Charles Robert Darwin (1809-1882) - naturalista inglês, criador do darwinismo, membro correspondente estrangeiro da Academia de Ciências de São Petersburgo (1867). Em sua obra principal, A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural (1859), resumindo os resultados de suas próprias observações (viagem no Beagle, 1831-36) e as realizações da biologia contemporânea e da prática de reprodução, ele revelou os principais fatores na evolução do mundo orgânico. Na obra "Changing Domestic Animals and Cultivated Plants" (vols. 1-2, 1868), Charles Darwin apresentou material factual adicional à obra principal. No livro. "A Origem do Homem e Seleção Sexual" (1871) substanciaram a hipótese da origem do homem de um ancestral semelhante ao macaco. Trabalha em geologia, botânica e zoologia.

Não há nada mais insuportável do que a ociosidade.

Darwin Charles

Charles Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809, Shrewsbury, Inglaterra. Faleceu em 19 de abril de 1882, Down, perto de Londres; enterrado na Abadia de Westminster

Os maiores e mais ricos mosteiros, que possuíam terras significativas, muitas vezes desempenharam um importante papel religioso, político e econômico na Europa Ocidental feudal (as abadias de Cluny, Saint-Denis, Port-Royal, St. Gallen, Fulda, Montecassino, etc.) .

Durante o período da Reforma, e especialmente durante as revoluções burguesas, a antiga importância da abadia na vida pública dos países europeus foi minada. Muitos abades foram eliminados, mas alguns continuam existindo até hoje Signo do zodíaco - Aquário.

Nunca faça amizade com uma pessoa que você não pode respeitar.

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Infância, educação e a família de Darwin

Charles era filho de Robert Darwin, que praticou com sucesso como médico em Shrewsbury. Mãe - Suzanne Wedgwood - veio de uma família rica de proprietários da famosa fábrica de porcelana. A família Darwin está ligada à família Wedgwood há gerações. O próprio Darwin casou-se com sua prima Emma Wedgwood. O avô de Darwin - Erasmus Darwin - era um famoso médico, naturalista e poeta. Em geral, os representantes da família Darwin são caracterizados por altas qualidades intelectuais e amplos interesses culturais.

Após a morte repentina de sua mãe em 1817, Charles Darwin foi criado por sua irmã mais velha Caroline. No mesmo ano, Charles começou a frequentar uma escola visitante em Shrewsbury. Ele não brilhou com sucesso, mas mesmo assim desenvolveu o gosto pela história natural e pela coleção de coleções.

Em 1818, Charles Darwin entrou em Shrewsbury em uma "grande escola" com uma pensão, que era "apenas um lugar vazio" para ele. De 1825 a 1827 Darwin estudou medicina na Universidade de Edimburgo e de 1827 a 1831 teologia em Cambridge. Em 1831-36, por recomendação do botânico J. Henslow e da família Wedgwood, Darwin conseguiu um emprego como naturalista no navio Beagle e fez uma volta ao mundo. Ciência.

Falar de fama, honra, prazer e riqueza é sujo comparado ao amor.

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Em 1839, Charles Darwin casou-se e a jovem família se estabeleceu em Londres. Desde 1842, a família vive permanentemente em Down, um lugar bonito, conveniente para trabalho concentrado e recreação. Darwin e sua esposa tiveram 10 filhos, dos quais três morreram na infância.

Geologia de Darwin

Em 27 de dezembro de 1831, o Beagle partiu. Darwin conseguiu levar consigo o recém-publicado 1º volume de "Princípios de Geologia" de Charles Lyell. Este volume teve grande influência na formação das visões científicas do jovem pesquisador. Antes da publicação do livro de Lyell, a geologia era dominada pela teoria das catástrofes. Lyell mostrou que as forças geológicas que estavam em ação no passado ainda estão em ação hoje. Darwin aplicou proveitosamente os ensinamentos de Lyell em relação ao objeto que encontrou no caminho do Beagle. Era a ilha de Sant'Iago. Seu estudo forneceu material para a primeira grande generalização de Darwin sobre a natureza das ilhas oceânicas. Darwin mostrou que tanto vulcões continentais quanto insulares estão associados a grandes falhas na crosta terrestre, com rachaduras formadas no processo de soerguimento de cadeias de montanhas e continentes.

Uma pessoa que se atreve a perder uma hora de tempo ainda não percebeu o valor da vida.

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A segunda generalização de Darwin refere-se ao problema dos movimentos seculares da crosta terrestre. Durante períodos geológicos de enorme duração, o continente sul-americano experimentou repetidos altos e baixos, que se alternavam com períodos de relativa calma. Charles Darwin pintou com traços largos a origem da planície patagônica e o desgaste gradual (desnudação) das cordilheiras.

O trabalho geológico mais original de Darwin foi sua teoria da origem dos atóis, ou ilhas de corais em anéis. A teoria biogênica de Darwin baseia-se na ideia de que um recife costeiro é construído por corais na costa de um continente ou ilha que está em subsidência. A camada de coral, que afundou a uma profundidade de mais de 50 metros, morre e apenas suas estruturas calcárias permanecem.

A capacidade de corar é a mais característica e mais humana de todas as propriedades humanas.

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Pesquisa paleontológica e zoológica

A pesquisa de Charles Darwin nessas áreas recebeu amplo reconhecimento, independentemente de sua teoria da evolução. Nos depósitos quaternários dos pampas da América do Sul, Darwin descobriu um grande grupo de extintos gigantes desdentados. Esses animais monstruosos, intimamente relacionados aos tatus e preguiças pigmeus, foram descritos em detalhes pelo anatomista e paleontólogo R. Owen. Ele também encontrou restos fósseis de um enorme animal ungulado - Toxodon, cujos dentes se assemelhavam aos dentes de roedores, um animal gigante parecido com um camelo - Macrauchenia, próximo na estrutura corporal de uma lhama e guanaco, um dente de um cavalo extinto e muitas outras formas . Darwin descobriu uma pequena avestruz, a chamada "ema de Darwin", vivendo na parte sul da Patagônia. Ele observou invasores da América do Norte e Central (urso de óculos, lobo-guará, veado-campeiro, roedores parecidos com hamsters e outros). Esses materiais não podiam deixar de levar Darwin à ideia de que o continente da América do Sul estava há muito tempo isolado da América do Norte e que esse isolamento teve um impacto significativo no curso do processo evolutivo em vários representantes da fauna sul-americana.

A simpatia pela alegria de outra pessoa é um presente muito mais raro do que a simpatia pelo sofrimento de outra pessoa.

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Nas Galápagos, Charles Darwin foi capaz de observar a surpreendente divergência de tartarugas gigantes e tentilhões, que ele estudou com tanto cuidado e mais tarde chamou de tentilhões de Darwin. Em 1846, Darwin completou sua última monografia sobre geologia e planejava enfrentar as questões da evolução. Ele queria dedicar vários meses ao estudo de cracas. Mas esse trabalho se arrastou até 1854. Ele criou um trabalho fundamental sobre a sistemática das formas modernas e extintas desse grupo de animais.

Estudos evolutivos de Darwin

Após a viagem, Charles Darwin começou a manter um registro sistemático da evolução. De 1837 a 1839 criou uma série de cadernos nos quais esboçava, de forma breve e fragmentária, pensamentos sobre a evolução. Em 1842 e 1844 resumiu em duas etapas um esboço e um ensaio sobre a origem das espécies. Essas obras já contêm muitas das ideias que ele publicou posteriormente em 1859.

Na minha opinião, as palestras não têm vantagens em relação à leitura, mas são inferiores a ela em muitos aspectos.,

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Em 1854-1855. Charles Darwin começou a trabalhar em um ensaio evolutivo, coletando materiais sobre a variabilidade, hereditariedade e evolução de espécies selvagens de animais e plantas, além de dados sobre métodos de criação de animais domésticos e plantas cultivadas, comparando os resultados da seleção artificial e natural. Ele começou a escrever um trabalho, cujo volume ele estimou em 3-4 volumes. No verão de 1858, ele havia escrito dez capítulos desta obra. Este trabalho nunca foi concluído e foi publicado pela primeira vez no Reino Unido em 1975. A paralisação dos trabalhos foi causada pelo recebimento do manuscrito por A. Wallace, no qual, independentemente de Darwin, foram delineados os fundamentos da teoria da seleção natural. Darwin começou a escrever um pequeno trecho e, com uma pressa incomum, completou o trabalho em 8 meses. Em 24 de novembro de 1859, foi publicado "A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou a Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida".

O mérito histórico de Darwin está no fato de que ele, junto com Wallace, descobriu o fator impulsionador da evolução - a seleção natural, e assim revelou as causas da evolução biológica.

Quando criança, muitas vezes compunha tolices deliberadas apenas para despertar a surpresa dos outros.

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Paixões se espalharam pelo mundo, houve uma luta por Darwin, pelo darwinismo, de um lado, contra o darwinismo, do outro. Audiências zumbiam, cientistas e publicitários preocupados, alguns marcavam Darwin, outros o admiravam, e Charles Darwin continuou a trabalhar em seu Down.

C. Darwin escreveu mais três livros sobre evolução. Em 1868, um grande trabalho sobre a teoria da seleção artificial "Mudança em Animais Domésticos e Plantas Cultivadas" foi publicado. Neste livro, não sem a influência da crítica, Darwin se perguntou como os desvios favoráveis ​​na prole podem ser corrigidos e apresentou a "hipótese temporária da pangênese". A hipótese pressupunha a transferência de propriedades adquiridas dos órgãos do corpo para as células germinativas com a ajuda de partículas hipotéticas - "gêmulas" e era uma homenagem ao lamarckismo. Darwin e seus contemporâneos não sabiam que em 1865 o abade naturalista austro-tcheco Gregor Mendel descobriu as leis da hereditariedade. A hipótese da pangênese não precisava mais ser criada amplamente.

Em 1871, quando o darwinismo já era aceito como um conceito científico natural, foi publicado o livro A Origem do Homem e a Seleção Sexual, de Charles Darwin, que mostra não apenas a indubitável semelhança, mas também a relação entre humanos e primatas. Darwin argumentou que o ancestral do homem pode ser encontrado na classificação moderna, entre formas que podem até ser inferiores às dos grandes símios. Humanos e macacos passam por processos psicológicos e fisiológicos semelhantes no namoro, reprodução, fertilidade e cuidados com a prole. Uma tradução russa deste livro apareceu no mesmo ano. No ano seguinte, foi publicado o livro Expression of the Emotions in Man and Animals, de Darwin, no qual, a partir do estudo dos músculos faciais e dos meios de expressão das emoções no homem e nos animais, sua relação é comprovada por mais um exemplo.

Quanto mais conhecemos as leis imutáveis ​​da natureza, mais milagres se tornam para nós.

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Botânica e fisiologia vegetal

Todos os estudos botânicos e fisiológicos de Darwin visavam encontrar evidências da origem natural das adaptações sob a influência da seleção natural. Ele descobriu que as árvores tendem a ter flores do mesmo sexo, e a ocorrência de polinização cruzada leva a um aumento no vigor híbrido (heterose). O papel da polinização cruzada e evolução das espécies (planta - inseto) foi estudado detalhadamente por ele em orquídeas.

Charles Darwin desenvolveu o conceito de habilidade de escalada como uma adaptação pela qual uma planta alcança a luz de forma muito econômica. Tal adaptação foi adquirida pelas plantas trepadeiras no decorrer da luta pela existência. Darwin traçou as gradações (transições) entre as várias adaptações das plantas a um estilo de vida escalador e estabeleceu que o grupo mais perfeito entre as plantas trepadeiras são as videiras.

Finalmente, em 1881, um ano antes de sua morte, Charles Darwin publicou um importante trabalho sobre o papel das minhocas na formação do solo.

Só os frágeis e os fracos morrem. Saudável e forte sempre vence na luta pela existência.

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A natureza enciclopédica de Darwin, sua autoridade excepcional como cientista natural, a correção e diplomacia demonstrada por ele nas discussões, atenção aos pontos de vista de oponentes e críticos, uma atitude benevolente para com alunos e seguidores, respeito para com colegas mais antigos e outros "inimitável virtudes" (Ilya Ilyich Mechnikov) em grande medida contribuiu para a rápida disseminação dos ensinamentos de Darwin em todo o mundo. (J. M. Gall)

Mais sobre Charles Darwin:

Aos 9 anos, Charles Darwin entrou na escola primária e, um ano depois, mudou-se para o ginásio do Dr. Butler e teve sucessos muito medíocres. Aqui eles se apoiaram principalmente em línguas clássicas, literatura, etc. assuntos para os quais Charles não tinha o desejo nem a habilidade. Por outro lado, um amor e interesse pela natureza despertou nele muito cedo, expresso inicialmente pela coleta de plantas, minerais, conchas, insetos, ninhos e ovos de pássaros, pesca e caça; no entanto, o menino também colecionava selos, envelopes, autógrafos, moedas, etc. Essas atividades, em conexão com o sucesso escolar medíocre, causaram reprovações de pessoas respeitáveis ​​e de seu pai.

O estágio mais alto possível da cultura moral é quando percebemos que somos capazes de controlar nossos pensamentos.

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Em 1825, Charles Darwin ingressou na Universidade de Edimburgo, onde permaneceu por dois anos, preparando-se para a carreira médica, mas sem sucesso. Então ele decidiu se tornar padre, para o qual ingressou em Cambridge; mas aqui ele completou o curso sem qualquer distinção no número "oi polloi" (muitos). Muito mais importante do que aprender livros era para ele um conhecimento pessoal com naturalistas, visitas a sociedades eruditas e excursões de história natural.

Na Universidade de Edimburgo, Darwin conheceu o geólogo Ensworth e os zoólogos Coldstrom e Grant, que ele frequentemente acompanhava à beira-mar, onde coletavam animais marinhos. A primeira obra (não publicada) de Charles Darwin, contendo algumas de suas observações, data dessa época. Em Cambridge, ele conheceu Henslow, um botânico com amplo conhecimento de outros ramos das ciências naturais, que organizou excursões nas quais o próprio Darwin participou. Ao final de sua estada em Cambridge, Charles Darwin já era um colecionador naturalista, mas não fez perguntas específicas.

Genslow recomendou Darwin como colecionador ao capitão Fitzroy, que estava realizando uma circunavegação em nome do governo no navio Beagle. Charles permaneceu na viagem por cinco anos (1831 - 1836) e conheceu a natureza em toda a sua infinita diversidade.

Sugestões de consciência em conexão com arrependimento e senso de dever são a diferença mais importante entre o homem e o animal.

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As coleções coletadas por Charles Darwin foram processadas por R. Owen (mamíferos fósseis), Waterhouse (mamíferos modernos), Gould (pássaros), Belle (répteis e anfíbios) e Jennins (insetos); este trabalho geral é publicado sob o título "A Zoologia da Viagem do Beagle". O próprio Darwin assumiu a parte geológica da viagem. O resultado de sua pesquisa foi: "Sobre a estrutura e distribuição dos recifes de coral" (1842), "Observações geológicas em ilhas vulcânicas" (1844) e "Pesquisa geológica na América do Sul" (1846).

Darwin explicou a origem de várias formas de recifes de coral pelo rebaixamento gradual do fundo do mar; sua teoria extremamente simples e engenhosa rapidamente se estabeleceu na ciência, mas recentemente foi contestada por Murray et al., colocada por Lyell como a base da geologia. Além dessas obras especiais, publicou um diário de sua jornada (“Viagem ao redor do mundo no navio Beagle”, 2 vols., traduzido sob a direção de Andrei Beketov) - livro notável pela riqueza de observações e simplicidade de apresentação. Esses trabalhos trouxeram fama a Darwin entre os cientistas. Desde então, dedicou suas energias inteira e exclusivamente à ciência.

A ciência consiste em agrupar os fatos de tal maneira que deles seja possível derivar leis gerais ou conclusões.

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Ao retornar à Inglaterra, Charles Darwin se estabeleceu em Londres (onde se casou com Emma Wedgwood em 1839), mas a saúde precária o obrigou a fugir da cidade. Em 1842 mudou-se para a propriedade Dawn, onde viveu quase sem descanso até sua morte. Os trabalhos geológicos mencionados acima foram seguidos por uma série de monografias especiais dedicadas ao processamento sistemático da subclasse de cracas (Monogr. de Cyrrhipedia, 2 vols., 1851-54; M. de fósseis Lepadidae, 1851; M. de Balanidae. 1854 ) precioso para a taxonomia deste grupo de animais.

Já durante a viagem, Charles Darwin concentrou sua atenção nesses fenômenos que lançam uma luz brilhante sobre o desenvolvimento do mundo orgânico. Assim, ele foi ocupado pela população animal das ilhas oceânicas (as Ilhas Galópagos, que ele estudou com especial cuidado a esse respeito, tornou-se uma terra clássica aos olhos dos naturalistas), a sucessão geológica das espécies. Especialmente importantes são seus estudos na América do Sul, graças aos quais se revelou em relevo o parentesco entre os tatus, tardígrados etc. da América do Sul vivos e os representantes fósseis desses grupos no mesmo continente. Mas isso era até agora apenas um desejo inexplicável de uma mente ampla e inquisitiva, involuntariamente correndo para os problemas mais difíceis e misteriosos. Somente ao retornar de uma viagem em 1837, ele levantou a questão da origem das espécies e decidiu começar a desenvolvê-la. Em 1839, depois de ler o livro de Malthus, ele formulou com bastante clareza a ideia de seleção natural.

Não há evidência de que o homem tenha sido originalmente dotado de uma crença enobrecedora na existência de um deus onipotente.

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Em 1842, Charles Darwin elaborou o primeiro rascunho de sua teoria; em 1844 - um ensaio mais detalhado, que ele leu para seu amigo J. Hooker. Então, 12 anos se passaram na coleta e processamento do material, e somente em 1856 Darwin, a conselho de Lyell, começou a compor um "extrato" de seu trabalho para publicação. Deus sabe quando essa “extração” (calculada para 3-4 toneladas) teria visto a luz do dia, se em 1858 A. R. Wallas, que estava engajado em pesquisa histórica natural no arquipélago malaio, não tivesse enviado a Darwin um artigo contendo em uma forma fluente mas distinta, a mesma ideia de seleção natural, com pedido de publicação na revista da Linnean Society.

C. Darwin consultou amigos, que o persuadiram a publicar, junto com o artigo de Wallas, um breve trecho de sua obra. Assim o fez, e então começou a compilar um ensaio mais detalhado, que foi publicado no ano seguinte, 1859, sob o título: “Origem das espécies por meio da seleção natural” (“Origem das espécies por meio da seleção natural”, traduzido por Rachinsky, 2a ed., 1865).

Não há nada mais notável do que a propagação da infidelidade religiosa, ou racionalismo, durante a segunda metade da minha vida.

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A teoria de Charles Darwin (sua essência e significado estão expostos no Art. Vid, VI, 24) foi desenvolvida com tanto cuidado, baseou-se em tal massa de fatos, explicou tantos fenômenos misteriosos, finalmente indicou tantos novos caminhos para a pesquisa, que se estabeleceu na ciência com notável rapidez, apesar dos ferozes ataques dos opositores do transformismo. Ela conheceu a atitude mais hostil na França, onde triunfou apenas no final dos anos 70.

Atingindo as idéias vivas sobre o homem, suas origens etc., ela naturalmente suscitou rumores na literatura geral, na imprensa diária, entre teólogos e outros. Os termos "darwinista", "darwinismo", "luta pela existência" tornaram-se correntes; O nome de Darwin ganhou tal popularidade como nenhum outro cientista - em geral, sua teoria causou uma impressão sem paralelo na história da ciência. O culpado de todo esse movimento levava uma vida calma, monótona e solitária em sua propriedade. A menor fadiga, excitação, conversa animada eram extremamente prejudiciais à sua saúde debilitada. Pode-se dizer que durante os 40 anos de sua vida em Dawn não houve um único dia em que Charles Darwin se sentisse completamente saudável. Somente extrema regularidade, cautela e moderação nos hábitos lhe permitiram viver até a velhice. O mal-estar constante não lhe permitia trabalhar duro; mas a extrema precisão e metódico de seus estudos, e principalmente a perseverança com que conduziu suas pesquisas por décadas (por exemplo, um de seus experimentos com minhocas durou 29 anos), compensaram os danos causados ​​pela doença.

Considerando o quão selvagemente fui atacado por representantes da Igreja, parece divertido que eu mesmo uma vez tive a intenção de me tornar padre.

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A vida eremita de Charles Darwin foi ocasionalmente interrompida por viagens a Londres, a parentes, à beira-mar, etc., para descanso e melhoria da saúde. Amigos muitas vezes se reuniam para vê-lo - Hooker, Lyell, Forbes e outros, e mais tarde, com o triunfo do "darwinismo", Dawn começou a atrair visitantes dos países mais distantes. A impressão encantadora que Darwin causou em seus convidados com sua simpatia e simplicidade, gentileza infantil, profunda sinceridade e modéstia, contribuíram para sua popularidade como pessoa tanto quanto A Origem das Espécies e outros livros para sua fama como cientista. No entanto, sua personalidade moral também se refletia nos livros: a extrema indulgência para com os outros e a severidade inexorável para consigo mesmo constituem seu traço característico. Ele mesmo procurou fraquezas em suas teorias, e todas as objeções essenciais à seleção natural foram por ele previstas e submetidas a análise prévia. Esse rigor científico e honestidade de Darwin contribuíram de maneira não pequena para o rápido sucesso de seu ensino.

Quase todos os estudos de Charles Darwin que apareceram desde A Origem das Espécies representam um desenvolvimento adicional de sua teoria aplicada a certas questões da biologia. Listamos por assunto de estudo: os livros "Adaptação de orquídeas à fertilização por meio de insetos" (1862), "A ação de autopolinização e polinização cruzada no reino vegetal" (1876) e "Diferentes formas de flores em plantas da mesma espécie" (1877) esclareceu o biológico o significado da flor e a relação mútua entre insetos e plantas. No primeiro desses trabalhos, ele mostrou que as formas bizarras e variadas das flores nas orquídeas representam os mais surpreendentes dispositivos de fertilização com a ajuda de insetos que carregam o pólen de uma flor no estigma de outra; na segunda, comprovou experimentalmente os malefícios da autofecundação constante em muitas plantas e a necessidade de polinização cruzada, que na maioria das plantas ocorre devido aos insetos atraídos pelas flores; na terceira, apontou a existência em muitas plantas de flores de forma dupla e até tripla, representando uma adaptação muito conveniente para a polinização cruzada com a ajuda de insetos.

Via de regra, não aqueles que sabem muito, mas aqueles que sabem pouco, declaram com mais segurança que este ou aquele problema jamais será resolvido pela ciência.

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Essas obras de Charles Darwin explicavam todo um mundo de fenômenos que até então permaneciam incompreensíveis. O que é uma flor, por que essas pétalas brilhantes e coloridas, formas bizarras, fragrâncias, néctares, etc.? - Não houve resposta para todas essas perguntas. Agora tudo isso foi explicado em termos dos benefícios da polinização cruzada com a ajuda de insetos. A pesquisa de Darwin sobre fertilização cruzada gerou uma vasta literatura. Hildenbrand, Hermann Müller, Axel, Delpino, Lebbock, Pe. Müller e muitos outros pesquisadores desenvolveram este importante capítulo da biologia em grande detalhe.

D "Arcy Thomson em 1883 contava 714 trabalhos dedicados à fertilização de plantas e causados ​​pelas obras de Darwin. Dois livros volumosos: The Movements and Lifestyle of Climbing Plants (1876) e The Ability of Plants to Move (1880) são dedicados a os movimentos das plantas trepadeiras e trepadeiras e dispositivos que elas possuem para enrolar os caules de outras pessoas, para prender em paredes, etc. da parte superior dos órgãos em crescimento, uma propriedade comum das plantas, enquanto fenômenos, impressionantes em sua conveniência, como o movimento da parte superior das plantas trepadeiras, a dobra das folhas de mimosa etc., são apenas formas mais desenvolvidas desse movimento elementar , conectado a ele por transições graduais.

A ignorância é sempre mais certa do que o conhecimento, e só o ignorante pode dizer com certeza que as ciências nunca poderão resolver este ou aquele problema.

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Da mesma forma, Charles Darwin foi capaz de traçar as transições entre vários dispositivos como gavinhas, reboques, ganchos que ajudam a planta a se agarrar a objetos estranhos - e reduzi-los à forma mais simples, a partir da qual se desenvolveram por seleção natural, que acumularam mudanças úteis. Além do campo da botânica estão "Plantas Insetívoras" (1875). O fato da existência de insetívoros, mais precisamente carnívoros (já que alguns deles também capturam e comem pequenos crustáceos, peixes, etc.) do papa-moscas, as vesículas de Utricularia, as folhas glandulares do orvalho. Esses trabalhos trouxeram a Darwin um dos primeiros lugares entre os botânicos de nossa época. Ele iluminou áreas inteiras de fenômenos que pareciam obscuros e incompreensíveis; descobri muitos fatos novos e surpreendentes.

Em 1868, Charles Darwin publicou um enorme trabalho "As variações de animais e plantas sob domesticação", traduzido por Vladimir Kovalevsky, 2 vols. O primeiro volume apresenta uma coleção de dados sobre seleção artificial, sobre a origem dos animais e plantas domésticos; a segunda expõe as questões gerais decorrentes desses dados: as leis da hereditariedade, os fenômenos do atavismo, a influência do cruzamento dentro de limites estreitos etc., e a menos bem sucedida das hipóteses de Darwin, a hipótese da pangênese, com a qual ele pensava para explicar a hereditariedade.

Meu principal prazer e única ocupação ao longo da minha vida tem sido o trabalho científico, e a excitação causada por ele me permite esquecer por um tempo ou elimina completamente minha constante doença.

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Em 1871, Charles Darwin publicou o livro A Origem do Homem e Seleção em Relação ao Sexo (traduzido por Sechenov, 1871). Na primeira parte deste livro, trata-se da questão da origem do homem a partir de uma forma inferior, semelhante ao macaco; no segundo, a teoria da "seleção sexual", segundo a qual as características peculiares apenas aos machos - por exemplo, as esporas de um galo, a juba de um leão, as penas brilhantes e as habilidades musicais dos pássaros etc. - surgiram devido à luta ou rivalidade entre os machos, já que os mais fortes ou os mais bonitos são mais propensos a tomar posse das fêmeas e deixar descendentes.

O livro Sobre a expressão das sensações no homem e nos animais (1872) é uma aplicação da teoria da seleção natural a um fenômeno aparentemente caprichoso como o jogo da fisionomia sob a influência de várias sensações. Algumas expressões dependem dos processos fisiológicos conhecidos e das características anatômicas do nosso corpo; outros são adaptações herdadas de ancestrais distantes; outros ainda são restos de hábitos observados em animais superiores, preservados em um estado semi-apagado, rudimentar, como certos órgãos rudimentares foram preservados. Em seu último livro, The Formation of Vegetative Earth Thanks to Worms (1881, tradução russa de Menzbier), que foi publicado pouco antes da morte de Darwin, ele mostrou através de experimentos, medições e cálculos o enorme trabalho que as minhocas fazem em nossos solos e o que significado útil eles têm, eles são para o mundo das plantas.

Se não fosse possível para mim sobreviver à minha vida, eu faria uma regra para mim mesmo ler uma certa quantidade de poesia e ouvir música pelo menos uma vez por semana. Com tal exercício, eu seria capaz de manter ativas as partes do cérebro que agora estão atrofiadas.

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À medida que a teoria de Charles Darwin se espalhou e seus resultados foram revelados em inúmeros trabalhos, na rápida transformação de todos os ramos da biologia, prêmios e distinções de sociedades e instituições eruditas chegaram a ele. Darwin recebeu (1864) a medalha de ouro Copley da Royal Society de Londres, a ordem prussiana "Pour le merite" (1867), instituída por Frederick William IV para a atribuição de méritos científicos e literários, um doutorado honorário de Bonn, Breslau, Leiden, Cambridge (1877) universidades; foi eleito membro das academias de São Petersburgo (1867), Berlim (1878), Paris (1878) (este último homenageou Darwin com esta distinção em relação aos seus méritos reais, e não "hipóteses problemáticas"), um membro honorário da várias sociedades científicas.

Enquanto isso, sua força estava enfraquecendo. Charles Darwin não tinha medo da morte, mas da senilidade, da perda da mente e da capacidade de trabalhar. Felizmente, ele não teve que viver em tal estado. No final de 1881, sentiu-se muito mal, logo não pôde mais sair de casa, mas continuou a estudar ciências e, em 17 de abril de 1882, seguiu alguma experiência. Em 19 de abril, Charles Darwin morreu aos 74 anos. Seu corpo foi transferido para a Abadia de Westminster e enterrado ao lado do túmulo de Newton.

Na sociedade humana, algumas das piores disposições que de repente, sem motivo aparente, aparecem na composição dos membros da família podem representar um retorno a um estado primitivo do qual estamos separados por poucas gerações.

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De cientistas do século XIX. dificilmente alguém teve uma influência tão profunda e universal como Charles Darwin. Tendo explicado o processo de desenvolvimento do mundo orgânico com a ajuda da teoria da seleção natural, ele trouxe triunfo à ideia do evolucionismo; se expressou há muito tempo, mas não encontrou lugar na ciência. Se os fatores indicados por Darwin (a luta pela existência, variabilidade e hereditariedade) são suficientes para explicar todos os fenômenos do desenvolvimento, ou se novas pesquisas encontrarão novos que ainda não foram esclarecidos, o futuro mostrará, mas a biologia futura permanecem biologia evolutiva. Sim, e outros ramos do conhecimento, ciências sociais, antropologia, psicologia, ética, etc., foram e estão sendo transformados no sentido do evolucionismo, de modo que o livro de Charles Darwin marca uma nova era não só na biologia, mas na geral na história do pensamento humano.

Aos oito anos, Charles mostrou amor e interesse pela natureza. Colecionou plantas, minerais, conchas, insetos, até focas, autógrafos, moedas e afins, desde cedo se tornou viciado em pescar e passava horas inteiras com uma vara de pescar, mas se apaixonou especialmente pela caça.

Em 1825, convencido de que os trabalhos escolares de Charles não seriam de muita utilidade, seu pai o tirou do ginásio e o enviou para a Universidade de Edimburgo para se preparar para a carreira médica. As palestras pareciam insuportavelmente chatas para ele. Por dois anos Darwin permaneceu em Edimburgo. Por fim, certificando-se de que o filho não tinha inclinação para a medicina, o pai sugeriu que ele escolhesse uma carreira espiritual. Darwin pensou e pensou e concordou: em 1828 ingressou na faculdade de teologia da Universidade de Cambridge, com a intenção de assumir o sacerdócio.

Seus estudos aqui também mantiveram seu caráter anterior: sucesso muito medíocre nas disciplinas escolares e coleta diligente de coleções - insetos, pássaros, minerais, além de caça, pesca, excursões, observação da vida dos animais.

Em 1831, Charles Darwin deixou a universidade entre os “muitos” – os chamados alunos que concluíram o curso de forma satisfatória, mas sem distinções especiais.

O professor de botânica John Henslow ajudou Darwin a fazer a escolha final. Ele percebeu as habilidades de Darwin e lhe ofereceu um lugar como naturalista em uma expedição à América do Sul. Antes de embarcar, Darwin leu as obras do geólogo Charles Lyell. Ele levou um livro recém-publicado com ele em sua jornada. Foi um dos poucos livros de importância conhecida em seu desenvolvimento. Lyell, o maior pensador da época, era próximo em espírito de Darwin.

A expedição partiu em 1831 no navio "Beagle" e durou cinco anos. Durante esse período, os pesquisadores visitaram Brasil, Argentina, Chile, Peru e Ilhas Galápagos - dez ilhas rochosas na costa do Equador no Oceano Pacífico, cada uma com sua própria fauna. Charles Darwin, em um nível subconsciente, destacou os fatos e fenômenos que estavam em conexão mais próxima com os maiores problemas da ciência natural. A questão da origem do mundo orgânico ainda não havia surgido diante dele de forma clara, mas enquanto isso ele já chamava a atenção para aqueles fenômenos em que estava a chave para a solução dessa questão.

Se eu me deparasse com uma nova observação, ou um pensamento que contradissesse minhas conclusões gerais, eu necessariamente e sem demora fazia uma breve nota sobre eles, pois, como tenho visto por experiência, tais fatos ou pensamentos geralmente escapam da memória muito mais cedo do que os favoráveis. para você. .

Darwin Charles

Assim, desde o início da jornada, Charles Darwin se interessou pela questão de como as plantas e os animais se moviam. A fauna das ilhas oceânicas, o povoamento de novas terras, ocuparam-no durante toda a viagem, e as Ilhas Galápagos, que ele estudou com particular atenção a este respeito, tornaram-se uma terra clássica aos olhos dos naturalistas. De grande interesse em suas observações foram as formas transicionais, que foram justamente objeto de incômodo e descaso por parte dos taxonomistas em busca de "boas", ou seja, espécies bem definidas. Darwin comenta sobre uma dessas famílias de transição:

"Pertence àquelas que, em contato com outras famílias, atualmente só atrapalham os taxonomistas naturais, mas ao final podem contribuir para o conhecimento do grande plano segundo o qual os seres organizados foram criados."

Nos pampas da América do Sul, Charles Darwin se deparou com outro conjunto de fatos que formaram a base da teoria evolutiva - a sucessão geológica das espécies. Ele conseguiu encontrar muitos fósseis, e a relação dessa fauna extinta com os habitantes modernos da América (por exemplo, megatérios gigantes com preguiças, fósseis de tatus com vivos) imediatamente chamou sua atenção.

Nesta expedição, Charles Darwin coletou uma enorme coleção de rochas e fósseis, compilou herbários e uma coleção de bichos de pelúcia. Ele manteve um diário detalhado da expedição e, posteriormente, fez uso de muitos dos materiais e observações feitas na expedição.

Em 2 de outubro de 1836, Darwin voltou de suas viagens. Nessa época ele tinha 27 anos. A questão da carreira foi decidida por si mesma, sem muita reflexão. Não é que Darwin acreditasse em sua capacidade de “avançar a ciência”, mas também não havia o que falar: materiais enormes, coleções ricas acabaram por estar à mão, ele já tinha planos para pesquisas futuras, permaneceu, sem mais delongas , para começar a trabalhar. Darwin fez exatamente isso. Ele dedicou os próximos vinte anos para processar os materiais coletados.

O diário de viagem que publicou foi um grande sucesso. Simples simplicidade de apresentação é sua principal vantagem. Charles Darwin não pode ser chamado de estilista brilhante, mas o amor à natureza, a observação sutil, a diversidade e a amplitude dos interesses do autor compensam a falta de beleza da apresentação.

Por vários meses ele viveu em Cambridge, e em 1837 mudou-se para Londres, onde passou cinco anos, girando principalmente no círculo de cientistas. Acostumado a viver entre a natureza livre, ele estava cansado da vida na cidade. Dos cientistas, Charles Darwin tornou-se especialmente amigo íntimo de Lyell, e com Hooker sua amizade continuou até a morte de Darwin. Hooker o ajudou muito com seu vasto conhecimento, encontrando, por sua vez, uma fonte de novas pesquisas em suas ideias.

Em geral, esses anos foram o período mais ativo da vida de Darwin. Ele frequentemente visitava a sociedade, trabalhava duro, lia, fazia relatórios em sociedades eruditas e por três anos foi o secretário honorário da Sociedade Geológica.

Em 1839 casou-se com sua prima, Miss Emma Wedgwood. Enquanto isso, sua saúde estava ficando cada vez mais fraca. Em 1841, ele escreveu a Lyell: "Eu estava amargamente convencido de que o mundo pertence aos fortes e que eu não poderia fazer nada além de acompanhar o progresso dos outros no campo da ciência". Felizmente, esses tristes pressentimentos não se tornaram realidade, mas o resto de sua vida foi gasto em uma luta contínua contra a doença. A vida barulhenta da cidade tornou-se insuportável para ele e, em 1842, mudou-se para a propriedade Dawn, localizada perto de Londres, que comprou para esse fim.

Instalado em Downa, Charles Darwin passou quarenta anos de uma vida calma, monótona e ativa. Levantou-se muito cedo, saiu para uma caminhada curta, depois tomou o café da manhã por volta das oito horas e sentou-se para trabalhar até as nove e meia e meia. Foi o seu melhor tempo de trabalho. Às nove e meia começou a ler cartas, das quais recebeu muitas, e das dez e meia ao meio-dia, ou meio-dia e meia, voltou a estudar. Depois disso, considerou seu dia de trabalho encerrado e, se as aulas fossem bem-sucedidas, disse com prazer: “Hoje fiz um bom trabalho”. Então ele saiu para passear com qualquer tempo, acompanhado por sua amada cachorra, Polly the Pinscher. Ele amava muito os cães, eles lhe responderam o mesmo. A vida de eremita em Downe diversificava-se de tempos em tempos com viagens a parentes, a Londres, à beira-mar.

Na vida familiar, Charles Darwin era bastante feliz. “Em seu relacionamento com minha mãe”, disse o filho do cientista Francis Darwin, “sua natureza simpática e sensível era mais marcante. Na presença dela, ele se sentiu feliz; graças a ela, sua vida, que de outra forma teria sido ofuscada por impressões difíceis, tinha o caráter de um contentamento calmo e claro.

O livro On the Expression of Sensations mostra quão cuidadosamente Darwin observou seus filhos. Ele se interessava pelos mínimos detalhes de sua vida e hobbies, brincava com eles, contava e lia, ensinava-os a coletar e identificar insetos, mas ao mesmo tempo lhes dava total liberdade e os tratava com camaradagem.

Em assuntos de negócios, Darwin era meticuloso a ponto de escrupuloso. Ele mantinha suas contas com muito cuidado, classificava-as e no final do ano somava os resultados como um comerciante. O pai deixou-lhe uma fortuna suficiente para uma vida independente e modesta.

Seus próprios livros lhe deram uma renda significativa, da qual Charles Darwin se orgulhava não um pouco por causa do amor ao dinheiro, mas por causa da consciência de que ele também poderia ganhar seu pão. Darwin frequentemente prestava assistência financeira a cientistas carentes e, nos últimos anos de sua vida, quando sua renda aumentou, decidiu destinar parte de seu dinheiro para promover o desenvolvimento da ciência.

A paciência e perseverança com que Darwin realizou seu trabalho é incrível. A hipótese da "pangênese" é o resultado de vinte e cinco anos de reflexão sobre a questão das causas da hereditariedade. Ele escreveu o livro "Sobre a Expressão das Sensações" por 33 anos: em dezembro de 1839 ele começou a coletar materiais e em 1872 o livro foi publicado. Um dos experimentos com minhocas durou 29 anos! Durante vinte e um anos, de 1837 a 1858, elaborou a questão da origem das espécies antes de decidir publicar um livro.

O livro foi um grande sucesso e fez muito barulho, pois contrariava as ideias tradicionais sobre a origem da vida na Terra. Um dos pensamentos mais ousados ​​foi a afirmação de que a evolução continuou por muitos milhões de anos. Isso era contrário ao ensino da Bíblia de que o mundo foi criado em seis dias e não mudou desde então. Hoje, a maioria dos cientistas usa uma versão modernizada da teoria de Darwin para explicar as mudanças nos organismos vivos. Alguns rejeitam sua teoria por motivos religiosos.

Charles Darwin descobriu que os organismos competem entre si por alimento e habitat. Ele notou que mesmo dentro de uma mesma espécie existem indivíduos com características especiais que aumentam suas chances de sobrevivência. A descendência de tais indivíduos herda esses traços, e eles gradualmente se tornam comuns. Indivíduos que não têm essas características morrem. Assim, depois de muitas gerações, toda a espécie adquire características úteis. Esse processo é chamado de seleção natural. Ele conseguiu resolver o maior problema da biologia: a questão da origem e desenvolvimento do mundo orgânico. Pode-se dizer que toda a história das ciências biológicas se divide em dois períodos: antes de Darwin, o esforço inconsciente para estabelecer um princípio evolutivo, e depois de Darwin, o desenvolvimento consciente desse princípio, estabelecido em A Origem das Espécies.

Uma razão para o sucesso da teoria pode ser encontrada nos méritos do próprio livro de Darwin. Não basta expressar uma ideia, é preciso relacioná-la com fatos, e essa parte da tarefa talvez seja a mais difícil. Se Charles Darwin tivesse expressado seu pensamento de uma forma geral, como Wallace, certamente não teria produzido nem um centésimo de seu efeito. Mas ele o rastreou até as consequências mais remotas, conectou-o com os dados de vários ramos da ciência, apoiou-o com uma bateria indestrutível de fatos. Ele não apenas descobriu a lei, mas também mostrou como essa lei se manifesta em várias esferas dos fenômenos.

Quase todos os estudos de Darwin que surgiram após A Origem das Espécies representam o desenvolvimento de certos princípios particulares de sua teoria. As únicas exceções são um livro sobre minhocas e algumas pequenas notas. Todo o resto é dedicado a resolver vários problemas da biologia - em sua maioria os mais intrincados e complexos do ponto de vista da seleção natural.

Em 1862, C. Darwin publicou seu trabalho Polinização de Orquídeas, provando que as plantas se adaptam ao seu ambiente de maneira não menos surpreendente que os animais. Por um tempo, ele dá suas predileções científicas à vida vegetal, cada um de seus livros subsequentes impressiona colegas botânicos. As obras "Plantas Insetívoras" e "Plantas Trepadeiras" surgiram simultaneamente em 1875.

Charles Darwin também deu sua contribuição para a futura ciência da genética, iniciando experimentos sobre o cruzamento de espécies. Ele provou que as plantas que são obtidas como resultado do cruzamento são mais viáveis ​​e frutíferas do que com a simples autopolinização.

Quase todos os novos trabalhos de Darwin se tornaram uma sensação no mundo científico. É verdade que nem todos foram aceitos por seus contemporâneos, como aconteceu, por exemplo, com o estudo "Formação do solo vegetal pela atividade de vermes" (1881). Nele, Darwin explicou os benefícios das minhocas, que misturam o solo naturalmente. Hoje, quando as pessoas pensam muito na contaminação da terra com fertilizantes químicos, esse problema volta a ser relevante.

Mas seus interesses não se limitavam aos estudos teóricos. Em um de seus trabalhos, Charles Darwin deu conselhos práticos sobre a criação de porcos ingleses puro-sangue. À medida que sua teoria se difundiu e resultados foram encontrados em inúmeras obras, na rápida transformação de todos os ramos do conhecimento, cientistas patenteados, luminares acadêmicos chegaram a um acordo com os méritos do grande naturalista. Em 1864, ele recebeu o maior prêmio que um cientista da academia pode receber: a medalha de ouro Kopleev. Em 1867, Darwin foi premiado com o Merite Prussian Pour Ie, estabelecido por Frederick William IV para recompensar o mérito acadêmico e literário. As universidades de Bonn, Breslavl e Leiden o elegeram doutor honorário; Petersburg (1867), Berlim (1878), Paris (1878) academias - membro correspondente.

Darwin tratou todos esses e outros prêmios oficiais com grande indiferença. Perdeu os diplomas e teve de perguntar aos amigos se era membro de tal ou tal academia ou não. A mente do cientista não enfraqueceu, não escureceu ao longo dos anos, e apenas a morte interrompeu seu poderoso trabalho.

Charles Darwin - citações

Algumas das grandes descobertas que avançaram a ciência podem ser chamadas de "fáceis", mas não no sentido de que foram fáceis de fazer, mas no sentido de que, uma vez feitas, são fáceis de entender para todos.

A ignorância é sempre mais autoconfiante do que o conhecimento, e só o ignorante pode dizer com certeza que as ciências nunca poderão resolver este ou aquele problema.

Não consigo me lembrar de uma única hipótese que formulei originalmente que não tivesse sido rejeitada ou alterada por mim depois de algum tempo...

Se pudesse ser demonstrado que existe um órgão complexo que não poderia ser formado por numerosas e sucessivas modificações fracas, minha teoria da evolução seria um completo fracasso. Mas não consigo encontrar tal caso.

Charles Robert Darwin nasceu no inverno de 1809 na Inglaterra. Seus pais tiveram seis filhos. O pai da família trabalhava como médico. A família era rica. Um dos avôs de Charles era cientista e o outro artista. O menino gostou da história. Outro hobby era colecionar. Aos oito anos entrou na escola. A mãe de Charles morreu logo depois. No ano seguinte, o pai mandou o menino e o irmão mais velho para um internato. A criança não gostou. Ele começou a coletar insetos e minerais. Ele gostava de caça e química.

Então o jovem entrou na universidade para estudar medicina. Mas ela parecia desinteressante para ele, e ele se mudou para a Faculdade de História Natural. Charles trabalhou com plantas no museu.

Então o jovem pesquisador estudou para ser padre. Dedicava grande parte do seu tempo à cavalgada e à caça. Um parente de Charles o apresentou a colecionadores de insetos. O próprio pesquisador começou a coletar besouros. Um professor de botânica torna-se o melhor amigo de um jovem. Charles foi bem em seus exames.

O explorador lia e viajava muito. Quando seus estudos na universidade terminaram, o jovem partiu em uma expedição. Lá ele começou a duvidar da existência de Deus. Ele registrou suas observações e coletou. Como resultado, ele fez descobertas importantes.

A pesquisadora era casada. Seu escolhido era o primo de Charles. Ela tocava bem piano e gostava de tiro com arco. O casal teve dez filhos. Alguns deles estavam com a saúde debilitada. O cientista concluiu que o motivo da doença das crianças era que ele e sua esposa eram parentes. Quando sua filha morreu, o cientista parou completamente de acreditar em Deus. A esposa de Charles era filantropa. Ela ajudava as pessoas com dinheiro e comida. Muitos filhos de cônjuges tiveram sucesso na vida.

O pesquisador recebeu muitos prêmios por seu trabalho.

O explorador morreu na primavera de 1882. Ele fez uma enorme contribuição para o desenvolvimento da ciência. Muitas características geográficas foram nomeadas em sua homenagem, assim como animais, insetos e plantas.

Leia a biografia de Charles Darwin

Charles Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809, na Grã-Bretanha, Shropshire, cidade de Shrewsbury, na propriedade de seu pai. Seu pai era um rico médico e financista. Em uma escola local simples, ele aprendeu seus conhecimentos iniciais. Quando criança, sua atenção foi atraída para as ciências naturais e colecionar. 1818 Charles continua seus estudos em Shrewsbury. Praticamente, todo o seu tempo livre ele caça, coleta borboletas e minerais naturais. Ele permaneceu indiferente às humanidades, elas eram difíceis para ele estudar.

Na Universidade de Edimburgo continuou seus estudos (1825). Começou a estudar medicina, interessando-se mais tarde por taxidermia e história natural. Nesse período, participou de uma viagem científica à América do Sul. Como assistente, participa no estudo da estrutura corporal e do ciclo de vida dos invertebrados marinhos, juntamente com Robert Grant. Acontece nas aulas de Robert Jameson em história natural (geologia). Ele estudou plantas e trabalhou no museu da universidade.

Além disso, a conselho de seu pai, ele ingressa na Universidade de Cambridge (1828), com o objetivo de experimentar o sacerdócio da Igreja Inglesa. Na universidade, Charles raramente assiste a palestras e faz muitos passeios a cavalo e caça. Fez amizade com pessoas viciadas em insetos. Coleta besouros. Faz amizade com John Grenslow, professor de botânica. Interessado nas obras de Paley, von Humboldt e Herschel.

Em 1861, ele completou seus estudos na universidade e partiu em uma viagem de volta ao mundo no navio Beagle. Durante a viagem, ele coleta uma grande coleção de animais, examina e observa a geologia das áreas ao longo do caminho. Encontra os restos fossilizados de animais mortos. Durante toda a viagem, Charles estudou cuidadosamente o ambiente, registrou observações e conclusões e enviou parte das informações para sua terra natal. Ele voltou de suas viagens em 1836.

Em 1838 ele recebeu o cargo de secretário da Sociedade de Geólogos de Londres. Um ano depois, casou-se e foi publicado o primeiro livro científico, escrito com base em anotações feitas durante uma expedição científica. Com sua esposa foi morar na cidade de Down, em Kent (1842). Aqui o casal viveu toda a vida e dedicou tempo ao trabalho científico.

O trabalho de Charles sobre a origem das espécies, publicado pela primeira vez em 1842, foi uma nota curta. Todo o trabalho sobre esse tema levou, do biólogo Charles, mais de 10 anos. Em 1858, um trabalho sobre a teoria da origem das espécies foi apresentado aos cientistas na íntegra. Um ano depois, foi publicado um trabalho, que foi chamado de "A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural" como um complemento ao trabalho anterior. Além desses trabalhos, Charles Darwin publicou muitos trabalhos mais significativos sobre hereditariedade, seleção, formação de recifes de coral e muito mais.

A maioria dos trabalhos foi bem sucedida e reconhecida pelo mundo científico da época. O principal trabalho do cientista sobre seleção natural encontrou críticas positivas apenas nos anos 50 do século XX.

O cientista morreu na cidade de Down, onde viveu a maior parte de sua vida, em 19 de abril de 1882. Seus restos mortais estão na Abadia de Westminster.

Fatos interessantes e datas da vida

Charles Robert Darwin (12 de fevereiro de 1809 - 19 de abril de 1882) foi um explorador e naturalista inglês. Darwin é o fundador de muitas teorias biológicas, sendo as principais a teoria da origem do homem na Terra e a hipótese da evolução, onde Charles declarou os ancestrais comuns do homem moderno, que mudaram e se adaptaram ao longo de milhões de anos. Mais tarde, Darwin provou outra teoria - sobre a seleção sexual.

Infância

Charles Robert Darwin nasceu em 12 de fevereiro na pequena cidade de Shrewsbury, localizada no condado de Shropshire, em uma família grande, mas muito rica. Charles era o quinto de seis filhos, então ele foi parcialmente privado de atenção e afeto dos pais.

Seu pai, Robert Darwin, era um médico famoso na cidade, que mais tarde se transformou em um financista muito talentoso. Mãe - Susan Darwin - veio de uma família aristocrática, então o jovem Charles era meio sangue nobre. Muitos bibliógrafos acreditam que Darwin herdou o amor pelo naturalismo e as viagens de seu avô paterno, Erasmus Darwin, que, sendo um jovem e promissor cientista, frequentemente visitava outros países em busca de novas ideias para invenções.

A família de Darwin era bastante religiosa. Apesar do fato de os pais do menino serem unitaristas, Robert Darwin nunca proibiu seus filhos e filhas de frequentarem a Igreja Anglicana. De acordo com os registros do próprio Darwin, seu pai tinha opiniões bastante livres, então as tradições religiosas estritas em sua família tinham um lado bastante formal.

Em 1817, o jovem Darwin foi enviado para uma escola diurna, onde a ênfase principal era o estudo das línguas clássicas e da literatura. No entanto, desde os primeiros dias fica claro que o menino não está absolutamente interessado em “coisas que são secas para sua alma viva”, e é por isso que começam os primeiros problemas com a educação.

No mesmo ano, a mãe de Charles morre repentinamente, fazendo com que a responsabilidade de criar e cuidar dos filhos caia inteiramente sobre os ombros do pai, que nunca cuidou seriamente dos filhos, deixando essas preocupações para sua esposa. Incapaz e parcialmente relutante em entender o mundo espiritual de Charles, seu pai envia ele e seu irmão mais velho Erasmus para a Shrewsbury School, um internato inglês, onde os meninos devem continuar seus estudos da esfera filológica.

Mas por mais que seu pai tente incutir em Charles o amor pelas línguas, ele não só não quer aprender isso, mas também começa a se rebelar: ele foge das aulas, leva os professores à histeria e, finalmente, recebe indiferença à sua pessoa do lado deles. No entanto, isso absolutamente não impede o jovem talento de fazer o que ele realmente quer fazer. No começo ele gosta de botânica, coleciona várias plantas e ervas. Então ele passa a coletar borboletas e minerais. Seis meses depois, Charles gosta de caçar, o que desencoraja completamente o desejo de seu pai de estabelecer boas relações com seu próprio filho. Como resultado, eles começam a ameaçá-lo com punição, se o jovem finalmente terminasse o internato e recebesse um certificado.

Juventude

Assim que o internato chega à sua conclusão lógica, Charles se une ao irmão mais velho e se muda para Edimburgo, onde ingressa na universidade local da Faculdade de Medicina. Junto com outros alunos talentosos e sob a orientação de professores experientes, Darwin realiza uma série de operações cirúrgicas e mesmo por um tempo começa a pensar seriamente em uma carreira neste campo, mas dois meses depois as operações se tornam chatas para ele e ele desiste cirurgia.

Depois disso, Charles Darwin assiste às palestras de Robert Jameson sobre geologia, apesar de ele próprio não gostar muito dessa área. Paralelamente, continua a estudar biologia e até forma várias teorias independentes. Um dia, ele testemunha um diálogo entre Robert Edmond Grant e seu colega, durante o qual o primeiro elogiou seriamente as ideias e teorias de Lamarck sobre a origem da vida na Terra. Darwin ficou tão impressionado com o discurso, embora permanecesse distante do diálogo, que continuou a estudar esse tópico, chegando posteriormente a conclusões fenomenais.

Em 1827, o pai de Darwin descobre o fato de que seu filho havia abandonado a medicina e a cirurgia, mais uma vez fascinado por colecionar e caçar. Em um esforço para torná-lo uma pessoa famosa e rica, seu pai oferece a Charles para entrar no Christ's College, da Universidade de Cambridge, para que no futuro ele tenha a oportunidade de se tornar padre. A princípio, o jovem duvida do acerto de sua escolha, pois, como médico e biólogo, encontrou repetidamente contradições nos cânones e dogmas. Mas o pai consegue insistir por conta própria e, em 1828, Darwin entrou em Cambridge.

Carreira

Como esperado, a educação de Darwin não foi como seu pai havia planejado. O jovem e talentoso naturalista não gostava das normas religiosas de comportamento, portanto, em suas próprias palavras, Charles rapidamente abandonou seus estudos e "mudou" para a coleta de besouros e a caça. Graças a Cambridge, ele pôde conhecer muitos naturalistas e professores de biologia proeminentes, alguns dos quais se tornaram seus ídolos por muitos anos. Entre seus amigos mais próximos e queridos, ele classificou o principal professor de botânica, John Stevens Genslow, que fez um grande esforço para ensinar sua ala.

Em 1831, Charles Darwin, formado pela Universidade de Cambridge, finalmente entende que quer ser naturalista. A essa altura, quase todo mundo já conhece o cara talentoso, então, quando uma expedição à América do Sul, realizada no navio Beagle, começa a se reunir, Darwin é imediatamente notificado. Assim começa sua nova vida e, mais importante, o início de uma carreira vertiginosa como viajante e naturalista.

Darwin passa cinco longos anos na expedição. Durante este tempo, ele repetidamente desembarcou na costa de várias ilhas, coletou materiais geológicos, compilou mapas e fez pequenas anotações sobre a flora e fauna locais. Ele divide diligentemente todas as informações coletadas em categorias e, se possível, as envia para Cambridge e parentes, mostrando os resultados de suas atividades. Separadamente, Charles Darwin consegue coletar uma coleção única e grande de plantas e insetos, que encontra na Patagônia, Punta Alta, Galápagos e outras ilhas.

Retornando de uma viagem em 1836, Darwin decide que é hora de escrever seu próprio livro, onde poderá detalhar todas as aventuras e anexar os resultados de suas pesquisas. Assim, nasceu um livro chamado The Naturalist's Voyage Around the World on the Beagle, que foi publicado em 1839. Ela é reconhecida pelo público em geral, bem como por muitos zoólogos importantes, já que a pesquisa de Darwin naquela época era valiosa e única.

Após o sucesso do primeiro livro, Charles começa a escrever um multi-volume sobre a origem das espécies. Graças aos inúmeros registros e anotações que ele conseguiu coletar durante sua viagem à América do Sul, ele chega à conclusão de que cada espécie mudou significativamente ao longo de muitos milhões de anos, apesar de ter deixado as raízes. Assim, Darwin conseguiu formar e depois provar a teoria da origem evolutiva das espécies, que foi descrita em detalhes em seu livro A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou a Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida. Aliás, o livro ficou tão popular que se espalhou pelo mundo, tornando Darwin famoso, e continua sendo vendido até hoje.

Vida pessoal

Ao contrário de seus amigos, que se casaram e se divorciaram muito jovens, para Charles Darwin o casamento era um assunto muito sério que precisava ser abordado com toda a razoabilidade. Há uma versão de que um folheto foi encontrado nos jornais de Darwin, no qual um naturalista e viajante compilou seriamente uma lista de como o casamento poderia ser útil e inútil. A folha listava cerca de quarenta itens que confirmavam ou, ao contrário, refutavam o desejo de se casar.

No entanto, abaixo dos cálculos, Charles sublinhou a palavra "casar" três vezes.
Em 1839, casou-se com Emmy Wedgwood, sua própria prima, com quem teve dez filhos (três morreram na infância). A princípio, o casal mora em Londres, mas na velhice eles se mudam para Kent, onde Darwin compra uma casa enorme para sua família.

Charles Robert Darwin - um notável naturalista inglês, naturalista, fundador do darwinismo. Seus trabalhos sobre a evolução dos organismos vivos tiveram um enorme impacto na história do pensamento humano, marcando uma nova era no desenvolvimento da biologia e de outras ciências.

Darwin nasceu em Shrewsbury (Shropshire) em 12 de fevereiro de 1809 em uma família bastante abastada de um médico. Os membros desta família eram caracterizados por um alto nível cultural, intelecto e uma visão ampla. Em particular, Erasmus Darwin, avô de Charles, ganhou fama como médico, filósofo e escritor.

Um interesse sincero pela vida da natureza, uma tendência a se reunir, o menino despertou na infância. Em 1817 sua mãe morre, e em 1818 Charles e Erasmus, o irmão mais velho, são enviados para um internato local. A partir de 1825, Charles Darwin estudou medicina na Universidade de Edimburgo. Não se sentindo disposto a essa profissão, abandonou os estudos e, por insistência de um pai irado, foi estudar teólogo em Cambridge, embora não estivesse totalmente convencido da veracidade dos postulados cristãos. Inclinações naturais, participação na vida das sociedades científicas, conhecimento de botânicos, zoólogos, geólogos, excursões de história natural fizeram seu trabalho: Charles Darwin deixou as paredes de um colégio cristão em 1831 como naturalista-colecionador.

Nesta qualidade, durante cinco anos (1831-1836) participou numa viagem de volta ao mundo num navio, onde obteve a recomendação de amigos. Durante a viagem, coletou coleções notáveis ​​e expôs suas impressões e observações em um livro de dois volumes intitulado "Viagem ao redor do mundo no navio Beagle", que o tornou famoso na comunidade científica. Desta viagem, Charles retornou como um cientista maduro, que via na ciência a única vocação e sentido da vida.

Retornando à Inglaterra, Darwin trabalhou como secretário da Sociedade Geológica de Londres (1838-1841), em 1839 casou-se com Emma Wedgwoot, que mais tarde lhe deu 10 filhos. A saúde precária obrigou-o em 1842 a deixar a capital inglesa e se estabelecer na propriedade de Down (Kent), com a qual toda a sua biografia posterior estava ligada.

A vida no seio da natureza - medida e isolada, quase reclusa - foi dedicada a trabalhos científicos que desenvolveram a teoria da evolução das formas orgânicas. Os principais fatores evolutivos foram refletidos na principal obra de Darwin (1859) "A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou a Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida". Em 1868, os dois volumes “Mudança nos Animais Domésticos e Plantas Cultivadas”, complementando-o com material factual, viram a luz do dia. O terceiro livro sobre evolução foi The Descent of Man and Sexual Selection (1871) e o suplemento subsequente, The Expression of the Emotions in Man and Animals (1872), e foi aqui que Darwin considerou a origem do homem dos ancestrais dos macacos.

Com sua teoria da evolução do mundo orgânico da Terra, que foi chamada de darwinismo, o cientista deu um estouro, dividindo a comunidade científica em dois campos opostos. Seu ensino foi desenvolvido com muito cuidado, baseou-se em uma enorme quantidade de material factual, explicou fenômenos que até então não tinham explicação, abriu enormes perspectivas de pesquisa, e todos esses fatores contribuíram para que o darwinismo rapidamente fortalecesse sua posição.

Contribuiu para isso e a própria personalidade de seu criador. De acordo com os contemporâneos, Darwin não era apenas um cientista excepcionalmente autoritário, mas uma pessoa simples, modesta, amigável e cheia de tato que tratava corretamente até mesmo oponentes irreconciliáveis. Enquanto as paixões sérias grassavam no mundo pela teoria da evolução, o principal encrenqueiro seguia os altos e baixos, levando uma vida solitária, e ainda se dedicava à pesquisa científica, apesar da saúde extremamente precária.

Paralelamente à marcha triunfante do darwinismo, seu autor tornou-se dono de um número cada vez maior de diversos insígnias das comunidades científicas, que começaram com a medalha de ouro Kopley da Royal Society de Londres em 1864. Em 1882, o cientista que fez uma revolução científica sem precedentes morreu silenciosamente em Down. O corpo de Charles Darwin foi transferido para a Abadia de Westminster, onde foi enterrado perto de

Charles Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809 na cidade de Shrewsbury, Shropshire, Grã-Bretanha, na família de um médico. O futuro cientista recebeu sua educação primária em uma escola regular. Já naqueles anos de sua breve biografia, Darwin gostava de colecionar e de história natural.

Em 1818, Charles foi enviado para a Escola Shrewsbury. As línguas clássicas e a literatura foram dadas ao menino muito mal, enquanto ele dedicava grande parte de seu tempo à caça, coletando uma coleção de minerais e borboletas e química.

Educação

Em 1825, Darwin ingressou na Universidade de Edimburgo, onde estudou primeiro medicina e depois taxidermia, história natural. Nesta época, Charles participou de uma expedição à América do Sul, auxiliou R. E. Grant, assistiu às palestras de R. Jameson.

Em 1828, por insistência de seu pai, Darwin entrou no Christ's College, da Universidade de Cambridge, para receber o sacerdócio da Igreja da Inglaterra. Durante os anos de estudo, Charles começou a se comunicar de perto com o professor de botânica D. S. Genslow, interessou-se pelos trabalhos de W. Paley, Herschel, A. von Humboldt.

Viagem ao redor do mundo. A vida na Inglaterra

Em 1831, Charles Darwin, cuja biografia já o atestava como futuro biólogo, com a ajuda de amigos, parte em uma volta ao mundo no navio Beagle do capitão R. Fitzroy.

Durante a expedição, Charles coletou uma enorme coleção de animais marinhos, fez anotações.

Retornando a Londres em 1836, Darwin trabalhou a partir de 1838 como secretário da Sociedade Geológica de Londres. Em 1839, foi publicado o livro do cientista, escrito de acordo com as notas de uma expedição de volta ao mundo - "A viagem de um naturalista ao redor do mundo no navio" Beagle "". Em 1842, Darwin mudou-se para Kent, na cidade de Down. Aqui ele viveu até o fim de seus dias, ativamente engajado em atividades científicas.

Charles Darwin morreu em 19 de abril de 1882 em Downe. O grande cientista foi enterrado na Abadia de Westminster.

Conquistas na ciência: as principais obras do cientista

Em 1842, o biólogo Darwin escreveu o primeiro ensaio sobre a origem das espécies. Por mais de dez anos, o cientista trabalhou em seu trabalho fundamental e somente em 1858 apresentou a teoria à comunidade científica.

Em 1859, A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou a Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida, apareceu como uma edição separada.

Em 1868, a segunda grande obra de Darwin, A Variação de Animais e Plantas no Estado Doméstico, foi publicada. Em 1871, foi publicado o trabalho do cientista "A Origem do Homem e a Seleção Sexual". Em 1872, foi publicada A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais.

Os trabalhos de Darwin sobre a evolução dos organismos vivos tiveram um enorme impacto na história do pensamento humano, marcando o início de uma nova era no desenvolvimento da biologia e de outras disciplinas.

Outras opções de biografia

• O avô de Darwin, Erasmus Darwin, foi um famoso médico, naturalista e poeta inglês.
• Durante sua volta ao mundo, Darwin visitou as ilhas de Cabo Verde, Uruguai, Argentina, costa do Brasil, Tenerife, Tasmânia, etc.
• Em 1839, Charles Darwin casou-se com Emma Wedgwood, durante os anos de casamento tiveram dez filhos.
• Por sua significativa contribuição à ciência, Darwin recebeu um grande número de prêmios, incluindo uma medalha de ouro da Royal Society of London (1864).

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