Conflito militar Nagorno-Karabakh. Causas do conflito em Nagorno-Karabakh

Anotação. Este artigo é dedicado ao conflito entre a República da Armênia e a República do Azerbaijão pela posse da região de Nagorno-Karabakh. Este confronto entre dois Estados soberanos é um dos conflitos mais complexos, que tem raízes profundas, tanto étnicas como políticas, e assenta em dois princípios básicos – o direito à autodeterminação dos povos e a integridade territorial do Estado. O autor examina as principais causas do conflito. Foi feita uma análise dos fatores que influenciaram o surgimento e o desenvolvimento deste conflito. É dada especial atenção à resolução do conflito após hostilidades ativas. O artigo também destaca as ações de outros países que estão envolvidos no processo de resolução desse conflito. Foi considerada uma possível variante do desenvolvimento de eventos no futuro, que contribuiria para a resolução do conflito.

A Região Autônoma de Nagorno-Karabakh fazia parte da RSS do Azerbaijão durante o período soviético. Como a maioria da população era de armênios, tinha um status especial determinado pela lei republicana. "Na Região Autônoma de Nagorno-Karabakh". No entanto, durante os anos da perestroika, eclodiu um conflito entre a população armênia e azerbaijana de Nagorno-Karabakh, que durou de 1987 a 1994, os últimos três anos foram marcados por operações militares em grande escala. Dois países independentes, Armênia e Azerbaijão, foram arrastados para esta guerra, usando todos os seus recursos no confronto que começou. Em 10 de dezembro de 1991, foi realizado um referendo em Nagorno-Karabakh, no qual 99,89% dos que votaram apoiaram a secessão do Azerbaijão. Os azerbaijanos locais não participaram deste referendo. Isso indica que os azerbaijanos ignoraram completamente o referendo, enquanto os armênios levaram essa questão mais a sério, vendo isso como um momento chave para a adesão à Armênia. Diferentes posições sobre esta questão tornam difícil avaliar o verdadeiro estado de espírito de todo o povo da região naquele momento, por isso é quase impossível dizer com certeza se o povo de Nagorno-Karabakh realmente queria participar e que proporção foi contra. Em nossa opinião, o lado do Azerbaijão tentou manter o Nagorno-Karabakh até o fim, não deixando outra solução senão a guerra, já que as negociações de paz teriam chegado a um impasse.

"No decorrer dasguerras armadasforçaA República de Nagorno-Karabakh apreendeu completamente o território diretamenteNKAO maisvárias regiões do Azerbaijão,localizadopara elafora. Armênios completamenteouparcialmentecapturadoterritório de Kalbajar, Lachin, Kubatli, Jebrail, Zangilan, Aghdam e Fizuli regiões do Azerbaijão. A área total dos territórios ocupados, sem contar o próprio Nagorno-Karabakh, é de 7.634 metros quadrados. quilômetros". Como todos sabemos, o território do Azerbaijão moderno é de 86.600 sq. km. No entanto, as avaliações dos territórios controlados pelo Azerbaijão de vários recursos diferem. O conhecido jornalista britânico Thomas de Waal estima o território controlado pelos armênios do Azerbaijão em 11.797 sq. km. , enquanto Vladimir Stupishin, ex-embaixador extraordinário e plenipotenciário da Federação Russa na Armênia - menos de 14%. A posição oficial do Azerbaijão é estimada em 13.149 metros quadrados. km. . Ou seja, significa que 15,1% de todo o território do Azerbaijão está sob o controle da Armênia.

conflito armênio-azerbaijano tornou-se um dos mais intratáveis, pois ambos os lados não concordam em fazer concessões. Na fase do colapso da URSS, este conflito foi acompanhado por um forte confronto político e, em seguida, militar em grande escala entre a Armênia e o Azerbaijão, em 16-17 de maio de 1994, culminando na assinatura, com a mediação da Rússia , de um acordo sobre um cessar-fogo e a não retomada das hostilidades. Mas as questões controversas que deram origem ao conflito armado não foram resolvidas até hoje. Acreditamos que a questão das sete regiões do Azerbaijão, sob o controle da Armênia, ou de outra forma "Zona de Segurança", em torno do NCR é o mais nítido e mais pesado em resolução.

O Grupo da OSCE Minsk no assentamento de Karabakh permaneceu o principal impedimento. Oficialmente, nove países mediadores foram incluídos nele, mas seus principais membros atuais são seus copresidentes - Rússia, Estados Unidos e França. Durante muito tempo, os países co-presidentes conseguiram manter uma abordagem comum para o processo de negociação com base no reconhecimento do status quo, ou seja, o estado do “conflito congelado”, uma vez que nem o Azerbaijão nem o lado armênio estavam prontos para compromisso. No entanto, nos últimos anos, especialmente depois que os países ocidentais reconheceram a independência da província autônoma de Kosovo e à luz dos resultados da guerra russo-georgiana em 2008, a situação começou a mudar.

Em novembro de 2007, em uma reunião de chefes de governo da OSCE em Madri, os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Estados Unidos e França apresentaram uma lista de princípios básicos para a resolução do conflito, propondo adotar com base a elaboração de um projeto de tratado de paz. Eles propuseram um plano de assentamento específico, segundo o qual:

o lado armênio deve libertar na primeira fase cinco das sete regiões ocupadas do Azerbaijão, para onde os azerbaijanos começarão a retornar;
as forças internacionais de manutenção da paz - forças de manutenção da paz - devem ser trazidas para a zona de conflito;
os deslocados temporários do Azerbaijão retornam aos seus locais de residência no território da NKR;
depois disso, dentro de 10 a 15 anos, será realizado um referendo, que deverá determinar e consolidar o status da república.

A experiência posterior mostrou que nenhuma das partes estava disposta a aceitar compromissos e, portanto, decisões impopulares para seus países e, sem isso, a solução do conflito parecia quase impossível. Nas últimas duas décadas, desenvolveu-se nas sociedades dos dois países uma atmosfera de total rejeição mútua e desconfiança. As múltiplas reuniões dos presidentes do Azerbaijão e da Armênia, Ilham Aliyev e Serzh Sargsyan, foram dedicadas à discussão de possíveis soluções, que, no entanto, não levaram a compromissos.

A crescente tensão em torno do problema de Nagorno-Karabakh na primavera e no verão de 2010 ameaçou se transformar em um confronto armado aberto contra o pano de fundo de um aumento acentuado da atividade militante do Azerbaijão e a rejeição real da Armênia das condições para a solução do conflito propostas pelos mediadores internacionais . Tudo isso obrigou a União Européia, assim como a Rússia, os Estados Unidos e a França, como co-presidentes do Grupo OSCE Minsk, a formular novamente publicamente as condições mais aceitáveis para a resolução do conflito em Nagorno-Karabakh.

No início de junho de 2010, o Parlamento Europeu aprovou a Resolução 2216 contendo o requisito “em retirada das forças armênias de todas as regiões ocupadas do Azerbaijão”. Ao mesmo tempo, em uma reunião entre o presidente russo Dmitry Medvedev e a chanceler alemã Angela Merkel, foi tomada a decisão de buscar conjuntamente formas de resolver conflitos "congelados". E apesar do alto nível de cooperação com a Armênia, a posição da Rússia sobre a solução do conflito em torno da NKR foi consistentemente formulada de acordo com os princípios acordados no âmbito do Grupo de Minsk. "O principal é que o processo continue com base no respeito à integridade territorial do Azerbaijão e no respeito a outras normas fundamentais do direito internacional, sem o uso da força", disse o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia de 24 de maio de 2010. .

Nesse sentido, as reuniões começaram a acontecer. De particular interesse é a declaração conjunta dos presidentes dos Estados Unidos, Rússia e França em 26 de junho de 2010 em Nagorno-Karabakh na cidade canadense de Muskoka. Seguiu-se uma reunião ministerial em Almaty no fórum da OSCE. Também são realizadas visitas de alto nível, a saber: uma visita a Baku e Yerevan pela secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton (julho de 2010); visita oficial ao Azerbaijão do presidente turco Abdullah Gul (agosto de 2010); finalmente, a visita a Yerevan e Baku do presidente russo Dmitry Medvedev (agosto-setembro de 2010) e a reunião dos presidentes dos Estados Unidos e do Azerbaijão no âmbito da Assembleia Geral da ONU em Nova York.

A declaração conjunta dos presidentes de 26 de junho de 2010 resumiu mais uma vez os princípios acordados pelas partes para uma solução duradoura para o conflito:

Retorno de territórios ao redor de Nagorno-Karabakh.
Status provisório para Nagorno-Karabakh, fornecendo garantias de segurança e autogoverno.
A presença de um corredor que liga a Armênia a Nagorno-Karabakh.
Determinar o futuro status legal final de Nagorno-Karabakh por meio de uma vontade juridicamente vinculativa de sua população.
O direito de todos os deslocados internos e refugiados de retornar aos seus locais de origem.
Garantias de segurança internacional, incluindo uma operação de manutenção da paz.

Esta é, naturalmente, a base para a construção de uma paz estável nesta região. Cada ponto é muito importante, porque ou depende e não pode ser plenamente realizado sem os outros, ou um segue do outro. Também vale a pena notar que os parágrafos incluem bastante amplamente as posições de ambos os lados. No entanto, até agora, infelizmente, o processo de negociação não levou a nada.

A adoção deste documento essencialmente básico foi seguida por uma visita ao Azerbaijão, Armênia e Geórgia pela Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. O ponto central de sua visita foi Baku, onde mais uma vez ressaltou que os Estados Unidos defendem uma solução pacífica para o problema de Karabakh, levando em consideração os princípios de integridade territorial, não uso da ameaça de força e o direito à autossuficiência. -determinação, refletida no Ato Final de Helsinque.

A visita à Armênia foi focada nos problemas de normalização das relações turco-armênias e abertura da fronteira armênio-turca - uma questão de importância estratégica para o lado americano. Não foi possível tirar essas questões do centro morto, além disso, a falta de uma ligação direta com a necessidade de resolver o conflito de Nagorno-Karabakh causou uma reação extremamente negativa nos círculos políticos do Azerbaijão. Os principais analistas políticos do Azerbaijão descreveram a visita do Secretário de Estado dos EUA como um "fracasso". No entanto, apesar de a visita não ter sido um sucesso, não deve ser descartada. Qualquer passo nesse caso contará se for destinado a resolver o conflito.

Mais definitivos, do ponto de vista dos interesses do Azerbaijão, foram os resultados da visita oficial a Baku do presidente turco Abdullah Gul, durante a qual em 16 de agosto de 2010 as partes assinaram “ Acordo de Parceria Estratégica e Ajuda mutua". Ao mesmo tempo, o presidente turco insinuou inequivocamente a possibilidade de uma solução contundente para o prolongado conflito: “No mundo de hoje, a ocupação de terras estrangeiras não pode se arrastar por um período tão longo. Se os problemas não forem resolvidos, podem surgir problemas incontroláveis.” Abdullah Gul pediu "diplomacia silenciosa, mas resoluta" e seu apelo foi apoiado pela comunidade azerbaijana de Nagorno-Karabakh, cujos líderes declararam estar prontos para resolver o problema por meios militares. Ao mesmo tempo, houve relatos na imprensa do Azerbaijão de que pessoas temporariamente deslocadas da parte leste da antiga região autônoma estavam se preparando para retornar a Nagorno-Karabakh, no Azerbaijão.

O risco da intervenção da Turquia na redistribuição regional no Cáucaso, na ausência de garantias reais de estabilidade por parte dos Estados Unidos, poderia levar a uma nova guerra caucasiana, o que colocaria difíceis tarefas operacionais para Moscou. O aliado estratégico da Rússia, a Armênia, também se viu na encruzilhada de ameaças externas, onde em agosto de 2010 foi lançada uma campanha anti-russa aberta no nível da informação. Ao mesmo tempo, de acordo com a avaliação da situação no início de setembro, a situação poderia facilmente sair do controle: os incidentes na linha de contato das unidades armadas tornaram-se quase diários e a missão de monitoramento da OSCE era composta por apenas 6 pessoas . Portanto, era importante construir um sistema de freios e contrapesos para evitar que o conflito se espalhasse descontroladamente.

Sob essas condições, visitas de Estado à Armênia e Azerbaijão pelo Presidente da Rússia D.A. Medvedev. A posição da Rússia partiu da tese principal: o Azerbaijão e a Armênia são parceiros estratégicos da Rússia, a guerra entre eles é inaceitável, a cooperação com eles é importante para a Rússia como ator regional e global no Cáucaso.

As negociações na Armênia terminaram com a assinatura de um novo acordo de cooperação militar e a extensão da permanência da base militar russa em Gyumri de 25 para 49 anos. Uma espécie de compensação foi o fato de a Rússia ter assumido obrigações de proteger as fronteiras da Armênia não apenas com o Irã e a Turquia, mas também com o Azerbaijão.

O cientista político armênio Sergei Minasyan avaliou positivamente esse fato, embora tenha observado que a presença de uma base militar estrangeira, em certa medida, limita a soberania do estado. Claro que o Estado se limita um pouco, mas podemos avaliar essa ação positivamente. Como observado anteriormente, a Rússia não está interessada em grandes conflitos que possam desestabilizar a região. Pode-se notar também que em caso de vitória de um lado nos confrontos armados, eles causarão um aumento do nacionalismo no outro. Os países vizinhos também podem sofrer com isso, que, contra sua vontade, podem estar envolvidos em um conflito local. No entanto, o controle das fronteiras pela Rússia fornece um fato indiscutível contra tal curso de eventos. Qualquer lado que parta para a ofensiva se reunirá primeiro com a Rússia, com quem sofrerá grandes perdas e não poderá mais continuar as operações ativas.

Durante a visita a Baku, foram assinados vários documentos importantes para ambas as partes, incluindo - na fronteira do estado e em um aumento de quatro vezes no fornecimento de gás do Azerbaijão para a Rússia, enquanto D.A. Medvedev também afirmou que a Rússia não interferiria na participação do Azerbaijão no Nabucco. Isso indica que a Rússia não toma partido e está pronta para apoiar os dois países, sem provocar conflitos entre eles.

Entretanto, de acordo com o presidente da associação pública "Comunidade azerbaijana de Nagorno-Karabakh", já no Verão, começaram a preparar-se para o regresso às regiões libertadas da ocupação, bem como à região de Shushi, onde os A população do Azerbaijão predominava antes da guerra. A paz, embora frágil, começou a avançar nesta região. No entanto, nesta conta, Thomas de Waal na apresentação de seu livro "Jardim Negro" quando foi reimpresso em 2013 pela Universidade de Nova York: "Eu era em Karabakh cerca de 10 vezes”, disse Thomas de Waal na apresentação. - E os locais estão tentando mostrar, talvez até um pouco demais, como está tudo bem com eles. Nagorno-Karabakh é um lugar surpreendentemente calmo. Se você perder sua bicicleta lá, alguém vai trazê-la para você em meia hora. Eles criaram todas essas instituições e ministérios funcionais, embora ninguém os reconheça. Eles querem mostrar que construíram um Estado, e vamos, dizem eles, esquecer o conflito. Mas isso é um mito. Na superfície, tudo é muito calmo, mas se você olhar de perto, verá conflitos e traumas.” Isso mostra mais uma vez que essa região ainda permanece problemática, apesar de todos os esforços para estabilizá-la. O conflito passado deixou uma marca indelével na vida da população local. Desde o final de setembro, começou a trabalhar uma missão internacional de avaliação liderada pelos copresidentes do Grupo de Minsk, que terá que avaliar a situação nos territórios ocupados, em relação à qual o Azerbaijão suspendeu a consideração do projeto de resolução preparado por ele na 65ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

No início de dezembro de 2010, ocorreu a cúpula da OSCE em Astana, que foi marcada por um novo agravamento da situação em torno de Nagorno-Karabakh - pela primeira vez, contrariamente a um acordo anterior, uma reunião entre os presidentes Ilham Aliyev e Serzh Sargsyan não tomar lugar. É difícil para os líderes dos dois países concordarem em qualquer coisa se Baku fala e quer ouvir apenas sobre integridade territorial, e Yerevan sobre a independência de Karabakh, que ainda é legalmente parte do Azerbaijão.

No início de agosto de 2014, tiros foram disparados novamente em Nagorno-Karabakh, matando várias dezenas de pessoas em ambos os lados. A velha disputa territorial se intensificou com nova força. Os céticos previram uma guerra em larga escala entre a Armênia e o Azerbaijão. No entanto, as armas praticamente silenciaram, oferecendo uma chance para diplomatas e políticos negociarem os termos de uma trégua e resolverem problemas não resolvidos. O Ministério da Defesa da não reconhecida República do Nagorno-Karabakh afirma que o Azerbaijão ainda não está pronto para uma solução pacífica para a questão.

Os confrontos entre os militares cessaram após uma reunião trilateral dos presidentes da Rússia, Armênia e Azerbaijão, que ocorreu em 10 de agosto em Sochi por iniciativa de Vladimir Putin. E embora como resultado nenhum acordo tenha sido assinado e nenhuma decisão significativa tenha sido tomada, as negociações com a participação do líder do país, com o qual tanto a Armênia quanto o Azerbaijão estão conectados em muitas áreas, levaram as partes ao diálogo. O que já é muito: ânimos militantes intensificados em Yerevan e Baku. "No entanto O Kremlin claramente jogou à frente da curva, já que o Ocidente e a OTAN também estavam prontos para intervir ativamente na situação e tradicionalmente usá-lo para seus próprios propósitos, inclusive como uma alavanca de pressão sobre a Rússia. Acreditamos que esta posição é muito crítica. Claro, havia algum risco, já que qualquer decisão errada por parte do governo poderia ter consequências enormes. Podemos observar que as ações da Rússia na política externa permitiram resolver o problema, mas também podem causar um efeito negativo por suas ações.

O presidente da Sociedade Científica de Estudos Caucasianos, Alexander Krylov, observou que os esforços de longo prazo de Moscou e do Grupo OSCE Minsk para resolver o conflito de Karabakh visam principalmente criar condições para negociações. Mas o problema em si precisa ser resolvido por Yerevan e Baku: "Os negociadores devemeles mesmosidentificar maneiras de resolver o problema e as suas abordagens a ela, que permitirão mitigar a situação, e os mediadores, a quem se ouvem as censuras, não podem ditar a sua vontade às partes em conflito. Esta é a principal razão para mal-entendidos na Armênia e no Azerbaijão. Muitas vezes o mediador ditava sua vontade, e isso não beneficiava as próprias partes em conflito. Portanto, a tarefa de Moscou e outros mediadores é garantir o processo de negociação, bem como prevenir a guerra e reduzir a tensão na zona de conflito.

Vários países e organizações sentaram mais de uma vez as partes à mesa de negociações. Graças a isso, tanto a Armênia quanto o Azerbaijão, em sua posição oficial, abandonaram o conflito armado como a única solução possível para o problema. Sem dúvida, isso já é um grande sucesso no diálogo. Embora, é claro, ainda esteja muito longe de um acordo final. Há muitas razões puramente históricas e políticas, o ressentimento mútuo é forte, as vítimas de confrontos anteriores ainda não foram esquecidas. No entanto, a Rússia hoje é uma plataforma de negociação única para Baku e Yerevan, que, por meio da mediação direta do presidente russo, permite estabelecer contato pessoal entre os líderes das partes conflitantes.

A Rússia constrói relações com a Armênia e o Azerbaijão de diferentes maneiras. Se em um caso estamos falando de um aliado político-militar, no outro estamos falando de um importante parceiro comercial e econômico. No entanto, é precisamente a abordagem multicanal, o respeito pelos vizinhos e as propostas específicas para a resolução do conflito que permitem esperar que o conflito seja resolvido mais cedo ou mais tarde através da mediação de Moscou. Cabe a Baku e Yerevan.

A melhor maneira de resolver o conflito de Nagorno-Karabakh é continuar o diálogo direto entre os presidentes do Azerbaijão e da Armênia e discutir propostas e abordagens concretas para uma solução final para o conflito.

Acreditamos que uma solução definitiva para essa questão não pode ocorrer em um futuro próximo. Isso está diretamente relacionado ao humor dos povos em ambos os estados. O primeiro passo, e geralmente o mais difícil e demorado, é que os governos de ambos os países mudem a mentalidade do povo de completa hostilidade e hostilidade para o oposto. Tanto o Azerbaijão quanto a Armênia não estão prontos para fazer concessões, pois isso, eles pensam, será um indicador de fraqueza. Isso levará à indignação do povo, o que pode levar a protestos e tumultos. É por isso que, em primeiro lugar, a propaganda de que qualquer passo à frente por um lado é uma vitória para o outro deve parar. Se essa inimizade interétnica for erradicada, um grande componente do conflito que surgiu uma vez será resolvido. É bem possível que os azerbaijanos que deixaram seus locais de residência durante a guerra também possam retornar a Nagorno-Karabakh. Isso restauraria a integridade da região e daria a chance de entender a própria essência do problema. Já que a região do país, com predominância de outra nação, exige uma política bem pensada. É bem possível que, no final, ambos os lados consigam chegar a um acordo mútuo. Como já mencionado, tudo está nas mãos da Armênia e do Azerbaijão, e somente eles estão destinados a resolver esse problema.

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Em 2 de abril de 2016, o serviço de imprensa do Ministério da Defesa da Armênia anunciou que as forças armadas do Azerbaijão haviam lançado uma ofensiva em toda a área de contato com o Exército de Defesa de Nagorno-Karabakh. O lado do Azerbaijão informou que as hostilidades começaram em resposta ao bombardeio de seu território.

O serviço de imprensa da República do Nagorno-Karabakh (NKR) afirmou que as tropas do Azerbaijão partiram para a ofensiva em muitos setores da frente, usando artilharia de grande calibre, tanques e helicópteros. Dentro de alguns dias, representantes oficiais do Azerbaijão anunciaram a ocupação de várias alturas e assentamentos estrategicamente importantes. Em vários setores da frente, os ataques foram repelidos pelas forças armadas da NKR.

Após vários dias de intensos combates na linha de frente, representantes militares de ambos os lados se reuniram para discutir os termos de um cessar-fogo. Foi alcançado em 5 de abril, embora, após essa data, a trégua tenha sido repetidamente violada por ambos os lados. No geral, no entanto, a situação na frente começou a se acalmar. As forças armadas do Azerbaijão começaram a fortalecer as posições conquistadas do inimigo.

O conflito de Karabakh é um dos mais antigos nas extensões da antiga URSS, Nagorno-Karabakh tornou-se um ponto quente antes mesmo do colapso do país e está congelado há mais de vinte anos. Por que explodiu com vigor renovado hoje, quais são os pontos fortes dos lados opostos e o que deve ser esperado no futuro próximo? Esse conflito pode se transformar em uma guerra em grande escala?

Para entender o que está acontecendo nesta região hoje, você deve fazer uma pequena digressão na história. Esta é a única maneira de entender a essência desta guerra.

Nagorno-Karabakh: pré-história do conflito

O conflito de Karabakh tem raízes históricas e etnoculturais muito antigas; a situação nesta região aumentou significativamente nos últimos anos do regime soviético.

Nos tempos antigos, Karabakh fazia parte do reino armênio, após seu colapso, essas terras se tornaram parte do Império Persa. Em 1813 Nagorno-Karabakh foi anexado à Rússia.

Conflitos interétnicos sangrentos ocorreram aqui mais de uma vez, sendo os mais graves durante o enfraquecimento da metrópole: em 1905 e 1917. Após a revolução, três estados apareceram na Transcaucásia: Geórgia, Armênia e Azerbaijão, que incluía Karabakh. No entanto, esse fato absolutamente não agradou aos armênios, que naquela época constituíam a maioria da população: a primeira guerra começou em Karabakh. Os armênios obtiveram uma vitória tática, mas sofreram uma derrota estratégica: os bolcheviques incluíram o Nagorno-Karabakh no Azerbaijão.

Durante o período soviético, a paz foi mantida na região, a questão da transferência de Karabakh para a Armênia foi levantada periodicamente, mas não encontrou apoio da liderança do país. Quaisquer manifestações de descontentamento foram severamente reprimidas. Em 1987, os primeiros confrontos entre armênios e azerbaijanos começaram no território de Nagorno-Karabakh, o que levou a baixas humanas. Os deputados da Região Autônoma de Nagorno-Karabakh (NKAO) estão pedindo para serem anexados à Armênia.

Em 1991, a criação da República do Nagorno-Karabakh (NKR) foi proclamada e uma guerra em larga escala com o Azerbaijão começou. Os combates ocorreram até 1994, no front, as partes utilizaram aviação, veículos blindados e artilharia pesada. Em 12 de maio de 1994, o acordo de cessar-fogo entra em vigor e o conflito de Karabakh passa para o estágio congelado.

O resultado da guerra foi a efetiva obtenção da independência pela NKR, bem como a ocupação de várias regiões do Azerbaijão adjacentes à fronteira com a Armênia. De fato, nesta guerra, o Azerbaijão sofreu uma derrota esmagadora, não alcançou seus objetivos e perdeu parte de seus territórios ancestrais. Essa situação absolutamente não agradou a Baku, que por muitos anos construiu sua política interna no desejo de vingança e na devolução das terras perdidas.

Equilíbrio de poder atual

Na última guerra, a Armênia e a NKR venceram, o Azerbaijão perdeu território e foi forçado a admitir a derrota. Por muitos anos, o conflito de Karabakh esteve em estado de congelamento, acompanhado por escaramuças periódicas na linha de frente.

No entanto, durante este período, a situação econômica dos países adversários mudou muito, hoje o Azerbaijão tem um potencial militar muito mais sério. Durante os anos de altos preços do petróleo, Baku conseguiu modernizar o exército e equipá-lo com as últimas armas. A Rússia sempre foi o principal fornecedor de armas para o Azerbaijão (isso causou séria irritação em Yerevan), e armas modernas também foram compradas da Turquia, Israel, Ucrânia e até da África do Sul. Os recursos da Armênia não permitiram fortalecer qualitativamente o exército com novas armas. Na Armênia e na Rússia, muitos pensavam que desta vez o conflito terminaria da mesma forma que em 1994 - ou seja, com a fuga e derrota do inimigo.

Se em 2003 o Azerbaijão gastou US$ 135 milhões nas forças armadas, então em 2018 os custos devem ultrapassar US$ 1,7 bilhão. Os gastos militares de Baku atingiram o pico em 2013, quando US$ 3,7 bilhões foram gastos em necessidades militares. Para comparação: todo o orçamento do estado da Armênia em 2018 foi de US$ 2,6 bilhões.

Hoje, a força total das Forças Armadas do Azerbaijão é de 67 mil pessoas (57 mil pessoas são forças terrestres), outras 300 mil estão em reserva. Deve-se notar que nos últimos anos, o exército do Azerbaijão foi reformado de acordo com o modelo ocidental, mudando para os padrões da OTAN.

As forças terrestres do Azerbaijão são reunidas em cinco corpos, que incluem 23 brigadas. Hoje, o exército do Azerbaijão tem mais de 400 tanques (T-55, T-72 e T-90), e de 2010 a 2014 a Rússia entregou 100 dos mais recentes T-90. O número de veículos blindados de transporte de pessoal, veículos de combate de infantaria e veículos blindados e veículos blindados - 961 unidades. A maioria deles são produtos do complexo militar-industrial soviético (BMP-1, BMP-2, BTR-69, BTR-70 e MT-LB), mas também existem os veículos mais recentes da produção russa e estrangeira (BMP-3 , BTR-80A, veículos blindados fabricados na Turquia, Israel e África do Sul). Alguns dos T-72 do Azerbaijão foram modernizados pelos israelenses.

O Azerbaijão tem quase 700 peças de artilharia, incluindo artilharia rebocada e autopropulsada, incluindo artilharia de foguetes. A maioria deles foi obtida durante a divisão da propriedade militar soviética, mas também há amostras mais recentes: 18 canhões autopropulsados "Msta-S", 18 canhões autopropulsados 2S31 "Vena", 18 MLRS "Smerch" e 18 TOS- 1A "Solntsepek". Separadamente, deve-se notar o MLRS Lynx israelense (calibre 300, 166 e 122 mm), que são superiores em suas características (principalmente em precisão) aos homólogos russos. Além disso, Israel forneceu as Forças Armadas do Azerbaijão com canhões autopropulsados de 155 mm SOLTAM Atmos. A maior parte da artilharia rebocada é representada por obuseiros D-30 soviéticos.

A artilharia antitanque é representada principalmente pelos mísseis antitanque soviéticos MT-12 "Rapier", também estão em serviço ATGMs de fabricação soviética ("Baby", "Competition", "Fagote", "Metis") e produção estrangeira ( Israel - Spike, Ucrânia - "Skif"). Em 2014, a Rússia entregou vários ATGMs autopropulsados Khrizantema.

A Rússia entregou equipamentos de sapadores sérios ao Azerbaijão, que podem ser usados para superar as zonas fortificadas do inimigo.

Além disso, sistemas de defesa aérea foram recebidos da Rússia: S-300PMU-2 Favorit (duas divisões) e várias baterias Tor-M2E. Existem antigos "Shilki" e cerca de 150 complexos soviéticos "Circle", "Osa" e "Strela-10". Há também uma divisão dos sistemas de defesa aérea Buk-MB e Buk-M1-2 transferidos pela Rússia e uma divisão do sistema de defesa aérea Barak 8 de fabricação israelense.

Existem complexos operacionais-táticos "Tochka-U", que foram comprados da Ucrânia.

A Armênia tem um potencial militar muito menor, devido à sua participação mais modesta no "legado" soviético. Sim, e com as finanças, Yerevan é muito pior - não há campos de petróleo em seu território.

Após o fim da guerra em 1994, grandes fundos foram alocados do orçamento do estado armênio para a criação de fortificações ao longo de toda a linha de frente. O número total de forças terrestres da Armênia hoje é de 48 mil pessoas, outras 210 mil estão em reserva. Juntamente com o NKR, o país pode implantar cerca de 70 mil combatentes, o que é comparável ao exército do Azerbaijão, mas o equipamento técnico das Forças Armadas Armênias é claramente inferior ao inimigo.

O número total de tanques armênios é pouco mais de cem unidades (T-54, T-55 e T-72), veículos blindados - 345, a maioria deles foi feita nas fábricas da URSS. A Armênia praticamente não tem dinheiro para modernizar o exército. A Rússia transfere suas armas antigas para ela e concede empréstimos para comprar armas (claro, as russas).

A defesa aérea da Armênia está armada com cinco divisões de S-300PS, há informações de que os armênios mantêm o equipamento em boas condições. Há também amostras mais antigas de tecnologia soviética: S-200, S-125 e S-75, assim como Shilka. Seu número exato é desconhecido.

A Força Aérea Armênia consiste em 15 aeronaves de ataque Su-25, Mi-24 (11 unidades) e helicópteros Mi-8, bem como Mi-2s multiuso.

Deve-se acrescentar que na Armênia (Gyumri) existe uma base militar russa, onde estão implantados o MiG-29 e a divisão de defesa aérea S-300V. No caso de um ataque à Armênia, de acordo com o acordo CSTO, a Rússia deve ajudar seu aliado.

nó caucasiano

Hoje, a posição do Azerbaijão parece muito mais preferível. O país conseguiu criar forças armadas modernas e muito fortes, o que foi comprovado em abril de 2018. Não está totalmente claro o que acontecerá a seguir: é benéfico para a Armênia manter a situação atual, de fato, ela controla cerca de 20% do território do Azerbaijão. No entanto, isso não é muito benéfico para Baku.

Atenção também deve ser dada aos aspectos políticos internos dos eventos de abril. Após a queda dos preços do petróleo, o Azerbaijão vive uma crise econômica, e a melhor maneira de pacificar os insatisfeitos nesse momento é desencadear uma "pequena guerra vitoriosa". Na Armênia, as coisas na economia são tradicionalmente ruins. Assim, para a liderança armênia, a guerra também é uma maneira muito adequada de reorientar a atenção do povo.

Em termos de números, as forças armadas de ambos os lados são aproximadamente comparáveis, mas em termos de organização, os exércitos da Armênia e da NKR estão décadas atrás das forças armadas modernas. Os eventos na frente mostraram isso claramente. A opinião de que o alto espírito de luta armênio e as dificuldades de travar a guerra em áreas montanhosas equalizarão tudo acabou sendo errônea.

O MLRS Lynx israelense (calibre 300 mm e alcance 150 km) supera em precisão e alcance tudo o que foi feito na URSS e agora está sendo produzido na Rússia. Em combinação com drones israelenses, o exército do Azerbaijão teve a oportunidade de infligir ataques poderosos e profundos em alvos inimigos.

Os armênios, tendo lançado sua contra-ofensiva, não puderam desalojar o inimigo de todas as suas posições.

Com um alto grau de probabilidade, podemos dizer que a guerra não vai acabar. O Azerbaijão exige a libertação das regiões ao redor de Karabakh, mas a liderança da Armênia não pode concordar com isso. Seria suicídio político para ele. O Azerbaijão se sente vencedor e quer continuar lutando. Baku mostrou que tem um exército formidável e pronto para o combate que sabe como vencer.

Os armênios estão zangados e confusos, eles exigem recapturar os territórios perdidos do inimigo a qualquer custo. Além do mito da superioridade de seu próprio exército, outro mito foi derrubado: o da Rússia como um aliado confiável. Nos últimos anos, o Azerbaijão tem recebido as mais recentes armas russas, enquanto apenas as antigas armas soviéticas foram fornecidas à Armênia. Além disso, descobriu-se que a Rússia não está ansiosa para cumprir suas obrigações sob o CSTO.

Para Moscou, o estado do conflito congelado na NKR era uma situação ideal que lhe permitia exercer sua influência em ambos os lados do conflito. Claro, Yerevan era mais dependente de Moscou. A Armênia praticamente se viu cercada por países hostis e, se os partidários da oposição chegarem ao poder na Geórgia este ano, ela poderá se encontrar em completo isolamento.

Há outro fator - o Irã. Na última guerra, ele ficou do lado dos armênios. Mas desta vez a situação pode mudar. Uma grande diáspora do Azerbaijão vive no Irã, cuja opinião a liderança do país não pode ignorar.

Recentemente, foram realizadas conversas em Viena entre os presidentes dos países mediados pelos Estados Unidos. A solução ideal para Moscou seria introduzir suas próprias forças de paz na zona de conflito, o que fortaleceria ainda mais a influência russa na região. Yerevan concordará com isso, mas o que Baku deve oferecer para apoiar tal movimento?

O pior cenário para o Kremlin seria o início de uma guerra em grande escala na região. Com o Donbass e a Síria à margem, a Rússia pode simplesmente não puxar outro conflito armado em sua periferia.

Vídeo sobre o conflito Karabakh

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Nagorno-Karabakh é uma região da Transcaucásia, que é legalmente o território do Azerbaijão. Na época do colapso da URSS, um confronto militar surgiu aqui, já que a grande maioria dos habitantes de Nagorno-Karabakh tem raízes armênias. A essência do conflito é que o Azerbaijão faz exigências bastante razoáveis neste território, mas os habitantes da região gravitam mais em direção à Armênia. Em 12 de maio de 1994, Azerbaijão, Armênia e Nagorno-Karabakh ratificaram um protocolo que estabeleceu uma trégua, que resultou em um cessar-fogo incondicional na zona de conflito.

Excursão na história

Fontes históricas armênias afirmam que Artsakh (o antigo nome armênio) foi mencionado pela primeira vez no século VIII aC. De acordo com essas fontes, Nagorno-Karabakh fazia parte da Armênia no início da Idade Média. Como resultado das guerras agressivas da Turquia e do Irã nesta época, uma parte significativa da Armênia ficou sob o controle desses países. Os principados armênios, ou melikdoms, na época localizados no território do moderno Karabakh, mantinham um status semi-independente.

O Azerbaijão tem seu próprio ponto de vista sobre esta questão. De acordo com pesquisadores locais, Karabakh é uma das regiões históricas mais antigas de seu país. A palavra "Karabakh" no Azerbaijão é traduzida da seguinte forma: "gara" significa preto e "saco" significa jardim. Já no século XVI, juntamente com outras províncias, Karabakh fazia parte do estado safávida e, depois disso, tornou-se um canato independente.

Nagorno-Karabakh durante o Império Russo

Em 1805, o canato de Karabakh foi subordinado ao Império Russo e, em 1813, sob o tratado de paz do Gulistan, Nagorno-Karabakh também se tornou parte da Rússia. Então, de acordo com o Tratado de Turkmenchay, bem como um acordo concluído na cidade de Edirne, os armênios foram reassentados da Turquia e do Irã e se estabeleceram nos territórios do norte do Azerbaijão, incluindo Karabakh. Assim, a população dessas terras é predominantemente de origem armênia.

Como parte da URSS

Em 1918, a recém-criada República Democrática do Azerbaijão ganhou o controle de Karabakh. Quase simultaneamente, a República Armênia faz reivindicações a essa área, mas o ADR não reconhece essas reivindicações. Em 1921, o território de Nagorno-Karabakh com direitos de ampla autonomia foi incluído na RSS do Azerbaijão. Dois anos depois, Karabakh recebe o status de região autônoma (NKAR).

Em 1988, o Conselho de Deputados do NKAO fez uma petição às autoridades do AzSSR e do ArmSSR das repúblicas e propôs a transferência do território disputado para a Armênia. Esta petição não foi concedida, o que fez com que uma onda de protestos varreu as cidades da Região Autônoma de Nagorno-Karabakh. Manifestações de solidariedade também foram realizadas em Yerevan.

Declaração de independência

No início do outono de 1991, quando a União Soviética já havia começado a desmoronar, o NKAO adotou uma Declaração proclamando a República de Nagorno-Karabakh. Além disso, além do NKAO, incluía parte dos territórios do antigo AzSSR. De acordo com os resultados do referendo realizado em 10 de dezembro do mesmo ano em Nagorno-Karabakh, mais de 99% da população da região votou pela independência total do Azerbaijão.

É bastante óbvio que o referendo não foi reconhecido pelas autoridades do Azerbaijão, e o próprio ato de proclamação foi considerado ilegal. Além disso, Baku decidiu abolir a autonomia de Karabakh, que gozava nos tempos soviéticos. No entanto, o processo destrutivo já foi lançado.

Conflito de Karabakh

Pela independência da autoproclamada república, os destacamentos armênios se levantaram, aos quais o Azerbaijão tentou resistir. Nagorno-Karabakh recebeu apoio do oficial Yerevan, bem como da diáspora nacional em outros países, então a milícia conseguiu defender a região. No entanto, as autoridades do Azerbaijão ainda conseguiram estabelecer o controle sobre várias regiões, que foram inicialmente proclamadas parte da NKR.

Cada um dos lados opostos cita suas próprias estatísticas de perdas no conflito de Karabakh. Comparando esses dados, podemos concluir que 15 a 25 mil pessoas morreram nos três anos de resolução do relacionamento. Pelo menos 25.000 ficaram feridos e mais de 100.000 civis foram forçados a deixar seus locais de residência.

Acordo de paz

As negociações, durante as quais as partes tentaram resolver o conflito pacificamente, começaram quase imediatamente após a proclamação de uma NKR independente. Por exemplo, em 23 de setembro de 1991, foi realizada uma reunião, da qual participaram os presidentes do Azerbaijão, Armênia, Rússia e Cazaquistão. Na primavera de 1992, a OSCE estabeleceu um grupo para a resolução do conflito de Karabakh.

Apesar de todas as tentativas da comunidade internacional para impedir o derramamento de sangue, foi somente na primavera de 1994 que um cessar-fogo foi alcançado. Em 5 de maio, o Protocolo de Bishkek foi assinado na capital do Quirguistão, após o qual os participantes cessaram o fogo uma semana depois.

As partes em conflito não chegaram a um acordo sobre o status final de Nagorno-Karabakh. O Azerbaijão exige respeito por sua soberania e insiste em manter sua integridade territorial. Os interesses da autoproclamada república são protegidos pela Armênia. Nagorno-Karabakh é a favor de uma resolução pacífica de questões controversas, enquanto as autoridades da república enfatizam que a NKR é capaz de defender sua independência.

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Conflito armênio-azerbaijano em Nagorno-Karabakh. Referência

(atualizado: 11:02 05.05.2009)

15 anos atrás (1994) Azerbaijão, Nagorno-Karabakh e Armênia assinaram o Protocolo de Bishkek sobre cessar-fogo em 12 de maio de 1994 na zona de conflito de Karabakh.

15 anos atrás (1994) Azerbaijão, Nagorno-Karabakh e Armênia assinaram o Protocolo de Bishkek sobre cessar-fogo em 12 de maio de 1994 na zona de conflito de Karabakh.

Nagorno-Karabakh é uma região da Transcaucásia, parte de jure do Azerbaijão. A população é de 138 mil pessoas, a grande maioria são armênios. A capital é a cidade de Stepanakert. A população é de cerca de 50 mil pessoas.

De acordo com fontes abertas armênias, Nagorno-Karabakh (o antigo nome armênio é Artsakh) foi mencionado pela primeira vez na inscrição de Sardur II, rei de Urartu (763-734 aC). No início da Idade Média, Nagorno-Karabakh fazia parte da Armênia, de acordo com fontes armênias. Depois que a maior parte deste país foi capturada pela Turquia e pelo Irã na Idade Média, os principados armênios (melikdoms) de Nagorno-Karabakh mantiveram um status semi-independente.

De acordo com fontes do Azerbaijão, Karabakh é uma das regiões históricas mais antigas do Azerbaijão. De acordo com a versão oficial, o aparecimento do termo "Karabakh" remonta ao século VII e é interpretado como uma combinação das palavras do Azerbaijão "gara" (preto) e "bagh" (jardim). Entre outras províncias de Karabakh (Ganja na terminologia do Azerbaijão) no século XVI. fazia parte do estado safávida, mais tarde tornou-se um canato independente de Karabakh.

De acordo com o Tratado de Kurekchay de 1805, o Karabakh Khanate, como uma terra muçulmana-azerbaijana, estava subordinado à Rússia. NO 1813 Sob o Tratado de Paz do Gulistan, Nagorno-Karabakh tornou-se parte da Rússia. No primeiro terço do século 19, de acordo com o Tratado de Turkmenchay e o Tratado de Edirne, a colocação artificial de armênios reassentados do Irã e da Turquia começou no norte do Azerbaijão, inclusive em Karabakh.

Em 28 de maio de 1918, o estado independente da República Democrática do Azerbaijão (ADR) foi criado no norte do Azerbaijão, que manteve seu poder político sobre Karabakh. Ao mesmo tempo, a declarada República Armênia (Ararat) apresentou suas reivindicações ao Karabakh, que não foram reconhecidas pelo governo da ADR. Em janeiro de 1919, o governo ADR criou a província de Karabakh, que incluía os distritos de Shusha, Javanshir, Jabrayil e Zangezur.

NO julho de 1921 Por decisão do Gabinete Caucasiano do Comitê Central do PCR (b), Nagorno-Karabakh foi incluído na RSS do Azerbaijão com base em ampla autonomia. Em 1923, a Região Autônoma de Nagorno-Karabakh foi formada no território de Nagorno-Karabakh como parte do Azerbaijão.

20 de fevereiro de 1988 Sessão extraordinária do Conselho Regional de Deputados do NKAR adotou uma decisão "Sobre a petição aos Sovietes Supremos do AzSSR e do ArmSSR sobre a transferência do NKAO do AzSSR para o ArmSSR". A recusa das autoridades aliadas e do Azerbaijão causou manifestações de protesto dos armênios não apenas em Nagorno-Karabakh, mas também em Yerevan.

Em 2 de setembro de 1991, uma sessão conjunta dos conselhos regionais de Nagorno-Karabakh e Shahumyan foi realizada em Stepanakert. A sessão adotou uma Declaração sobre a proclamação da República de Nagorno-Karabakh dentro das fronteiras da Região Autônoma de Nagorno-Karabakh, a região de Shahumyan e parte da região de Khanlar da antiga RSS do Azerbaijão.

10 de dezembro de 1991, poucos dias antes do colapso oficial da União Soviética, um referendo foi realizado em Nagorno-Karabakh, no qual a grande maioria da população - 99,89% - se manifestou a favor da independência completa do Azerbaijão.

Durante o conflito, unidades armênias regulares capturaram total ou parcialmente sete regiões que o Azerbaijão considerava suas. Como resultado, o Azerbaijão perdeu o controle sobre Nagorno-Karabakh.

Ao mesmo tempo, o lado armênio acredita que parte de Karabakh permanece sob o controle do Azerbaijão - as aldeias das regiões de Mardakert e Martuni, toda a região de Shaumyan e a sub-região de Getashen, bem como Nakhichevan.

Na descrição do conflito, as partes dão seus próprios números sobre as perdas, que diferem dos do lado oposto. De acordo com dados consolidados, as perdas de ambos os lados durante o conflito de Karabakh ascenderam a 15.000 a 25.000 pessoas mortas, mais de 25.000 feridos, centenas de milhares de civis deixaram suas casas.

5 de maio de 1994 Através da mediação da Rússia, o Quirguistão e a Assembleia Interparlamentar da CEI em Bishkek, capital do Quirguistão, Azerbaijão, Nagorno-Karabakh e Armênia assinaram um protocolo que ficou na história da solução do conflito de Karabakh como Bishkek, no dia com base no qual um acordo sobre um cessar-fogo foi alcançado em 12 de maio.

Em 12 de maio do mesmo ano, foi realizada uma reunião em Moscou entre o Ministro da Defesa da Armênia Serzh Sargsyan (agora Presidente da Armênia), o Ministro da Defesa do Azerbaijão Mammadraffi Mammadov e o comandante do Exército de Defesa da NKR Samvel Babayan, em que foi confirmado o compromisso das partes com o acordo de cessar-fogo alcançado anteriormente.

O processo de negociação para resolver o conflito começou em 1991. 23 de setembro de 1991 Uma reunião dos presidentes da Rússia, Cazaquistão, Azerbaijão e Armênia ocorreu em Zheleznovodsk. Em março de 1992, o Grupo Minsk da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foi estabelecido para resolver o conflito de Karabakh, copresidido pelos Estados Unidos, Rússia e França. Em meados de setembro de 1993, ocorreu em Moscou a primeira reunião de representantes do Azerbaijão e do Nagorno-Karabakh. Mais ou menos na mesma época, uma reunião privada foi realizada em Moscou entre o presidente do Azerbaijão, Heydar Aliyev, e o então primeiro-ministro de Nagorno-Karabakh, Robert Kocharyan. Desde 1999, são realizadas reuniões regulares entre os presidentes do Azerbaijão e da Armênia.

O Azerbaijão insiste em manter sua integridade territorial, a Armênia defende os interesses da república não reconhecida, já que a NKR não reconhecida não faz parte das negociações.

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Conflito de Karabakh

A República de Nagorno-Karabakh, localizada nas Terras Altas da Armênia, tem uma área de 4,5 mil metros quadrados. quilômetros.

O conflito de Karabakh, que se tornou causa de ódio e inimizade mútua entre os povos outrora amigos, está enraizado nos anos vinte do século passado. Foi nessa época que a República de Nagorno-Karabakh, agora chamada Artsakh, se transformou em um pomo de discórdia entre o Azerbaijão e a Armênia.

Mesmo antes da Revolução de Outubro, essas duas repúblicas, arrastadas para o conflito de Karabakh, juntamente com a vizinha Geórgia, participaram de disputas territoriais. E na primavera de 1920, os atuais azerbaijanos, a quem os russos chamavam de "tártaros caucasianos", com o apoio dos intervencionistas turcos, massacraram os armênios, que naquela época representavam 94% de toda a população de Artsakh. O principal golpe caiu no centro administrativo - a cidade de Shushi, onde mais de 25 mil pessoas foram massacradas. A parte armênia da cidade foi varrida da face da terra.

Mas os azerbaijanos calcularam mal: tendo matado os armênios, destruído Shushi, eles, embora se tornassem mestres na região, receberam uma economia completamente destruída, que teve que ser restaurada por mais de uma dúzia de anos.

Os bolcheviques, não querendo desencadear hostilidades em grande escala, reconhecem Artsakh como uma das partes da Armênia, juntamente com duas regiões - Zangezur e Nakhichevan.

No entanto, Joseph Stalin, que naqueles anos serviu como Comissário do Povo para Assuntos Nacionais, sob pressão de Baku e do então líder dos turcos, Ataturk, muda à força o status da república e o transfere para o Azerbaijão.

Esta decisão causa uma tempestade de indignação e indignação entre a população armênia. Na verdade, foi isso que provocou o conflito de Nagorno-Karabakh.

Quase cem anos se passaram desde então. Nos anos seguintes, Artsakh, sendo parte do Azerbaijão, continuou secretamente a lutar por sua independência. Foram enviadas cartas a Moscou, que falavam das tentativas oficiais de Baku de expulsar todos os armênios desta república montanhosa, no entanto, havia apenas uma resposta a todas essas queixas e pedidos de reunificação com a Armênia: “internacionalismo socialista”.

O conflito de Karabakh, cujas causas estão na violação do direito do povo à autodeterminação, surgiu no contexto de uma situação muito alarmante. Em relação aos armênios, em 1988, iniciou-se uma política aberta de despejo. A situação estava esquentando.

Enquanto isso, o oficial Baku desenvolveu seu próprio plano, segundo o qual o conflito de Karabakh deveria ser “resolvido”: na cidade de Sumgayit, todos os armênios vivos foram massacrados em uma noite.

Ao mesmo tempo, comícios multimilionários começaram em Yerevan, cuja principal demanda era considerar a possibilidade de secessão de Karabakh do Azerbaijão, cuja resposta foram ações em Kirovabad.

Foi nessa época que surgiram os primeiros refugiados na URSS, que deixaram suas casas em pânico.

Milhares de pessoas, principalmente idosos, vieram para a Armênia, onde acampamentos foram montados para eles em todo o território.

O conflito de Karabakh gradualmente se transformou em uma guerra real. Destacamentos voluntários foram criados na Armênia e tropas regulares foram enviadas do Azerbaijão para Karabakh. A fome começou na república.

Em 1992, os armênios capturaram Lachin, o corredor entre a Armênia e Artsakh, encerrando o bloqueio da república. Ao mesmo tempo, territórios significativos foram apreendidos no próprio Azerbaijão.

A república não reconhecida de Artsakh, após o colapso da URSS, realizou um referendo no qual foi decidido declarar sua independência.

Em 1994, um acordo tripartido sobre a cessação das hostilidades foi assinado em Bishkek com a participação da Rússia.

O conflito de Karabakh é uma das páginas mais trágicas da realidade até hoje. É por isso que tanto a Rússia quanto toda a comunidade mundial estão tentando resolvê-lo pacificamente.

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História do desastre. Como começou o conflito em Nagorno-Karabakh | História | Sociedade

Em uma série de conflitos interétnicos que engolfaram a União Soviética nos últimos anos de sua existência, Nagorno-Karabakh tornou-se o primeiro. A política de reestruturação lançada Mikhail Gorbachev, foi testado quanto à força pelos eventos em Karabakh. A auditoria mostrou o fracasso completo da nova liderança soviética.

Uma região com uma história complexa

Nagorno-Karabakh, um pequeno pedaço de terra na Transcaucásia, tem um destino antigo e difícil, onde os caminhos de vida dos vizinhos - armênios e azerbaijanos estão entrelaçados.

A região geográfica de Karabakh é dividida em partes planas e montanhosas. Em Plain Karabakh, historicamente prevaleceu a população do Azerbaijão, em Nagorno - armênio.

Guerras, paz, guerras de novo - e assim os povos viviam lado a lado, ora em inimizade, ora em reconciliação. Após o colapso do Império Russo, Karabakh tornou-se o cenário de uma feroz guerra armênio-azerbaijana de 1918-1920. O confronto, no qual os nacionalistas desempenharam o papel principal de ambos os lados, só deu em nada após o estabelecimento do poder soviético na Transcaucásia.

No verão de 1921, após uma discussão acalorada, o Comitê Central do PCR (b) decidiu deixar Nagorno-Karabakh como parte da RSS do Azerbaijão e conceder-lhe ampla autonomia regional.

O Oblast Autônomo de Nagorno-Karabakh, que se tornou o Oblast Autônomo de Nagorno-Karabakh em 1937, preferiu considerar-se parte da União Soviética em vez de parte da RSS do Azerbaijão.

"Descongelando" queixas mútuas

Por muitos anos, essas sutilezas foram ignoradas em Moscou. Tentativas na década de 1960 de levantar o tópico da transferência de Nagorno-Karabakh para a RSS da Armênia foram severamente reprimidas - então a liderança central considerou que tais invasões nacionalistas deveriam ser cortadas pela raiz.

Mas a população armênia do NKAO ainda tinha motivos de preocupação. Se em 1923 os armênios representavam mais de 90% da população de Nagorno-Karabakh, em meados da década de 1980 essa porcentagem caiu para 76. Isso não foi por acaso - a liderança da RSS do Azerbaijão apostou deliberadamente em mudar o componente étnico da região .

Enquanto a situação no país como um todo permaneceu estável, tudo estava calmo também em Nagorno-Karabakh. Pequenas escaramuças em terrenos nacionais não foram levadas a sério.

A perestroika de Mikhail Gorbachev, entre outras coisas, "descongelou" a discussão de temas anteriormente tabus. Para os nacionalistas, cuja existência até agora só era possível nas profundezas do subsolo, isso foi um verdadeiro presente do destino.

Foi em Chardakhlu

Grandes coisas sempre começam pequenas. A aldeia armênia de Chardakhly existia na região de Shamkhor, no Azerbaijão. Durante a Grande Guerra Patriótica, 1250 pessoas foram para a frente da aldeia. Destes, metade recebeu ordens e medalhas, dois se tornaram marechais, doze - generais, sete - Heróis da União Soviética.

Em 1987 secretário do comitê distrital do partido Asadov decidiu substituir diretor da fazenda estatal local Yegiyan no líder-Azerbaijano.

Os aldeões ficaram indignados nem mesmo pela demissão de Yegiyan, que foi acusado de abuso, mas pela forma como foi feito. Asadov agiu de forma rude, descaradamente, sugerindo que o ex-diretor "partisse para Yerevan". Além disso, o novo diretor, segundo os moradores, era “um churrasqueiro com ensino fundamental”.

Os habitantes de Chardakhlu não tinham medo dos nazistas, também não tinham medo do chefe do comitê distrital. Eles simplesmente se recusaram a reconhecer o novo nomeado, e Asadov começou a ameaçar os aldeões.

De uma carta dos moradores de Chardakhly ao procurador-geral da URSS: “Cada visita de Asadov à aldeia é acompanhada por um destacamento da polícia e um carro de bombeiros. Não houve exceção e o primeiro de dezembro. Chegando com um destacamento policial no final da noite, ele reuniu à força os comunistas para realizar a reunião do partido que precisava. Quando ele não conseguiu, eles começaram a espancar as pessoas, prenderam e levaram 15 pessoas em um ônibus pré-chegado. Entre os espancados e presos estavam participantes e inválidos da Grande Guerra Patriótica ( Vartanian V., Martirosyan X.,Gabrielyan A. etc.), leiteiras, link avançado ( Minasyan G.) e até mesmo ex-deputado do Conselho Supremo de Az. SSR de muitas convocações Movsesyan M.

Não satisfeito com sua atrocidade, o misantrópico Asadov novamente em 2 de dezembro, com um destacamento policial ainda maior, organizou outro pogrom em sua terra natal Marechal Baghramyan em seu aniversário de 90 anos. Desta vez, 30 pessoas foram espancadas e presas. Tal sadismo e ilegalidade seria a inveja de qualquer racista dos países coloniais.”

“Queremos ir para a Armênia!”

Um artigo sobre os eventos em Chardakhly foi publicado no jornal Selskaya Zhizn. Se o centro não deu muita importância ao que estava acontecendo, então em Nagorno-Karabakh surgiu uma onda de indignação entre a população armênia. Como assim? Por que o funcionário sem cinto fica impune? O que vai acontecer à seguir?

“A mesma coisa acontecerá conosco se não nos juntarmos à Armênia” - quem e quando disse isso primeiro não é tão importante. O principal é que já no início de 1988, o órgão de imprensa oficial do comitê regional de Nagorno-Karabakh do Partido Comunista do Azerbaijão e o Conselho de Deputados do Povo do NKAO "Soviet Karabakh" começaram a imprimir materiais que apoiavam essa ideia .

Delegações da intelectualidade armênia foram a Moscou uma após a outra. Reunindo-se com representantes do Comitê Central do PCUS, eles garantiram que na década de 1920 Nagorno-Karabakh foi atribuído ao Azerbaijão por engano, e agora é a hora de corrigi-lo. Em Moscou, à luz da política da perestroika, os delegados foram recebidos, prometendo estudar o assunto. Em Nagorno-Karabakh, isso foi percebido como a prontidão do centro para apoiar a transferência da região para a RSS do Azerbaijão.

A situação começou a esquentar. Slogans, especialmente dos lábios dos jovens, soavam cada vez mais radicais. Pessoas distantes da política começaram a temer por sua segurança. Eles começaram a olhar para os vizinhos de uma nacionalidade diferente com desconfiança.

A liderança do SSR do Azerbaijão realizou uma reunião de ativistas partidários e econômicos na capital de Nagorno-Karabakh, na qual denunciaram "separatistas" e "nacionalistas". O estigma era, em geral, correto, mas, por outro lado, não dava respostas à questão de como viver. Entre os ativistas do partido de Nagorno-Karabakh, a maioria apoiou os pedidos de transferência da região para a Armênia.

Politburo para todas as coisas boas

A situação começou a sair do controle das autoridades. Desde meados de fevereiro de 1988, um comício foi realizado quase sem parar na praça central de Stepanakert, cujos participantes exigiam a transferência do NKAR para a Armênia. As ações de apoio a essa demanda também começaram em Yerevan.

Em 20 de fevereiro de 1988, uma sessão extraordinária de deputados populares do NKAO dirigiu-se aos Sovietes Supremos da RSS da Armênia, da RSS do Azerbaijão e da URSS com um pedido para considerar e resolver positivamente a questão da transferência do NKAO do Azerbaijão para a Armênia: Conselho Supremo da RSS da Armênia para mostrar uma profunda compreensão das aspirações da população armênia de Nagorno-Karabakh e resolver a questão da transferência do NKAO da RSS do Azerbaijão para a RSS da Armênia, ao mesmo tempo petição ao Soviete Supremo da URSS por uma decisão positiva sobre a questão da transferência do NKAO da RSS do Azerbaijão para a RSS da Armênia ",

Toda ação cria uma reação. Ações de massa começaram a ocorrer em Baku e outras cidades do Azerbaijão exigindo parar os ataques de extremistas armênios e manter Nagorno-Karabakh como parte da república.

Em 21 de fevereiro, a situação foi considerada em uma reunião do Politburo do Comitê Central do PCUS. O que Moscou decide foi monitorado de perto por ambos os lados do conflito.

“Consistentemente guiado pelos princípios leninistas da política nacional, o Comitê Central do PCUS apelou aos sentimentos patrióticos e internacionalistas da população armênia e do Azerbaijão com um apelo para não sucumbir às provocações de elementos nacionalistas, para fortalecer de todas as maneiras possíveis o grande herança do socialismo - a amizade fraterna dos povos soviéticos”, dizia o texto publicado após a discussão.

Provavelmente, essa era a essência da política de Mikhail Gorbachev - frases gerais corretas sobre tudo de bom e contra tudo de ruim. Mas a persuasão não ajudou. Enquanto a intelectualidade criativa falava em comícios e na imprensa, os radicais locais controlavam cada vez mais o processo.

Rally no centro de Yerevan em fevereiro de 1988. Foto: RIA Novosti / Ruben Mangasaryan

Primeiro sangue e pogrom em Sumgayit

A região de Shusha de Nagorno-Karabakh foi a única em que a população do Azerbaijão predominou. A situação aqui foi alimentada por rumores de que em Yerevan e Stepanakert "mulheres e crianças do Azerbaijão estão sendo brutalmente assassinadas". Não havia motivos reais para esses rumores, mas foram suficientes para que uma multidão armada de azerbaijanos iniciasse uma “campanha a Stepanakert” em 22 de fevereiro para “colocar as coisas em ordem”.

Perto da aldeia de Askeran, os vingadores perturbados foram recebidos por cordões policiais. Não foi possível argumentar com a multidão, tiros foram disparados. Duas pessoas foram mortas e, ironicamente, uma das primeiras vítimas do conflito foi um azerbaijano que foi morto por um policial azerbaijano.

A verdadeira explosão ocorreu onde não se esperava - em Sumgayit, uma cidade satélite de Baku, capital do Azerbaijão. Naquela época, as pessoas começaram a aparecer lá, chamando-se "refugiados de Karabakh" e falando sobre os horrores cometidos pelos armênios. De fato, não havia uma palavra de verdade nas histórias dos "refugiados", mas elas esquentavam a situação.

Sumgayit, fundada em 1949, era uma cidade multinacional - azerbaijanos, armênios, russos, judeus, ucranianos viveram e trabalharam aqui por décadas... Ninguém estava pronto para o que aconteceu nos últimos dias de fevereiro de 1988.

Acredita-se que a gota d'água foi uma reportagem de TV sobre uma escaramuça perto de Askeran, onde dois azerbaijanos foram mortos. A manifestação em Sumgait em apoio à preservação de Nagorno-Karabakh como parte do Azerbaijão se transformou em uma ação na qual os slogans “Morte aos armênios!” começaram a soar.

As autoridades locais e as agências de aplicação da lei não conseguiram impedir o que estava acontecendo. Os pogroms começaram na cidade, que duraram dois dias.

Segundo dados oficiais, 26 armênios morreram em Sumgayit, centenas ficaram feridos. Foi possível parar a loucura somente após a introdução das tropas. Mas mesmo aqui tudo acabou não sendo tão simples - a princípio, os militares foram obrigados a excluir o uso de armas. Somente depois que o número de soldados e oficiais feridos ultrapassou cem, a paciência se esgotou. Seis azerbaijanos foram adicionados aos armênios mortos, após o que os tumultos cessaram.

Êxodo

O sangue de Sumgayit tornou o fim do conflito em Karabakh uma tarefa extremamente difícil. Para os armênios, esse pogrom se tornou uma lembrança dos massacres no Império Otomano que ocorreram no início do século XX. Em Stepanakert eles repetiram: “Olha o que eles estão fazendo? Podemos ficar no Azerbaijão depois disso?”

Apesar do fato de Moscou ter começado a usar medidas duras, não havia lógica nelas. Aconteceu que dois membros do Politburo, vindos para Yerevan e Baku, fizeram promessas mutuamente exclusivas. A autoridade do governo central caiu catastroficamente.

Depois de Sumgayit, começou o êxodo de azerbaijanos da Armênia e armênios do Azerbaijão. Pessoas amedrontadas, deixando tudo o que adquiriram, fugiram de seus vizinhos, que de repente se tornaram inimigos.

Seria injusto falar apenas sobre a escória. Nem todos foram derrubados - durante os pogroms em Sumgayit, os azerbaijanos, muitas vezes arriscando suas próprias vidas, esconderam os armênios. Em Stepanakert, onde os "vingadores" começaram a caçar os azerbaijanos, eles foram resgatados pelos armênios.

Mas essas pessoas dignas não conseguiram parar o conflito crescente. Aqui e ali, novos confrontos eclodiram, que não tiveram tempo de deter as tropas internas trazidas para a região.

A crise geral que começou na URSS desviou cada vez mais a atenção dos políticos do problema de Nagorno-Karabakh. Nenhum dos lados estava pronto para fazer concessões. No início de 1990, formações armadas ilegais de ambos os lados lançaram hostilidades, o número de mortos e feridos já era de dezenas e centenas.

Militares do Ministério da Defesa da URSS nas ruas da cidade de Fuzuli. Introdução de um estado de emergência no território do NKAR, as regiões da RSS do Azerbaijão que fazem fronteira com ele. Foto: RIA Novosti / Igor Mikhalev

Educação no ódio

Imediatamente após o putsch de agosto de 1991, quando o governo central praticamente deixou de existir, a independência foi proclamada não apenas pela Armênia e pelo Azerbaijão, mas também pela República do Nagorno-Karabakh. Desde setembro de 1991, o que está acontecendo na região tornou-se uma guerra no sentido pleno da palavra. E quando, no final do ano, unidades das tropas internas do já extinto Ministério da Administração Interna da URSS foram retiradas de Nagorno-Karabakh, ninguém mais pôde impedir o massacre.

A guerra de Karabakh, que durou até maio de 1994, terminou com a assinatura de um acordo de armistício. As perdas totais das partes mortas por especialistas independentes são estimadas em 25 a 30 mil pessoas.

A República de Nagorno-Karabakh existe como um estado não reconhecido há mais de um quarto de século. As autoridades do Azerbaijão ainda declaram sua intenção de recuperar o controle sobre os territórios perdidos. Lutas de intensidade variável na linha de contato ocorrem regularmente.

Em ambos os lados, as pessoas ficarão cegas pelo ódio. Mesmo um comentário neutro sobre um país vizinho é visto como uma traição nacional. Desde cedo, as crianças são incutidas com a ideia de quem é o principal inimigo que deve ser destruído.

“De onde e para quê, vizinho,
Tantos problemas caíram sobre nós?

poeta armênio Hovhannes Tumanyan em 1909 escreveu o poema "Uma gota de mel". Nos tempos soviéticos, era bem conhecido pelos alunos na tradução de Samuil Marshak. Tumanyan, que morreu em 1923, não poderia saber o que aconteceria em Nagorno-Karabakh no final do século 20. Mas esse sábio, que conhecia bem a história, mostrou em um poema como às vezes os conflitos fratricidas monstruosos surgem de meras ninharias. Não tenha preguiça de encontrá-lo e lê-lo na íntegra, e daremos apenas seu final:

... E o fogo da guerra ardeu,
E dois países estão arruinados
E não há ninguém para ceifar o campo,
E não há ninguém para carregar os mortos.
E só a morte, foice retumbante,
Vagando pelo deserto...
Inclinando-se nas lápides
Vivo para Vivo disse:
- Onde e para quê, vizinho,
Tantos problemas caíram sobre nós?
Aqui a história termina.
E se algum de vocês
Faça uma pergunta ao narrador
Quem é mais culpado aqui - um gato ou um cachorro,
E é realmente muito mal
Mosca louca trazida -
O povo responderá por nós:
Haverá moscas - haverá mel! ..

P.S. A vila armênia de Chardakhlu, berço dos heróis, deixou de existir no final de 1988. Mais de 300 famílias que o habitavam se mudaram para a Armênia, onde se estabeleceram na vila de Zorakan. Anteriormente, esta aldeia era do Azerbaijão, mas com a eclosão do conflito, os seus habitantes tornaram-se refugiados, tal como os habitantes de Chardakhlu.

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O conflito de Karabakh em resumo: a essência da guerra e as notícias do front

O conflito de Karabakh é um dos mais antigos nas extensões da antiga URSS, Nagorno-Karabakh tornou-se um ponto quente antes mesmo do colapso do país e está congelado há mais de vinte anos. Por que explodiu com vigor renovado hoje, quais são os pontos fortes dos lados opostos e o que deve ser esperado no futuro próximo? Esse conflito pode se transformar em uma guerra em grande escala?

Para entender o que está acontecendo nesta região hoje, você deve fazer uma pequena digressão na história. Esta é a única maneira de entender a essência desta guerra.

Nagorno-Karabakh: pré-história do conflito

O conflito de Karabakh tem raízes históricas e etnoculturais muito antigas; a situação nesta região aumentou significativamente nos últimos anos do regime soviético.

Nos tempos antigos, Karabakh fazia parte do reino armênio, após seu colapso, essas terras se tornaram parte do Império Persa. Em 1813 Nagorno-Karabakh foi anexado à Rússia.

Equilíbrio de poder atual

Na última guerra, a Armênia e a NKR venceram, o Azerbaijão perdeu território e foi forçado a admitir a derrota. Por muitos anos, o conflito de Karabakh esteve em estado de congelamento, acompanhado por escaramuças periódicas na linha de frente.

A artilharia antitanque é representada principalmente pelos mísseis antitanque soviéticos MT-12 "Rapier", também estão em serviço ATGMs de fabricação soviética ("Malyutka", "Konkurs", "Fagot", "Metis") e produção estrangeira ( Israel - Spike, Ucrânia - "Skif"). Em 2014, a Rússia entregou vários ATGMs autopropulsados Khrizantema.

A Rússia entregou equipamentos de sapadores sérios ao Azerbaijão, que podem ser usados para superar as zonas fortificadas do inimigo.

Existem complexos operacionais-táticos "Tochka-U", que foram comprados da Ucrânia.

Separadamente, vale destacar os veículos aéreos não tripulados, entre os quais existem até os de choque. O Azerbaijão os comprou de Israel.

A Força Aérea do país está armada com caças soviéticos MiG-29 (16 unidades), interceptadores MiG-25 (20 unidades), bombardeiros Su-24 e Su-17 e aeronaves de ataque Su-25 (19 unidades). Além disso, a Força Aérea do Azerbaijão possui 40 treinadores L-29 e L-39, 28 helicópteros de ataque Mi-24 e helicópteros de transporte de combate Mi-8 e Mi-17 fornecidos pela Rússia.

A Armênia tem um potencial militar muito menor, devido à sua participação mais modesta no "legado" soviético. Sim, e com as finanças, Yerevan é muito pior - não há campos de petróleo em seu território.

A Força Aérea Armênia consiste em 15 aeronaves de ataque Su-25, Mi-24 (11 unidades) e helicópteros Mi-8, bem como Mi-2s multiuso.

nó caucasiano

Em termos de números, as forças armadas de ambos os lados são aproximadamente comparáveis, mas em termos de organização, os exércitos da Armênia e da NKR estão décadas atrás das forças armadas modernas. Os eventos na frente mostraram isso claramente. A opinião de que o alto espírito de luta armênio e as dificuldades de travar a guerra em áreas montanhosas equalizarão tudo acabou sendo errônea.

Os armênios, tendo lançado sua contra-ofensiva, não puderam desalojar o inimigo de todas as suas posições.

Vídeo sobre o conflito Karabakh

militararms.ru

A essência e a história do conflito em Nagorno-Karabakh

Nagorno-Karabakh é um dos pontos mais potencialmente explosivos do sul do Cáucaso há mais de 25 anos. Hoje há uma guerra acontecendo aqui novamente – Armênia e Azerbaijão acusam um ao outro de escalada. Leia a história do conflito na Ajuda do Sputnik.

TBILISI, 3 de abril - Sputnik. O conflito entre a Armênia e o Azerbaijão começou em 1988, quando a Região Autônoma de Nagorno-Karabakh anunciou sua retirada da RSS do Azerbaijão. As negociações sobre uma solução pacífica do conflito de Karabakh têm sido realizadas desde 1992 no âmbito do Grupo OSCE Minsk.

Nagorno-Karabakh é uma região histórica na Transcaucásia. A população (em 1 de janeiro de 2013) é de 146,6 mil pessoas, a grande maioria são armênios. O centro administrativo é a cidade de Stepanakert.

Fundo

Fontes armênias e azerbaijanas têm diferentes pontos de vista sobre a história da região. De acordo com fontes armênias, Nagorno-Karabakh (antigo nome armênio - Artsakh) no início do primeiro milênio aC. fazia parte da esfera política e cultural da Assíria e Urartu. Mencionado pela primeira vez na escrita cuneiforme de Sardur II, rei de Urartu (763-734 aC). No início da Idade Média, Nagorno-Karabakh fazia parte da Armênia, de acordo com fontes armênias. Depois que a maior parte deste país foi capturada pela Turquia e Pérsia na Idade Média, os principados armênios (melikdoms) de Nagorno-Karabakh mantiveram um status semi-independente. Nos séculos XVII e XVIII, os príncipes de Artsakh (meliks) lideraram a luta de libertação dos armênios contra a Pérsia do Xá e a Turquia do Sultão.

De acordo com fontes do Azerbaijão, Karabakh é uma das regiões históricas mais antigas do Azerbaijão. De acordo com a versão oficial, o aparecimento do termo "Karabakh" remonta ao século VII e é interpretado como uma combinação das palavras do Azerbaijão "gara" (preto) e "bagh" (jardim). Entre outras províncias, Karabakh (Ganja na terminologia do Azerbaijão) fazia parte do estado safávida no século XVI e mais tarde tornou-se um canato independente de Karabakh.

Em 1813, de acordo com o tratado de paz do Gulistan, Nagorno-Karabakh tornou-se parte da Rússia.

No início de maio de 1920, o poder soviético foi estabelecido em Karabakh. Em 7 de julho de 1923, a Região Autônoma de Nagorno-Karabakh (AO) foi formada a partir da parte montanhosa de Karabakh (parte da antiga província de Elizavetpol) como parte da RSS do Azerbaijão com o centro administrativo na vila de Khankendy (agora Stepanakert) .

Como a guerra começou

Em 20 de fevereiro de 1988, uma sessão extraordinária do Conselho Regional de Deputados do NKAR adotou uma decisão "Sobre uma petição aos Sovietes Supremos do AzSSR e do ArmSSR sobre a transferência do NKAO do AzSSR para o ArmSSR".

A recusa das autoridades aliadas e do Azerbaijão causou manifestações de protesto dos armênios não apenas em Nagorno-Karabakh, mas também em Yerevan.

Em 2 de setembro de 1991, uma sessão conjunta dos conselhos regionais de Nagorno-Karabakh e Shahumyan regional ocorreu em Stepanakert, que adotou uma Declaração sobre a proclamação da República de Nagorno-Karabakh dentro das fronteiras da Região Autônoma de Nagorno-Karabakh, o Shaumyan região e parte da região de Khanlar da antiga RSS do Azerbaijão.

Em 10 de dezembro de 1991, poucos dias antes do colapso oficial da União Soviética, foi realizado um referendo em Nagorno-Karabakh, no qual a grande maioria da população - 99,89% - votou pela independência completa do Azerbaijão.

O oficial Baku reconheceu este ato como ilegal e aboliu a autonomia de Karabakh que existia nos anos soviéticos. Depois disso, começou um conflito armado, durante o qual o Azerbaijão tentou manter Karabakh, e os destacamentos armênios defenderam a independência da região com o apoio de Yerevan e da diáspora armênia de outros países.

Vítimas e perdas

As perdas de ambos os lados durante o conflito de Karabakh totalizaram, segundo várias fontes, 25 mil pessoas mortas, mais de 25 mil feridas, centenas de milhares de civis deixaram seus locais de residência, mais de quatro mil pessoas estão desaparecidas.

Como resultado do conflito, o Azerbaijão perdeu o Nagorno-Karabakh e - no todo ou em parte - sete regiões adjacentes a ele.

Negociação

Em 5 de maio de 1994, por mediação da Rússia, Quirguistão e da Assembleia Interparlamentar da CEI na capital do Quirguistão, Bishkek, representantes do Azerbaijão, Armênia, as comunidades azerbaijana e armênia de Nagorno-Karabakh assinaram um protocolo pedindo um cessar-fogo na noite de 8 para 9 de maio. Este documento entrou na história da resolução do conflito de Karabakh como o Protocolo de Bishkek.

O processo de negociação para resolver o conflito começou em 1991. Desde 1992, as negociações estão em andamento para uma solução pacífica do conflito no âmbito do Grupo Minsk da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) sobre a solução do conflito de Karabakh, co-presidido pelos Estados Unidos, Rússia e França. O grupo também inclui Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Alemanha, Itália, Suécia, Finlândia e Turquia.

Desde 1999, têm sido realizadas reuniões bilaterais e trilaterais regulares dos líderes dos dois países. A última reunião dos presidentes do Azerbaijão e da Armênia Ilham Aliyev e Serzh Sargsyan no âmbito do processo de negociação sobre a solução do problema de Nagorno-Karabakh ocorreu em 19 de dezembro de 2015 em Berna (Suíça).

Apesar da confidencialidade em torno do processo de negociação, sabe-se que se baseiam nos chamados princípios atualizados de Madrid, transmitidos pelo Grupo OSCE Minsk às partes em conflito em 15 de janeiro de 2010. Os principais princípios da solução do conflito de Nagorno-Karabakh, chamado Madrid, foram apresentados em novembro de 2007 na capital da Espanha.

O Azerbaijão insiste em manter sua integridade territorial, a Armênia defende os interesses da república não reconhecida, já que a NKR não é parte nas negociações.

sputnik-georgia.ru

Nagorno-Karabakh: causas do conflito

A guerra em Nagorno-Karabakh é inferior em escala
Checheno: cerca de 50.000 pessoas morreram nele, mas em termos de duração
este conflito supera todas as guerras caucasianas das últimas décadas. Então,
hoje vale lembrar por que Nagorno-Karabakh ficou conhecido no mundo inteiro, a essência e as causas do conflito, e quais são as últimas notícias desta região.

Pré-história da guerra em Nagorno-Karabakh

A pré-história do conflito de Karabakh é muito longa, mas
em suma, sua razão pode ser expressa da seguinte forma: os azerbaijanos, que são
muçulmanos, há muito começaram a discutir território com os armênios, que são
Cristãos. É difícil para um leigo moderno entender a essência do conflito, pois
matar uns aos outros por causa da nacionalidade e religião no século 20-21, sim, assim como
por causa do território - idiotice completa. Bem, você não gosta do estado, dentro das fronteiras
quem você acabou sendo, faça as malas, mas vá para Tula ou Krasnodar com tomates
comércio - você é sempre bem-vindo lá. Por que guerra, por que sangue?

O furo é o culpado

Certa vez, sob a URSS, Nagorno-Karabakh foi incluído na
RSS do Azerbaijão. Por engano ou não por engano, não importa, mas o papel está no chão
estava com os azerbaijanos. Provavelmente, seria possível acordar pacificamente, dançar
lezginka coletiva e tratam-se com melancia. Mas não estava lá. Armênios
eles não queriam viver no Azerbaijão, aceitar sua língua e legislação. Mas também
despejar em Tula para vender tomates ou na sua Armênia não é muito
estava indo para. O argumento deles era férreo e bastante tradicional: “eles moravam aqui
Didi!

Azerbaijanos para dar
eles também não queriam seu território, eles também tinham didas lá, e até papel em
a terra era. Portanto, eles fizeram exatamente o mesmo que Poroshenko na Ucrânia, Yeltsin
na Chechénia e Snegur na Transnístria. Ou seja, enviaram tropas para guiar
ordem constitucional e proteção da integridade das fronteiras. O primeiro canal, eu chamaria
esta é uma operação punitiva Bandera ou uma invasão de fascistas azuis. A propósito,
conhecidos focos de separatismo e guerras travadas ativamente ao lado dos armênios -
cossacos russos.

Em geral, os azerbaijanos começaram a atirar nos armênios, e os armênios em
azerbaijanos. Naqueles anos, Deus enviou um sinal à Armênia - o terremoto de Spitak, em
que matou 25.000 pessoas. Bem, parece que os armênios teriam levado, mas deixaram
para o lugar vago, mas eles ainda não queriam dar a terra
azerbaijanos. E assim eles atiraram um no outro por quase 20 anos, assinaram
todos os tipos de acordos, parou de filmar e começou de novo. Mais recentes
notícias de Nagorno-Karabakh ainda estão periodicamente cheias de manchetes sobre tiroteios,
mortos e feridos, ou seja, embora não haja uma grande guerra, está latente. Aqui em 2014
ano, com a participação do Grupo OSCE Minsk, juntamente com os Estados Unidos e a França, foi lançado um processo para
resolução desta guerra. Mas mesmo isso não deu muito fruto - o período continua
fique quente.

Provavelmente todos adivinham o que está neste conflito e
trilha russa. A Rússia realmente poderia ter resolvido o conflito em
Nagorno-Karabakh, mas não é lucrativo para ela. Formalmente, reconhece os limites
Azerbaijão, mas ajuda a Armênia - de forma tão dúbia quanto na Transnístria!

Ambos os estados são muito dependentes da Rússia e perdem isso
a dependência do governo russo não quer. Ambos os países têm
Instalações militares russas - na Armênia, uma base em Gyumri e no Azerbaijão -
Radar Gabala. A Gazprom russa negocia com os dois países, comprando gás
para entregas na UE. E se um dos
países da influência russa, para que possa tornar-se independente e
rico, de que mais se juntará à OTAN ou realizará uma parada gay. A Rússia, portanto,
muito interessado nos países fracos da CEI, por isso apóia a morte, a guerra lá
e conflitos.

Mas assim que o poder mudar, a Rússia se unirá com
Azerbaijão e Armênia dentro da UE, a tolerância virá em todos os países,
Muçulmanos, cristãos, armênios, azerbaijanos e russos se abraçarão e
visitar uns aos outros.

Enquanto isso, a porcentagem de ódio mútuo entre azerbaijanos e
Os armênios são simplesmente exagerados. Obtenha uma conta no VK sob um armênio ou azeri,
conversar, e apenas se surpreenda com a gravidade da divisão.

Eu quero acreditar que talvez em 2-3 gerações isso
o ódio diminuirá.

Há lugares suficientes no mapa geopolítico do mundo que podem ser marcados em vermelho. Aqui os conflitos militares diminuem ou ressurgem, muitos dos quais têm mais de um século de história. Não existem tantos pontos “quentes” no planeta, mas ainda é melhor que eles não existam. No entanto, infelizmente, um desses lugares não fica tão longe da fronteira russa. Estamos falando do conflito de Karabakh, que é bastante difícil de descrever brevemente. A própria essência desse confronto entre armênios e azerbaijanos remonta ao final do século XIX. E muitos historiadores acreditam que o conflito entre essas nações existe há muito mais tempo. É impossível falar sobre isso sem mencionar a guerra armênio-azerbaijana, que custou um grande número de vidas em ambos os lados. A crônica histórica desses eventos é mantida por armênios e azerbaijanos com muito cuidado. Embora cada nacionalidade veja apenas seu acerto no que aconteceu. No artigo analisaremos as causas e consequências do conflito de Karabakh. E também delinear brevemente a situação atual na região. Vamos destacar várias seções do artigo para a guerra armênio-azerbaijana do final do século XIX - início do século XX, parte dos quais são confrontos armados em Nagorno-Karabakh.

Características do conflito militar

Os historiadores costumam argumentar que as causas de muitas guerras e conflitos armados são mal-entendidos entre a população local mista. A guerra armênio-azerbaijana de 1918-1920 pode ser caracterizada da mesma maneira. Os historiadores chamam isso de conflito étnico, mas a principal razão para a eclosão da guerra é vista nas disputas territoriais. Eles eram mais relevantes naqueles lugares onde historicamente armênios e azerbaijanos coexistiam nos mesmos territórios. O auge dos confrontos militares ocorreu no final da Primeira Guerra Mundial. As autoridades conseguiram alcançar relativa estabilidade na região somente depois que as repúblicas se juntaram à União Soviética.

A Primeira República da Armênia e a República Democrática do Azerbaijão não entraram em confrontos diretos entre si. Portanto, a guerra armênio-azerbaijana tinha alguma semelhança com a resistência partidária. As principais ações ocorreram nos territórios disputados, onde as repúblicas apoiaram as milícias criadas por seus concidadãos.

Durante todo o tempo que durou a guerra armênio-azerbaijana de 1918-1920, as ações mais sangrentas e ativas ocorreram em Karabakh e Nakhichevan. Tudo isso foi acompanhado por um verdadeiro massacre, que acabou se tornando a causa da crise demográfica na região. Armênios e azerbaijanos chamam as páginas mais difíceis da história deste conflito:

massacre de março;
o massacre de armênios em Baku;
Massacre de Shusha.

Deve-se notar que os jovens governos soviéticos e georgianos tentaram fornecer serviços de mediação na guerra armênio-azerbaijana. No entanto, esta abordagem não surtiu efeito e não se tornou um garante da estabilização da situação na região. O problema só foi resolvido depois que o Exército Vermelho ocupou os territórios disputados, o que levou à derrubada do regime dominante em ambas as repúblicas. No entanto, em algumas regiões, o fogo da guerra foi apenas ligeiramente extinto e acendeu-se mais de uma vez. Falando nisso, referimo-nos ao conflito do Karabakh, cujas consequências os nossos contemporâneos ainda não podem apreciar plenamente.

História de hostilidades

Desde os tempos antigos, relações tensas foram observadas nos territórios disputados entre o povo da Armênia e o povo do Azerbaijão. O conflito de Karabakh foi apenas a continuação de uma longa e dramática história que se desenrolava ao longo de vários séculos.

As diferenças religiosas e culturais entre os dois povos foram muitas vezes consideradas o motivo que levou ao confronto armado. No entanto, a verdadeira razão para a guerra armênio-azerbaijana (em 1991 estourou com vigor renovado) foi a questão territorial.

Em 1905, os primeiros tumultos começaram em Baku, o que resultou em um conflito armado entre armênios e azerbaijanos. Gradualmente, começou a fluir para outras regiões da Transcaucásia. Onde quer que a composição étnica fosse misturada, havia confrontos regulares que eram prenúncios de uma guerra futura. Seu mecanismo de gatilho pode ser chamado de Revolução de Outubro.

Desde o décimo sétimo ano do século passado, a situação na Transcaucásia se desestabilizou completamente, e o conflito oculto se transformou em uma guerra aberta que custou muitas vidas.

Um ano após a revolução, ocorreram sérias mudanças no território outrora unificado. Inicialmente, a independência foi proclamada na Transcaucásia, mas o estado recém-criado durou apenas alguns meses. É historicamente natural que se tenha dividido em três repúblicas independentes:

República Democrática da Geórgia;
República da Armênia (o conflito de Karabakh atingiu os armênios muito seriamente);
República Democrática do Azerbaijão.

Apesar dessa divisão, grande parte da população armênia vivia em Zangezur e Karabakh, que se tornou parte do Azerbaijão. Recusaram-se categoricamente a obedecer às novas autoridades e até criaram resistência armada organizada. Isso em parte deu origem ao conflito de Karabakh (vamos considerá-lo brevemente um pouco mais tarde).

O objetivo dos armênios que vivem nos territórios anunciados era tornar-se parte da República da Armênia. Confrontos armados entre destacamentos armênios dispersos e tropas do Azerbaijão foram repetidos regularmente. Mas nenhum dos lados poderia chegar a qualquer decisão final.

Por sua vez, uma situação semelhante se desenvolveu. Incluía a província de Erivan, densamente povoada por muçulmanos. Eles resistiram à adesão à república e receberam apoio material da Turquia e do Azerbaijão.

Os anos XVIII e XIX do século passado foram o estágio inicial do conflito militar, quando se deu a formação de campos e grupos de oposição.

Os eventos mais importantes para a guerra ocorreram em várias regiões quase simultaneamente. Portanto, consideraremos a guerra pelo prisma dos confrontos armados nessas áreas.

Naquichevan. resistência muçulmana

A Trégua de Mudros, assinada no ano XVIII do século passado e marcando a derrota, mudou imediatamente o equilíbrio de poder na Transcaucásia. Suas tropas, anteriormente introduzidas na região da Transcaucásia, foram forçadas a deixá-la às pressas. Após vários meses de existência independente, decidiu-se introduzir os territórios libertados na República da Armênia. No entanto, isso foi feito sem o consentimento dos moradores locais, a maioria dos quais eram muçulmanos do Azerbaijão. Eles começaram a resistir, especialmente porque os militares turcos apoiaram essa oposição. Soldados e oficiais em pequeno número foram transferidos para o território da nova República do Azerbaijão.

Suas autoridades apoiaram seus compatriotas e tentaram isolar as regiões disputadas. Um dos líderes do Azerbaijão chegou a declarar Nakhichevan e várias outras regiões próximas a ele uma República Arak independente. Tal resultado prometia confrontos sangrentos, para os quais a população muçulmana da autoproclamada república estava pronta. O apoio do exército turco foi muito útil e, segundo algumas previsões, as tropas do governo armênio teriam sido derrotadas. Graves confrontos foram evitados graças à intervenção da Grã-Bretanha. Através de seus esforços, um governador-geral foi formado nos territórios declarados independentes.

Em poucos meses do ano dezenove, sob o protetorado britânico, os territórios disputados conseguiram restaurar uma vida pacífica. Gradualmente, a comunicação telegráfica com outros países foi estabelecida, a linha férrea foi reparada e vários trens foram lançados. No entanto, as tropas britânicas não puderam permanecer nesses territórios por muito tempo. Após negociações pacíficas com as autoridades armênias, as partes chegaram a um acordo: os britânicos deixaram a região de Nakhichevan e as unidades militares armênias entraram lá com plenos direitos a essas terras.

Esta decisão levou à indignação dos muçulmanos do Azerbaijão. O conflito militar irrompeu com vigor renovado. Saques ocorreram em todos os lugares, casas e santuários muçulmanos foram queimados. Em todas as áreas próximas a Nakhichevan, ocorreram batalhas e pequenos confrontos. Os azerbaijanos criaram suas próprias unidades e se apresentaram sob bandeiras britânicas e turcas.

Como resultado das batalhas, os armênios perderam quase completamente o controle sobre Naquichevan. Os armênios sobreviventes foram forçados a deixar suas casas e fugir para Zangezur.

Causas e consequências do conflito Karabakh. Referência do histórico

Esta região não pode se orgulhar de estabilidade até agora. Apesar do fato de que teoricamente uma solução para o conflito de Karabakh foi encontrada no século passado, na realidade não se tornou uma saída real da situação atual. E suas raízes remontam aos tempos antigos.

Se falarmos sobre a história de Nagorno-Karabakh, gostaria de me debruçar sobre o século IV aC. Foi então que esses territórios se tornaram parte do reino armênio. Mais tarde tornaram-se parte de uma de suas províncias e por seis séculos fizeram parte geograficamente dela. No futuro, essas áreas mudaram de propriedade mais de uma vez. Eles foram governados por albaneses, árabes, novamente Naturalmente, territórios com tal história como característica distintiva têm uma composição heterogênea da população. Esta foi uma das causas do conflito Nagorno-Karabakh.

Para uma melhor compreensão da situação, é preciso dizer que no início do século XX já havia confrontos entre armênios e azerbaijanos nesta região. De 1905 a 1907, o conflito periodicamente se fez sentir por escaramuças armadas de curto prazo entre a população local. Mas a Revolução de Outubro tornou-se o ponto de partida de uma nova rodada neste conflito.

Karabakh no primeiro quartel do século XX

Em 1918-1920, o conflito de Karabakh explodiu com vigor renovado. O motivo foi a proclamação da República Democrática do Azerbaijão. Deveria incluir Nagorno-Karabakh com um grande número da população armênia. Não aceitou o novo governo e começou a resistir a ele, inclusive a resistência armada.

No verão de 1918, os armênios que viviam nesses territórios convocaram o primeiro congresso e elegeram seu próprio governo. Sabendo disso, as autoridades do Azerbaijão aproveitaram a ajuda das tropas turcas e começaram a suprimir gradualmente a resistência da população armênia. Os armênios de Baku foram os primeiros a serem atacados, o sangrento massacre nesta cidade tornou-se uma lição para muitos outros territórios.

No final do ano, a situação estava longe de ser normal. Os confrontos entre armênios e muçulmanos continuaram, o caos reinava em todos os lugares, saques e roubos se espalharam. A situação foi complicada pelo fato de que refugiados de outras regiões da Transcaucásia começaram a afluir para a região. De acordo com estimativas preliminares dos britânicos, cerca de quarenta mil armênios desapareceram em Karabakh.

Os britânicos, que se sentiam bastante confiantes nesses territórios, viram uma solução intermediária para o conflito de Karabakh na transferência dessa região para o controle do Azerbaijão. Tal abordagem não poderia deixar de chocar os armênios, que consideravam o governo britânico seu aliado e assistente na regulação da situação. Eles não concordaram com a proposta de deixar a solução do conflito para a Conferência de Paz de Paris e nomearam seu representante em Karabakh.

Tentativas de resolver o conflito

As autoridades georgianas ofereceram a sua ajuda para estabilizar a situação na região. Eles organizaram uma conferência com a presença de delegados plenipotenciários de ambas as jovens repúblicas. No entanto, a solução do conflito de Karabakh acabou sendo impossível devido a diferentes abordagens para sua solução.

As autoridades armênias se ofereceram para serem guiadas por características étnicas. Historicamente, esses territórios pertenciam aos armênios, então suas reivindicações ao Nagorno-Karabakh eram justificadas. No entanto, o Azerbaijão apresentou argumentos convincentes em favor de uma abordagem econômica para decidir o destino da região. Está separada da Armênia por montanhas e não está de forma alguma conectada ao estado territorialmente.

Após longas disputas, as partes não chegaram a um acordo. Portanto, a conferência foi considerada um fracasso.

Mais curso do conflito

Após uma tentativa frustrada de resolver o conflito de Karabakh, o Azerbaijão impôs um bloqueio econômico desses territórios. Ele foi apoiado pelos britânicos e americanos, mas mesmo eles foram forçados a reconhecer tais medidas como extremamente cruéis, pois levavam à fome entre a população local.

Gradualmente, os azerbaijanos aumentaram sua presença militar nos territórios disputados. Os confrontos armados periódicos não se transformaram em uma guerra de pleno direito apenas graças a representantes de outros países. Mas não poderia continuar por muito tempo.

A participação dos curdos na guerra armênio-azerbaijana nem sempre foi mencionada nos relatórios oficiais daquele período. Mas eles participaram ativamente do conflito, juntando-se a unidades de cavalaria especializadas.

No início de 1920, na Conferência de Paz de Paris, decidiu-se reconhecer os territórios disputados pelo Azerbaijão. Apesar da solução nominal da questão, a situação não se estabilizou. Os saques e roubos continuaram, e a sangrenta limpeza étnica, que custou a vida de assentamentos inteiros, tornou-se uma ocorrência frequente.

revolta armênia

As decisões da Conferência de Paris levaram a uma paz relativa. Mas na situação atual, ele era apenas a calmaria antes da tempestade. E atingiu no inverno de 1920.

Contra o pano de fundo de um massacre nacional renovado, o governo do Azerbaijão exigiu a submissão incondicional da população armênia. Para isso, foi convocada uma Assembleia, cujos delegados trabalharam até os primeiros dias de março. No entanto, também não houve consenso. Alguns defendiam apenas a unificação econômica com o Azerbaijão, enquanto outros recusavam qualquer contato com as autoridades da república.

Apesar da trégua estabelecida, o governador-geral, nomeado pelo governo republicano do Azerbaijão para administrar a região, gradualmente começou a reunir contingente militar aqui. Paralelamente, ele introduziu muitas regras restringindo a circulação dos armênios e elaborou um plano para a destruição de seus assentamentos.

Tudo isso só agravou a situação e levou ao início da revolta da população armênia em 23 de março de 1920. Grupos armados atacaram vários assentamentos ao mesmo tempo. Mas apenas um deles conseguiu alcançar um resultado perceptível. Os rebeldes não conseguiram controlar a cidade: já nos primeiros dias de abril ela foi devolvida sob a autoridade do governador-geral.

O fracasso não parou a população armênia, e o conflito militar de longa data foi retomado no território de Karabakh com vigor renovado. Durante o mês de abril, os assentamentos passaram de uma mão para outra, as forças dos oponentes eram iguais e a tensão só se intensificava a cada dia.

No final do mês, ocorreu a sovietização do Azerbaijão, que mudou radicalmente a situação e o equilíbrio de poder na região. Nos seis meses seguintes, as tropas soviéticas se entrincheiraram na república e entraram em Karabakh. A maioria dos armênios foi para o lado deles. Os oficiais que não depuseram as armas foram fuzilados.

Subtotais

Inicialmente, o direito foi atribuído à Armênia, mas um pouco mais tarde, a decisão final foi a introdução de Nagorno-Karabakh no Azerbaijão como uma autonomia. No entanto, nenhum dos lados ficou satisfeito com o resultado. Periodicamente, surgiam conflitos menores, provocados pela população armênia ou azerbaijana. Cada um dos povos se considerou violado em seus direitos, e a questão da transferência da região sob o domínio da Armênia foi levantada repetidamente.

A situação apenas externamente parecia estável, o que foi comprovado no final dos anos oitenta - início dos anos noventa do século passado, quando eles novamente começaram a falar sobre o conflito de Karabakh (1988).

Renovação do conflito

Até o final da década de 1980, a situação em Nagorno-Karabakh permaneceu condicionalmente estável. Houve conversas sobre mudar o status da autonomia de tempos em tempos, mas isso foi feito em círculos muito estreitos. A política de Mikhail Gorbachev influenciou o clima na região: a insatisfação da população armênia com sua posição se intensificou. As pessoas começaram a se reunir para comícios, houve palavras sobre a restrição deliberada do desenvolvimento da região e a proibição de retomar os laços com a Armênia. Durante este período, o movimento nacionalista tornou-se mais ativo, cujos líderes falaram sobre a atitude desdenhosa das autoridades em relação à cultura e tradições armênias. Cada vez mais, havia apelos ao governo soviético pedindo a retirada da autonomia do Azerbaijão.

As ideias de reunificação com a Armênia também vazaram na mídia impressa. Na própria república, a população apoiou ativamente as novas tendências, o que afetou negativamente a autoridade da liderança. Tentando conter as revoltas populares, o Partido Comunista rapidamente perdia suas posições. A tensão na região cresceu, o que inevitavelmente levou a outra rodada do conflito de Karabakh.

Em 1988, foram registrados os primeiros confrontos entre as populações armênia e azerbaijana. O impulso para eles foi a demissão em uma das aldeias do chefe da fazenda coletiva - um armênio. Os tumultos em massa foram suspensos, mas, paralelamente, uma coleta de assinaturas a favor da unificação foi lançada em Nagorno-Karabakh e na Armênia. Com esta iniciativa, um grupo de delegados foi enviado a Moscou.

No inverno de 1988, refugiados da Armênia começaram a chegar à região. Eles falaram sobre a opressão do povo azerbaijano nos territórios armênios, o que acrescentou tensão a uma situação já difícil. Gradualmente, a população do Azerbaijão foi dividida em dois grupos opostos. Alguns acreditavam que Nagorno-Karabakh deveria finalmente se tornar parte da Armênia, enquanto outros traçaram tendências separatistas nos eventos que se desenrolavam.

No final de fevereiro, os deputados do povo armênio votaram a favor de um apelo ao Soviete Supremo da URSS com um pedido para considerar a questão urgente com Karabakh. Os deputados do Azerbaijão se recusaram a votar e deixaram a sala de reuniões desafiadoramente. O conflito gradualmente saiu do controle. Muitos temiam confrontos sangrentos entre a população local. E não ficaram esperando.

Em 22 de fevereiro, com dificuldade, eles conseguiram separar dois grupos de pessoas - de Aghdam e Askeran. Grupos de oposição bastante fortes com armas em seu arsenal se formaram em ambos os assentamentos. Podemos dizer que esse confronto foi o sinal para o início de uma verdadeira guerra.

Nos primeiros dias de março, uma onda de greves varreu Nagorno-Karabakh. No futuro, as pessoas mais de uma vez recorrerão a esse método de atrair atenção para si mesmas. Paralelamente, as pessoas começaram a tomar as ruas das cidades do Azerbaijão, falando em apoio à decisão sobre a impossibilidade de revisar o status de Karabakh. As mais massivas foram essas procissões em Baku.

As autoridades armênias tentaram conter a pressão do povo, que cada vez mais defendia a unificação com áreas outrora disputadas. Vários grupos oficiais se formaram na república, coletando assinaturas em apoio aos armênios de Karabakh e realizando trabalhos explicativos sobre esse assunto entre as massas. Moscou, apesar dos inúmeros apelos da população armênia, continuou a aderir à decisão sobre o antigo status de Karabakh. No entanto, ela encorajou os representantes dessa autonomia com promessas de estabelecer laços culturais com a Armênia e fornecer uma série de indulgências à população local. Infelizmente, essas meias-medidas não puderam satisfazer os dois lados.

Rumores se espalharam por toda parte sobre a opressão de certas nacionalidades, as pessoas saíram às ruas, muitas delas com armas. A situação finalmente saiu do controle no final de fevereiro. Naquela época, pogroms sangrentos dos bairros armênios ocorreram em Sumgayit. Por dois dias, as agências de aplicação da lei não conseguiram restaurar a ordem. Os relatórios oficiais não incluíam informações confiáveis sobre o número de vítimas. As autoridades ainda esperavam esconder o estado real das coisas. No entanto, os azerbaijanos estavam determinados a realizar pogroms em massa, destruindo a população armênia. Com dificuldade, foi possível evitar a repetição da situação com Sumgayit em Kirovobad.

No verão de 1988, o conflito entre a Armênia e o Azerbaijão atingiu um novo nível. As repúblicas começaram a usar métodos condicionalmente "legais" no confronto. Isso inclui um bloqueio econômico parcial e a adoção de leis sobre o Nagorno-Karabakh sem considerar as opiniões do lado oposto.

Guerra armênio-azerbaijana de 1991-1994

Até 1994, a situação na região era extremamente difícil. Um grupo de tropas soviéticas foi introduzido em Yerevan, em algumas cidades, incluindo Baku, as autoridades estabeleceram um toque de recolher. A agitação popular muitas vezes resultou em massacres, que nem mesmo o contingente militar conseguiu impedir. Na fronteira armênio-azerbaijana, bombardeios de artilharia se tornaram a norma. O conflito se transformou em uma guerra em grande escala entre as duas repúblicas.

Em 1991, foi proclamada a república, o que provocou mais uma rodada de hostilidades. Veículos blindados, aviação e artilharia foram usados nas frentes. As baixas de ambos os lados apenas provocaram operações militares regulares.

Resumindo

Hoje, as causas e consequências do conflito de Karabakh (em resumo) podem ser encontradas em qualquer livro de história escolar. Afinal, ele é um exemplo de uma situação congelada que não encontrou sua solução final.

Em 1994, as partes em conflito entraram em um acordo sobre o resultado intermediário do conflito pode ser considerado uma mudança oficial no status de Nagorno-Karabakh, bem como a perda de vários territórios do Azerbaijão que anteriormente pertenciam à fronteira. Naturalmente, o próprio Azerbaijão considerou o conflito militar não resolvido, mas apenas congelado. Portanto, em 2016, começou o bombardeio dos territórios adjacentes a Karabakh.

Hoje, a situação ameaça se transformar em um verdadeiro conflito militar novamente, porque os armênios não querem devolver aos seus vizinhos as terras anexadas há vários anos. O governo russo defende uma trégua e busca manter o conflito congelado. No entanto, muitos analistas acreditam que isso é impossível e, mais cedo ou mais tarde, a situação na região se tornará novamente incontrolável.

Onde fica Nagorno-Karabakh?

Nagorno-Karabakh é uma região disputada na fronteira entre a Armênia e o Azerbaijão. A autoproclamada República do Nagorno-Karabakh foi fundada em 2 de setembro de 1991. A população é estimada em 2013 em mais de 146.000. A grande maioria dos crentes são cristãos. A capital e maior cidade é Stepanakert.

O que começou o confronto?

No início do século 20, principalmente armênios viviam na região. Foi então que esta área se tornou o local de sangrentos confrontos armênio-azerbaijanos. Em 1917, devido à revolução e ao colapso do Império Russo, três estados independentes foram proclamados na Transcaucásia, incluindo a República do Azerbaijão, que incluía a região de Karabakh. No entanto, a população armênia da região se recusou a obedecer às novas autoridades. No mesmo ano, o Primeiro Congresso dos armênios de Karabakh elegeu seu próprio governo - o Conselho Nacional Armênio.

O conflito entre as partes continuou até o estabelecimento do poder soviético no Azerbaijão. Em 1920, as tropas do Azerbaijão ocuparam o território de Karabakh, mas depois de alguns meses, a resistência dos grupos armados armênios foi esmagada graças às tropas soviéticas.

Em 1920, a população de Nagorno-Karabakh recebeu o direito à autodeterminação, mas de jure o território continuou a se submeter às autoridades do Azerbaijão. Desde então, não apenas tumultos, mas também confrontos armados ocorreram periodicamente na região.

Como e quando foi criada a autoproclamada república?

Em 1987, a insatisfação com a política socioeconômica por parte da população armênia aumentou acentuadamente. As medidas tomadas pela liderança do SSR do Azerbaijão não afetaram a situação. Greves em massa de estudantes começaram e milhares de comícios nacionalistas foram realizados na grande cidade de Stepanakert.

Muitos azerbaijanos, tendo avaliado a situação, decidiram deixar o país. Por outro lado, os pogroms armênios começaram a ocorrer em todo o Azerbaijão, como resultado do aparecimento de um grande número de refugiados.

Foto: TASS

O conselho regional de Nagorno-Karabakh decidiu se retirar do Azerbaijão. Em 1988, começou um conflito armado entre armênios e azerbaijanos. O território saiu do controle do Azerbaijão, mas a decisão sobre seu status foi adiada indefinidamente.

Em 1991, as hostilidades começaram na região com inúmeras perdas de ambos os lados. Acordos sobre um cessar-fogo completo e solução da situação foram alcançados apenas em 1994 com a ajuda da Rússia, Quirguistão e da Assembleia Interparlamentar da CEI em Bishkek.

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Quando o conflito aumentou?

Deve-se notar que há relativamente pouco tempo o conflito de longo prazo em Nagorno-Karabakh novamente se lembrou de si mesmo. Isso aconteceu em agosto de 2014. Em seguida, ocorreram escaramuças na fronteira armênio-azerbaijana entre os militares dos dois países. Mais de 20 pessoas morreram em ambos os lados.

O que está acontecendo agora em Nagorno-Karabakh?

Na noite de 2 de abril, aconteceu. Os lados armênio e azerbaijano culpam um ao outro por sua escalada.

O Ministério da Defesa do Azerbaijão anuncia bombardeios das forças armadas armênias usando morteiros e metralhadoras pesadas. Alega-se que no último dia, os militares armênios violaram o cessar-fogo 127 vezes.

Por sua vez, o departamento militar armênio diz que o lado do Azerbaijão realizou “ações ofensivas ativas” na noite de 2 de abril usando tanques, artilharia e aeronaves.

Existem vítimas?

Sim existe. No entanto, seus dados diferem. De acordo com a versão oficial do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, mais de 200 pessoas ficaram feridas.

ONU OCHA:“Segundo fontes oficiais na Armênia e no Azerbaijão, pelo menos 30 soldados e 3 civis morreram como resultado dos combates. O número de feridos, tanto civis quanto militares, ainda não foi confirmado oficialmente. Segundo fontes não oficiais, mais de 200 pessoas ficaram feridas”.

Como as autoridades e organizações públicas reagiram a essa situação?

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia mantém contato constante com a liderança dos ministérios das Relações Exteriores do Azerbaijão e da Armênia. e Maria Zakharova exortou as partes a acabarem com a violência em Nagorno-Karabakh. De acordo com a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, relatos de um grave

Deve-se notar que continua a ser o mais estressante. , Yerevan refutou essas declarações e as chamou de truque. Baku nega essas acusações e fala de provocações da Armênia. O presidente do Azerbaijão Aliyev convocou o Conselho de Segurança do país, que foi transmitido pela televisão nacional.

O apelo do presidente da PACE às partes em conflito com um apelo para que se abstenham do uso da violência e retomem as negociações para um acordo pacífico já foi publicado no site da organização.

Um apelo semelhante foi feito pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Ele convence Yerevan e Baku a proteger a população civil. Além disso, os funcionários do comitê dizem que estão prontos para se tornarem mediadores nas negociações entre a Armênia e o Azerbaijão.

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