Alexey Nikolaevich Pleshcheev (1825-1893) - escritor, poeta e tradutor russo; crítico literário e teatral.
Nasceu em 4 de dezembro de 1825 em Kostroma, no seio da família de um oficial oriundo de uma antiga família nobre. O ancestral distante do poeta participou da batalha com os tártaros no campo de Kulikovo.
Alexey Pleshcheev passou a infância em Nizhny Novgorod, estudou em São Petersburgo, na escola de alferes da guarda, depois, deixando-a, na universidade, na faculdade oriental. Em 1844 publicou seus primeiros poemas em Sovremennik e em 1846 publicou uma coleção separada de poemas, que lhe trouxe grande fama.
Alexey Pleshcheev fazia parte do círculo ilegal de Petrashevsky, que pregava ideias socialistas. Em particular, ele entregou a carta de Belinsky a Gogol, proibida pelas autoridades, a Petrashevsky. Em abril de 1849, quando o governo czarista esmagou o círculo de Petrashevsky, o poeta foi detido e encarcerado na Fortaleza de Pedro e Paulo.
Em 22 de dezembro de 1849, Alexei Pleshcheev, junto com outros Petrashevistas, foi levado à Praça Semenovskaya para execução, que foi cancelada apenas no último minuto. O poeta foi condenado a quatro anos de trabalhos forçados, que foram substituídos “em consideração à sua juventude” pelo exílio como soldado raso no Batalhão da Linha de Orenburg. Recebeu permissão para entrar em “ambas as capitais” e voltou à atividade literária após dez anos como soldado. Em 1872, a convite de Nekrasov, mudou-se de Moscou para São Petersburgo, assumindo o cargo de secretário da revista Otechestvennye Zapiski e chefiando seu departamento de poesia. Após o fechamento de Otechestvennye Zapiski, Pleshcheev chefiou o mesmo departamento em Severny Vestnik.
Alexey Pleshcheev morreu em 1893 em Paris, a caminho de um resort francês. Ele foi enterrado em Moscou, no Convento Novodevichy, diante de uma grande multidão de jovens. No dia do seu funeral, os jornais de Moscou receberam uma ordem proibindo qualquer “palavra de elogio ao falecido poeta”.

Nikolai Alekseevich Pleshcheev, cuja biografia será brevemente descrita no artigo, é um representante proeminente da intelectualidade russa do século XIX. Ele foi romancista, poeta, tradutor, crítico literário e revolucionário.

O início da jornada da vida

A vida de Pleshcheev foi cheia de acontecimentos e rica em fatos memoráveis. O escritor nasceu em uma família que pertencia a uma antiga família nobre. Este alegre evento aconteceu no início do inverno de 1825 em Kostroma. Desde 1826, a família morava em Nizhny Novgorod, onde o pai do futuro poeta foi transferido para o serviço público. Porém, logo o chefe da família morre e o menino fica aos cuidados da mãe.

Em 1839, o futuro poeta Pleshcheev mudou-se com ela para morar em São Petersburgo. Aqui ele decide dedicar sua vida ao serviço militar e vai estudar na Escola de Alferes da Guarda e Junkers de Cavalaria. Mas, depois de estudar por dois anos em uma instituição de ensino, o jovem percebe que esse não é o seu destino. Ele abandona os estudos e ingressa na Faculdade de História e Filosofia da Universidade de São Petersburgo. O tema de seu estudo são as línguas orientais.

A essa altura, o círculo de conhecidos de Pleshcheev já era muito amplo, apesar de sua tenra idade. Ele conhece pessoas famosas como Pletnev, Grigorovich, Kraevsky, Goncharov, Dostoiévski, Saltykov-Shchedrin.

Atividade social

Em meados do século XIX, era considerado prestigioso entre os jovens nobres ser membro de diversos movimentos sociais, círculos e partidos. O jovem Pleshcheev não ficou indiferente às tendências modernas. A biografia do poeta está repleta de informações sobre sua participação em organizações similares, inclusive revolucionárias. Todos esses hobbies foram apaixonantes e tiveram impacto direto no destino do poeta.
Por exemplo, sob a influência de Beketov, que liderava um dos círculos estudantis, Pleshcheev perdeu o interesse pelos estudos e deixou a universidade em 1845 sem concluir os estudos. Ao mesmo tempo, começou a frequentar as reuniões do círculo Petrashevsky. Mas o jovem poeta sentia uma atração especial pelo círculo de Durov, onde prevaleciam não tanto os interesses políticos como os literários.

Criatividade precoce

Os poemas de Pleshcheev começaram a aparecer impressos em 1844, principalmente em publicações conhecidas da época como Otechestvennye zapiski, Sovremennik, Literaturnaya Gazeta e Biblioteca para Leitura. Nos poemas que datam do período inicial da criatividade, a influência das obras de Mikhail Yuryevich Lermontov é claramente sentida.

A poesia de Pleshcheev é caracterizada por motivos de tristeza, solidão e romance. Na segunda metade da década de 40, as letras do poeta estavam repletas da energia do protesto, de um apelo ao combate à injustiça e à opressão. A natureza revolucionária dos poemas de Pleshcheev não passou despercebida tanto pelos admiradores de seu talento quanto pelas autoridades.

Anos de exílio

Em 1849, Pleshcheev foi preso em Moscou, junto com outros livres-pensadores que pertenciam aos Petrashevistas. A biografia do poeta foi reabastecida com mais uma página de vida. Após sua prisão, ele foi levado para a Fortaleza de Pedro e Paulo, em São Petersburgo, onde ficou preso por cerca de oito meses. No dia 22 de dezembro, no desfile de Semenovsky, aguardava a execução, que no último momento foi substituída por quatro anos de trabalhos forçados, privação de todos os direitos de herança de riqueza e patente militar.

Pleshcheev foi enviado para a cidade de Uralsk, para um corpo separado de Orenburg, como soldado raso. A partir de 1852, seu serviço ocorreu em Orenburg, onde por méritos especiais foi elevado ao posto de suboficial, e em 1856 o posto de oficial foi restaurado. Em 1857, o título de nobre foi devolvido a Nikolai Alekseevich Pleshcheev.

Durante os anos de exílio, o poeta aproximou-se de pessoas próximas a ele em espírito, como o poeta Mikhailov e os revolucionários poloneses. As letras do poeta também mudam. A sinceridade aparece nos poemas, sente-se a própria visão de certos aspectos da vida. Ao mesmo tempo, nasceu um ciclo de poemas relacionados com letras de amor. Eles foram dedicados à futura esposa de Nikolai Alekseevich.

Depois da ligação

Os anos de vida do poeta Pleshcheev podem ser divididos em dois períodos - antes e depois do exílio. O tempo passado em condições adversas apenas fortaleceu o caráter do poeta, mas não o forçou a mudar suas ideias progressistas.

Em 1858, Pleshcheev veio para São Petersburgo e conheceu Dobrolyubov, Chernyshevsky e Nekrasov aqui. Em 1859 mudou-se para morar em Moscou. Aqui ele está ativamente envolvido em atividades literárias. Os representantes mais famosos da intelectualidade russa, como Leo Tolstoy, Nikolai Nekrasov, Ivan Turgenev, Pyotr Tchaikovsky e muitos outros escritores, poetas, atores, músicos, participaram das noites criativas que Pleshcheev organizou em sua casa.

Trabalho educativo

Muitos anos da vida de Pleshcheev foram dedicados a atividades educativas, de orientação pedagógica. Em 1861, juntamente com Berg, publicou a antologia “Livro Infantil” e, em 1873, trabalhando em conjunto com Alexandrov, surgiu uma coleção infantil, que continha as melhores obras da literatura clássica e moderna russa. Além de publicações literárias, por iniciativa de Pleshcheev, são publicadas coleções educacionais e educacionais sobre geografia. No total, foram elaborados e publicados sete livros sobre diversos temas.

Romancista e tradutor

Durante aqueles anos da vida de Pleshcheev, quando trabalhou como tradutor, todo o seu talento literário se manifestou. Muitas traduções poéticas das línguas francesa, alemã, inglesa e eslava, feitas por Nikolai Alekseevich, ainda são consideradas as melhores. Freqüentemente, o poeta assumia obras que ninguém havia traduzido para o russo antes dele. Pleshcheyev também possui algumas traduções científicas sobre temas históricos e sociológicos. A crítica literária também interessou a Nikolai Alekseevich, ocupando um lugar especial em sua obra.

Ao longo de sua carreira criativa, o poeta não parou de trabalhar em prosa. Mas é preciso dizer que as obras que criou não ultrapassaram o quadro das tradições então existentes. Algumas das histórias e histórias podem ser chamadas de autobiográficas.

Falando sobre o fato de que os anos de vida do poeta Pleshcheev foram repletos de eventos brilhantes, encontros, conhecidos, hobbies, não podemos deixar de mencionar a paixão de Nikolai Alekseevich pelo teatro. O próprio Pleshcheev era um excelente leitor. Ele entendia e amava a arte teatral. Da pena do poeta saíram peças que foram encenadas nos palcos dos principais teatros do país.

Herança literária

Nikolai Alekseevich Pleshcheev, cuja biografia só pode evocar a admiração de seus descendentes, deixou uma rica herança cultural.

Os poemas originais e traduzidos de Pleshcheev fascinam por sua melodia. É por isso que não passaram despercebidos a grandes compositores como Tchaikovsky, Mussorgsky, Cui, Grechaninov, Rachmaninov. Mais de uma centena de obras poéticas do poeta são musicadas, sendo exemplos de arte. Cerca de 13 peças teatrais originais e 30 traduzidas foram escritas por Nikolai Alekseevich. Alguns deles ainda hoje fazem parte do repertório dos teatros do país.
Centenas de obras poéticas de Pleshcheev são publicadas em coleções. Muitos, tendo-se tornado clássicos, são incluídos em antologias de leitura literária.

A vida de Pleshcheev terminou em 26 de setembro de 1893 em Paris, mas Nikolai Alekseevich foi enterrado em Moscou.

Alexey Nikolaevich Pleshcheev (1825 - 1893) - poeta, escritor, tradutor e crítico russo. As obras de Pleshcheev foram incluídas na antologia de poesia, prosa e literatura infantil russa e se tornaram a base para cerca de cem romances de compositores russos.

Infância e juventude

Alexey Pleshcheev veio de uma família nobre que, na época em que o futuro poeta nasceu, em 1825, estava empobrecida. O menino, sendo filho único de seus pais, nasceu em Kostroma e passou a infância em Nizhny Novgorod. Ele recebeu sua educação primária em casa e sabia três idiomas.

Em 1843, Pleshcheev ingressou na Faculdade de Línguas Orientais da Universidade de São Petersburgo. Em São Petersburgo, seu círculo social está se desenvolvendo: Dostoiévski, Goncharov, Saltykov-Shchedrin, os irmãos Maykov. Em 1845, Pleshcheev conheceu o círculo de Petrashevistas que professavam as ideias do socialismo.

A primeira coleção de poemas do poeta foi publicada em 1846 e estava imbuída de aspirações revolucionárias. O versículo “Avante!” publicado nele. Sem medo nem dúvida” os jovens perceberam-na como “Marselhesa Russa”. Os poemas do período inicial de Pleshcheev são a primeira resposta russa aos acontecimentos da Revolução Francesa, alguns deles foram proibidos pela censura até o início do século XX.

Link

O círculo Petrashevsky, do qual Pleshcheev era um participante ativo, foi fechado pela polícia na primavera de 1849. Pleshcheev e outros membros do círculo foram presos na Fortaleza de Pedro e Paulo. O resultado da investigação foi a sentença de morte para 21 dos 23 presos, envolvendo execução.

No dia 22 de dezembro ocorreu uma simulação de execução, no último momento da qual foi lido o decreto imperial sobre o perdão e exílio dos condenados. Pleshcheev foi enviado como soldado raso para o sul dos Urais, perto de Orenburg. O serviço militar do poeta durou 7 anos, nos primeiros anos ele não escreveu praticamente nada.

Pela coragem demonstrada durante as campanhas do Turquestão e o cerco da Mesquita Ak, Pleshcheev foi promovido e aposentado. Em 1859 ele retornou a Moscou e a partir de 1872 viveu em São Petersburgo.

Criatividade após o exílio

A segunda coleção de poemas do poeta foi publicada em 1858 com as palavras prefaciadas por Heine, “Não consegui cantar...”. Ao retornar a Moscou, Pleshcheev colaborou ativamente com a revista Sovremennik e publicou poemas em várias publicações em Moscou. A virada para a prosa remonta a essa época. As histórias foram criadas (“Herança”, “Pai e Filha”, “Pashintsev”, “Duas Carreiras”, etc.).

Em 1859-66. Pleshcheev juntou-se ao grupo de líderes do Moskovsky Vestnik, direcionando-o para o liberalismo. Muitos críticos consideraram a publicação das obras e da autobiografia de T. Shevchenko, que o poeta conheceu no exílio, por Pleshcheev, um ato político ousado. A criatividade poética também foi politizada, por exemplo, os poemas “Oração”, “Gente honesta, ao longo do caminho espinhoso...”, “À Juventude”, “Falsos Professores”, etc.

Na década de 60, Pleshcheev entrou em estado depressivo. Seus companheiros vão embora, as revistas onde ele publicava estão fechadas. Os títulos dos poemas criados nesse período falam eloquentemente sobre a mudança no estado interior do poeta: “Sem esperanças e expectativas”, “Caminhei tranquilamente por uma rua deserta”.

Em 1872, Pleshcheev retornou a São Petersburgo e dirigiu o jornal Otechestvennye zapiski e depois Severny Vestnik. O retorno a um círculo de pessoas com ideias semelhantes contribuiu para um novo impulso criativo.

Nos últimos anos de sua vida, o poeta escreveu muito para crianças: as coleções “Snowdrop”, “Canções do Avô”.

A pena de Pleshcheev inclui traduções de poemas e prosa de vários autores estrangeiros. As obras do poeta em dramaturgia são significativas. Suas peças “O Casal Feliz”, “Cada Nuvem Tem uma Nuvem”, “O Comandante” são encenadas com sucesso nos cinemas.

Alexey Pleshcheev morreu em 26 de setembro de 1893 em Paris, enquanto estava a caminho de Nice para tratamento. Enterrado em Moscou.

Alexei Nikolaevich Pleshcheev(22 de novembro de 1825, Kostroma - 26 de setembro de 1893, Paris) - escritor, poeta, tradutor russo; crítico literário e teatral. Em 1846, a primeira coleção de poemas tornou Pleshcheev famoso entre os jovens revolucionários; como membro do círculo Petrashevsky, foi preso em 1849 e algum tempo depois enviado ao exílio, onde passou quase dez anos no serviço militar. Ao retornar do exílio, Pleshcheev continuou sua atividade literária; Depois de passar por anos de pobreza e dificuldades, tornou-se um escritor, crítico, editor de autoridade e, no final da vida, um filantropo. Muitas das obras do poeta (especialmente poemas infantis) tornaram-se livros didáticos e são consideradas clássicos. Mais de cem romances foram escritos pelos mais famosos compositores russos baseados nos poemas de Pleshcheev.

Biografia

Alexey Nikolaevich Pleshcheev nasceu em Kostroma em 22 de novembro (4 de dezembro) de 1825 em uma família nobre empobrecida que pertencia à antiga família Pleshcheev (entre os ancestrais do poeta estava Santo Aleixo de Moscou). A família honrou as tradições literárias: havia vários escritores na família Pleshcheev, incluindo o famoso escritor S.I. Pleshcheev no final do século XVIII.

O pai do poeta, Nikolai Sergeevich, serviu sob os governadores de Olonets, Vologda e Arkhangelsk. A. N. Pleshcheev passou a infância em Nizhny Novgorod, onde desde 1827 seu pai serviu como guarda florestal provincial. Após a morte de Nikolai Sergeevich Pleshcheev em 1832, sua mãe, Elena Aleksandrovna (nascida Gorskina), criou seu filho.

Até os treze anos, o menino estudou em casa e recebeu uma boa educação, dominando três idiomas; então, a pedido de sua mãe, ele ingressou na Escola de Alferes da Guarda de São Petersburgo, mudando-se para São Petersburgo. Aqui o futuro poeta teve que enfrentar a atmosfera “estultificante e corruptora” da “camarilha militar de Nicolau”, que incutiu para sempre “a mais sincera antipatia” em sua alma. Tendo perdido o interesse pelo serviço militar, Pleshcheev deixou a escola de alferes da guarda em 1843 (formalmente, tendo renunciado “por doença”) e ingressou na Universidade de São Petersburgo na categoria de línguas orientais. Aqui o círculo de conhecidos de Pleshcheev começou a se formar: reitor da universidade P. A. Pletnev, A. A. Kraevsky, Maikovs, F. M. Dostoevsky, I. A. Goncharov, D. V. Grigorovich, M. E. Saltykov-Shchedrin.

Gradualmente, Pleshcheev fez amizades no meio literário (formado principalmente em festas na casa de A. Kraevsky). Pleshcheev enviou sua primeira seleção de poemas a Pletnev, reitor da Universidade de São Petersburgo e editor da revista Sovremennik. Em carta a J. K. Grot, este escreveu: “Você viu poemas assinados por A. P-v no Contemporâneo? Descobri que este é nosso aluno do primeiro ano, Pleshcheev. Seu talento é visível. Chamei-o para mim e o acariciei. Ele caminha pelo ramo leste, mora com a mãe, cujo único filho é..."

Em 1845, A. N. Pleshcheev, levado pelas ideias socialistas, reuniu-se através dos irmãos Beketov com membros do círculo de M. V. Butashevich-Petrashevsky, que incluía escritores - F. M. Dostoevsky, N. A. Speshnev, S. F. Durov, A. V. Khanykova. N. Speshnev teve uma grande influência sobre Pleshcheev durante esses dias, de quem o poeta mais tarde falou como um homem de “vontade forte e caráter extremamente honesto”.

Os petrashevitas prestaram atenção significativa à poesia política, discutindo questões de seu desenvolvimento nas “sextas-feiras”. Sabe-se que num jantar em homenagem a Charles Fourier foi lida uma tradução de “Les fous” de Bérenger, obra dedicada aos socialistas utópicos. Pleshcheev não apenas participou ativamente das discussões e da criação de poemas de propaganda, mas também entregou manuscritos proibidos aos membros do círculo. Juntamente com N.A. Mordvinov, ele empreendeu a tradução do livro do ideólogo do socialismo utópico F.-R. de Lamennais "A Palavra do Crente", que deveria ser impressa em uma gráfica subterrânea.

No verão de 1845, Pleshcheev deixou a universidade devido à sua situação financeira difícil e à insatisfação com o próprio processo educacional. Após deixar a universidade, dedicou-se exclusivamente às atividades literárias, mas não perdeu as esperanças de concluir os estudos, pretendendo preparar todo o curso universitário e passá-lo como aluno externo. Ao mesmo tempo, não interrompeu os contatos com os membros do círculo; Os petrashevitas costumavam se reunir em sua casa; Eles viam Pleshcheev como “um poeta-lutador, seu próprio André Chenier”.

Em 1846, foi publicada a primeira coletânea de poemas do poeta, que incluía os poemas populares “At the Call of Friends” (1845), além de “Forward! sem medo e sem dúvidas..." (apelidada de "Marselhesa Russa") e "Por sentimentos, somos irmãos"; ambos os poemas tornaram-se hinos da juventude revolucionária. Os slogans do hino de Pleshcheev, que mais tarde perderam a nitidez, tinham um conteúdo muito específico para os pares do poeta e pessoas com ideias semelhantes: “o ensino do amor” foi decifrado como o ensino dos socialistas utópicos franceses; “façanha valente” significava um chamado para o serviço público, etc. N. G. Chernyshevsky mais tarde chamou o poema de “um hino maravilhoso”, N. A. Dobrolyubov o caracterizou como “um chamado ousado, cheio de fé em si mesmo, fé nas pessoas, fé para um melhor futuro." Os poemas de Pleshcheyev tiveram ampla repercussão pública: ele “começou a ser visto como um poeta-lutador”.

V. N. Maikov, em uma resenha da primeira coleção de poemas de Pleshcheev, escreveu com particular simpatia sobre a fé do poeta no “triunfo da verdade, do amor e da fraternidade na terra”, chamando o autor de “nosso primeiro poeta na atualidade”: “Poemas para a donzela e a lua acabaram para sempre. Outra era está chegando: dúvidas e tormentos intermináveis ​​​​de dúvidas estão em andamento, sofrimento por questões humanas universais, choro amargo pelas deficiências e infortúnios da humanidade, pela desordem da sociedade, reclamações sobre a mesquinhez dos personagens modernos e um reconhecimento solene de seus insignificância e impotência, imbuída de um pathos lírico pela verdade... Nessa lamentável situação em que se encontra a nossa poesia desde a morte de Lermontov, o Sr. Pleshcheev é sem dúvida o nosso primeiro poeta na atualidade... Ele, como se depreende dos seus poemas, assumiu a obra de poeta por vocação, simpatiza fortemente com as questões do seu tempo, sofre de todas as enfermidades do século, dolorosamente atormentado pelas imperfeições da sociedade..."

Poemas e histórias de A. Pleshcheev, que durante esses anos foi acusado de fé no reino vindouro do “cosmopolitismo humano” (como disse Maykov), também foram publicados em “Notas da Pátria” (1847-1849).

A poesia de Pleshcheev acabou sendo, na verdade, a primeira reação literária da Rússia aos acontecimentos na França. É em grande parte por isso que o seu trabalho foi tão valorizado pelos Petrashevistas, que estabeleceram como objectivo imediato a transferência de ideias revolucionárias para o solo nacional. Posteriormente, o próprio Pleshcheev escreveu em uma carta a A.P. Chekhov: E para nosso irmão - um homem da segunda metade dos anos 40 - a França está muito próxima de seu coração. Naquela época não era permitido intrometer-se na política interna - e fomos criados e desenvolvidos na cultura francesa, nas ideias de 1948. Você não pode nos exterminar... Em muitos aspectos, é claro, tivemos que ficar desapontados mais tarde - mas permanecemos fiéis a muitas coisas

A. Pleshcheev - A. Chekhov, 1888.

O poema “Ano Novo” (“Ouvem-se cliques - parabéns...”), publicado com o subtítulo “secreto” “Cantata do italiano”, foi uma resposta direta à Revolução Francesa. Escrito no final de 1848, não conseguiu enganar a vigilância da censura e foi publicado apenas em 1861.

Na segunda metade da década de 1840, Pleshcheev começou a publicar como prosaico: seus contos “The Raccoon Coat. A história não deixa de ter moral" (1847), "Cigarro. O Verdadeiro Incidente" (1848), "Proteção. História Experiente" (1848) foram notados pelos críticos, que descobriram neles a influência de N.V. Gogol e os classificaram como uma "escola natural". Nesses mesmos anos, o poeta escreveu os contos “Prank” (1848) e “Conselho de Amigo” (1849); na segunda delas foram desenvolvidos alguns motivos do conto “Noites Brancas” de F. M. Dostoiévski, dedicado a Pleshcheev.

No inverno de 1848-1849, Pleshcheev organizou reuniões de petrashevitas em sua casa. Estiveram presentes F. M. Dostoevsky, M. M. Dostoevsky, S. F. Durov, A. I. Palm, N. A. Speshnev, A. P. Milyukov, N. A. Mombelli, N. Ya. Danilevsky (futuro autor conservador da obra “Rússia e Europa”), P. I. Lamansky. Pleshcheev pertencia à parte mais moderada dos Petrashevistas. Ele ficou indiferente aos discursos de outros oradores radicais que substituíram a ideia de um Deus pessoal pela “verdade na natureza”, que rejeitaram a instituição da família e do casamento e professaram o republicanismo. Ele era alheio aos extremos e procurava harmonizar seus pensamentos e sentimentos. A paixão ardente pelas novas crenças socialistas não foi acompanhada por uma renúncia decisiva à antiga fé e apenas fundiu num único todo a religião do socialismo e o ensinamento cristão sobre a verdade e o amor ao próximo. Não foi à toa que tomou como epígrafe do poema “Sonho” as palavras de Lamennay: “A terra está triste e seca, mas voltará a ficar verde. O sopro do mal não irá varrê-la para sempre como um sopro abrasador."

Em 1849, enquanto estava em Moscou (casa número 44 na rua 3 Meshchanskaya, hoje rua Shchepkina), Pleshcheev enviou a F. M. Dostoiévski uma cópia da carta de Belinsky a Gogol. A polícia interceptou a mensagem. No dia 8 de abril, após denúncia do provocador P. D. Antonelli, o poeta foi preso em Moscou, transportado sob custódia para São Petersburgo e passou oito meses na Fortaleza de Pedro e Paulo. 21 pessoas (de 23 condenadas) foram condenadas à morte; Pleshcheev estava entre eles.

Em 22 de dezembro, junto com o resto dos Petrashevistas condenados, A. Pleshcheev foi levado ao campo de desfile Semyonovsky para um cadafalso especial para execução civil. Seguiu-se uma reconstituição, que mais tarde foi descrita em detalhes por F. Dostoiévski no romance “O Idiota”, após a qual foi lido um decreto do imperador Nicolau I, segundo o qual a pena de morte foi substituída por vários termos de exílio para trabalhos forçados ou para empresas prisionais. A. Pleshcheev foi primeiro condenado a quatro anos de trabalhos forçados, depois transferido como soldado raso para Uralsk, para o Corpo Separado de Orenburg.

Em 6 de janeiro de 1850, Pleshcheev chegou a Uralsk e foi alistado como soldado comum no 1º batalhão linear de Orenburg. Em 25 de março de 1852 foi transferido para Orenburg para o 3º batalhão de linha. A permanência do poeta na região durou oito anos, sete dos quais permaneceu no serviço militar. Pleshcheev lembrou que os primeiros anos de serviço foram difíceis para ele, em grande parte devido à atitude hostil dos oficiais em relação a ele. “No início, sua vida no novo local de exílio foi absolutamente terrível”, testemunhou M. Dandeville. Ele não teve licença e a atividade criativa estava fora de questão. As próprias estepes causaram uma impressão dolorosa no poeta. “Esta distância ilimitada da estepe, extensão, vegetação insensível, silêncio mortal e solidão são terríveis”, escreveu Pleshcheev.

A situação mudou para melhor depois que o governador-geral, conde V. A. Perovsky, um velho conhecido de sua mãe, começou a patrocinar o poeta. Pleshcheev teve acesso aos livros, tornou-se amigo da família do tenente-coronel (mais tarde general) VD Dandeville, que gostava de arte e literatura (a quem dedicou vários poemas daqueles anos), dos exilados polacos, Taras Shevchenko, um dos criadores das máscaras literárias de Kozma Prutkov, de A. M. Zhemchuzhnikov, e do poeta revolucionário M. L. Mikhailov.

No inverno de 1850, em Uralsk, Pleshcheev conheceu Sigismund Serakovsky e seu círculo; eles se conheceram mais tarde, na Mesquita Ak, onde ambos serviram. No círculo de Serakovsky, Pleshcheev encontrou-se novamente numa atmosfera de intensa discussão sobre as mesmas questões sócio-políticas que o preocupavam em São Petersburgo. “Um exilado apoiou outro. A maior felicidade era estar no círculo de seus companheiros. Após o exercício, muitas vezes aconteciam discussões amigáveis. As cartas vindas de casa e as notícias trazidas pelos jornais eram objeto de intermináveis ​​discussões. Nenhum deles perdeu a coragem ou a esperança de voltar...”, disse seu membro, Ir. sobre o círculo. Zalessky. O biógrafo de Sierakovsky esclareceu que o círculo discutiu “questões relacionadas com a libertação dos camponeses e a concessão de terras a eles, bem como a abolição dos castigos corporais no exército”.

Em 2 de março de 1853, Pleshcheev, a seu próprio pedido, foi transferido para o 4º batalhão linear, que iniciava uma perigosa campanha nas estepes. Participou nas campanhas do Turquestão organizadas por Perovsky, em particular, no cerco e assalto à fortaleza de Kokand (Ak-Mechet). Numa carta a um amigo de Orenburg, Pleshcheev explicou esta decisão dizendo que “o objectivo da campanha era nobre – a protecção dos oprimidos, e nada inspira mais do que um objectivo nobre”. Por sua bravura, foi promovido a suboficial e, em maio de 1856, recebeu o posto de alferes e com ele a oportunidade de ingressar no serviço civil. Pleshcheev renunciou em dezembro “com renomeação para registradores colegiais e com permissão para ingressar no serviço público, exceto nas capitais” e ingressou na Comissão de Fronteiras de Orenburg. Aqui ele serviu até setembro de 1858, após o qual se mudou para o cargo de governador civil de Orenburg. Da região de Orenburg, o poeta enviou seus poemas e histórias para revistas (principalmente Russky Vestnik).

Em 1857, Pleshcheev casou-se (filha do zelador da mina de sal de Iletsk, E. A. Rudneva):12, e em maio de 1858 ele e sua esposa foram para São Petersburgo, recebendo férias de quatro meses “para ambas as capitais” e o retorno dos direitos da nobreza hereditária.

Retomada da atividade literária

Já durante os anos de exílio, A. Pleshcheev retomou novamente a sua atividade literária, embora tenha sido forçado a escrever aos trancos e barrancos. Os poemas de Pleshcheev começaram a ser publicados em 1856 no Boletim Russo sob o título característico: “Canções antigas de uma maneira nova”. Pleshcheev da década de 1840 era, de acordo com a observação de M. L. Mikhailov, propenso ao romantismo; Nos poemas do período do exílio, as tendências românticas foram preservadas, mas a crítica notou que aqui o mundo interior de uma pessoa que “se dedicou à luta pela felicidade do povo” começou a ser mais profundamente explorado.

Em 1857, vários outros de seus poemas foram publicados no Russian Messenger. Para os pesquisadores da obra do poeta, não ficou claro quais deles eram verdadeiramente novos e quais pertenciam aos anos de exílio. Supôs-se que a tradução de G. Heine de “Life’s Path” (Pleshcheev - “E risos, e canções, e o brilho do sol!..”), publicada em 1858, é uma das últimas. A mesma linha de “lealdade aos ideais” foi continuada pelo poema “Na Estepe” (“Mas deixe meus dias passarem sem alegria...”). Uma expressão dos sentimentos gerais dos revolucionários exilados de Orenburg foi o poema “Depois de ler os jornais”, cuja ideia principal - a condenação da Guerra da Crimeia - estava em consonância com os sentimentos dos exilados polacos e ucranianos.

Em 1858, após uma pausa de quase dez anos, foi publicada a segunda coleção de poemas de Pleshcheev. A epígrafe, as palavras de Heine: “Não consegui cantar...”, indicava indiretamente que no exílio o poeta quase não se dedicava à atividade criativa. Nenhum poema datado de 1849-1851 sobreviveu, e o próprio Pleshcheev admitiu em 1853 que há muito “perdeu o hábito de escrever”. O tema principal da coleção de 1858 era “dor pela pátria escravizada e fé na retidão de sua causa”, a visão espiritual de uma pessoa que renuncia a uma atitude irrefletida e contemplativa em relação à vida. A coleção abriu com o poema “Dedicação”, que em muitos aspectos ecoou o poema “E risos, e canções, e o brilho do sol!..”. Entre aqueles que apreciaram com simpatia a segunda coleção de Pleshcheev estava N. A. Dobrolyubov. Apontou o condicionamento sócio-histórico das entonações melancólicas pelas circunstâncias da vida, que “destroem feio as personalidades mais nobres e fortes...”. “A este respeito, o talento do Sr. Pleshcheev traz a mesma marca da amarga consciência de sua impotência diante do destino, o mesmo sabor de “melancolia dolorosa e pensamentos tristes” que seguiram os sonhos ardentes e orgulhosos de sua juventude”, escreveu o crítico.

Em agosto de 1859, após um breve retorno a Orenburg, A. N. Pleshcheev estabeleceu-se em Moscou (sob a “mais estrita supervisão”) e dedicou-se inteiramente à literatura, tornando-se um colaborador ativo da revista Sovremennik. Aproveitando o conhecimento de Orenburg com o poeta M. L. Mikhailov, Pleshcheev estabeleceu contatos com a equipe editorial atualizada da revista: com N. A. Nekrasov, N. G. Chernyshevsky, N. A. Dobrolyubov. Entre as publicações onde o poeta publicou poemas estavam também “Palavra Russa” (1859-1864), “Time” (1861-1862), os jornais “Vek” (1861), “Den” (1861-1862) e “Moskovsky Vestnik ” "(cargo editorial que ocupou em 1859-1860), publicações de São Petersburgo ("Svetoch", "Iskra", "Time", "Russian Word"). Em 19 de dezembro de 1859, a Sociedade dos Amantes da Literatura Russa elegeu A. Pleshcheev como membro titular.

No final da década de 1850, A. Pleshcheev voltou-se para a prosa, primeiro para o gênero de conto, depois publicou vários contos, em particular, “Herança” e “Pai e Filha” (ambos 1857), parcialmente autobiográfico “Budnev” (1858 ), “Pashintsev” e “Duas Carreiras” (ambos de 1859). O principal alvo da sátira de Pleshcheev como prosador foi a denúncia pseudo-liberal e o epigonismo romântico, bem como os princípios da “arte pura” na literatura (a história “Noite Literária”). Dobrolyubov escreveu sobre a história “Pashintsev” (publicada no “Boletim Russo” de 1859, nº 11 e 12): “O elemento social os penetra constantemente e isso os distingue das muitas histórias incolores dos anos trinta e cinquenta... No história de cada herói das histórias de Pleshcheev você vê como ele está vinculado ao seu ambiente, assim como este pequeno mundo pesa sobre ele com suas demandas e relacionamentos - em uma palavra, você vê no herói um ser social, e não um ser solitário .”

"Boletim de Moscou"

Em novembro de 1859, Pleshcheev tornou-se acionista do jornal “Moskovsky Vestnik”, no qual I. S. Turgenev, A. N. Ostrovsky, M. E. Saltykov-Shchedrin, I. I. Lazhechnikov, L. N. Tolstoy e N. G. Chernyshevsky. Pleshcheev convidou energicamente Nekrasov e Dobrolyubov a participar e lutou para mudar drasticamente a orientação política do jornal para a esquerda. Ele definiu a missão da publicação da seguinte forma: “Todo nepotismo à parte. Devemos derrotar os proprietários de servos sob o disfarce de liberais.”

A publicação no Moskovsky Vestnik de “Sonho” de T. G. Shevchenko traduzido por Pleshcheev (publicado sob o título “O Ceifador”), bem como a autobiografia do poeta, foi considerada por muitos (em particular, Chernyshevsky e Dobrolyubov) como um ato político ousado . O Moskovsky Vestnik, sob a liderança de Pleshcheev, tornou-se um jornal político que apoiava as posições do Sovremennik. Por sua vez, Sovremennik, em “Notas de um Novo Poeta” (I. I. Panaeva), avaliou positivamente a direção do jornal de Pleshcheev, recomendando diretamente ao seu leitor que prestasse atenção às traduções de Shevchenko.

década de 1860

A colaboração com o Sovremennik continuou até o seu encerramento em 1866. O poeta declarou repetidamente sua simpatia incondicional pelo programa da revista de Nekrasov e pelos artigos de Chernyshevsky e Dobrolyubov. “Nunca trabalhei tanto e com tanto amor como naquela época em que toda a minha atividade literária era dedicada exclusivamente à revista dirigida por Nikolai Gavrilovich e cujos ideais foram e continuarão a ser para sempre os meus ideais”, recordou mais tarde o poeta.

Em Moscou, Nekrasov, Turgenev, Tolstoi, AF Pisemsky, AG Rubinstein, PI Tchaikovsky e atores do Teatro Maly participaram de noites literárias e musicais na casa de Pleshcheev. Pleshcheev participou e foi eleito ancião do “Círculo Artístico”.

Em 1861, Pleshcheev decidiu criar uma nova revista, Foreign Review, e convidou M. L. Mikhailov para participar dela. Um ano depois, com Saltykov, A. M. Unkovsky, A. F. Golovachev, A. I. Evropeus e B. I. Utin, ele desenvolveu um projeto para a revista “Russian Truth”, mas em maio de 1862 foi-lhe recusada a permissão da revista. Ao mesmo tempo, surgiu um plano não realizado de compra do já publicado jornal “Vek”.

A posição de Pleshcheev em relação às reformas de 1861 mudou com o tempo. A princípio, recebeu a notícia deles com esperança (prova disso é o poema “Pobre de quem trabalhou, sem saber descansar...”). Já em 1860, o poeta repensou a sua atitude em relação à libertação dos camponeses - em grande parte sob a influência de Chernyshevsky e Dobrolyubov. Em cartas a E. I. Baranovsky, Pleshcheev observou: os partidos “burocráticos e de plantation” estão prontos para desistir “do camponês pobre como vítima do roubo burocrático”, renunciando às esperanças anteriores de que o camponês “será libertado da pesada pata do proprietário de terras.”

Período de atividade política

A obra poética de Pleshcheev do início da década de 1860 foi marcada pela predominância de temas e motivos sócio-políticos e cívicos. O poeta tentou atrair um amplo público de mentalidade democrática; notas de propaganda apareceram em suas obras poéticas. Ele finalmente parou de colaborar com Russkiy Vestnik e de se comunicar pessoalmente com M. N. Katkov, além disso, começou a criticar abertamente a direção liderada por este último. “As malditas questões da realidade são o verdadeiro conteúdo da poesia”, afirmou o poeta num dos seus artigos críticos, apelando à politização das publicações em que participou.

Poemas característicos nesse sentido foram “Apelo” (uma espécie de reação à prisão de M. L. Mikhailov), o poema “Ano Novo” dedicado a Nekrasov, no qual (como em “Malícia ferveu em meu coração ...”) liberais e sua retórica foi criticada. Um dos temas centrais da poesia de Pleshcheev no início da década de 1860 era o tema do cidadão-lutador e do feito revolucionário. O poeta dos poemas de Pleshcheev não é o antigo “profeta” que sofre com a incompreensão da multidão, mas um “guerreiro da revolução”. O poema “Pessoas honestas na estrada espinhosa...”, dedicado ao julgamento de Tchernichévski (“Que ele não teça coroas vitoriosas para você...”) teve significado político direto.

Os poemas “À Juventude” e “Falsos Professores”, publicados em Sovremennik em 1862, também tinham o caráter de um discurso político, ligado aos acontecimentos do outono de 1861, quando as prisões de estudantes foram recebidas com total indiferença do amplo massas. Da carta de Pleshcheev a AN Supenev, a quem o poema “To Youth” foi enviado para entrega a Nekrasov, fica claro que em 25 de fevereiro de 1862, Pleshcheev leu “To Youth” em uma noite literária em favor de vinte estudantes expulsos. O poeta também participou da arrecadação de dinheiro em benefício dos estudantes atingidos. No poema “Para a Juventude”, Pleshcheev exortou os estudantes a “não recuar diante da multidão, a atirar pedras prontas”. O poema “Aos Falsos Professores” foi uma resposta a uma palestra de B. N. Chicherin, proferida em 28 de outubro de 1861 e dirigida contra a “anarquia de mentes” e a “violenta folia de pensamentos” dos estudantes. Em novembro de 1861, Pleshcheev escreveu a A.P. Milyukov: Você leu a palestra de Chicherin no Moskovskie Vedomosti? Não importa quão pouco simpatizemos com os estudantes, cujas travessuras são muitas vezes infantis, concordaremos que não podemos deixar de sentir pena dos pobres jovens, condenados a ouvir tolices tão flácidas, lugares-comuns tão desgastados como calças de soldado, e frases doutrinárias vazias! É esta a palavra viva da ciência e da verdade? E esta palestra foi aplaudida pelos camaradas do venerável doutrinário Babst, Ketcher, Shchepkin e companhia.

Nos relatórios da polícia secreta durante esses anos, A. N. Pleshcheev continuou a aparecer como um “conspirador”; foi escrito que embora Pleshcheev “se comporte de forma muito secreta”, ele ainda é “suspeito de disseminar ideias que discordam das opiniões do governo”. Houve algumas razões para tal suspeita.

Quando A. N. Pleshcheev se mudou para Moscovo, os associados mais próximos de N. G. Chernyshevsky já estavam a preparar a criação de uma organização revolucionária secreta totalmente russa. Muitos amigos do poeta participaram ativamente de sua preparação: S. I. Serakovsky, M. L. Mikhailov, Y. Stanevich, N. A. Serno-Solovyevich, N. V. Shelgunov. Por esta razão, a polícia considerou Pleshcheev um participante pleno da organização secreta. Na denúncia de Vsevolod Kostomarov, o poeta foi chamado de “conspirador”; Foi ele quem recebeu o crédito pela criação da “Carta aos Camponeses”, a famosa proclamação de Tchernichévski.

Sabe-se que em 3 de julho de 1863, foi redigida uma nota no III Departamento informando que o poeta-tradutor F. N. Berg visitou Pleshcheev em sua dacha e viu dele folhetos e fontes tipográficas. “Fyodor Berg respondeu que Pleshcheev... é positivamente um dos líderes da sociedade Terra e Liberdade”, dizia a nota. Em 11 de julho de 1863, foi realizada uma busca na casa de Pleshcheev, que não trouxe nenhum resultado. Em carta ao gerente da 1ª expedição da III Divisão, F.F. Kranz, o poeta indignou-se com isso, explicando a presença na casa de retratos de Herzen e Ogarev, além de vários livros proibidos, por interesses literários. Não há informações exatas sobre a participação de Pleshcheev em “Land and Freedom”. Muitos contemporâneos acreditavam que Pleshcheev não apenas pertencia a uma sociedade secreta, mas também dirigia uma gráfica clandestina, sobre a qual, em particular, P. D. Boborykin escreveu. M. N. Sleptsova, em suas memórias “Navigators of the Coming Storm”, afirmou que entre as pessoas que eram membros de “Land and Freedom” e que ela conhecia pessoalmente estava Pleshcheev: “Na década de 60, ele era responsável por uma gráfica em Moscou, onde foi publicado “Jovem Rússia”, e, além disso, participou do “Vedomosti Russo” que acabava de começar em Moscou, ao que parece, como colunista de literatura estrangeira. Ele era membro do “Land and Freedom”, que por muito tempo o conectou com Sleptsov”, afirmou ela. Estas declarações são indiretamente confirmadas por cartas do próprio Pleshcheev. Assim, ele escreveu a FV Chizhov sobre sua intenção de “iniciar uma gráfica” em 16 de setembro de 1860. Uma carta a Dostoiévski datada de 27 de outubro de 1859 dizia: “Estou abrindo uma gráfica – embora não sozinho”.

Atividade literária na década de 1860

Em 1860, foram publicados dois volumes de Contos e Histórias de Pleshcheev; em 1861 e 1863 - mais duas coleções de poemas de Pleshcheev. Os pesquisadores observaram que, como poeta, Pleshcheev ingressou na escola Nekrasov; Tendo como pano de fundo a ascensão social da década de 1860, ele criou poemas socialmente críticos, de protesto e atraentes (“Oh jovem, jovem, onde você está?”, “Oh, não se esqueça que você é um devedor”, “Um chato foto!"). Ao mesmo tempo, pela natureza da sua criatividade poética, na década de 1860 esteve próximo de N. P. Ogarev; a obra de ambos os poetas foi formada com base em tradições literárias comuns, embora tenha sido notado que a poesia de Pleshcheev é mais lírica. Entre seus contemporâneos, prevalecia a opinião de que Pleshcheev continuava sendo “um homem dos anos quarenta”, um tanto romântico e abstrato. “Tal disposição mental não coincidia exatamente com o caráter do novo povo, os sóbrios anos sessenta, que exigiam trabalho e, acima de tudo, trabalho”, observou N. Bannikov, biógrafo do poeta.

N. D. Khvoshchinskaya (sob o pseudônimo de “V. Krestovsky” em uma resenha da coleção de Pleshcheev de 1861, apreciando muito em retrospecto o trabalho do poeta, que escreveu “coisas modernas vivas e calorosas que nos fizeram simpatizar com ele”, criticou duramente o “ incerteza" de sentimentos e ideias, em alguns poemas capturando decadência, em outros - simpatia pelo liberalismo. O próprio Pleshcheev concordou indiretamente com esta avaliação, no poema "Pensamento" ele admitiu sobre a "perda patética da fé" e a "convicção na futilidade de a luta...".

Os pesquisadores notaram que em uma nova situação literária para Pleshcheev, era difícil para ele desenvolver sua própria posição. “Precisamos dizer uma palavra nova, mas onde está?” - escreveu ele a Dostoiévski em 1862. Pleshcheev percebeu com simpatia visões sociais e literárias diversas, às vezes polares: assim, ao mesmo tempo que compartilhava algumas das ideias de NG Chernyshevsky, ao mesmo tempo apoiou os eslavófilos de Moscou e o programa da revista “Time”.

Os ganhos literários trouxeram ao poeta uma renda escassa; ele liderou a existência de um “proletário literário”, como F. ​​M. Dostoiévski chamava essas pessoas (incluindo ele mesmo). Mas, como observaram os contemporâneos, Pleshcheev comportou-se de forma independente, permanecendo fiel ao “alto idealismo humanista de Schiller adquirido em sua juventude”. Como escreveu Yu Zobnin: “Pleshcheev, com a simplicidade corajosa de um príncipe exilado, suportou a necessidade constante destes anos, amontoado com a sua grande família em apartamentos minúsculos, mas não comprometeu nem um pouco a sua consciência cívica ou literária”.

Anos de decepção

Em 1864, A. Pleshcheev foi forçado a entrar no serviço e recebeu o cargo de auditor da câmara de controle dos Correios de Moscou. “A vida me derrotou completamente. Na minha idade, é tão difícil lutar como um peixe no gelo e usar um uniforme para o qual nunca me preparei”, queixou-se dois anos depois, numa carta a Nekrasov.

Houve outros motivos que determinaram a acentuada deterioração do estado de espírito geral do poeta, evidente no final da década de 1860, e o predomínio de sentimentos de amargura e depressão nas suas obras. As suas esperanças de protestos a nível nacional em resposta à reforma entraram em colapso; muitos de seus amigos morreram ou foram presos (Dobrolyubov, Shevchenko, Chernyshevsky, Mikhailov, Serno-Solovyevich, Shelgunov). A morte de sua esposa em 3 de dezembro de 1864 foi um duro golpe para o poeta. Após o fechamento das revistas “Sovremennik” e “Russkoe Slovo” em 1866 (as revistas dos irmãos Dostoiévski “Time” e “Epoch” foram fechadas ainda antes), Pleshcheev se viu entre um grupo de escritores que praticamente perderam sua plataforma de revista . O tema principal de seus poemas dessa época era a exposição da traição e da traição (“Se você quer que seja pacífico...”, “Apostaten-Marsch”, “Sinto pena daqueles cuja força está morrendo...” ).

Na década de 1870, os sentimentos revolucionários na obra de Pleshcheev adquiriram o caráter de reminiscências; Característico nesse sentido é o poema “Caminhava tranquilamente por uma rua deserta...” (1877), considerado um dos mais significativos de sua obra, dedicado à memória de V. G. Belinsky. O poema “Sem Esperanças e Expectativas...” (1881), que era uma resposta direta à situação do país, parecia traçar um limite sob um longo período de decepção e frustração.

Pleshcheev em São Petersburgo

Em 1868, N.A. Nekrasov, tendo se tornado chefe da revista Otechestvennye zapiski, convidou Pleshcheev a se mudar para São Petersburgo e assumir o cargo de secretário editorial. Aqui o poeta encontrou-se imediatamente num ambiente amigável, entre pessoas com ideias semelhantes. Após a morte de Nekrasov, Pleshcheev assumiu a liderança do departamento de poesia e trabalhou na revista até 1884.

Ao mesmo tempo, junto com V. S. Kurochkin, A. M. Skabichevsky, N. A. Demert, ele se tornou funcionário do Birzhevye Vedomosti, um jornal no qual Nekrasov sonhava em “realizar secretamente as opiniões” de sua publicação principal. Após o fechamento da Otechestvennye Zapiski, Pleshcheev contribuiu para a criação de uma nova revista, Severny Vestnik, onde trabalhou até 1890.

Pleshcheev apoiou ativamente aspirantes a escritores. Ele desempenhou um papel vital na vida de Ivan Surikov, que mendigava e estava prestes a cometer suicídio; sua vida mudou após a primeira publicação organizada por Pleshcheev. Tendo enorme influência nas redações e editoras, Pleshcheev ajudou V. M. Garshin, A. Serafimovich, S. Ya. Nadson, A. Apukhtin. Pleshcheev desempenhou o papel mais importante no destino literário de D. S. Merezhkovsky durante os anos de sua estreia literária. Ele manteve este último como uma relíquia em seus arquivos com uma breve nota: “Ofereço a adesão<Литературного>sociedade de Semyon Yakovlevich Nadson (Krondstadt, esquina de Kozelskaya e Kronstadt, casa dos herdeiros Nikitin, apartamento de Grigoriev) Dmitry Sergeevich Merezhkovsky (Znamenskaya, 33, apartamento 9) A. Pleshcheev.” Uma profunda amizade ligava Pleshcheev ao aspirante A.P. Chekhov, a quem Pleshcheev considerava o mais promissor dos jovens escritores. O poeta saudou com admiração a primeira grande história de Chekhov, “A Estepe”.

Em suas notas bibliográficas, Pleshcheev defendeu princípios realistas na arte, desenvolvendo as ideias de V. G. Belinsky e os princípios da “crítica real”, especialmente N. A. Dobrolyubov. Cada vez, com base no significado social da literatura, Pleshcheev tentou identificar em suas resenhas críticas o significado social da obra, embora “se apoiasse, via de regra, em conceitos vagos e muito gerais, como simpatia pelos desfavorecidos, conhecimento do coração e da vida, da naturalidade e da vulgaridade.” Em particular, esta abordagem levou-o a subestimar as obras de A. K. Tolstoi. Como chefe do departamento literário do Mensageiro do Norte, Pleshcheev entrou em confronto aberto com o grupo editorial populista, principalmente com NK Mikhailovsky, de cujas críticas ele defendeu Chekhov (especialmente sua “Estepe”) e Garshin. No final das contas, Pleshcheev brigou com A. M. Evreinova (“... não pretendo cooperar com ela depois de sua atitude rude e atrevida para comigo”, escreveu ele a Chekhov em março de 1890) e parou de colaborar com a revista.

Criatividade da década de 1880

Com a mudança para a capital, a atividade criativa de Pleshcheev foi retomada e não parou quase até a sua morte. Nas décadas de 1870-1880, o poeta dedicou-se principalmente a traduções poéticas das línguas alemã, francesa, inglesa e eslava. Como observaram os pesquisadores, foi aqui que sua habilidade poética se manifestou mais.

A. Pleshcheev traduziu grandes obras dramáticas (“Ratcliffe” de Heine, “Magdalene” de Hebbel, “Struensee” de M. Behr), poemas de poetas alemães (Heine, M. Hartmann, R. Prutz), franceses (V. Hugo , M. Monier), inglês (J. G. Byron, A. Tennyson, R. Southey, T. Moore), húngaro (S. Petőfi), italiano (Giacomo Leopardi), obras do poeta ucraniano Taras Shevchenko e de poetas poloneses como S ... Witvitsky (“A grama está ficando verde, o sol está brilhando...”, da coleção “Canções Rurais”), Anthony Sova (Eduard Zheligovsky) e Vladislav Syrokomlya.

A. Pleshcheev também traduziu ficção; algumas obras (“Belly of Paris” de E. Zola, “Red and Black” de Stendhal) foram publicadas pela primeira vez em sua tradução. O poeta também traduziu artigos científicos e monografias. Em várias revistas, Pleshcheev publicou numerosos trabalhos de compilação sobre história e sociologia da Europa Ocidental (“Paul-Louis Courier, sua vida e escritos”, 1860; “A Vida e Correspondência de Proudhon”, 1873; “A Vida de Dickens”, 1891) , monografias sobre a obra de W. Shakespeare, Stendhal, A. de Musset. Em seus artigos jornalísticos e de crítica literária, seguindo em grande parte Belinsky, ele promoveu a estética democrática e apelou à busca entre o povo de heróis capazes de auto-sacrifício em nome da felicidade comum.

Em 1887, foi publicada a coleção completa de poemas de A. N. Pleshcheev. A segunda edição, com alguns acréscimos, foi feita após sua morte por seu filho, em 1894, e posteriormente também foram publicados “Contos e Histórias” de Pleshcheev.

A. N. Pleshcheev estava ativamente interessado na vida teatral, estava próximo do ambiente teatral e conhecia A. N. Ostrovsky. Em vários momentos, ocupou os cargos de capataz do Círculo Artístico e presidente da Sociedade de Trabalhadores de Palco, participou ativamente nas atividades da Sociedade de Escritores Dramáticos e Compositores de Ópera Russos e muitas vezes ele próprio fazia leituras.

A. N. Pleshcheev escreveu 13 peças originais. Basicamente, eram comédias de pequeno volume e “divertidas” no enredo, líricas e satíricas da vida dos proprietários de terras provinciais. Produções teatrais baseadas em suas obras dramáticas “Serviço” e “Cada nuvem tem uma fresta de esperança” (ambas de 1860), “O Casal Feliz”, “O Comandante” (ambas de 1862) “O que muitas vezes acontece” e “Irmãos” (ambas de 1864 ), etc.) foram exibidos nos principais teatros do país. Durante esses mesmos anos, ele revisou cerca de trinta comédias de dramaturgos estrangeiros para o palco russo.

Literatura infantil

A poesia e a literatura infantil ocuparam um lugar importante na obra de Pleshcheev na última década de sua vida. Suas coleções “Snowdrop” (1878) e “Grandfather’s Songs” (1891) fizeram sucesso. Alguns poemas viraram livros didáticos (“Velho”, “Avó e Neta”). O poeta participou ativamente da publicação, justamente em sintonia com o desenvolvimento da literatura infantil. Em 1861, juntamente com F. N. Berg, publicou a antologia “Livro Infantil” e em 1873 (com N. A. Alexandrov) uma coleção de obras para leitura infantil, “For the Holidays”. Além disso, graças aos esforços de Pleshcheev, sete livros escolares foram publicados sob o título geral “Esboços e Imagens Geográficas”.

Os pesquisadores da criatividade de Pleshcheev observaram que os poemas infantis de Pleshcheev são caracterizados por um desejo de vitalidade e simplicidade; eles são preenchidos com entonações de conversação livres e imagens reais, enquanto mantêm o clima geral de descontentamento social (“Eu cresci no corredor da minha mãe...”, “Uma imagem chata”, “Mendigos”, “Crianças”, “Nativo” , “Velhos”, “Primavera” ", "Infância", "Velho", "Avó e Neta").

Romances baseados em poemas de Pleshcheev

A. N. Pleshcheev foi caracterizado pelos especialistas como “um poeta com um discurso poético suave e romântico” e um dos mais “poetas líricos melodiosos da segunda metade do século XIX”. Cerca de cem romances e canções foram escritos com base em seus poemas - tanto por seus contemporâneos quanto por compositores de gerações subsequentes, incluindo N. A. Rimsky-Korsakov (“A Noite Voou Sobre o Mundo”), M. P. Mussorgsky, Ts. A. Cui, A. T. Grechaninov, SV Rachmaninov.

Os poemas e canções infantis de Pleshcheev tornaram-se uma fonte de inspiração para P. I. Tchaikovsky, que apreciava seu “lirismo sincero e espontaneidade, entusiasmo e clareza de pensamento”. O interesse de Tchaikovsky pela poesia de Pleshcheev deveu-se em grande parte ao fato de seu conhecimento pessoal. Eles se conheceram no final da década de 1860 em Moscou, no Círculo Artístico, e mantiveram boas amizades ao longo da vida.

Tchaikovsky, que se voltou para a poesia de Pleshcheev em diferentes períodos de sua vida criativa, escreveu vários romances baseados nos poemas do poeta: em 1869 - “Nem uma palavra, oh meu amigo...”, em 1872 - “Oh, cante a mesma música ...”, em 1884 - “Só você...”, em 1886 - “Ah, se você soubesse...” e “As mansas estrelas brilharam para nós...”. Quatorze canções de Tchaikovsky do ciclo “Dezesseis canções para crianças” (1883) foram criadas com base em poemas da coleção “Snowdrop” de Pleshcheev

“Este trabalho é fácil e muito agradável, porque peguei o texto do Snowdrop de Pleshcheev, onde há muitas coisinhas lindas”, escreveu o compositor a M. I. Tchaikovsky enquanto trabalhava neste ciclo. Na Casa-Museu de P. I. Tchaikovsky em Klin, na biblioteca do compositor, uma coleção de poemas “Snowdrop” de Pleshcheev é preservada com uma inscrição dedicatória do poeta: “A Pyotr Ilyich Tchaikovsky em sinal de favor e gratidão por sua música maravilhosa em meus palavrões. A. N. Pleshcheev. 1881, 18 de fevereiro, São Petersburgo.”

A. N. Pleshcheev e A. P. Chekhov

Pleshcheev tornou-se um admirador de Chekhov antes mesmo de conhecê-lo pessoalmente. O memorialista Barão N. V. Drizen escreveu: “Como agora vejo a bela figura quase bíblica de um velho - o poeta AN Pleshcheev, conversando comigo sobre o livro At Twilight, recém-publicado pela Suvorin. “Quando li este livro”, disse Pleshcheev, “a sombra de I. S. Turgenev pairou invisivelmente diante de mim. A mesma poesia pacificadora da palavra, a mesma descrição maravilhosa da natureza...” Ele gostou especialmente do conto “Na Noite Santa”.

O primeiro contato de Pleshcheev com Chekhov ocorreu em dezembro de 1887 em São Petersburgo, quando este, junto com I. L. Leontiev (Shcheglov), visitou a casa do poeta. Shcheglov mais tarde relembrou este primeiro encontro: “...menos de meia hora se passou quando o querido Alexei Nikolaevich estava em completo “cativeiro espiritual” com Chekhov e, por sua vez, estava preocupado, enquanto Chekhov rapidamente entrou em seu habitual humor filosófico e humorístico. Se alguém tivesse olhado para o escritório de Pleshcheev, provavelmente teria pensado que amigos íntimos de longa data estavam conversando...” Um mês depois, iniciou-se uma intensa correspondência amigável entre os novos amigos, que durou cinco anos. Em cartas a outros conhecidos, Chekhov chamava frequentemente Pleshcheev de “avô” e “padre”. Ao mesmo tempo, ele próprio não era admirador da poesia de Pleshcheev e não escondia sua ironia para com aqueles que idolatravam o poeta.

Chekhov escreveu a história “A Estepe” em janeiro de 1888 para “Severny Vestnik”; ao mesmo tempo, ele compartilhou detalhadamente seus pensamentos e dúvidas em suas cartas (“Sou tímido e com medo de que minha Estepe se torne insignificante... Falando francamente, estou me esforçando, estou me esforçando e fazendo beicinho, mas ainda assim, em geral, isso não me satisfaz, embora em alguns lugares eu encontre seus poemas em prosa"). Pleshcheev tornou-se o primeiro leitor da história (em manuscrito) e expressou repetidamente prazer em cartas (“Você escreveu ou quase escreveu uma grande coisa. Louvor e honra para você!.. Dói-me que você tenha escrito tantas coisas lindas e verdadeiramente artísticas - e são menos famosos que os escritores indignos de desatar o cinto dos seus pés”).

Chekhov enviou primeiro histórias, romances e a peça “Ivanov” a Pleshcheev (na segunda edição); compartilhou em correspondência a ideia do romance em que estava trabalhando no final da década de 1880, e deu-lhe os primeiros capítulos para ler. Em 7 de março de 1889, Chekhov escreveu a Pleshcheev: “Dedico meu romance a você... em meus sonhos e planos, meu melhor é dedicado a você”. Pleshcheev, que apreciava muito a independência interna de Chekhov, foi ele próprio franco com ele: não escondeu a sua atitude fortemente negativa em relação ao “Novo Tempo” e até ao próprio Suvorin, de quem Chekhov era próximo.

Em 1888, Pleshcheev visitou Chekhov em Sumy (a dacha dos Lintvarev em Luka), e este último falou sobre esta visita em uma carta a Suvorin:

Ele<Плещеев>ele é lento e senilmente preguiçoso, mas isso não impede que o belo sexo o leve em barcos, leve-o às propriedades vizinhas e cante-lhe romances. Aqui ele finge ser o mesmo de São Petersburgo, ou seja, um ícone pelo qual se rezam porque é antigo e já foi pendurado ao lado de ícones milagrosos. Eu pessoalmente, além de ser uma pessoa muito boa, calorosa e sincera, vejo nele um recipiente cheio de tradições, memórias interessantes e bons lugares-comuns.

Mikhail Chekhov deixou lembranças da visita de Pleshcheev à dacha de Luka.

Pleshcheev criticou o “Dia do Nome” de Chekhov, em particular sua parte intermediária, com a qual Chekhov concordou (“...escrevi-o preguiçosamente e descuidadamente. Tendo me acostumado a pequenas histórias que consistem apenas em um começo e um fim, fico entediado e começo a mastigar quando sinto que estou escrevendo no meio”), depois falou rispidamente sobre a história “Leshy” (que Merezhkovsky e Urusov já haviam elogiado). Pelo contrário, sua história “A Boring Story” recebeu os maiores elogios.

A correspondência começou a desaparecer depois que Chekhov, tendo ido para Tyumen, não respondeu a várias cartas do poeta, no entanto, mesmo depois de receber uma herança e posterior mudança para Paris, Pleshcheev continuou a descrever em detalhes sua vida, doenças e tratamento. No total, sobreviveram 60 cartas de Chekhov e 53 cartas de Pleshcheev. A primeira publicação da correspondência foi preparada pelo filho do poeta, escritor e jornalista Alexander Alekseevich Pleshcheev e publicada em 1904 pelo Diário de um frequentador de teatro de São Petersburgo.

últimos anos de vida

Nos últimos três anos de sua vida, Pleshcheev esteve livre das preocupações de ganhar dinheiro. Em 1890, ele recebeu uma enorme herança de um parente de Penza, Alexei Pavlovich Pleshcheev, e se estabeleceu com suas filhas nos luxuosos apartamentos do parisiense Mirabeau Hotel, onde convidou todos os seus conhecidos literários e generosamente lhes deu grandes somas de dinheiro. Segundo as memórias de Z. Gippius, o poeta mudou apenas externamente (tendo perdido peso desde o início da doença). Ele aceitou a enorme riqueza que de repente caiu sobre ele “do céu” “com nobre indiferença, permanecendo o mesmo proprietário simples e hospitaleiro de uma pequena cela na Praça Preobrazhenskaya”. “O que é essa riqueza para mim? É uma alegria que pude proporcionar aos meus filhos, e eu mesma suspirei um pouco... antes de morrer”, assim transmitiu a poetisa as suas palavras. O próprio Pleshcheev levou os convidados aos pontos turísticos de Paris, pediu jantares luxuosos em restaurantes e “respeitosamente pediu” que aceitasse um “adiantamento” dele para viagens - mil rublos.

O poeta contribuiu com uma quantia significativa para o Fundo Literário, estabeleceu fundos com os nomes de Belinsky e Chernyshevsky para incentivar escritores talentosos, começou a apoiar as famílias de G. Uspensky e S. Nadson e comprometeu-se a financiar a revista de N. K. Mikhailovsky e V. G. Korolenko “ Riqueza Russa”.

Em 2 de janeiro de 1892, de Nice, Pleshcheev escreveu a Chekhov que seu filho Nikolai comprou para si uma propriedade na província de Smolensk, que em julho, em Lucerna, seu braço e perna esquerdos estavam paralisados, ele descreveu detalhadamente as consultas com médicos famosos (incluindo “ ... o famoso Kusmaul, que Botkin prescreveu antes de sua morte” - este último o proibiu de retornar à Rússia no inverno), e também mencionou o tratamento com “eletricidade e massagem”: “... Mas ainda está longe de ser um correção perfeita. Não consigo andar muito ou andar logo. Estou ficando cansado. Embora eu ainda ande com uma bengala. Falta de ar e palpitações são muito raras aqui. Parei de fumar completamente. Bebo uma taça de vinho no almoço e no café da manhã” - A. N. Pleshcheev - A. P. Chekhov. 2(14) de janeiro de 1892, Nice.

Pleshcheev escreveu que evitava a elite, mencionando entre aqueles com quem a comunicação lhe dava prazer apenas o professor M. Kovalevsky, o zoólogo Korotnev, o vice-cônsul Yurasov e o casal Merezhkovsky.

Em 1893, já gravemente doente, A. N. Pleshcheev foi novamente a Nice para tratamento e no caminho, em 26 de setembro (8 de outubro) de 1893, morreu de apoplexia. Seu corpo foi transportado para Moscou e enterrado no cemitério do Convento Novodevichy.

As autoridades proibiram a publicação de qualquer “palavra panegírica” sobre a morte do poeta, mas um grande número de pessoas reuniu-se na cerimónia de despedida no dia 6 de outubro. No funeral, como testemunharam os contemporâneos, estavam presentes principalmente jovens, incluindo muitos escritores então desconhecidos, em particular K. Balmont, que fez um discurso de despedida sobre o caixão.

Críticas de críticos e contemporâneos

Os investigadores da obra do poeta notaram a enorme ressonância que teve um dos seus primeiros poemas, “Forward”, que lançou as bases para “o lado social, cívico da sua poesia...”. O que se notou, em primeiro lugar, foi a força da posição cívica de Pleshcheev e a completa correspondência das qualidades pessoais com os ideais que proclamavam. Pyotr Weinberg, em particular, escreveu: “A poesia de Pleshcheev é, em muitos aspectos, uma expressão e um reflexo de sua vida. Pertence à categoria dos poetas de caráter totalmente definido, cuja essência se esgota por algum motivo, agrupando em torno de si suas modificações e ramificações, preservando sempre, porém, o fundamento principal inviolado. Na poesia dos Pleshcheevs, esse motivo é a humanidade no sentido mais amplo e nobre da palavra. Aplicada principalmente aos fenómenos sociais que rodeiam o poeta, esta humanidade teve naturalmente que assumir um carácter elegíaco, mas a sua tristeza é sempre acompanhada por uma fé inabalável na vitória - mais cedo ou mais tarde - do bem sobre o mal ... ”

P. Weinberg.

Ao mesmo tempo, muitos críticos avaliaram com reserva os primeiros trabalhos de A. Pleshcheev. Notou-se que foi “colorido pelas ideias do utopismo socialista”; os tradicionais motivos românticos de decepção, solidão e melancolia “foram interpretados por ele como uma reação ao mal-estar social”, no contexto do tema do “sofrimento sagrado” do herói lírico (“Sonho”, “Andarilho”, “ Ao Chamado dos Amigos”). O pathos humanístico das letras de Pleshcheev foi combinado com um tom profético característico do humor dos utópicos, alimentado pela esperança de “ver o ideal eterno” (“Poeta”, 1846). A crença na possibilidade de uma ordem mundial harmoniosa e a expectativa de mudanças iminentes foram expressas no poema mais famoso de P., extremamente popular entre os petrashevitas (bem como entre os jovens de mentalidade revolucionária das gerações subsequentes, “Avante! Sem medo e dúvida...” (1846).

Escritores e críticos associados ao movimento social-democrata falavam frequentemente com ceticismo sobre o clima pessimista que prevalecia na poesia do poeta após o seu regresso do exílio. No entanto, o mesmo Dobrolyubov, observando que nos poemas de Pleshcheev se pode ouvir “algum tipo de pesar interno, uma triste reclamação de um lutador derrotado, tristeza pelas esperanças não realizadas da juventude”, observou, no entanto, que esses estados de espírito não têm nada a ver com “ os gemidos queixosos das pessoas chorosas do passado." Observando que tal transição da elevação inicial das esperanças para a decepção é geralmente característica dos melhores representantes da poesia russa (Pushkin, Koltsov, etc.), o crítico escreveu que “... a tristeza do poeta pelo fracasso de suas esperanças é não sem... significado social e dá aos poemas do Sr. Pleshcheev o direito de serem mencionados na história futura da literatura russa, mesmo que completamente independentemente do grau de talento com que expressam esta tristeza e estas esperanças.

Críticos e escritores das gerações posteriores avaliaram as entonações menores do poeta de maneira um pouco diferente, considerando-as consoantes com a época em que ele viveu. “Ele segurava uma tocha de pensamento em um dia chuvoso. Soluços soaram em sua alma. Nas suas estrofes havia o som da tristeza nativa, o gemido triste das aldeias distantes, um apelo à liberdade, um suave suspiro de saudação e o primeiro raio da madrugada que se aproxima”, escreveu K. Balmont na sua dedicatória póstuma.

A. N. Pleshcheev não foi um inovador na forma: seu sistema poético, formado de acordo com as tradições de Pushkin e Lermontov, baseava-se em frases estáveis, padrões rítmico-sintáticos estabelecidos e um sistema de imagens bem desenvolvido. Alguns críticos viram isso como evidência de gosto e talento genuínos, enquanto outros deram motivos para chamar alguns de seus poemas de “incolores” e acusá-lo de “falta de independência” e “monotonia”. Ao mesmo tempo, os contemporâneos, na sua maioria, valorizavam muito o “significado social” da poesia de Pleshcheev, a sua “direção nobre e pura”, a profunda sinceridade e apelavam ao “serviço honesto à sociedade”.

Pleshcheev foi muitas vezes censurado por se deixar levar por conceitos abstratos e metáforas pomposas (“A todos os inimigos da mentira negra, rebelando-se contra o mal”, “A espada do povo está manchada”, “Mas eles sacrificaram altas aspirações à vulgaridade humana.. .”). Ao mesmo tempo, os apoiantes do poeta notaram que esse tipo de didatismo era uma forma de discurso esópico, uma tentativa de contornar a censura. M. Mikhailov, que uma vez criticou Pleshcheev, escreveu já em 1861 que “... Pleshcheev tinha apenas um poder restante - o poder de um chamado ao serviço honesto à sociedade e aos seus vizinhos”.

Ao longo dos anos, os críticos prestaram cada vez mais atenção ao indivíduo, “pureza especial e transparência da linguagem poética de Pleshcheev”, sinceridade e sinceridade; a suavidade dos tons de sua paleta poética, a profundidade emocional de linhas aparentemente extremamente simples e ingênuas.

Entre os historiadores literários do século XX, uma avaliação negativa do trabalho de Pleshcheev pertence a D. P. Svyatopolk-Mirsky; ele escreveu no prefácio da antologia poética que Pleshcheev “nos apresenta o verdadeiro Saara da mediocridade poética e da falta de cultura”, e em sua “História da Literatura Russa” ele observa: “Poesia civil nas mãos de seus representantes mais significativos tornou-se verdadeiramente realista, mas os bardos cívicos comuns muitas vezes eram tão ecléticos quanto os poetas da “arte pura”, mas eram ainda superiores a eles em sua obediência às convenções. Tal é, por exemplo, a poesia monótona e enfadonha do muito doce e respeitável A. N. Pleshcheev.”

Influências

Na maioria das vezes, os críticos atribuíram a poesia de Pleshcheev à escola Nekrasov. Com efeito, já na década de 1850, o poeta começou a aparecer poemas que pareciam reproduzir as linhas satíricas e sociais da poesia de Nekrasov (“As crianças do século estão todas doentes…”, 1858, etc.). A primeira imagem satírica abrangente de um liberal apareceu no poema “My Acquaintance” de Pleshcheev (1858); os críticos notaram imediatamente que muitos dos atributos das imagens foram emprestados de Nekrasov (o pai que faliu “com dançarinos”, a carreira provinciana do herói, etc.). A mesma linha acusatória continuou no poema “Sorte” (“Calúnia! Sou membro de várias sociedades piedosas. Filantropos tiram cinco rublos de mim todos os anos”). Uma simbiose incomum entre a acusação de Nekrasov e o tema “O Herói Extra” de Turgueniev. apareceu na história “Ela e Ele "(1862).

O poeta escreveu muito sobre a vida popular (“Uma imagem chata”, “Nativo”, “Mendigos”), sobre a vida das classes populares urbanas - “Na Rua”. Impressionado com a situação de N. G. Chernyshevsky, que estava no exílio na Sibéria há cinco anos, foi escrito o poema “Sinto pena daqueles cuja força está morrendo” (1868). A influência de Nekrasov foi perceptível em esboços cotidianos e no folclore e nas imitações de versos de Pleshcheev (“Eu cresci no jardim da minha mãe…”, década de 1860), e em poemas para crianças. Pleshcheev manteve para sempre sentimentos de afeto pessoal e gratidão por Nekrasov. “Eu amo Nekrasov. Existem aspectos dele que atraem você involuntariamente, e por eles você o perdoa muito. Nestes três ou quatro anos que estou aqui<в Петербурге>, tive a oportunidade de passar duas ou três noites com ele - daquelas que marcam a alma por muito tempo. Finalmente, direi que pessoalmente devo muito a ele...", escreveu ele a Zhemchuzhnikov em 1875. Alguns contemporâneos, em particular M. L. Mikhailov, chamaram a atenção para o fato de que Pleshcheev não conseguiu criar imagens convincentes da vida das pessoas; o desejo pela escola de Nekrasov era, para ele, uma tendência bastante não realizada.

Motivos de Lermontov

VN Maikov foi um dos primeiros a classificar Pleshcheev como seguidor de Lermontov. Posteriormente, pesquisadores modernos também escreveram sobre isso: V. Zhdanov observou que Pleshcheev, em certo sentido, “assumiu a batuta” de Lermontov, um de cujos últimos poemas narrou o destino do profeta de Pushkin, que se propôs a contornar “os mares e terras” (“Comecei a proclamar o amor / E ensinamentos puros de verdade: / Todos os meus vizinhos / Loucamente atiraram pedras em mim...”). Um dos primeiros poemas publicados de Pleshcheev foi “Duma”, que denunciava a indiferença do público “ao bem e ao mal”, em consonância com o tema de Lermontov (“Infelizmente, ele foi rejeitado! A multidão não encontra o ensino do amor e da verdade em suas palavras. ..”).

O tema do poeta-profeta, emprestado de Lermontov, tornou-se o leitmotiv das letras de Pleshcheev, expressando “uma visão do papel do poeta como líder e professor, e da arte como meio de reestruturação da sociedade”. O poema “Sonho”, que repetia o enredo do “Profeta” de Pushkin (um sonho no deserto, o aparecimento de uma deusa, a transformação em profeta), segundo V. Zhdanov, “nos permite dizer que Pleshcheev não apenas repetiu os motivos de seus brilhantes antecessores, mas tentou dar sua própria interpretação Tópicos. Ele procurou continuar Lermontov, como Lermontov continuou Pushkin.” O profeta Pleshcheevsky, para quem aguardam “pedras, correntes, prisão”, inspirado pela ideia de verdade, vai ao povo (“O meu espírito caído ressuscitou... e novamente aos oprimidos / Fui proclamar a liberdade e amor..."). Das fontes de Pushkin e Lermontov surge o tema da felicidade pessoal e familiar, desenvolvido na poesia dos petrashevitas, e na obra de Pleshcheev, que recebeu uma nova interpretação: como tema da tragédia de um casamento que rompe o amor (“Bai ”), como uma pregação do amor “razoável”, baseado em semelhanças de pontos de vista e crenças (“Somos próximos uns dos outros... eu sei, mas estranhos em espírito...”).

Pessoas e seguidores que pensam como você

Os críticos observaram que, na natureza e no tipo de sua atividade poética, Pleshcheev na década de 1860 estava mais próximo de N.P. Ogarev. Ele próprio insistiu neste “parentesco” criativo. Em 20 de janeiro de 1883, o poeta escreveu a S. Ya. Nadson que P. I. Weinberg, em um relatório sobre ele, “abordou o tema perfeitamente, conectando-me em sua descrição com Ogarev”. As letras paisagísticas e filosóficas de paisagem de Pleshcheev foram consideradas pelos críticos como “interessantes”, mas racionais e em muitos aspectos secundárias, em particular, em relação ao trabalho de A. A. Fet.

Já pesquisadores do século 20 notaram que a ideia de Pleshcheev, propagada pela imprensa liberal, como um “poeta dos anos 40” que sobreviveu ao seu tempo, ou epígono de Nekrasov, foi em grande parte motivada pela intriga política, pelo desejo de menosprezar o autoridade de um autor de oposição potencialmente perigoso. O biógrafo N. Bannikov observou que a criatividade poética de Pleshcheev estava se desenvolvendo; em seus poemas posteriores havia menos pathos romântico, mais - por um lado, contemplação e reflexão filosófica, por outro - motivos satíricos ("My Acquaintance", "Lucky Man"). Obras de protesto do poeta como “Pessoas honestas, no caminho espinhoso...”, “Tenho pena daqueles cujas forças estão perecendo” tinham um valor completamente independente; poemas que ridicularizavam as “gentes supérfluas” que degeneraram na sua “oposição” passiva (o conto poético “Ela e Ele”, o poema “As Crianças do Século Estão Todas Doentes...”, 1858).

Os críticos notaram que a poesia de Pleshcheev era mais clara e específica do que as letras civis dos anos 60-70 de Ya. P. Polonsky e A. M. Zhemchuzhnikov, embora algumas linhas de criatividade dos três poetas se cruzassem. As letras de Polonsky (como observou M. Polyakov) eram estranhas ao pathos do dever revolucionário; Ao contrário de Pleshcheev, que abençoou o revolucionário, ele vivia com o sonho de “dominar o tempo - entrar em sonhos proféticos” (“Musa”). Mais próximas do sistema poético de Pleshcheev estão as letras de “motivos civis” de A. M. Zhemchuzhnikov. Mas a sua semelhança reflectiu-se antes naquilo que constituía (na opinião dos democratas revolucionários) o lado fraco da poesia de Pleshcheev. A semelhança com Zhemchuzhnikov deveu-se à “imprecisão” ideológica e ao didatismo sentimental de poemas individuais de Pleshcheev, principalmente de 1858-1859. Ambos foram reunidos pelos motivos do arrependimento civil e da percepção alegórica da natureza. A posição claramente liberal de Zhemchuzhnikov (em particular, o reconhecimento deste último dos ideais da “poesia pura”) era estranha a Pleshcheev.

O seguidor mais óbvio e proeminente de Pleshcheev foi considerado S. Ya. Nadson, que protestou no mesmo tom contra o “reino de Baal”, glorificou o derramamento do “sangue justo dos soldados caídos” e usou um estilo didático semelhante, símbolos e sinais. A principal diferença foi que os sentimentos de desespero e destruição na poesia de Nadson assumiram formas quase grotescas. Notou-se que a poesia de Pleshcheev teve uma influência notável nos poemas de N. Dobrolyubov de 1856-1861 (“Quando um raio brilhante de conhecimento penetrou até nós através das trevas da ignorância...”), na obra de P. F. Yakubovich, os primeiros N. M. Minsky, I. Z. Surikova, V. G. Bogoraza. A recontagem direta de Pleshcheev foi o poema de G. A. Machtet “O Último Perdão!” Os versos de Pleshcheev foram citados por F. V. Volkhovsky (“Aos Amigos”), S. S. Sinegub (“Ao Busto de Belinsky”), P. L. Lavrov, em seu poema “Avançar!” que usou parte do poema do programa de Pleshcheev.

Na década de 1870, a poesia paisagística de Pleshcheev desenvolveu-se; os poemas estavam repletos de “jogos cintilantes de cores”, descrições precisas dos movimentos indescritíveis da natureza (“Algemas de gelo não pesam na onda cintilante”, “Vejo a abóbada azul transparente do céu, os picos recortados de enormes montanhas” ), que foi interpretado por especialistas como influência de A. A. Fet. As letras paisagísticas de Pleshcheev, entretanto, de uma forma ou de outra serviram como uma interpretação simbólica dos motivos da vida social e das buscas ideológicas. No cerne, digamos, do ciclo “Canções de Verão” estava a ideia de que a harmonia da natureza se opõe ao mundo das contradições sociais e da injustiça (“A Boring Picture”, “Fatherland”). Ao contrário de Vasiliy e Polonsky, Pleshcheev não experimentou conflito na separação de dois temas: paisagem e civil.

Críticas da esquerda

Pleshcheev foi criticado não apenas pelos liberais, mas também - especialmente na década de 1860 - por escritores radicais, cujos ideais o poeta tentou cumprir. Entre os poemas que, segundo os críticos, demonstravam simpatia pelas ideias liberais, destacava-se: “Vocês, pobres, trabalhavam, sem conhecerem descanso...” (do que se segue que os camponeses, “submissos ao destino”, carregavam pacientemente “os seus cruz, como carrega um homem justo”, mas o “é hora do santo renascimento”, etc.). Esta “oração” liberal despertou uma resposta contundente de Dobrolyubov, que, em geral, sempre teve uma atitude simpática para com o poeta. Ele também parodiou (no poema “Dos Motivos da Poesia Russa Moderna”) o que lhe pareceu um “elogio” liberal de Pleshcheev ao “czar-libertador”. No entanto, a paródia não foi publicada por questões éticas. Dobrolyubov criticou Pleshcheev por seu “didatismo abstrato” e imagens alegóricas (registro no diário do crítico datado de 8 de fevereiro de 1858).

Autores e publicitários radicais criticaram Pleshcheev, na sua opinião, pela excessiva “amplitude de pontos de vista”. Muitas vezes ele apoiou ideias e movimentos contraditórios, simpatizando apenas com a sua “oposição”; amplitude de pontos de vista “muitas vezes transformada em incerteza de julgamento”.

N. A. Dobrolyubov sobre a prosa de Pleshcheev

Pleshcheev, o prosador, era considerado um típico representante da “escola natural”; escreveu sobre a vida provinciana, denunciando os subornadores, os proprietários de servos e o poder corruptor do dinheiro (a história “O casaco de guaxinim”, 1847; “Cigarro”, “Proteção”, 1848; as histórias “Prank” e “Conselho amigável” , 1849). Os críticos notaram a influência de N.V. Gogol e N.A. Nekrasov em suas obras em prosa.

NA Dobrolyubov, revisando um livro de dois volumes em 1860, que incluía 8 histórias de AN Pleshcheev, observou que elas “... foram publicadas em todas as nossas melhores revistas e lidas em sua época. Então eles foram esquecidos. Suas histórias nunca suscitaram especulações ou polêmicas, nem no público nem na crítica literária: ninguém as elogiou particularmente, mas também ninguém as repreendeu. Na maior parte, leram a história e ficaram satisfeitos; esse foi o fim do assunto...” Comparando as histórias e contos de Pleshcheev com as obras de escritores contemporâneos de segunda categoria, o crítico observou que “... o elemento social os permeia constantemente e isso os distingue das muitas histórias incolores dos anos trinta e cinquenta”.

O mundo da prosa de Pleshcheev é o mundo dos "pequenos funcionários, professores, artistas, pequenos proprietários de terras, senhoras e jovens semi-seculares". Na história de cada herói das histórias de Pleshcheev, porém, há uma conexão notável com o meio ambiente, que “gravita sobre ele com suas demandas”. Esta, segundo Dobrolyubov, é a principal vantagem das histórias de Pleshcheev, no entanto, não é uma vantagem única, pertence a ele “juntamente com muitos dos escritores de ficção modernos”. O motivo dominante da prosa de Pleshcheev, segundo o crítico, pode ser reduzido à frase: “o ambiente devora a pessoa”. No entanto, ao ler... as histórias do Sr. Pleshcheev, um leitor fresco e sensato imediatamente tem uma pergunta: o que exatamente esses heróis bem-intencionados querem, por que estão sendo mortos?.. Aqui não encontramos nada definitivo: tudo é tão vago, fragmentário, mesquinho, que não dá para ter uma ideia geral, não dá para ter uma ideia do propósito de vida desses senhores... Tudo o que há de bom neles é o desejo de alguém vir, tire-os do pântano em que estão presos, coloque-os nos ombros e arraste-os para um lugar limpo e iluminado.” - N. A. Dobrolyubov. "Boas intenções e atividade."

Caracterizando o personagem principal da história de mesmo nome, Dobrolyubov observa: “Este Pashintsev - nem isto nem aquilo, nem dia nem noite, nem escuridão nem luz”, como muitos outros heróis de histórias deste tipo, “não representa um fenômeno; todo o ambiente que o consome consiste exatamente nas mesmas pessoas.” A causa da morte de Gorodkov, herói da história “Bênção” (1859), segundo o crítico, é “...sua própria ingenuidade”. A ignorância da vida, a incerteza de meios e objetivos e a pobreza de meios também distinguem Kostin, o herói da história “Duas Carreiras” (1859), que morre de tuberculose (“Os heróis irrepreensíveis do Sr. Pleshcheev, como os do Sr. Turgenev e outros, morrem de doenças debilitantes”, zomba o autor do artigo), “não tendo feito nada em lugar nenhum; mas não sabemos o que ele poderia ter feito no mundo, mesmo que não tivesse sofrido de tuberculose e não tivesse sido constantemente consumido pelo meio ambiente.” Dobrolyubov observa, no entanto, o fato de que as deficiências da prosa do poeta também têm um lado subjetivo: “Se o Sr. Pleshcheev com simpatia exagerada nos desenha seus Kostins e Gorodkovs, é<следствие того, что>outros tipos mais consistentes na prática na mesma direção ainda não foram representados pela sociedade russa.”

O significado da criatividade

Acredita-se que a importância do trabalho de A. N. Pleshcheev para o pensamento social russo e do Leste Europeu excedeu significativamente a escala de seu talento literário e poético. Desde 1846, as obras do poeta são avaliadas pela crítica quase exclusivamente em termos de significado sócio-político. A coleção de poemas de A. N. Pleshcheev em 1846 tornou-se, de fato, um manifesto poético para o círculo petrashevita. No seu artigo, Valeryan Maikov, explicando o que era a poesia de Pleshcheev para as pessoas dos anos 40, inspirada nos ideais socialistas, colocou este último no centro da poesia moderna e estava mesmo pronto a considerá-lo o sucessor imediato de M. Yu. Lermontov. “Na lamentável situação em que se encontra a nossa poesia desde a morte de Lermontov, o Sr. Pleshcheev é sem dúvida o nosso primeiro poeta na atualidade...” escreveu ele.

Posteriormente, foi o pathos revolucionário da poesia inicial de Pleshcheev que determinou a escala da sua autoridade nos círculos revolucionários da Rússia. Sabe-se que em 1897, uma das primeiras organizações social-democratas, o Sindicato dos Trabalhadores do Sul da Rússia, utilizou o poema mais famoso do poeta em seu folheto.

Em janeiro de 1886, foi celebrado o 40º aniversário das atividades de A. N. Pleshcheev. Não apenas os velhos camaradas de armas dos Petrashevistas reagiram a esta celebração com grande simpatia (em particular, N.S. Kashkin, que escreveu ao poeta em 12 de abril de 1886 que ele acompanhou o aniversário “com sincera alegria e viva simpatia”). Os participantes do movimento revolucionário da nova geração reagiram a este acontecimento de forma ainda mais vívida: alguns deles, em particular aquele que se autodenominava “editor de Ecos”, chamavam o poeta de seu professor.

Pleshcheev era conhecido e altamente valorizado pelos círculos democráticos revolucionários na Ucrânia, Polónia, Checoslováquia e Bulgária, onde era visto exclusivamente como um poeta político. O fundador da nova literatura búlgara, Petko Slaveykov, traduziu “Forward! Forward!” em 1866. sem medo e dúvida...", após o qual o verso se tornou o hino dos revolucionários búlgaros. Emanuel Vavra mencionou Pleshcheev, Shevchenko, Ogarev e Mikhailov entre os poetas eslavos “mais honrados, talentosos e verdadeiramente valiosos”.O revolucionário búlgaro Lyuben Karavelov na revista sérvia “Matica” em 1868 classificou Pleshcheev entre os maiores poetas do nosso tempo. Exigindo que a poesia que faz “o povo avançar” seja “humanística, verdadeira e razoável”, ele listou Burns, Byron, Beranger, Pleshcheev e Taras Shevchenko na mesma linha. O escritor esloveno Fran Celestin fez uma avaliação elevada do trabalho de Pleshcheev em 1893. Em 1871, as primeiras traduções de Pleshcheev foram publicadas na Ucrânia. Desde 1895, P. A. Grabovsky tornou-se seu tradutor permanente aqui. Ivan Franko escreveu sobre Pleshcheev que ele “ocupou dignamente seu lugar na galáxia dos escritores mais destacados da literatura russa dos anos 40...”

Entretanto, em geral, o significado do trabalho de A. N. Pleshcheev não se limitou à sua contribuição para o desenvolvimento da poesia revolucionária russa. Os críticos notaram que o poeta realizou um enorme trabalho (principalmente nas páginas de Otechestvennye zapiski e Exchange Gazette), analisando o desenvolvimento da literatura europeia, acompanhando as publicações com as suas próprias traduções (Zola, Stendhal, os irmãos Goncourt, Alphonse Daudet) . Os poemas infantis de Pleshcheev (“On the Shore”, “The Old Man”) são reconhecidos como clássicos. Junto com Pushkin e Nekrasov, ele é considerado um dos fundadores da poesia infantil russa.

Traduções de Pleshcheev

A influência de Pleshcheev na poesia da segunda metade do século XIX deveu-se em grande parte às suas traduções, que tiveram, além de significado artístico, sócio-político: em parte através da poesia (Heine, Beranger, Barbier, etc.) ideias revolucionárias e socialistas penetrou na Rússia. Mais de duzentos poemas traduzidos constituem quase metade de toda a herança poética de Pleshcheev. A crítica moderna viu-o como um dos maiores mestres da tradução poética. “Na nossa extrema convicção, Pleshcheev é ainda mais poeta nas traduções do que nos originais”, escreveu a revista Vremya, notando também que “nos autores estrangeiros ele procura antes de mais nada o seu pensamento e leva a sua bondade onde quer que ela esteja. . " A maioria das traduções de Pleshcheev foram traduções do alemão e do francês. Muitas de suas traduções, apesar de liberdades específicas, ainda são consideradas livros didáticos (de Goethe, Heine, Rückert, Freiligrath).

Pleshcheev não escondeu o fato de não ver nenhuma diferença particular nos métodos de trabalho na tradução e em seu próprio poema original. Ele admitiu que utilizou a tradução como meio de divulgar as ideias mais importantes de um determinado período e, em carta a Markovich datada de 10 de dezembro de 1870, afirmou diretamente: “Prefiro traduzir aqueles poetas em que o elemento universal tem precedência sobre o folclórico, em quem a cultura tem efeito.” ! O poeta soube encontrar “motivos democráticos” mesmo entre poetas com visões conservadoras claramente expressas (Southie - primeiros poemas “A Batalha de Blenheim” e “Reclamações dos Pobres”). Traduzindo Tennyson, ele enfatizou especialmente a simpatia do poeta inglês pelo “lutador por uma causa honesta” (“Funeral Song”), pelo povo (“The May Queen”).

Ao mesmo tempo, Pleshcheev frequentemente interpretava as possibilidades da tradução como um campo de improvisação, no qual muitas vezes se afastava da fonte original. O poeta reelaborou, encurtou ou ampliou livremente a obra traduzida: por exemplo, o poema de Robert Prutz “Você olhou para os Alpes ao pôr do sol...” passou de soneto a tripla quadra; O grande poema de Syrokomlya “Plowman to the Lark” (“Oracz do skowronku”, 1851), que consistia em duas partes, ele recontou sob o título arbitrário “Bird” em abreviatura (24 linhas no original, 18 na tradução). O poeta considerou o gênero da tradução poética um meio de promover novas ideias. Ele interpretou livremente, em particular, a poesia de Heine, muitas vezes introduzindo as suas próprias ideias e motivos (ou os de Nekrasov) (tradução de "Condessa Gudel von Gudelsfeld"). Sabe-se que em 1849, após visitar a Universidade de Moscou, o poeta disse aos alunos que “... é preciso despertar a autoconsciência nas pessoas, e a melhor forma para isso seria traduzir obras estrangeiras para o russo, adaptando-se para o modo de falar vernáculo, divulgando-os em manuscritos...”, e que já surgiu uma sociedade em São Petersburgo para esse fim.

Caráter e qualidades pessoais

Todos que deixaram lembranças de Pleshcheev o caracterizaram como um homem de elevadas qualidades morais. Peter Weinberg escreveu sobre ele como um poeta que “... em meio aos duros e frequentes choques da realidade, mesmo exausto sob eles, ... ainda continuou a permanecer um puro idealista e chamou outros para o mesmo serviço ideal à humanidade”, nunca traiu-se, “em lugar nenhum e nunca (como foi dito no discurso poético por ocasião do seu quadragésimo aniversário) sem sacrificar os bons sentimentos perante o mundo”.

“Um homem dos anos quarenta no melhor sentido deste conceito, um idealista incorrigível,<Плещеев>Ele colocou sua alma viva e seu coração manso em suas canções, e é por isso que elas são tão lindas”, escreveu o editor P. V. Bykov. A. Blok, refletindo sobre a antiga poesia russa em 1908, notou especialmente os poemas de Pleshcheev, que “despertaram algumas cordas adormecidas, trouxeram à vida sentimentos elevados e nobres”.

Contemporâneos e posteriormente pesquisadores da criatividade notaram a extraordinária clareza mental, integridade da natureza, bondade e nobreza de Pleshcheev; caracterizou-o como uma pessoa que “se distinguia por uma pureza de alma sem nuvens”; manteve “apesar de todas as décadas de condenados e soldados... uma fé infantil na pureza e nobreza da natureza humana, e sempre esteve inclinado a exagerar o talento do próximo poeta estreante”.

Z. Gippius, que ficou “completamente encantado” com Pleshcheev em seu primeiro encontro pessoal, escreveu suas primeiras impressões sobre ele:

“Ele é um velho grande, um tanto acima do peso, com cabelos lisos e bastante grossos, branco-amarelados (loiro acinzentado) e uma barba magnífica, completamente branca, que se espalha suavemente pelo colete. Traços regulares e levemente borrados, nariz puro-sangue e sobrancelhas aparentemente severas... mas nos olhos azulados há tanta suavidade russa, especial, russa, ao ponto de dispersão, gentileza e infantilidade, que as sobrancelhas parecem severas - de propósito" - Zobnin Yu.Merezhkovsky: Vida e ações.

Observando que, como que sem esforço, “poemas maravilhosos para crianças” vieram da pena de A. Pleshcheev, N. Bannikov observou: “Aparentemente, havia algo no coração do poeta que facilmente lhe abriu o mundo de uma criança. ” Como escreveu P. Bykov, Pleshcheev “... estava completamente refletido em sua poesia, tudo com sua consciência clara e cristalina, fé ardente na bondade e nas pessoas, com sua personalidade integral, ... profundamente simpático, gentil, suave. ”

Descobertas de pesquisadores

Numerosos poemas de propaganda foram criados entre os Petrashevistas, mas apenas alguns sobreviveram. Presumivelmente, muitos dos poemas de propaganda de Pleshcheev também desapareceram. Supõe-se que algumas obras não assinadas publicadas em coleções de emigrantes da série “Alaúde” possam pertencer a Pleshcheev; Estes incluem o poema “The Righteous”, marcado: “S. Petersburgo. 18 de janeiro de 1847."

O poema “De acordo com nossos sentimentos, você e eu somos irmãos...” (1846) foi atribuído por muito tempo a K. F. Ryleev. A sua filiação a Pleshcheev foi estabelecida em 1954 por E. Bushkanets, que descobriu que o seu destinatário era V. A. Milyutin (1826-1855), membro do círculo de Petrashevsky, economista, cujo trabalho foi apreciado por Belinsky e Chernyshevsky.

O poema “O outono chegou, as flores secaram...”, atribuído a Pleshcheev em todas as coleções de poesia infantil, mas ausente em todas as coleções de suas obras, na verdade não pertence a Pleshcheev. Como estabeleceu o crítico literário M. N. Zolotonosov, o autor deste texto é o inspetor do distrito educacional de Moscou Alexey Grigorievich Baranov (1844-1911), o compilador da coleção em que este poema foi publicado pela primeira vez.

O poema “Tenho pena dela...” (“Dê-me sua mão. Eu entendo sua tristeza sinistra...”) foi publicado com uma dedicatória a D. A. Tolstoi, de quem o poeta foi amigo na juventude. Tolstoi, no entanto, posteriormente adquiriu a reputação de “reacionário” e até se tornou chefe do corpo de gendarmes. A esse respeito, como se descobriu mais tarde, A. A. Pleshcheev, filho do poeta, pediu urgentemente a P. V. Bykov que não incluísse o poema na coleção ou riscasse a dedicatória.

Por muito tempo houve disputas sobre a quem se poderia dirigir o poema “S...u” (1885), que começava com as palavras: “Diante de você está um amplo caminho novo...”. A mais convincente foi a versão de S. A. Makashin, segundo a qual seu destinatário era Saltykov-Shchedrin. Na publicação da revista trazia o subtítulo: “Ao entrar em campo”. Pleshcheev valorizou Shchedrin como “um talento verdadeiramente enorme” e considerou-o uma das “melhores pessoas do seu país”.

Poemas de Pleshcheev A.N.

Alexey Nikolaevich Pleshcheev nasceu em 4 de dezembro de 1825 em Kostroma em uma família nobre. Ele passou a infância em Nizhny Novgorod (hoje Gorky), às margens do Volga. Pleshcheev frequentemente se lembrava de sua infância, de jogos engraçados, do antigo jardim, do amplo Volga e de sua mãe gentil e afetuosa na poesia.

Aos quinze anos, Pleshcheev ingressou na escola militar. Mas ele logo abandonou e se tornou um estudante universitário. Pleshcheev publicou seus primeiros poemas aos dezoito anos.

Desde então, decidiu se dedicar à literatura. Pleshcheev conhecia bem a literatura, amava especialmente Lermontov e Pushkin. Durante toda a sua vida, Pleshcheev acreditou que o dever do poeta era servir o seu povo. Escreveu poemas sobre a dor do povo, sobre a falta de direitos e a pobreza do campesinato e apelou ao conhecimento. Pleshcheev dedicou muitos poemas às crianças. Aos escritores que escreveram para crianças em sua época, Pleshcheev disse: “Lembre-se de que os pequenos leitores são os futuros construtores da vida.” Ensine-os a amar a bondade, sua pátria, e a lembrar seu dever para com o povo.

O serviço de um escritor infantil é um grande serviço.Este livro contém poemas de Pleshcheev, que ele escreveu para crianças. A vida era diferente para as crianças naquela época, a escola era diferente. Mas esses poemas também são interessantes para os alunos modernos. Alguns dos poemas aqui publicados são bem conhecidos dos alunos, pois estão incluídos em antologias escolares. E os poemas “To Spring” “My Garden” foram musicados pelo compositor Tchaikovsky e muitas vezes podem ser ouvidos no rádio.

Poemas de Alexei Nikolaevich Pleshcheev

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