É verdade que o Mausoléu foi construído de acordo com os planos dos zigurates da Babilônia? E os cientistas trabalharam no embalsamamento do corpo de Lenin usando as ciências ocultas? Segredos, enigmas e conjecturas sem fim cercam este símbolo da era soviética ao longo de sua existência.

Muitos estão surpresos que militantes ateus do PCUS (b) decidiram não enterrar Vladimir Lenin, mas colocá-lo em exibição pública. Mas, em geral, suas ações são compreensíveis. Tirando a fé do povo em Cristo, eles queriam dar a eles um novo deus. Nikolai Bukharin escreveu em uma carta particular: "Nós ... em vez de ícones penduramos líderes e tentaremos abrir as relíquias de Ilyich sob o molho comunista para Pakhom e as "classes baixas".

E a ideia do mausoléu e da mumificação pode ter sido influenciada pelo hype da principal sensação arqueológica da época. Em 1923, a imprensa mundial descreveu com entusiasmo a tumba encontrada de Tutancâmon e os inúmeros tesouros recuperados dela. Todos, jovens e velhos, discutiram o mistério da múmia do faraó, que não se deteriorava há 3 milênios. Assim, as analogias entre o embalsamamento dos faraós e Lenin se sugerem.

O projeto em forma de pirâmide realmente existia. Foi proposto pelo notável arquiteto Fyodor Shekhtel. Mas no final, em vez da pirâmide egípcia, um mausoléu foi erguido, semelhante ao zigurate babilônico ou à pirâmide de degraus da América do Sul.

Pirâmide de layout

Zigurate de Ur

corpo sagrado

O funeral de Lenin, seus associados começaram a discutir antes mesmo da morte de seu líder. O ancião do povo Kalinin disse a eles: “Este terrível evento não deve nos pegar de surpresa. Se enterrarmos Vladimir Ilyich, o funeral deve ser tão majestoso como o mundo nunca viu antes.” Stalin concordou com ele e disse: “Alguns camaradas acreditam que a ciência moderna tem a capacidade de preservar o corpo do falecido com a ajuda do embalsamamento, a fim de permitir que nossa consciência se acostume com a ideia de que Lenin não está entre nós afinal. ”

E após a morte de Vladimir Ilyich, cartas e telegramas de trabalhadores de todo o país choveram sobre o Comitê Central com um apelo para salvar o corpo do querido Ilyich e colocá-lo em um sarcófago. Naquela época, a decisão já havia sido tomada por um círculo estreito. E embora a esposa do líder Nadezhda Krupskaya, suas irmãs Anna e Maria e o irmão Dmitry não concordassem com essa ideia, a “opinião do povo” acabou sendo mais importante. O corpo de Ilyich tornou-se propriedade do partido, e um verdadeiro experimento de embalsamamento foi realizado nele.

Seis dias após a morte do líder, já no dia do funeral de Lenin - 27 de janeiro de 1924 - o primeiro mausoléu de madeira foi erguido na Praça Vermelha de acordo com o projeto de Alexei Shchusev. Foi construído na forma de um cubo encimado por uma pirâmide de três estágios. Alguns meses depois, o mausoléu foi reconstruído e as arquibancadas foram erguidas nas laterais. Era também uma versão temporária de madeira da estrutura.

Em 1930, finalmente, surgiu o familiar e agora familiar Mausoléu, com acabamento em mármore, labrador e quartzito carmesim. Dentro do edifício há um vestíbulo e um salão funerário. Existem também alguns espaços de escritório. A administração do Mausoléu funciona neles. Uma das salas secretas é chamada de "governo" - dela os membros do Politburo subiam ao pódio do Mausoléu durante os feriados.

Espírito de Ilyich

Um dos principais iniciadores da construção de uma tumba majestosa para Lenin foi Joseph Stalin. E quando em 1953 ele mesmo deixou o mundo mortal, o “deus comunista” já era duplo, não foi por acaso que o partido foi chamado pelos nomes de Lenin e Stalin. É natural que juntos tenham encontrado descanso no Mausoléu.

Tornou-se conhecido como o "Mausoléu de V.I. Lênin e I.V. Stálin." Além disso, Stalin continuou deitado lá mesmo depois que seu culto foi desmascarado no XX Congresso do PCUS. Surgiu uma situação paradoxal. No nível ideológico, Stalin foi retirado da hoste de "deuses", equiparado a meros mortais e declarado quase um herege. E multidões de pessoas continuaram a adorar seu túmulo todos os dias.

Em 1961, no XXII Congresso do PCUS, foi prometido ao povo que em breve o povo soviético viveria sob o comunismo. E então decidiram que a primeira coisa a fazer era se livrar do “rudimento do passado”. No último dia do congresso, falou a velha bolchevique Dora Lazurkina. Além disso, ela falou em uma veia completamente mística: “Ontem consultei Ilyich, como se ele estivesse diante de mim como se estivesse vivo e dissesse: é desagradável para mim estar ao lado de Stalin, que trouxe tantos problemas para a festa. ”

Em seguida, seguiram-se aplausos tempestuosos e prolongados, e a palavra foi dada ao primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista da Ucrânia, Nikolai Podgorny, que propôs tomar uma decisão sobre a retirada do corpo de Stalin do Mausoléu . Como de costume, ninguém se atreveu a levantar a mão contra.

Sob a cobertura da noite

A implementação da decisão do congresso não foi arquivada e, logo no dia seguinte, ao escurecer, a Praça Vermelha foi bloqueada para o ensaio do desfile. Duas companhias de artilheiros de submetralhadora foram postadas perto do Mausoléu e começaram a trabalhar.

Para o enterro de Stalin, por decisão do Presidium do Comitê Central do PCUS, foi criada uma comissão especial de cinco pessoas, chefiada pelo presidente do Comitê de Controle do Partido sob o Comitê Central do PCUS, Nikolai Shvernik. O trabalho foi liderado pelo general Nikolai Zakharov, que chefiava a 9ª Diretoria da KGB, e pelo comandante do Kremlin Andrei Vedenin. Apenas 30 pessoas participaram da operação, mas pela manhã tudo estava pronto.

Oito oficiais carregaram o caixão com o corpo de Stalin para fora do Mausoléu pela porta dos fundos, trouxeram-no para o túmulo próximo ao muro do Kremlin, no fundo do qual uma espécie de sarcófago era feito de oito lajes, e o colocaram em suportes de madeira. Não houve saudações militares, nem discursos fúnebres. No dia seguinte, uma laje foi instalada sobre o túmulo com a data de nascimento e morte de Stalin. Somente em 1970 foi substituído por um busto do escultor Nikolai Tomsky.

Na manhã de 1º de novembro de 1961, uma tradicional fila se formou em frente ao Mausoléu. A princípio, as pessoas ficaram surpresas ao descobrir que apenas um sobrenome ostentava na laje acima do Mausoléu - Lenin. E então notaram com espanto que em vez de dois corpos, apenas um repousava no Mausoléu.

O mais impressionante é que não houve reação de protesto na sociedade. O povo aceitou o enterro secreto do ex-líder, com cujo nome partiu para o ataque na frente, com surpreendente calma. O partido disse "é necessário" - que assim seja.

Mística ou ciência?

Os defensores do misticismo acreditam que o Mausoléu é um zigurate não apenas na forma, mas também na essência. Na opinião deles, cada zigurate babilônico mantinha um terafim - uma cabeça humana mumificada com propriedades mágicas. As funções de um terafim no caso do Mausoléu são desempenhadas pelo corpo de Vladimir Lenin.

E tudo é iniciado para irradiar as pessoas com alguns raios invisíveis que inspiram respeito ao sistema socialista. A antena que transmite essa radiação é supostamente um nicho à direita da entrada. Desfiles passam por ele durante os feriados, mas aqui nos tempos soviéticos havia uma longa fila de pessoas que queriam chegar ao santuário soviético.

Para a decepção dos apologistas das versões misteriosas, a radiação do Mausoléu não é corrigida por nenhum dispositivo físico ultrapreciso. Quanto a "terafins", o termo não é babilônico, mas judeu antigo. Mesmo antes de acreditar em um Deus, os judeus mantinham ídolos tribais em suas casas - estatuetas grosseiras que pareciam uma pessoa. Na verdade - o mesmo que os antigos lares e penates. Este conceito não tem nada a ver com os zigurates da Babilônia. Tal como acontece com o mausoléu de Moscou.

Suposições não menos surpreendentes são causadas pelo corpo mumificado do próprio líder da revolução mundial. Mais precisamente, não mumificado, mas embalsamado. A operação única começou apenas em março de 1924, ou seja, dois meses após a morte de Lenin. Naquela época, o corpo não estava mais nas melhores condições. O trabalho responsável foi confiado ao destacado químico Boris Zbarsky e seu colega Vladimir Vorobyov.

Os cientistas tiveram que não apenas embalsamar o corpo, mas também começar a desenvolver a própria técnica, já que antes não havia nada parecido no mundo. É claro que o preço de um erro foi extremamente alto. Como resultado, o sucesso da equipe de embalsamadores foi declarado "uma conquista científica de importância mundial". No entanto, muitos têm certeza de que a ciência por si só não foi suficiente aqui. Supostamente, Zbarsky usou em seu trabalho as obras do zoólogo austríaco Paul Kammerer, que, além da biologia, não era estranho ao ocultismo.

Kammerer é ainda creditado com familiaridade com os segredos dos mágicos do antigo Egito. Foi esse conhecimento místico do austríaco que supostamente ajudou os cientistas soviéticos a salvar o corpo de Lenin. Infelizmente, mas Kammerer não puxa uma figura dotada de poder e envolvimento em segredos. Sua biografia científica é bastante

inglório e trágico - em 1926 suicidou-se, tendo sido condenado por grosseira falsificação de experimentos. Tentando provar que as salamandras mudam de cor dependendo da cor do solo em que vivem, ele injetou tinta sob a pele de pobres anfíbios. Na URSS, porém, foi muito bem-vindo, pois aderiu ao ateísmo e ao antirracismo, pelos quais foi até perseguido na Europa conservadora.

O corpo embalsamado de Lenin nem sempre descansou pacificamente no sarcófago. No início da guerra, ele foi evacuado para Tyumen em um caixão lacrado especial embebido em parafina. Mas os detalhes de como o corpo do líder foi armazenado de julho de 1941 a abril de 1945 ainda estão cuidadosamente ocultos. Entretanto, de acordo com informações não verificadas, eles não o seguiram corretamente. A ponto de até jogarem na água fervente ao tentar lavá-lo.

O regime estrito estabelecido pelo acadêmico Zbarsky exigia que o corpo embalsamado fosse mergulhado em um banho com uma solução especial uma vez a cada 18 meses. Se isso foi feito em Tyumen é desconhecido. Portanto, muitos têm certeza de que agora no Mausoléu não é Lênin, mas um boneco de cera. Outros argumentam que não mais do que 10-15% do corpo do verdadeiro Ilyich sobreviveu.

Guerra com o passado

Ao longo dos anos de existência do Mausoléu, mais de uma dúzia de incidentes diferentes ocorreram dentro e ao redor dele. Os insatisfeitos com o sistema soviético procuravam descarregar suas emoções no mais sagrado - no corpo embalsamado do líder. O primeiro terrorista do mausoléu em março de 1934 foi Mitrofan Nikitin, funcionário de uma das fazendas estatais, que decidiu se vingar do falecido Lenin por todos os horrores da desapropriação e coletivização.

Nikitin atirou duas vezes em Ilyich com um revólver, mas errou. Ele mirou o terceiro tiro em seu coração. Em seu bolso foi encontrado um bilhete criticando a situação atual do país.

Após este incidente, tornou-se impossível trazer armas para o Mausoléu. Mas isso não impediu aqueles que queriam descarregar sua raiva. Em 1957, um certo Romanov jogou um frasco de tinta nos sarcófagos de dois líderes. Em 1959, o vidro de um dos sarcófagos foi quebrado com um martelo. E em 1960, um dos visitantes pulou na barreira e quebrou o vidro com os pés. Cacos de vidro danificaram a pele do corpo de Lenin, e o Mausoléu foi fechado por um mês. Em 1961 e 1962, pedras foram atiradas contra Lenin.

O primeiro evento que levou a vítimas humanas ocorreu em setembro de 1967. Um morador de Kaunas chamado Krysanov apareceu na Praça Vermelha com um cinto cheio de explosivos. Incapaz de entrar, ele se explodiu em frente ao Mausoléu. O próprio terrorista e várias pessoas morreram. Em 1973, outro criminoso seguiu seus passos, que conseguiu entrar no velório com um artefato explosivo improvisado sob o casaco.

Como resultado da explosão, o próprio agressor, assim como um casal que chegou de Astrakhan, morreram. Várias crianças ficaram feridas. Mas o sarcófago, coberto com vidro blindado após o incidente anterior, não foi ferido, embora tenha sido nele, segundo a conclusão do exame, que a força principal da explosão foi direcionada. A identidade do terrorista não foi identificada. Apenas fragmentos de documentos foram encontrados, dos quais se concluiu que ele já havia sido condenado a 10 anos de prisão.

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O mausoléu é uma arma para matar o povo da Rússia
O Mausoléu de Lenin foi construído sob a liderança dos departamentos de poder da Cheka-OGPU de acordo com todas as regras do "zigurate" - a estrutura ritual dos antigos sumérios e dos antigos maias. A principal característica desses cultos é a matança ritual regular de pessoas, sacrificando-as a uma cobra voadora - um dragão (ou Satanás). Ou seja, o zigurate-mausoléu é uma construção ritual de um culto satânico. Os sumérios chamavam seus zigurates - "o trono de Satanás", um templo para o sacrifício humano. No templo com colunas no topo da pirâmide escalonada, os sacerdotes arrancavam o coração da vítima e o comiam solenemente. Com isso eles agradaram a seu deus - Satanás, que tinha a aparência de uma cobra. A partir de achados arqueológicos - tabuletas de argila dos sumérios - sabe-se que os sumérios adoravam os Annunaki - alienígenas alienígenas do planeta Nibiru. Eles também tinham uma aparência serpentina: foram encontradas imagens de governantes de dragões, estatuetas de alienígenas reptóides em grande número. Os maias eram adorados como o deus Kukulkan - uma cobra voadora (ou em russo - um dragão).
Este é um fato histórico, não um conto de fadas. É aqui que a lenda bíblica sobre a serpente - Satanás, o inimigo da raça humana - vem da história do nosso planeta, e não dos contos de fadas!
O significado do zigurate está na radiação de "raios da morte" por ele, cuja existência foi comprovada pelos cientistas. Os raios da morte são a energia da morte que destrói todos os seres vivos, que os cadáveres em decomposição irradiam, mesmo enterrados no solo. Esta pirâmide escalonada dos maias e dos sumérios é um antigo psicogerador que irradia o povo do país para se submeter a seus governantes - os sacerdotes que governam em nome do dragão.
Como funciona um zigurate? Os sumérios tinham um teraph em um zigurate - a múmia de um homem ruivo com uma placa de metal na cabeça. A população teve que usar as mesmas placas. A placa de metal na cabeça do terafim, portanto, era um transmissor, e as placas nas pessoas eram antenas, ou seja, receptores por meio dos quais a energia da morte, falta de vontade, depressão e humildade era transmitida a eles. A divindade dos sumérios chamava-se Wil.
Pense bem: agora na Praça Vermelha existe um edifício ritual satânico para sacrifícios, no qual está a múmia de um homem ruivo com as iniciais VIL (Vladimir Ilyich Lenin). O cérebro de Lenin, como é conhecido, foi removido do crânio e transferido para o instituto do cérebro. Ou seja, pode muito bem haver uma placa de metal dentro do crânio. Cada habitante da URSS desde a infância usava uma estrela de metal com a imagem da cabeça de Lenin: primeiro de outubro, então pioneiro, Komsomol ... Os membros do PCUS também usavam um distintivo com a imagem da cabeça de Lenin. Estrelas de metal serviam de insígnia nas alças. Por que não placas receptoras sumérias? Há informações de que Stalin falou sobre a criação de uma nova religião, na qual Lenin (VIL) seria um deus e Stalin seria o sacerdote principal.
Portanto, no centro de Moscou ainda existe um análogo das antigas pirâmides rituais com uma múmia dentro. Atrás do mausoléu há um cemitério com túmulos de figuras políticas, um columbário na parede do Kremlin (115 urnas com cinzas), sob a parede do Kremlin nos primeiros dias após a revolução começaram a cavar valas comuns - como resultado, havia até 18 deles, nos quais mais de 300 corpos foram enterrados. No próprio Kremlin existem necrópoles em duas catedrais com mais de cem sepulturas. Ou seja, o Kremlin e a Praça Vermelha são um verdadeiro cemitério. Com a ajuda de um terafim no zigurate (isto é, o corpo de Lenin no mausoléu), os "raios da morte" - ou seja, a energia do cemitério da Praça Vermelha e das paredes do Kremlin - foram transmitidos a todo o povo soviético . Esta é a razão pela qual o espírito amante da liberdade e amante da verdade do invencível povo russo desapareceu repentinamente em algum lugar e, com o advento do mausoléu, o povo de repente se tornou submisso, literalmente covarde e apático. Há versões de que também foi colocado no mausoléu um determinado artefato, ou seja, um objeto que simboliza o “espírito russo”. Este é provavelmente algum tipo de santuário da antiga Hiperbórea, onde nossos ancestrais viveram. Sabe-se que uma expedição separada da Cheka (a predecessora da OGPU-NKVD-KGB-FSB) sob a liderança de Yakov Blumkin foi equipada para este artefato na Península de Kola.
Yakov Blyumkin é uma pessoa misteriosa, um conhecedor de esoterismo, dialetos tibetanos e artes marciais. Outro nome dele era Lama Singh. Existe uma versão de que com esse nome ele entrou na expedição da família Roerich ao Tibete. Blumkin organizou uma expedição para procurar o misterioso Shambhala. Seu principal objetivo era procurar maneiras mágicas de influenciar a consciência humana e o conhecimento secreto sobre o poder sobre o mundo. Não está claro de onde veio o jovem de uma pobre família judia (como se posicionou) surpreendeu os que o cercavam pelo fato de aos 18 anos já dar conselhos e quase instruções aos principais personagens da revolução, pois exemplo, Trotsky. Ele conhecia artes marciais, que geralmente são aprendidas a partir dos 3-4 anos de idade (não mais tarde). E a estrutura que ele criou (VChK, OGPU, etc.) sempre realizou repressões em massa aos habitantes do país, ou seja, sacrifícios em massa necessários para governar o povo. E foi a Cheka-OGPU, Dzerzhinsky pessoalmente, e não o departamento de arquitetura, quem supervisionou a construção do mausoléu. É lógico supor que o misterioso artefato hiperbóreo extraído pela expedição Cheka (e com ele todo o povo) recebe a energia da supressão, apatia, morte. Há versões de que o mausoléu também contém algo relacionado à família real, que foi morta de acordo com um ritual particularmente brutal. Há evidências de que o sangue de Yesenin, o próprio poeta russo, também foi usado. Os fatos confirmam que ele não acabou com a vida por enforcamento, mas foi brutalmente assassinado por pessoas da OGPU.
Tudo isso, para colocar em linguagem simples de aldeia, é um "dano" induzido ao povo russo - os herdeiros da grande civilização hiperbórea. Nossa vida, sociedade, seu destino e saúde foram deliberadamente estragados pela aplicação dos métodos de informática energética e magia antiga. Até mesmo os feiticeiros da aldeia são conhecidos por usar a magia do cemitério, fundindo a energia dos vivos com a energia do cemitério. De acordo com o mesmo princípio, os raios da morte do cemitério da Praça Vermelha são transmitidos ao nosso povo. Em 1941, durante a guerra, houve um aumento sem precedentes no moral do povo russo, devido ao qual os judeus comunistas conseguiram virar o jogo da guerra e derrotar os nazistas. Isso se tornou possível porque a múmia de Lenin foi retirada do mausoléu e levada para Tyumen. Quando a múmia foi devolvida ao seu lugar, o povo russo mergulhou novamente na humildade e na apatia. Há informações de que Stalin foi aluno de Gurdjieff, um especialista na magia do sacrifício. Sob Lenin e Stalin, as pessoas foram mortas aos milhares sem nenhum propósito aparente. Campos de concentração - o que é isso, senão sacrifícios? Numerosos massacres, que recentemente se tornaram a norma, e que por algum motivo são chamados de "atos de terrorismo", nos quais ninguém apresenta condições; catástrofes inexplicáveis ​​e acidentes em que pessoas morrem em massa - o que é isso, senão sacrifícios escondidos dos olhos? Em Krymsk, as autoridades, que sabiam do perigo, nem mesmo tentaram alertar as pessoas sobre a enchente, condenando-as à morte. Então, repetidamente, alguém precisa de sacrifícios humanos?
O mausoléu não é usado como tribuna há muito tempo, há muito tempo não há filas para ele. As pesquisas mostram que a maioria dos cidadãos é a favor da remoção do corpo de Lenin do mausoléu. E, no entanto, por algum motivo, a estrutura ritual continua a existir, vários milhões de rublos por ano são gastos em sua manutenção e agora enormes fundos orçamentários foram alocados para sua reforma.
Ou seja, por nosso próprio dinheiro, uma máquina infernal que nos mata está sendo consertada!
Por que o mausoléu foi escondido sob a cúpula sob o pretexto de reconstrução? Por que, durante os desfiles, é protegido dos olhos do público? Talvez para que não vejamos o que está acontecendo lá? Lembre-se de que entre os antigos maias, o ritual do sacrifício acontecia no topo do zigurate. Essa estrutura ainda está sendo usada para o propósito a que se destina? Afinal, as pessoas começaram a acordar da bruxaria e começaram a entender sua posição, e há quem seja muito perigoso. Hoje em dia, estrelas ou moedas não são necessárias para transmitir energias destrutivas para as pessoas. É fácil soldar uma placa de metal, por exemplo, em telefones celulares, que são usados ​​\u200b\u200bpor absolutamente todos e que se dispõem como receptor-transmissor. Mais e mais dispositivos em nossa vida com chips, tarjas magnéticas, etc. - cartões bancários e de transporte, chaves da entrada e agora até passaportes. E usamos todos esses "benefícios da civilização" em todos os lugares e de forma absolutamente voluntária - é conveniente ... E assim damos o direito a quem nos mata de fazê-lo impunemente: afinal, nós mesmos concordamos com isso, o que significa que o a responsabilidade é nossa.
Nossa sociedade é cada vez mais reminiscente de um análogo da civilização suméria, na qual as pessoas eram consideradas criadas a partir de argila misturada com o sangue de deuses reptóides. Essas pessoas estavam em absoluta submissão aos sacerdotes. O conjunto de regras sumérias "Eu" em primeiro lugar coloca o poder dos sacerdotes, e só então a verdade, o poder dos reis e da lei. A lei dos sumérios não era poderosa sobre os sacerdotes e governantes, mas apenas sobre os súditos. A ideologia suméria agora permeia toda a nossa vida. Trabalhamos a maior parte do tempo e a riqueza está disponível apenas para governantes e elite financeira. Estamos limitados ao limite pela lei, e a lei não tem poder sobre os governantes. Estamos morrendo a uma taxa de 2 milhões por ano e não resistimos, não queremos nos libertar do sistema que está nos matando. Isso significa que o "trono de Satanás" no centro de nossa capital funciona, como nos antigos estados?
Devemos exigir não a reconstrução do mausoléu, que está em ruínas, mas o seu desmantelamento. Para cremar a múmia (é inútil enterrá-la - o corpo embalsamado não vai mais se decompor), o cemitério da Praça Vermelha - para ser removido!
E, tendo nos libertado da energia da repressão, devemos nos animar com um poderoso espírito russo, direcionando energia para a reorganização da sociedade de acordo com as leis da justiça e da ética e, finalmente, colocar pessoas honestas trabalhando para o bem do povo em o poder. Este caminho de salvação é o único. Um povo livre poderá eleger um governante digno entre seus membros. E essa escolha deve estar aberta! Pessoas honestas não têm nada a esconder!
Vladimir Istarkhov

Quem assistiu ao longa-metragem estrangeiro "Prometheus: The Testament" deve se lembrar do momento no prólogo em que o robô Fas Bender, que voou das bobinas, cita uma frase do soneto de Byron Shelley - "Meus atos, reis, contemplem e desesperem !" (isso está na tradução de Valera Bryusov, aliás). Aqui está um coub com este momento:

Estou pronto para entender por que o cuco disparou no sintetizador de David - há muitas traduções russas desse soneto e quase todas são distorcidas - o tamanho errado, o esquema de rimas errado. E o fato é que Shelley usou:
1) pentâmetro iâmbico - em cada linha há 10 sílabas, a ênfase é em cada segunda sílaba, e o próprio autor em algumas linhas muda para trochee (ênfase em sílabas ímpares);
2) em vez do esquema de rimas de soneto clássico (Shakespeare) ABAB CDCD EFEF GG ou dos esquemas de soneto italiano ABBA ABBA CDCDCD / ABBA ABBA CDECDE anteriores, ele usou seu próprio esquema ABABACDCEDEFEF.

Então pensei bem e resolvi traduzir eu mesmo o soneto, mantendo o pentâmetro iâmbico e o esquema rímico do autor. Aqui está o que aconteceu:

Um convidado me disse de lugares esquecidos:
- Dois pés de pedra fincados na areia
Sem corpo. O rosto está ao redor
Com um sorriso altivo nos lábios -

Eles nunca vão se cansar de fazer caretas,
Embora tenham se tornado cinzas como o próprio criador,
Assim é o cliente de sua estátua,
Seu país, cidade e palácio.

Apenas as inscrições ainda são características visíveis:
"Eu sou Ozymandias, rei entre reis.
Quando você vir minhas ações, desespere!"

Mas lá você vai preferir uivar de saudade -
Entre os escombros no centro do vazio
Infinitas sozinhas jazem as areias...

Original em inglês sob o corte:

Eu conheci um viajante de uma terra antiga
Quem disse: Duas pernas de pedra vastas e sem tronco
ficar no deserto. Perto deles, na areia,
Meio afundado, jaz um rosto despedaçado, cuja carranca,

E lábio enrugado, e escárnio de comando frio,
Diga que seu escultor bem leu essas paixões
Que ainda sobrevivem, estampados nessas coisas sem vida,
A mão que os escarnecia e o coração que os alimentava;

E no pedestal aparecem estas palavras:
"Meu nome é Ozymandias, rei dos reis:
Olhe para minhas obras, ó Poderoso, e desespere!"

Nada ao lado permanece. Em volta da decadência
Daquele naufrágio colossal, sem limites e nu
As areias solitárias e planas estendem-se para longe.

Conheci um viajante que estava em um país esquecido.
No deserto, disse ele, dois pés de pedra
Eles permanecem sem esqueleto; perto deles jaz, quebrado,
O rosto de uma estátua enterrada nas areias.

A testa e a dobra da boca, curvadas altivamente,
Eles dizem que seu criador conhecia a profundidade das paixões e pensamentos
E ele conseguiu transmitir a séculos no baú de perecíveis
O pensamento que os moveu e a mente que os alimentou.

Mas o pedestal ainda guarda as palavras: "Ajoelhe-se!
Para mim, Ozymandias, o nome é o rei dos reis.
Meus feitos, reis, vejam - e desesperem!

Não há mais nada. em torno de grandes rochas
Vastidão, vazio e extensão
Areias estéreis onde quer que os olhos possam ver.

Tradução de V. Toporov:

Um andarilho de países antigos me disse:
Pilares de dois pés gigantescos no deserto
Da estátua permaneceu ... O acampamento pereceu,
O rosto desabou e caiu - e desânimo

Demônios terríveis enterraram a duna,
Mas ainda assim, seu orgulho congelou,
E ficou claro: o próprio escultor estava no comando
O poder que foi completamente transferido para a pedra,

Essa paixão, agora em ruínas... E a linha -
"Eu sou Ozymandy, Rei e Medo dos Reis,
Meus trabalhos sobreviverão aos séculos,

Enrolado sobre a pedra... Nada mais.
O comprimento de toda a areia equalizada.
Decadência e destruição do passado.

Tradução de V. Levik:

O andarilho me disse: no deserto do meio-dia
Eu vi - duas pernas enormes se levantam,
E não encontre nenhuma mão ou torso agora.
Na areia - um pedaço do rosto. Um olhar cruel e dominador.

A boca testemunha o orgulho do diabo.
Então, corajosamente roubando o calor da alma de outra pessoa com um cinzel,
O artista recriou o vivo no inanimado.
Mas o colosso virou pó, espírito e corpo se desintegraram,

Apenas a inscrição preservou o pedestal arrogante:
"Eu sou Ozymandias, eu sou o rei dos reis terrenos.
O poder dos governantes é impotente diante da minha vontade."

E daí! Em torno dos vestígios de um naufrágio gigante,
Extensão estéril e queimada de estepes nus,
E a areia se espalha sem vida, sem movimento.

Tradução de K. Balmont:

conheci um viajante; ele veio de países distantes
E ele me disse: Fora, onde a eternidade guarda
Silêncio do deserto, entre as areias profundas
Encontra-se um fragmento de uma estátua quebrada.

Das feições meio apagadas, uma chama arrogante brilha, -
O desejo de forçar o mundo inteiro a servir a si mesmo;
Um escultor experiente investiu em uma pedra sem alma
Essas paixões que podiam sobreviver a séculos.

E o fragmento da estátua manteve as palavras:
"Eu sou Ozymandias, eu sou o poderoso rei dos reis!
Olhe para os meus grandes feitos

Mestres de todos os tempos, de todos os países e de todos os mares!"
Não há nada por perto... Silêncio profundo...
O deserto está morto... E os céus acima dele...

Tradução de N. Minsky:

Um viajante veio em minha direção da terra antiga
E ele disse: entre as areias - as ruínas de tempos passados ​​-
Há duas pernas de pedra de um gigante,
Encontra-se um rosto quebrado na poeira não muito longe.

Uma boca severamente comprimida, um sorriso de poder orgulhoso
Dizem quão profundamente o escultor compreendia as paixões,
O que poderia sobreviver a linguagem que mentiu para eles,
A mão e o coração que os serviram são sua fonte.

E ao redor do pé da palavra são visíveis em granito:
"Eu sou Ozymandias, o grande rei dos reis.
Olhe para minhas ações e trema!"

Não há nada ao redor. Mausoléu decadente
Cercado pelo deserto. O vento é livre,
E as areias se espalharam, sem limites e estéreis.

Tradução de V. Mikushevich:

Um andarilho me disse que no deserto,
Nas areias erguem-se dois pés de pedra
Sem um corpo por um longo tempo até agora.
Aos pés - um rosto quebrado, cujo olhar imperioso

Cheio de orgulho zombeteiro,
O que pode ser admirado pelo artesanato,
Que lêem em tais corações,
Capturando a vida no inanimado.

E as letras gritam do pedestal:
"Eu sou Ozymandias. Eu sou o rei dos reis.
Não há lugar suficiente para o meu poder no mundo."

Tudo está desmoronando. Não há nada mais rápido
Areias que não pareciam caber
Em torno das ruínas para ficar na correria dos dias.

Esta é a única coisa que resta da URSS

Dez anos após a queda da União Soviética, a múmia de Lenin continua no mausoléu. Ela sobreviveu a inúmeras tentativas de assassinato e daqueles que queriam enterrá-la, embora agora as legiões de seguidores leais não vão até ela. No entanto, o símbolo da revolução está fora de perigo. Zbarsky, o único embalsamador do líder vivo hoje, conta à REVISTA a incrível história da múmia. E esclarece: "Nada dura para sempre"

Quando, no final de março de 1924, os professores Vorobyov e Zbarsky primeiro corpo carregado Lênin numa mistura viscosa de glicerina e acetato de potássio, poucos poderiam imaginar que aquela múmia de carne e osso sobreviveria intacta à decadência do regime que ela criou, que terminou em 25 de dezembro de 1991, exatamente uma década atrás. Passados ​​78 anos da morte do fundador da União Soviética, apenas um pequeno grupo de turistas nostálgicos e patológicos alimenta hoje o culto que durante meio século adquiriu proporções verdadeiramente faraónicas e transformou o Mausoléu da Praça Vermelha na Meca do comunismo com mais de um milhão de visitantes por ano (cerca de 3.000 pessoas por dia), de acordo com a imprensa soviética em 1940. "Lembro-me que quando toquei pela primeira vez o corpo Lênin, eu me senti um pouco enojado. Eu não estava apenas parado na frente de um cadáver. Era uma figura sagrada e idolatrada por todos", diz o acadêmico Ilya Zbarsky.

Ombro a ombro com seu pai e professor Vorobyov, Zbarsky com as próprias mãos realizou operações no cadáver Vladimir Ilyich Ulyanov (Lênin), por 18 anos o ungiu periodicamente da cabeça aos pés com um bálsamo secreto e esteve ao lado dele na evacuação da Sibéria durante a ocupação nazista.

O único membro vivo daquela equipe de embalsamadores hoje, 88 anos Zbarsky continua a serviço da ciência, sendo membro do conselho científico do Instituto Koltsov de Biologia do Desenvolvimento, onde viaja duas vezes por semana de metrô do outro lado de Moscou. Fechado em meu laboratório sombrio Zbarsky relembra aqueles anos passados ​​ao lado da múmia, os tempos difíceis em que o descuido mais insignificante podia pagar com a vida. "Entrei no mausoléu como assistente em 1934, quando tinha 21 anos, um ano antes de me formar em fisiologia. Era uma responsabilidade enorme, mas com o tempo virou rotina."

Revelando seu passado Zbarsky aperta os dedos fortes da mão direita, que parecem contagiados com a eterna juventude com que encheu a múmia. "Em 1924, meu pai garantiu que Dzerzhinsky recebi em meu escritório", diz. Felix Dzerzhinsky, fundador dos temíveis serviços secretos soviéticos e chefe da comissão funerária, falou com Boris Zbarsky, esperando por nada. "O que faremos com Lênin?" ele perguntou com ceticismo. Apesar da oposição Trotsky, Bukharin e Kamenev, Stálin estabeleceu para si o objetivo de preservar o corpo do ideólogo. No entanto, mais de três meses se passaram desde sua morte e o método usual de embalsamamento usado pelo professor Damasco para preservar temporariamente o corpo (foi feita uma injeção de seis litros de álcool, formaldeído e glicerina pela aorta), não funcionou mais. Enfrentar Lênin ficou coberto de rachaduras diante de milhares de cidadãos soviéticos que diariamente vinham ao Salão das Colunas para se despedir daquele que liderou o levante que levou os bolcheviques ao poder há seis anos e, em 1922, após uma sangrenta guerra civil, o vitória da qual não pôde nem desfrutar, fundou a União Soviética.

Porão escuro.

Apesar do perigo que o ameaça em caso de falha, o pai Ilya Zbarsky declarou sua vontade de trabalhar com o corpo. ele assegurou Dzerzhinsky que os reagentes inventados por seu amigo, o professor Vorobyov, chefe do Departamento de Medicina da Universidade de Kharkov (Ucrânia), conseguirá interromper a decomposição dos tecidos. A ideia de congelar o corpo do líder, semelhante a como as carcaças de mamutes foram congeladas ao mesmo tempo, proposta pela figura bolchevique Krasin, lisonjeado desde o início Dzerzhinsky.

No entanto, a fábrica alemã que deveria fornecer o equipamento de refrigeração estava atrasando irremediavelmente a tarefa. O deus ateu decaiu como um mero mortal, e Dzerzhinsky foi forçado a aceitar a oferta Zbarsky e Vorobiev que se dedicaram de corpo e alma ao trabalho contra o tempo para embalsamar o pai da revolução em um porão sombrio localizado sob um mausoléu temporário. Nas primeiras sessões, os pulmões, fígado e baço foram removidos, após o que o tórax foi completamente lavado. “Tendo recebido a autorização da festa, foram feitas incisões por todo o corpo, na barriga, nos ombros, pernas, costas e palmas das mãos, para que o bálsamo penetre e sature bem todo o corpo”, explica Zbarsky. Só então eles carregaram Lênin em um banho de borracha cheio de um elixir secreto. "A composição da solução incluía glicerina, acetato de potássio, água e cloro-quinina", diz Zbarsky com a mesma naturalidade, como se contasse uma receita para fazer borscht, tão popular nas famílias russas. "Esta fórmula foi proposta no século 19 pelo cientista Melnikov-Razvedenkov, que utilizou a solução para preparo anatômico", esclarece com simplicidade.

Parece que o tempo parou em seu inóspito laboratório. Arquivos de madeira, telefones velhos e uma geladeira barulhenta estavam alinhados perto da janela. Está nevando forte lá fora. Uma fotografia em preto e branco do núcleo da célula está pendurada na parede entre livros encadernados em papelão e frascos graduados que agora parecem medir apenas a poeira que se deposita dentro deles. Diante de uma casca enferrujada, uma tela de computador pisca, trazendo-nos inesperadamente de volta ao século XXI.

No laboratório, anexo em 1939 ao Mausoléu de granito vermelho (substituindo em 1929 o de madeira erguido quatro anos antes), Zbarsky realizou experimentos com bálsamo em cadáveres sem nome e trabalhou com a múmia, estando sob o controle vigilante de informantes do NKVD (mais tarde KGB). Aquele clima não podia de forma alguma despertar a inveja dos cientistas malucos dos filmes que eram rodados na época no estúdio cinematográfico americano Universal, com Belaya Lugosi (Bela Lugosi) e Boris Karloff.“Três ou quatro vezes por semana aplicávamos o líquido no rosto e nas mãos, e uma vez por ano o Mausoléu era fechado por um mês e meio para que pudéssemos imergir o corpo na solução e saturar com uma preparação química”, disse. ele continua, escondendo os olhos atrás das lentes de seus óculos enormes.

Embora o método permaneça praticamente inalterado hoje, ele evoluiu de um "segredo de estado" para um "segredo comercial". Em 1992, o então presidente Boris Yeltsin fechou a torneira de glicerina, o que obrigou o atual grupo de embalsamadores a buscar novas fontes de renda financeira. Na última década, os cientistas do Mausoléu não apenas treinaram especialistas estrangeiros, mas também fundaram a empresa Ritual, que se dedica à restauração e embalsamamento de cadáveres mutilados de novos russos, cobrando por isso uma taxa de 12.020 euros por semana de trabalhar.

A clientela habitual desta clínica de cirurgia estética após a morte, que estava muito na moda nos anos noventa, eram mafiosos que foram mortos durante confrontos sangrentos. Em 1995, o laboratório recebeu 1141922 euros do governo da Coreia do Norte pelo embalsamamento do corpo do líder deste país. Kim Il Sung (Kim II Sung). Exceto Lênin pelas mãos Ilya Zbarsky nos anos quarenta passaram as múmias George Dimitrov (Gueorgui Dimitrov), líder dos comunistas búlgaros e Choybalsan (Choybalsan), chefe da república socialista da Mongólia.

acusado.

No entanto, em 1952, a brilhante carreira do embalsamador foi interrompida repentinamente. Naquele ano, seu pai foi preso pela KGB sob a surpreendente acusação de ser um "espião alemão" e um "nacionalista judeu". Ilya foi forçado a deixar o trabalho no Mausoléu. Desde então, tendo se fechado voluntariamente em seu laboratório de cripta no Instituto Koltsov, o acadêmico se dedicou à biologia molecular, publicou mais de 400 artigos sobre o assunto. Desde que ele se separou da múmia do líder soviético, Zbarsky várias vezes ele veio ao Mausoléu e garante que a aparência dela não mudou. "Embora nada seja eterno", observa ele.

No final da saga Zbarsky, a múmia sobreviveu a todos os seus guardiões, que se sucederam à frente do laboratório. "Depois Mordashova foi Uskov, e depois Debov que estava sob meus cuidados. Valery Bokov, ex-ministro da indústria médica e atual diretor do Instituto de Plantas Medicinais, assumiu o cargo de chefe do laboratório após sua morte debova", - diz Zbarsky com alguma inveja daqueles que trabalham hoje. Apontando na fotografia com um lápis apontado com uma faca, Zbarsky lembra como a múmia os fazia sentir um medo intenso. "Um dia apareceram manchas pretas no cadáver. Sabíamos como lidar com mofo verde e branco, mas aquele mofo era preto e não sabíamos o que fazer com ele", diz. "Sem revelar a origem, enviamos amostras para o Instituto de Microbiologia. Disseram-nos que a única forma de eliminar o bolor era queimá-lo ou tratá-lo com ácido sulfúrico. Com isso, conseguimos destruir o bolor preto pontos com nossos próprios métodos de desinfecção."

O visitante, que entrou primeiro no Mausoléu escuro, surpreende-se com o rubor nas faces de Lênin, brilho que contrasta com o aspecto abatido do principal bolchevique nas últimas fotografias tiradas em 1923, quando a paralisia progressiva já lhe agrilhoava a perna e o braço direitos (é precisamente isso que explica que uma das mãos da múmia está fechada em punho). "Para lidar com a magreza extrema, enchemos os tecidos e descolorimos a pele", diz Zbarsky, o que explica como a "palidez amarelada" foi eliminada com o uso de dois filtros vermelhos colocados em fontes de luz que ainda hoje são direcionadas para as mãos e o rosto Lênin. "Dessa forma, parece que ele está dormindo", diz o cientista. Substituir os olhos por contas de vidro para que as órbitas vazias não fossem perceptíveis ajudou a preservar a identidade externa desde o dia em que o líder morreu. Lênin cujos lábios foram costurados sob um bigode. A passagem do tempo e a subsequente evolução da moda levaram, em 1961, a mudanças drásticas em sua aparência, quando a conhecida jaqueta militar foi substituída por um terno preto, atualizado a cada dois anos na oficina de costura do Kremlin. No mesmo ano o corpo Stálin que compartilhou por oito anos uma alcova com Lênin, foi retirado do Mausoléu e enterrado perto da parede do Kremlin.

A salvo dos nazistas.

22 de junho de 1941 hitler lançou a Operação Barbarossa e Stálin decidiu colocar o corpo de um camarada em um abrigo seguro, do outro lado da cordilheira dos Urais, na cidade siberiana de Tyumen. por 17 anos Zbarsky protegeram o belo adormecido (bello durmiente) dos vermes, agora tinham que protegê-lo dos nazistas. Vorobyov morreu em circunstâncias misteriosas em 1937, depois de realizar uma operação no rim de que não precisava, de modo que no trem que ia para Tyumen em 3 de julho de 1941, havia uma múmia em uma caixa de madeira e um par de embalsamadores a guardando dia e noite. Naquela aldeia esquecida por Deus, as dificuldades técnicas não demoraram a surgir. "Quando precisávamos de água destilada, descobrimos que ela não estava disponível e eles tiveram que trazê-la para nós em um avião especial de Omsk", diz ele, rindo. Zbarsky. Para não levantar suspeitas, o laboratório estava localizado na escola municipal de formação de trabalhadores agrícolas. Enquanto milhares de soldados soviéticos permaneciam insepultos nos campos de batalha, o corpo Lênin foi guardado com todas as conveniências até 1945, sob a proteção de quarenta soldados, chefiados pelo comandante do Mausoléu de Moscou. Para aqueles mérito Zbarsky foram premiados.

Apesar de dezoito anos de proximidade com o corpo, o embalsamador nunca teve acesso ao cérebro do líder soviético, pois desde 1928, o cérebro, dividido em lóbulos e coberto com parafina, era guardado numa solução de álcool e formaldeído no cofre do Instituto do Cérebro da URSS. Dentro de suas paredes, o famoso cientista alemão Oscar Voht tentou encontrar pelo menos alguma pista que conectasse a estrutura do cérebro de um revolucionário com seu pensamento prolífico. Após cinco anos estudando amostras histológicas (o número total é de 30.963), o professor não chegou a nenhuma conclusão. "Em uma das conferências Focht declarou que havia encontrado um giro maior do que o normal, e determinou Lênin como atleta de associações, mas com um único objetivo - agradar ao Politburo ", diz o Dr. Jordi Cervos-Navarro, chefe do Departamento de Neuropatologia da Universidade Aberta de Berlim e teve acesso ao cérebro em 1974. "Não é verdade que ele teve sífilis. Não tinha nada disso", garante. Atualmente reitor da Universidade Internacional da Catalunha, o professor tem acesso ao cérebro toda vez que está em Moscou. Já trabalhou com ele sete vezes. "Podemos distinguir um pequeno vestígio de uma ferida que afetou a artéria carótida, quando em 1918 ele foi assassinado Fanny Kaplan", ele diz.

Além da tentativa de assassinato, que é uma possível causa da paralisia que o esmagou, e do sono eterno também Lênin repetidamente violado. Em 1934, um camponês chamado Mitrofan Nikitin queria matá-lo novamente disparando uma pistola. Os soldados de guarda conseguiram impedir essa tentativa, mas Nikitin suicidou-se no mesmo local com um tiro na cabeça. Em 1959, um homem pediu um martelo em um sarcófago de vidro e o perfurou, este ato heróico foi repetido um ano depois por um certo Mikhailov, com um chute que quebrou o caixão de vidro, após o que, com a permissão dos comunistas revoltados, o sarcófago foi feito de material mais sólido.

Bolcheviques com alma.

Hoje, esse ódio e essa paixão deram lugar à indiferença absoluta, ao desinteresse. Vladimir Putin conseguiu resolver a questão do enterro da múmia, acalmar os comunistas e acabar com o amargo debate da época Yeltsin. "Acredito que a preservação deste símbolo do comunismo não faz parte nem da nossa tradição nem da tradição de qualquer outro povo civilizado", - diz Zbarsky, que, sem hesitar, se distancia da cosmovisão ateísta que lhe foi incutida desde a infância, e diz acreditar na existência de uma "mente superior". Nós temos uma alma? "Acho que sim", ele responde rapidamente. E em Lênin também? "Talvez", ele responde, inspirando e expirando profundamente.

Patriarca influente da Igreja Ortodoxa, Alexy II também acredita nisso. Além disso, ele ainda disse que se a múmia não for enterrada, "sua alma maligna continuará a pairar sobre o país". Em resposta à voz chorosa lançada pelos ortodoxos, Valery Bykov, o atual diretor do laboratório, garante que a mumificação “não vai além dos cânones cristãos”, já que a cripta está localizada no subsolo do Mausoléu, “abaixo do nível do solo”.

Se Lênin levantou a cabeça, ele teria ficado estupefato, cego pelas discotecas de néon, butiques da moda e restaurantes estrangeiros que iluminam as noites de Moscou com suas piscadelas implacáveis. Só os velhos comunistas guardam a memória de Lênin. A abertura dos arquivos secretos da KGB cobriu a biografia do líder da Internacional Comunista coroada com coroas de louros com manchas indeléveis. Envolto até agora por traição que não conhece limites Stálin, Lênin foi capaz de evitar ataques. No entanto, pesquisas recentes, como as realizadas pelo historiador Helene Carrere D "Encausse", revelar em Lênin a mentalidade do jacobino, que sem hesitação poderia destruir as massas de seus compatriotas, aconteceu quando o líder deu a ordem de reprimir, com fogo e sangue, o levante dos marinheiros de Kronstadt em 1921.

A partir de outubro, multidões de jovens passaram pelo sombrio Mausoléu (não há guarda de honra desde 1993) a caminho do Hotel Rossiya. Lá eles fizeram uma longa fila para participar de uma performance mais carnal do que o culto à múmia que seus avós professavam: ver as provações dos participantes do jogo Atrás do Vidro, que podem ser vistas através de paredes transparentes. Talvez apenas a hipotética clonagem do corpo de um revolucionário, tema discutido nos anos 90, ajude Lênin reconquistar suas posições em um índice de popularidade tão inconstante.

OUTROS ÍCONES DESAPARECIDOS

A marca deixada por 74 anos de comunismo ainda permanece intacta em alguns edifícios de Moscou. Começando pelas estrelas vermelhas, que até hoje coroam algumas torres do Kremlin, e terminando no Palácio de Congressos do PCUS (hoje - uma sala de concertos), sem falar nas decorações em forma de foice e martelo cruzados no balaustradas de pontes sobre o rio Moscou - vestígios da URSS são túmulos do passado recente, que já se tornou História. O magnífico metrô é um santuário para os nostálgicos: mosaicos, afrescos, imagens e baixos-relevos, contendo uma pitada do trabalho do povo soviético, em cada estação conduzem o viajante a um túnel do tempo. A única estátua em grande escala ergue-se na Praça de Outubro Lênin deixado intocado. Não muito longe, no chamado "cemitério de estátuas", em frente ao parque. Gorky, bustos permanecem como testemunhas de uma era passada Lênin, Brejnev e Marx estátua de mármore vermelho sem nariz Stálin e uma enorme estátua do fundador da incrível KGB Felix Dzerzhinsky, derrubado de seu pedestal em frente ao prédio em Lubyanka em 1991. Majestoso Yuri Gagarin na Leninsky Prospekt ou uma composição dinâmica de uma camponesa com uma foice e um trabalhador com um martelo, elevando-se em frente à entrada do VDNH - hoje são múmias de ferro burras de grandeza há muito cobertas de ferrugem.

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