinamentos por meio de médiuns. H. P. Blavatsky lutou toda a sua vida contra a atitude ignorante em relação aos médiuns. Há muitos de seus artigos dedicados especificamente a descrever os perigos a que estão expostas as pessoas que assistem a sessões espíritas sem conhecimento suficiente e força de vontade.

Teoria da raça indígena na criatividade

Uma das ideias controversas e controversas de nosso tempo, na obra de Blavatsky, é o conceito de ciclo evolutivo das raças, parte do qual é apresentado no segundo volume de A Doutrina Secreta.

Os escritos de Blavatsky contêm a doutrina do ciclo evolutivo das raças que se sucedem. De acordo com Blavatsky, sete raças humanas indígenas devem se substituir na Terra uma após a outra. A primeira raça raiz da Terra, em sua opinião, consistia em criaturas amorfas gelatinosas, a segunda tinha uma "composição corporal mais definida", etc. As pessoas que existem atualmente representam a quinta raça raiz consecutiva. De acordo com Blavatsky, as forças espirituais da humanidade durante esta evolução diminuíram até atingirem um mínimo na quarta raça, mas no presente momento elas estão aumentando novamente à medida que nossa quinta raça avança para o renascimento na sexta, e mais adiante na sétima consistindo de pessoas divinas.

Presidente da Sociedade Teosófica Americana Emily Sillon e membro da Sociedade Teosófica Americana Ph.D. Rene Weber acreditam que Blavatsky chamou as raças não de tipos antropológicos, mas estágios de desenvolvimento pelos quais todas as almas humanas passam, evoluindo através de repetidas encarnações (encarnações). E a teoria evolucionária da Teosofia pressupõe o desenvolvimento da humanidade para um desenvolvimento espiritual quase ilimitado, seguindo o exemplo de figuras como Buda, Cristo, Moisés e Lao Tzu, que são os ideais da aspiração humana.

Alguns pesquisadores apontam para a presença nas obras de Blavatsky (em particular, na "Doutrina Secreta") das chamadas "teorias raciais" (sobre a existência de raças superiores e inferiores). Por exemplo, os historiadores americanos Jackson Speilvogel escrevem sobre este russo (inglês). e David Redles em Hitler's Racial Ideology: Content and Occult Roots.

Alguns autores, como D. A. Herrick (inglês) russo, acreditam que Blavatsky acreditava que mecanismos evolutivos contribuem para a extinção de raças inferiores e degradadas e levam à formação de uma única raça perfeita e homogênea. Um exemplo é a seguinte citação de H. P. Blavatsky:

A humanidade está claramente dividida em pessoas inspiradas por Deus e seres inferiores. A diferença de inteligência entre os arianos e outros povos civilizados, e selvagens como os ilhéus do Mar do Sul, não pode ser explicada de outra forma. Nenhuma quantidade de cultura, nenhum número de gerações criadas no meio da civilização, poderia elevar espécimes humanos como os bosquímanos e os Veddhas do Ceilão, e certas tribos da África, ao nível mental em que os arianos, semitas e assim por diante. chamado estande de Turanians. A "Centelha Sagrada" está ausente neles, e só eles são agora as únicas raças inferiores neste Planeta, e felizmente - graças ao sábio equilíbrio da Natureza, que está constantemente trabalhando nessa direção - eles estão morrendo rapidamente.

Ou, por exemplo, Blavatsky chama certas raças de pessoas de "semi-animais" (ou "semi-humanos"): por exemplo, alguns nativos da Austrália e da Tasmânia.

D. A. Herrick também acredita que Blavatsky apoiou a ideia de "racismo espiritual", segundo a qual algumas raças são espiritualmente superiores a outras. Assim, ela chama a raça semítica (especialmente os árabes, mas também os judeus) espiritualmente degradadas, embora tenham alcançado a perfeição no aspecto material.

Principais escritos

• Texto "Das cavernas e selvas do Hindustão" (1883-1886)
• "Tribos misteriosas nas montanhas azuis", (1883)
• "Isis Unveiled" (1877) (Vol. 1. Ciência; Vol. 2. Teologia)
• "O que é Teosofia?" (1879)
• "Quem são os teosofistas?" (1879)
• Mahatmas e Chelas (1884)
• "Ciência oculta ou exata?" (1886)
• "O Caráter Esotérico dos Evangelhos" (1887-1888)
• "Ocultismo vs. Artes Ocultas" (1888)
• A Teosofia é uma Religião? (1888)
• "A Doutrina Secreta" ("A Doutrina Secreta", 1888-1897)
• "Conversas com Blavatsky" - um registro abreviado das respostas de Blavatsky às perguntas dos alunos (1889).
• "Voz do Silêncio" (Voz do Silêncio) (1889; texto)
• "Chave para a Teosofia" (1889; texto)
• "Filósofos e filósofos" (1889)
• "Dicionário Teosófico" - edição póstuma (1892)
• Blavatsky H.P. "Cartas a amigos e colegas". Coleção. Trad. do inglês. - M., 2002. - 784 com ISBN 5-93975-062-1
• Blavatsky H. P. "Ocultismo Prático"
• Blavatsky H. P. Neo-Budismo. A resposta de H. P. Blavatsky à crítica de Vl. S. Solovyov do livro "A Chave da Teosofia"

Atitude pública

A atitude do público russo no final do século 19 - início do século 20 em relação às atividades de Blavatsky foi representada por uma grande variedade de opiniões: de uma acusação direta levemente - em uma talentosa farsa literária (S. Yu. Witte) ou rudemente - em charlatanismo e hipocrisia (Vs. S. Solovyov, 3. A. Vengerov), através de um reconhecimento contido de seus méritos e da importância do conhecimento teosófico (S. Solovyov, Merezhkovsky, Vyacheslav Ivanov, Nikolai Berdyaev) para sua popularização pela Sociedade Teosófica Russa e L. N. Tolstoy. As ideias de Blavatsky receberam uma continuação lógica no ensino da Ética Viva (Agni Yoga), influenciaram o desenvolvimento do cosmismo russo, a antroposofia e se tornaram a base do movimento moderno da Nova Era.

S. Yu. Witte

S. Yu. Witte, primo de Blavatsky, escreve em suas memórias:

Lembro-me que quando conheci Katkov em Moscou, ele me falou sobre minha prima Blavatsky, que ele não conhecia pessoalmente, mas cujo talento ele admirava, considerando-a uma pessoa absolutamente notável. Naquela época, sua revista Russkiy Vestnik estava publicando as conhecidas histórias de Blavatsky "Na selva do Hindustão", e ele ficou muito surpreso quando expressei minha opinião de que Blavatsky não deveria ser levada a sério, embora, sem dúvida, ela tivesse algum tipo de sobrenatural talento.
ela podia escrever páginas inteiras em versos que fluíam como música e não continham nada sério; ela escrevia com facilidade todos os tipos de artigos de jornal sobre os assuntos mais sérios, sem conhecer a fundo o assunto sobre o qual escrevia; ela podia, olhando-a nos olhos, dizer e contar as coisas mais inéditas, expressando-se de uma maneira diferente - uma mentira, e com tanta convicção, com a qual só falam aquelas pessoas que nunca dizem nada além da verdade. Contando coisas e inverdades sem precedentes, ela, aparentemente, ela mesma tinha certeza de que o que estava dizendo realmente era, que era verdade - portanto, não posso deixar de dizer que havia algo demoníaco nela, que estava nela, dizendo simplesmente algo diabólico, embora , em essência, ela era uma pessoa muito gentil e gentil. Ela tinha olhos azuis tão enormes, que eu nunca vi em mais ninguém na minha vida, e quando ela começou a contar alguma coisa, e principalmente uma fábula, uma mentira, esses olhos brilhavam terrivelmente o tempo todo e, portanto, não me surpreende , que ela teve uma tremenda influência sobre muitas pessoas inclinadas ao misticismo grosseiro, a tudo o que é incomum.

Sociedade de Pesquisa Psíquica

Para ganhar credibilidade entre seus seguidores, Blavatsky passou a demonstrar "violações das leis da natureza material", que incluíam cartas que ela alegava vindas dos Mahatmas caindo em suas mãos do teto, aparições inexplicáveis ​​de vários objetos (flores, xícaras, broches), "trocas de energia" e etc. Em 1884, os Colombes, que antes eram partidários de Blavatsky, tornaram públicas várias cartas que diziam pertencer a ela. Eles disseram que esses fenômenos eram da natureza de uma farsa.

Relatório de R. Hodgson (1885)

O escândalo resultante levou a London Society for Psychical Research em 1885 a publicar um relatório da comissão da Sociedade, escrito principalmente por Richard Hodgson, no qual os autores acusavam Blavatsky de fraude. Especificamente, o relatório de Hodgson afirmou:

Também não vemos nela um representante dos sábios misteriosos, muito menos um simples aventureiro. Concordamos que ela conquistou seu lugar na história como uma das mentirosas mais talentosas, espirituosas e interessantes de nossa época.

Críticas ao relatório

Em 1986, a Society for Psychical Research publicou um trabalho de Vernon Harrison, ex-presidente da Royal Photographic Society, especialista em falsificação e falsificação e membro do PSI, no qual o autor argumentava que o relatório de 1885 não era científico, incompleto, e, portanto, não merecia confiança. Depois disso, o OPI publicou um comunicado de imprensa "Com base em um novo estudo, Madame Blavatsky, co-fundadora da Sociedade Teosófica, foi acusada injustamente", que relatou que "a" exposição "da ocultista russa Madame H. P. Blavatsky, com quem em 1885 o discurso do OPI levanta sérias dúvidas em relação à publicação no Journal of the OPI (volume 53, 1986, abril) de uma crítica convincente ao relatório de 1885. No entanto, observou-se:

A Society for Psychical Research não toma decisões coletivas. Assim, não foi o PSI que culpou Madame Blavatsky em 1885, mas apenas o Comitê do PSI, cujo relatório foi escrito, em sua maior parte, pelo Dr. Hodgson. Da mesma forma, a conclusão do Dr. Harrison representa apenas sua opinião pessoal.

Pesquisador Kenneth Johnson acredita que muitas das questões levantadas pelo relatório Hodgson foram deixadas sem resposta na publicação de Harrison.

Acusação de plágio

Blavatsky também foi acusado de plágio. Assim, o espiritualista americano William Coleman, autor de vários artigos críticos sobre Blavatsky e Teosofia, que apareceram em vários jornais espíritas, declarou que havia mais de duas mil passagens no livro de Blavatsky ("Isis Unveiled"), que foram emprestadas de uma centena de livros, a grande maioria dos quais foram retirados de escritos ocultistas do século XIX. A principal acusação de Coleman era que Blavatsky supostamente não trabalhava com fontes, mas pegava quase tudo de segunda mão. Essas acusações do pesquisador americano, por sua vez, foram criticadas. Descobriu-se que Blavatsky usou os textos de outras pessoas profissionalmente: existem cerca de 2.400 notas de rodapé no Isis.

Vsevolod Solovyov

Com base em um conhecimento pessoal de Blavatsky, Vsevolod Solovyov, em 1892-1893, ou seja, após a morte de H. P. Blavatsky, publicou uma série de ensaios sobre encontros com ela no jornal Russkiy Vestnik, sob o título geral "The Modern Sacerdotisa de Ísis." Em 1893, esses ensaios apareceram como um livro separado, com uma dedicatória para "The London 'Society for Psychical Research' e todos os leitores atentos", e em 1895 o OPI publicou uma tradução em inglês em Londres, editada por Walter Leaf. O livro relata que durante uma das reuniões de Solovyov com Blavatsky, ela lhe disse o seguinte:

O que fazer, disse ela, quando para possuir as pessoas é preciso enganá-las, quando para cativar e fazê-las correr atrás de qualquer coisa é preciso prometer e mostrar brinquedos... Afinal, seja meus livros e O Teosofista é mil vezes mais interessante e sério, eu teria tido algum sucesso em algum lugar, se não houvesse fenômenos por trás de tudo isso? Eu não teria conseguido absolutamente nada e teria morrido de fome há muito tempo. Eles me esmagariam... e ninguém sequer começaria a pensar que eu também sou um ser vivo, também quero beber e comer... me dá um prazer enorme... Aqui você está tão "insatisfeito" com meus fenômenos, mas você sabe que quase sempre, quanto mais simples, estúpido e grosseiro o fenômeno, mais certamente ele consegue. Algum dia poderei contar-lhes tantas anedotas sobre esse assunto que suas barrigas vão explodir de rir, sério! A grande maioria das pessoas que se consideram e são consideradas inteligentes são impenetravelmente estúpidas. Se você soubesse que leões e águias, em todos os países do mundo, se transformaram em burros ao meu assobio, e assim que eu assobiei, eles obedientemente bateram suas enormes orelhas ao ritmo! ...

Livro do sol. Solovyov foi criticado pelo publicitário V.P. Burenin (que tinha uma reputação muito controversa):

Lama e, além disso, o menos cerimonioso, nosso denunciante (Soloviev) derruba a "sacerdotisa moderna de Isis" ... tanto que ela provavelmente conseguiria o suficiente para um monte enorme sobre o túmulo fresco dessa mulher russa, que, mesmo levando em conta todos os seus hobbies e delírios, voluntários e involuntários, no entanto, havia uma mulher muito talentosa e maravilhosa ... Em seu zelo pela abundante efusão de sujeira, o Sr. Vs. Solovyov parece até esquecer que o falecido era uma mulher, talvez uma mulher muito fraca, muito pecadora, mas ... digna de respeito e simpatia pelo simples fato de termos poucas mulheres, temos mulheres fora do comum. lendo as revelações do Sr. Solovyov, muitas vezes involuntariamente cheguei à seguinte conclusão: ou o Sr. Vs. Solovyov ... falando com uma expressão de uma comédia, "mentira de bom grado"; ou, durante seu contato com a sacerdotisa de Ísis, ele... não estava em um estado completamente saudável.

O escritor e teosofista P.D. Uspensky, que gostava de ensinamentos esotéricos e era seguidor de G.I. Gurdjieff, também criticou as publicações de Solovyov:

O livro de Vsevolod Solovyov A Sacerdotisa Moderna de Ísis, do qual muitas pessoas sabem sobre Blavatsky, está cheio de malícia mesquinha, não totalmente clara para o leitor, e tudo consiste em uma descrição detetivesca de espiar, espiar, perguntar com servos e, em geral, , ninharias, ninharias e ninharias que o leitor não pode verificar. E o mais importante, ou seja, os livros de Blavatsky, sua vida e suas ideias, não existem para o autor ....

O Dicionário Biográfico Russo (1896-1918) observa que os ensaios de Solovyov (assim como o livro de Zhelikhovskaya, aliás) "devem ser tratados com extrema cautela".

Blavatsky como um líder carismático

A. N. Senkevich escreveu sobre várias memórias sobre Blavatsky que “cada época na história das civilizações se declara com novas tendências e modas, na maioria das vezes refletindo a natureza irracional do homem e suas tentativas malsucedidas de superar suas próprias limitações. As chamadas personalidades carismáticas, com sua influência magnética sobre as pessoas, de alguma forma incompreensível captam essas tendências e modas e as usam habilmente em seu próprio benefício.

Segundo o estudioso do movimento teosófico do século XIX Dr. Kalnitsky, o primeiro e mais indiscutível fato que pode ser estabelecido nessa área é que ela foi, em sua maior parte, formada e definida com base na visão e no aparato conceitual apresentado por Blavatsky. E sem sua liderança carismática e avanço intransigente do programa teosófico, parece que esse movimento não poderia ter alcançado sua posição única. A liderança carismática deveria inspirar inspiração e fornecer ímpeto motivacional. Ao mesmo tempo, como uma figura carismática e controversa, Blavatsky sempre provocou reações inesperadas, positivas ou negativas, e avaliações posteriores muitas vezes refletem um desprezo excessivo por ela ou sua glorificação na completa ausência de qualquer crítica.

Simultaneamente com o crescimento do misticismo que cercava Blavatsky, sua reputação entre os defensores da teosofia foi se fortalecendo. Assim, sendo reconhecida tanto como participante ativa em diversas formas de pesquisa extra-sensorial quanto como teórica capaz de fornecer uma interpretação detalhada e exaustiva das mesmas, ganhou autoridade entre aqueles que simpatizavam com o tipo de visão de mundo que propunha.

Blavatsky estava firmemente convencida de que seu destino era desafiar as ideias predominantes, oferecer uma visão esotérica da realidade baseada na prioridade dos valores espirituais puros e intransigentes e na autenticidade das formas supersensíveis e místicas de conhecimento e experiência. Apesar do cinismo dos críticos, ela sempre sustentou que seus motivos são altruístas e que seu trabalho deve beneficiar a humanidade.

Figuras culturais sobre Blavatsky

Curvo-me diante do grande espírito e coração ardente de nosso grande compatriota e sei que na futura Rússia seu nome será colocado no nível adequado de reverência. Helena Petrovna Blavatsky, verdadeiramente, é nosso orgulho nacional. Grande Mártir da Luz e da Verdade. Glória eterna a ela!

E. I. Roerich, filósofo religioso russo

As palavras mais justas e gentis serão ditas sobre a grande mulher russa [E. P. Blavatsky], mais necessário é agora. Até recentemente, ouvimos novamente que algumas pessoas não leem livros e ao mesmo tempo, com júbilo e injustiça da ignorância, falam sobre o que não sabem e não querem. É triste que algumas pessoas estejam dispostas a lutar, mas não onde sua luta é necessária. Elena Ivanovna [Roerich] está convencida de que haverá um Instituto com o nome de E. P. B[lavatskaya] na Pátria

N. K. Roerich, artista russo, viajante, figura pública

O que quer que os críticos digam sobre Madame Blavatsky, ou o Coronel Olcott, ou o Dr. Besant, sua contribuição para o desenvolvimento do humanismo sempre será extremamente valiosa.

Mahatma Gandhi, um dos líderes e ideólogos do movimento de independência da Índia, filósofo

H. P. Blavatsky, talvez o primeiro, depois de uma longa permanência na Índia, estabeleceu uma forte ligação entre esses "selvagens" e nossa cultura. Este foi o início de um dos maiores movimentos espirituais, que hoje une um grande número de pessoas na "Sociedade Teosófica".

V. V. Kandinsky, pintor russo, artista gráfico, um dos fundadores da arte abstrata

Avaliação científica da doutrina

Na Biblioteca e Classificação Bibliográfica, lançada em 2012 pelas três principais bibliotecas da Rússia (Biblioteca Estatal Russa, Biblioteca Nacional Russa e Academia Russa de Ciências), a teosofia de H. P. Blavatsky é atribuída à seção “Filosofia na Rússia ”. Muitos especialistas no campo da filosofia e estudos religiosos, incluindo funcionários do Departamento de Filosofia da Religião e Estudos Religiosos da Faculdade de Filosofia da Universidade Estadual de Moscou, participaram da preparação desta publicação.

Estudiosos religiosos atribuem os ensinamentos de H. P. Blavatsky à filosofia religiosa sincrética. Suas idéias principais são emprestadas principalmente da literatura mística e ocultista européia, gnosticismo, cabala, bem como dos ensinamentos do bramanismo, budismo e hinduísmo. No conjunto, “misticismo e ateísmo, religião histórico-comparativa e utopismo” encontraram um reflexo bizarro no ensino. N. L. Pushkareva acredita que "a própria teosofia é um tipo de pseudo-religião que requer fé em si mesma". L. S. Klein observa que Blavatsky “prega o budismo esotérico (revelado apenas para a elite), tendo desenvolvido sua própria “teosofia” (lit. sabedoria de Deus) em sua base, embora a ideia de um Deus personificado seja estranha a ela. Do budismo, sua teosofia emprestou a ideia de um Deus impessoal." De acordo com A. V. Savvin, H. P. Blavatsky foi um dos "ideólogos proeminentes do ocultismo e do satanismo".

Doutor em Filosofia M. S. Ulanov escreve que H. P. Blavatsky foi “um dos primeiros pensadores russos” que voltou seu olhar para a sabedoria do Oriente e, em particular, para a religião budista. Convencida de que quase todas as religiões se originaram de uma única fonte, ela tentou encontrar na cultura espiritual da Índia aqueles "grãos de verdade" que mais tarde só foram desenvolvidos em outras civilizações. Ela acreditava que "o estudo das numerosas formas religiosas que a humanidade já professou, tanto em tempos antigos quanto em tempos recentes, confirma que elas surgiram do bramanismo e do budismo pré-védicos, e o nirvana é o objetivo pelo qual todos estão se esforçando". Blavatsky observou "a identidade da ética da Teosofia e do Budismo". A ética budista, do seu ponto de vista, "é a alma da Teosofia", e anteriormente era propriedade dos "iniciados" de todo o mundo.

De acordo com N. L. Pushkareva, “atualmente, a teosofia é vista como um sincretismo da religião, desprovido de esoterismo tradicional completo, elementos da ciência racionalista (principalmente teorias evolucionistas) e filosofia abstrata que não corresponde aos arquétipos tradicionais”. A teosofia de Blavatsky contém a influência de várias tendências religiosas, especialmente as orientais.

Alguns pesquisadores avaliam a teosofia de Blavatsky como uma das principais tendências religiosas e filosóficas modernas do Ocidente, e a vida e obra de Helena Petrovna como ocupando um lugar especial na história da filosofia.

Pesquisadores explicam a popularidade dos ensinamentos de H. P. Blavatsky na Europa pelo fato de oferecerem uma religião adaptada ao pensamento do povo do século XIX, permeada de racionalismo e positivismo; na Índia, atendeu à busca dos reformadores religiosos locais, que buscavam vincular os valores do hinduísmo com os valores de outras religiões do mundo.

No final do século XX, houve um aumento acentuado do interesse - inclusive nos meios científicos - pela literatura teosófica. Anteriormente, até o início da "perestroika" em meados dos anos 80 do século XX, a publicação das obras de H. P. Blavatsky era impossível por razões ideológicas. Por exemplo, o Dicionário Enciclopédico de 1953 chama a Teosofia de "uma das formas de obscurantismo da burguesia reacionária".

Alguns pesquisadores comparam o trabalho de H. P. Blavatsky com o trabalho de filósofos russos, argumentando que ela estava nas origens do cosmismo russo (N. F. Fedorov). O ensino de Blavatsky refletiu-se nas teorias dos cosmistas russos e estava próximo da vanguarda russa em filosofia e arte.

Memória

Museu

Em Dnepr, a cidade natal de Blavatsky, na antiga propriedade nobre da cidade (casa dos Fadeevs), foi criado o Centro de Museus de H. P. Blavatsky e sua família (1990). Em 1815-1834, a propriedade pertencia ao estado e figura pública A. M. Fadeev e sua esposa, a naturalista E. P. Dolgoruky-Fadeeva. Seus filhos cresceram nesta casa, e em 1831 nasceu sua neta mais velha.

Outro

• Em 1924, o famoso artista, viajante e figura pública Nicholas Roerich criou a pintura "Mensageiro", que dedicou a Helena Blavatsky. Em 18 de janeiro de 1925, o artista apresentou este trabalho como presente à Sociedade Teosófica de Adyar.
• Em Moscou, em 8 de maio de 1991, o 100º aniversário da morte de Blavatsky foi celebrado no Salão das Colunas da Casa dos Sindicatos.
• Em 2016, uma rua no Parque com o nome dela recebeu o nome dela. Lazar Globa no Dnieper (Dnepropetrovsk).

• Em seu livro autobiográfico “Minha Vida”, Mahatma Gandhi observou que sua visão de mundo foi influenciada pela comunicação pessoal com membros da Sociedade Teosófica e pela leitura das obras de H. P. Blavatsky.

  No final do meu segundo ano na Inglaterra, conheci dois teosofistas que eram irmãos e ambos solteiros. Eles falaram comigo sobre o Gita. Eles estavam lendo Heavenly Song traduzido por Edwin Arnold e me convidaram para ler o original com eles. Eu tinha vergonha de admitir que não tinha lido esse poema divino nem em sânscrito nem em guzerate. Mas eu tinha que dizer que não tinha lido o Gita e leria com prazer com eles... Começamos a ler o Gita... O livro parecia inestimável para mim. Com o tempo, fiquei ainda mais forte em minha opinião e agora considero este livro a principal fonte de conhecimento da verdade... autor de Heavenly Song. Li este livro com ainda mais interesse do que o Bhagavad Gita. Assim que comecei a ler, não consegui largar. Eles também me levaram ao camarote Blavatsky e lá me apresentaram a Madame Blavatsky... Lembro-me que por insistência dos irmãos li a Chave da Teosofia de Madame Blavatsky. Este livro me fez querer ler livros sobre hinduísmo. Eu não acreditava mais nos missionários que afirmavam que o hinduísmo era cheio de preconceitos.

• De acordo com um livro do publicitário e cientista político Xenia Myalo, Mahatma Gandhi disse que seria uma alegria para ele "tocar a borda das roupas de Madame Blavatsky".
• Em 1927, a administração do IX Panchen Lama Thubden Chö-gyi Nyima (1883-1937) ajudou a Sociedade Chinesa para o Estudo do Budismo em Pequim a publicar A Voz do Silêncio de H. P. Blavatsky. O livro foi complementado por uma mensagem do próprio IX Panchen Lama, escrita especialmente para esse fim:

  Todos os seres desejam ser livres do sofrimento.
  Portanto, procure as causas do sofrimento e elimine-as.
  Neste caminho, a libertação do sofrimento é alcançada.
  Portanto, encoraje todos os seres a entrar neste caminho.

• Em 1989, para comemorar o 100º aniversário de A Voz do Silêncio, de Blavatsky, foi publicada uma edição comemorativa, para a qual o 14º Dalai Lama escreveu um prefácio. Em um prefácio intitulado O Caminho do Bodhisattva, o 14º Dalai Lama escreveu:

  Acho que este livro teve uma forte influência sobre muitas pessoas que estão sinceramente buscando e se esforçando para participar da sabedoria e compaixão do Caminho do Bodhisattva. Saúdo de todo o coração esta edição de aniversário e expresso a esperança de que ela ajude muitos, muitos outros.

• O 14º Dalai Lama disse em uma reunião oficial que os teólogos budistas valorizam muito os escritos de H. P. Blavatsky.
• Em 1991, o estúdio de cinema "Centrnauchfilm" filmou o filme "Quem é você, Madame Blavatsky?". O papel principal no filme foi desempenhado pela Artista do Povo da Federação Russa Irina Muravyova.
• Acredita-se que o ano de 1991 foi declarado pela UNESCO como o ano da memória de Helena Petrovna Blavatsky. Por exemplo, isso é indicado nas primeiras páginas da Doutrina Secreta de Blavatsky, publicada pela editora Nauka em 1991 e em 1992 no Boletim da revista da Academia Russa de Ciências. No entanto, referências a documentos oficiais da UNESCO confirmando o fato não são fornecidas nessas fontes. Há depoimentos de várias pessoas que enviaram solicitações à UNESCO com pedidos para confirmar ou refutar essas informações, e citando textos de ofícios recebidos da UNESCO, que afirmavam que “a UNESCO não anuncia nenhum “ano” e é empenhado apenas em compilar um calendário de datas memoráveis. No Calendário de Datas Memoráveis ​​da UNESCO para 1990-1991, compilado em 1989, o nome de H. P. Blavatsky não aparece.
• Todas as obras de H. P. Blavatsky ainda são reimpressas, às vezes em várias edições. Seus escritos foram traduzidos para muitos idiomas europeus, bem como hebraico, árabe, tâmil, hindi, chinês, japonês, vietnamita e muitos outros idiomas.
• Em 1881, H. P. Blavatsky publicou na revista The Theosophist um trecho do romance de F. M. Dostoiévski Os Irmãos Karamazov traduzido por ela - "O Grande Inquisidor".
• Em 1975, um selo comemorativo foi emitido pelo Governo da Índia para comemorar o 100º aniversário da fundação da Sociedade Teosófica. O selo retrata o selo da Sociedade e seu lema: "Não há religião superior à verdade".