Os contatos vikings com a Rússia não eram menos próximos, mas um pouco diferentes.

Em primeiro lugar, se os noruegueses e dinamarqueses participaram da expansão para a Europa Ocidental, na Rússia havia pessoas da Suécia e, especialmente, da parte central.

Em segundo lugar, o ambiente geopolítico na Europa Oriental era fundamentalmente diferente da Europa Ocidental.

Na Europa Ocidental, os vikings lidaram com estados já estabelecidos, enquanto na Europa Oriental o processo de formação do estado estava acontecendo ativamente. Assim, como muitos pesquisadores observam (Melnikova E.A., Rydzevskaya E.A.), os vikings e as tribos da Europa Oriental (principalmente os eslavos) estavam no mesmo estágio de desenvolvimento, isso já é um fato comprovado no qual podemos confiar.

Devido à falta de linguagem escrita entre os eslavos (características e cortes não contam), as fontes não contêm descrições precisas dos ataques dos varangianos, ao contrário das fontes da Europa Ocidental, mas, aparentemente, houve tais ataques.

No “Conto dos Anos Passados”, que foi escrito 150-200 anos depois no campo da “Era Viking” (compilado aproximadamente na 2ª década do século XII), há muitas referências aos varangianos, que podem ser divididos em vários tipos:

A) “No verão de 6415. Ide Oleg aos gregos...; cante muitos varangianos e eslovenos ... ”- a menção dos varangianos no exército de Oleg.

B) “No verão de 6452. Igor, tendo combinado quantos, os varangianos, a Rússia e as clareiras ...” - a menção dos varangianos no exército de Igor

Os príncipes russos costumavam pedir ajuda aos varangianos e, portanto, não tinham ideia dos varangianos como assassinos e ladrões cruéis e gananciosos com os quais não poderia haver acordos.

por sua vez, os varangianos muitas vezes concordavam em servir ao príncipe russo, portanto, era bastante lucrativo, talvez até mais lucrativo do que puro roubo (lembre-se de que a participação na campanha do príncipe também é um roubo de cidades e territórios capturados).

Com a mesma frequência, os vikings (varangianos) aparecem diante de nós no papel de embaixadores:

1) “No verão de 6420. Oleg enviou seus homens para construir a paz e estabelecer uma disputa entre a Rússia e os gregos, dizendo: “... Nós somos da família Ruskago, Karla, Inegerd, Farlof, Veremud, Rulav, Guda , Ruald, Karn

2) “No verão de 6453. Igor enviou seu marido para Roman ...” Comemos e convidados da família, Ivor sol Igorev, o grão-duque Ruskago, e obchie se: Vuefast Svyatoslavl, filho de Igor, princesa Olga Iskuseev , Sluda Igorev, neti Igorev, Uleb Volodislavl, Kanitsar Peredslavin, Shikhbern Sfandr da esposa de Uleble, Prasten Turduvi, Libiar Fastov, Grim Sfirkov, Prasten Akun, neti Igorev, Kara Tudkov, Karshev Tudorov, Egri Evliskov, Voist Voikov, Istr Aminodov, Prastenj Bernov, Yatvya Bernov Kol Kleakov, Steggy Etonov, Sfirka ... Alvad Gudov, Fudri Tuadov, Mutur Utin, comerciante Adun, Adulb, Yggivlad, Oleb, Frutan Gomol, Kutsi, Emig, Turbid, Furbirn, Mona, Ruald, Sven, Stir , Aldan, Tilen , Apubksar, Vuzlev, Sinko, Borich mensagens de Igor, o Grão-Duque de Ruskago, e de todos os príncipes e de todo o povo da terra russa. - de acordo com os cálculos de Melnikova E. A. no acordo de Igor com Bizâncio em 944, dos 76 nomes, 56 são escandinavos.

Agora algumas palavras sobre a etnia dos primeiros príncipes russos. A maioria dos historiadores modernos reconhece a origem escandinava dos primeiros príncipes russos. Mesmo o incondicional “anti-normanista” B. A. Rybakov admite a possibilidade de identificar o analista Rurik com o Rurik da Jutlândia, conhecido de fontes da Europa Ocidental. O fato de que os primeiros príncipes russos eram escandinavos por origem é mencionado de passagem por Melnikova E. A. Uma dinastia escandinava glorificada foi chamada ao trono, glorificada, aparentemente, na segunda metade do século IX ou quando Oleg chegou a Kiev.

Agora alguns exemplos linguísticos: na Catedral de St. Sophia em Novgorod existem dois grafites que datam da segunda metade do século XI (cerca de 1137). Eles são riscados por pessoas com os nomes escandinavos Gereben e Farman, mas escrevem em cirílico, e não há dúvida de que o russo é sua língua nativa, portanto, em meados do século 11, o nórdico antigo foi expulso e a transição para Old russo ocorreu - o processo de assimilação em ação.

Mas, aparentemente, a escrita rúnica também foi preservada por algum tempo. Um exemplo são os achados rúnicos de 1115-1130 da cidade de Zvenigorod da Galiza. A inscrição usa a runa “g”, que caiu em desuso na Escandinávia no final do século XI. Consequentemente, o escritor não teve contato com a Escandinávia por muito tempo, mas ele próprio é descendente de imigrantes da Escandinávia. Aparentemente são imigrantes.

Que. pode-se ver que na cultura da Europa Oriental há um elemento significativo da língua escandinava, que desaparece aproximadamente no final do século XI.

Assim, a relação entre os vikings e o estado russo era, obviamente, de natureza pacífica (comércio, contratação de esquadrões vikings, uso da nobreza escandinava no governo, etc. Analisando os dados da arqueologia, fontes escritas, toponímia, podemos diga isso com toda a confiança (qualquer escaramuça menor Outra questão é qual é a extensão dessa influência aqui estamos diante de duas correntes científicas extremamente opostas (mesmo no âmbito da doutrina normanda existem várias subseções (teorias).

1). Teoria da conquista: De acordo com esta teoria, o antigo estado russo foi criado pelos normandos, que conquistaram as terras eslavas orientais e estabeleceram seu domínio sobre a população local. Este é o ponto de vista mais antigo e vantajoso para os normandos, pois é precisamente este ponto de vista que comprova a natureza de "segunda classe" da nação russa.

2). Teoria da colonização normanda, propriedade de T. Arne. Foi ele quem provou a existência de colônias escandinavas na Rússia Antiga. Os normandos argumentam que as colônias varangianas foram a base real para estabelecer o domínio normando sobre os eslavos orientais.

3). A teoria da conexão política entre o Reino da Suécia e o estado russo. De todas as teorias, essa teoria se destaca por causa de sua fantasia, não apoiada por nenhum fato. Essa teoria também pertence a T. Arne e só pode reivindicar o papel de uma piada de pouco sucesso, pois é simplesmente inventada da cabeça.

4). Uma teoria que reconhecia a estrutura de classes da Rússia Antiga nos séculos IX e XI. e a classe dominante criada pelos vikings. Segundo ela, a classe alta na Rússia foi criada pelos varangianos e consistia neles. A criação de uma classe dominante pelos normandos é considerada pela maioria dos autores como resultado direto da conquista normanda da Rússia. A. Stender-Petersen foi um defensor dessa ideia. Ele argumentou que o aparecimento dos normandos na Rússia deu impulso ao desenvolvimento do estado. Os normandos são um "impulso" externo necessário, sem o qual o Estado na Rússia nunca teria surgido. Por outro lado, vários autores, principalmente anti-normanistas, argumentam o contrário - a influência das tribos escandinavas foi insignificante. Eles questionam a origem escandinava do termo “varegue”, que aparece em The Tale of Bygone Years, anulando assim todos os argumentos acima. Da mesma forma, observamos na arqueologia, na topomímica, na hidronímia e na linguística. Assim, não podemos afirmar inequivocamente o grau de influência, mas mais uma vez não repetiremos nenhuma apreensão, não houve ataques com inúmeras vítimas - muito provavelmente foi uma existência pacífica mutuamente benéfica de dois vizinhos com o mesmo nível de desenvolvimento.

Nas páginas dos anais da Europa Ocidental, o nome de Rurik foi mencionado pela primeira vez em 850 em conexão com a captura do porto comercial mais rico de Dorestad na Frísia.

O retorno temporário de terras hereditárias na Frísia foi apenas um episódio na vida agitada de Rurik da família Skjoldung. Os historiadores estão construindo diagramas de sua possível genealogia, mas uma lenda só é substituída por outra, e os cientistas não têm informações suficientes para estabelecer a verdade.

Bravo avô Rurik. Acreditamos que Rurik pertencia a uma dinastia que estava em estreitos laços familiares com os reis dinamarquês e norueguês. Provavelmente o avô de Rurik era o rei "rico e decisivo" Eystein, que se casou com a filha de Sigurd, o Cervo Asa. No final do século VIII, Asa morreu. Depois disso, a pirataria Eystein no Báltico e uma vez se aproximou de Aldeygyuborg (Ladoga).

O rei local Hergeir foi incapaz de defender a cidade e foi morto pelo indomável Eystein em uma luta. Eystein começou a governar Ladoga, e Isgerd, a viúva do falecido rei, fez sua esposa.

Halfdan é o pai de Rurik. De seu primeiro casamento, Øystein teve um filho, Halfdan. Desde tenra idade, ele participou dos ataques de roubo de seu pai. Após sua morte, Halfdan tornou-se rei de Aldeiguborg, casando-se com a bela Ingigerd, filha de Isgerd de seu primeiro casamento. "Ela é a única herdeira legítima desta terra", declarou o viúvo Isgerd ao povo. "E, portanto, declaro aqui que dou a mim e minha filha, e este estado é propriedade plena de Halfdan." O rei Halfdan teve pelo menos sete filhos de diferentes esposas. Acredita-se que Rurik era um de seus filhos mais novos. Ele provavelmente nasceu por volta de 817.

Que fé Rurik da Jutlândia uivava? Em 826, como observado por muitos cronistas ocidentais, Rurik chegou à capital dos francos, Ingelheim, no Reno, na comitiva de seu irmão Harald Klak, que estava pronto para receber o santo batismo do imperador Luís, o Piedoso, em troca de linho em Rustringia e o patrocínio do monarca. Talvez o jovem Rurik também tenha se convertido ao catolicismo junto com a família Harald. No entanto, tendo amadurecido, ele recebeu o apelido por seus ataques de piratas aos ricos mosteiros da Grã-Bretanha - "a praga do cristianismo". Posteriormente, o rei varangiano voltou ao paganismo.

O nascimento de um viking. Rurik nasceu na família do rei da Jutlândia, da qual havia várias centenas nas extensões do império desmoronado de Carlos Magno. Sendo um dos filhos mais novos de seu pai, não podia contar com as terras da família. De acordo com o costume, o recém-nascido foi imediatamente retirado da mãe e colocado no chão. Ninguém podia tocar no bebê até que o pai decidisse se o reconheceria como membro da família ou se o recusaria. O chefe da família pegou o filho nos braços, borrifou-o com água e deu-lhe o nome de Rurik, que significava em nórdico antigo "possuindo glória". O nome indicava a origem de uma pessoa, determinava seu destino. Os escandinavos costumavam dar nomes aos meninos em homenagem a ancestrais gloriosos. Na família Skjoldung, o vitorioso rei Rorik, o Atirador de Anel, apelidado assim por sua generosidade, foi coberto de glória lendária.

"sentado de joelhos". Os reis confiaram a educação dos filhos a jarls sábios e judiciosos de outros clãs. Este costume foi introduzido para unir diferentes clãs. O homem que assumiu os deveres paternais colocou publicamente a criança no colo, razão pela qual os filhos adotivos eram chamados de "sentados de joelhos". Desde muito jovem, o menino foi criado como um guerreiro. Ele estava constantemente em um ambiente masculino, lidava com armas e, junto com os adultos, participava da caçada. No caso de uma campanha militar, eles o levavam consigo.

Dominando a arte da guerra. O filho de um viking deveria ter dominado as habilidades de combate marítimo e terrestre com perfeição. Para ganhar força e destreza, os meninos desde a infância aprenderam a pular sem medo de rochas, pular riachos e rios estreitos, dos quais havia muitos na Jutlândia. Desde tenra idade, eles sabiam saltar sobre um cavalo e escalar penhascos íngremes sem medo. Um bom viking jogava duas lanças simultaneamente com as duas mãos, poderia pegar a lança de um inimigo voando em sua direção e jogá-la para trás, lutar com uma espada e uma lança ao mesmo tempo, usar um machado e um machado de batalha. Como resultado de um longo treinamento, os escandinavos conseguiram manter o equilíbrio quando tiveram que correr ao longo dos remos subindo e descendo do drakkar durante seu movimento.

Os anais de Vertinsky do ano 850 relatam que durante o tempo do imperador Luís, Rurik, junto com seu irmão Harald, mantinha a cidade de Dorestad como beneficiária. Após a morte do imperador, Rurik, falsamente acusado de traição, foi jogado em uma masmorra nas posses de Lothar. Tendo escapado, ele reuniu um destacamento significativo de dinamarqueses e se envolveu em assaltos marítimos, devastando as áreas do estado de Lothair que eram adjacentes à costa do Oceano Norte. Ele navegou pela foz do Reno até Dorestad e o capturou.

Um olhar para o Oriente. Tendo iniciado sua atividade na arena política como ladrão do mar, Rurik da Jutlândia tornou-se amplamente conhecido não apenas por suas devastadoras invasões aos países do Noroeste da Europa. Ele conseguiu forçar os reis francos a contar com ele. Parece que Rurik foi empreendedor e persistente em alcançar seu objetivo. Excelente estrategista e bravo guerreiro, não era desprovido de habilidades diplomáticas e sabia como conseguir o que queria por meio de negociações. Ele foi seguido em campanhas perigosas por várias centenas de vikings, que estavam confiantes em seu líder glorioso e generoso. Uma pessoa de tal escala, experiente e sofisticada em política e assuntos militares, e além disso, que tinha raízes eslavas por parte de mãe, a nobreza eslavo-finlandesa poderia convidar para proteger suas terras dos ataques varegues.

A caminho do império. A decisão de Rurik de aceitar a proposta dos embaixadores de Gostomysl pode ser devido aos interesses econômicos da Frísia. Dorestad, capturada por Rurik, especializou-se no comércio do Leste Europeu, mas a partir da década de 830, sua importância como porto internacional quase desapareceu devido ao fato de que o Antigo Reno mudou seu curso. O domínio no Báltico, pelo qual Rurik havia lutado anteriormente, agora perdeu seu significado. É por isso que o chamado ao país dos eslavos foi percebido por ele como uma chance de criar seu próprio império.

De fato, há um paradoxo - as companhias militares dos normandos no oeste são descritas e atestadas em detalhes, mas não há tal evidência sobre a Rússia.

Sobre a questão do "roubado ou não", os normandos não têm uma opinião inequívoca.

Alguns deles acreditam que, é claro, os suecos roubaram e até "subjugaram as tribos dos eslavos e finlandeses". A prova na maioria das vezes são citações de sagas sobre operações militares no leste (nas quais a Rússia não é mencionada) e a afirmação “os dinamarqueses saquearam a Europa ocidental, portanto, os suecos saquearam o leste”, o que não é correto do ponto de vista de lógica. São duas tribos diferentes com diferentes níveis de desenvolvimento, diferentes condições políticas e números; locais também são diferentes. Muito se sabe sobre as campanhas militares dos normandos, foram eventos graves que trouxeram fama aos reis participantes, e seus nomes são preservados nas sagas, e as campanhas também são descritas em fontes síncronas de outros países.

E a Rússia? As sagas islandesas descrevem quatro reis viajando para a Rússia - Olav Tryggvason, Olav Haraldson com seu filho Magnus e Harald, o Severo. Todos eles se escondem na Rússia e, quando retornam, às vezes não são reconhecidos. Existem também vistos Skáldicos (octetos especiais).

Das 601 estrofes skáldicas dadas no Círculo da Terra por Snorri Sturluson, apenas 23 são dedicadas a viagens ao leste. Destes, apenas um fala de um ataque à Rússia - a destruição de Aldeigya (Ladoga) por Jarl Eirik, que geralmente remonta a 997. E assim o principal objeto dos ataques predatórios dos escandinavos (os skalds geralmente não escreviam sobre outros tópicos, no "Círculo da Terra" cerca de 75% dos vistos são sobre a guerra) é o Báltico". Há também uma vertente sobre Eymund, que viajou para a Rússia para ser contratado por Yaroslav. Há Ingvar, o viajante, há escandinavos navegando para serem contratados em Tsar-grad como varangers, mas não há conquistadores.

Assim, de fontes escandinavas é conhecido 1 ataque a Ladoga, que ocorreu 100 anos depois de Rurik. Ataques escandinavos são desconhecidos nos anais, e evidências arqueológicas de expansão militar também estão ausentes.

Portanto, outra parte (a maioria) dos normandos fala da “expansão pacífica dos escandinavos”. Que, dizem eles, vieram e subjugaram pacificamente as tribos atrasadas, negociadas e geralmente organizadas. É verdade que, novamente, não está claro por que em uma parte do mundo eles roubavam e na outra havia modéstia e, ao mesmo tempo, tribos locais, não muito diferentes dos escandinavos em termos de desenvolvimento e armas, mas significativamente superior em número, então calmamente deu terra e poder para as mãos erradas.

Muitos não se incomodam e mencionam "conquista e subjugação" e "expansão pacífica" ao mesmo tempo.

Vamos ver por que os vikings não atacaram a Rússia e Novgorod em particular. Por que eles não deixaram vestígios de expansão militar na Europa Oriental na história.

Os vikings são piratas, e o saque de cidades pelos normandos não é mais apenas uma “gangue de piratas”, mas vários reis fortes, para os quais grandes forças estão prontas para chegar. Portanto, quando falamos sobre o saque de cidades europeias, não é totalmente correto chamar os ladrões de vikings. Se você chamasse o respeitado rei de viking, ou seja, um pirata, imediatamente se tornaria mais baixo por uma cabeça - os famosos reis derrotam os vikings quando jovens no início de sua biografia. Mas mesmo para os reis, a única tática verdadeira era a velocidade e um ataque surpresa. Envolver-se em uma batalha prolongada com tropas locais é impraticável, simplesmente porque você está longe de suas bases e reforços. Claro, também houve cercos de cidades e batalhas em massa, por exemplo, um cerco muito longo, mas sem sucesso, de Paris. Mas a base das táticas militares dos vikings é uma tríade: correr, roubar, fugir.

Aqui está uma ilustração para as teses acima do círculo da terra, "A Saga de Olaf, o Santo", Capítulo VI.

“No mesmo outono, nos skerries suecos perto de Skerries, Soti Olav estava em batalha pela primeira vez. Lá ele lutou contra os vikings. O nome de seu líder era Soti. Olaf tinha menos gente, mas tinha mais navios. Olaf colocou seus navios entre as armadilhas, para que não fosse fácil para os vikings se aproximarem deles, e naqueles navios que se aproximavam, o povo de Olaf jogava ganchos, puxava-os e limpava-os de pessoas. Os vikings perderam muitos e recuaram.

Olaf não é apenas um ladrão de mar, ele é um grande rei, o futuro rei da Noruega. A batalha do Rei com os piratas é uma das características típicas das sagas, algo como um artifício literário. Depois de algum tempo, Olav organizou uma campanha nas terras orientais. As sagas não costumam falar de derrotas, mas às vezes abrem exceções. Citação do capítulo IX:

“Então o rei Olaf navegou de volta para a Terra dos Finlandeses, desembarcou na costa e começou a devastar as aldeias. Todos os finlandeses fugiram para as florestas e levaram todo o gado com eles. O rei então se mudou para o interior através das florestas. Havia vários assentamentos nos vales, que são chamados de Herdalar. Capturaram o gado ali, que era, mas não encontraram nenhuma das pessoas. O dia estava chegando ao fim, e o rei voltou para os navios. Quando eles entraram na floresta, pessoas apareceram de todos os lados, eles atiraram neles com arcos e os pressionaram. O rei mandou fechá-la com escudos e defendê-la, mas não foi fácil, pois os finlandeses estavam escondidos na floresta. Antes que o rei deixasse a floresta, ele perdeu muitas pessoas e muitas ficaram feridas. O rei voltou aos navios à noite. À noite, os finlandeses causaram mau tempo por feitiçaria e uma tempestade surgiu no mar. O rei mandou levantar a âncora e içar as velas, e à noite navegou contra o vento ao longo da costa e, como muitas vezes aconteceu depois, a sorte do rei foi mais forte do que a feitiçaria. À noite, eles conseguiram passar por Balagardsside e sair para o mar aberto. E enquanto os navios de Olav navegavam ao longo da costa, o exército dos finlandeses os perseguia por terra.

E a entrada " interior através de florestas” durou menos de horas do dia, junto com o desembarque, roubo, batalha e retirada. Mas mesmo esse aprofundamento permitiu que os moradores, que conheciam a área, montassem uma armadilha e infligissem danos significativos. Os vikings, como gostam de imaginar por algum motivo, não eram "máquinas de matar" e "guerreiros invencíveis". Eles não diferiam muito de quaisquer outros guerreiros da época, embora suas tradições militares e a religião correspondente ajudassem muito nos assuntos militares, mas em termos de armas e proteção, os escandinavos eram ainda inferiores, por exemplo, aos francos ou eslavos , simplesmente pelo subdesenvolvimento de sua própria metalurgia e ferraria.

Foram as táticas de "blitzkrieg", um ataque rápido e ousado, que lhes permitiu alcançar excelentes resultados. Como resultado, isso forçou os habitantes locais a contratar escandinavos para se protegerem de si mesmos. Durante o tempo em que os locais esfregaram os olhos e reuniram um exército, os normandos contratados foram capazes de alcançá-los e empilhar. Em batalhas prolongadas em território estrangeiro com um inimigo forte, os normandos muitas vezes perdiam como resultado. Assim foi, por exemplo, durante o cerco de Paris, quando os sitiados finalmente esperaram por socorro. Ou durante o ataque a Sevilha, quando queimaram metade dos navios dos atacantes.

“No entanto, a atividade militar dos escandinavos foi o impulso inicial para o “desenvolvimento” da Europa Ocidental. Não é por acaso que os ataques dos escandinavos ao estado dos francos terminaram com a atribuição do território da moderna Normandia a eles em troca de proteção contra outros "caçadores de presas fáceis". Situação semelhante se desenvolveu na Inglaterra, onde se formou uma “área de direito dinamarquês”, cujos habitantes eram escandinavos (principalmente dinamarqueses) e, em troca de permissão para morar no território ocupado, eram obrigados a proteger o costa dos estados anglo-saxões de ataques vikings. De maneira semelhante - contratando esquadrões militares escandinavos separados - eles defenderam suas costas e os reinos irlandeses.

Acrescentarei o reino normando da Sicília a esta lista, embora a questão do número de escandinavos ali me ocupe, bem como por que eles navegaram para o outro extremo da Europa. Vamos dar uma olhada nas atividades militares dos escandinavos nos séculos VIII-XII.

Vemos um padrão de comportamento estabelecido - incursões na costa até uma profundidade rasa (marcada em amarelo claro) e entrar em rios navegáveis ​​para atacar grandes cidades. Além disso, os normandos não assumiram o controle sobre essas cidades, o objetivo eram troféus de guerra e, para assentamentos, o povo do mar preferia a costa do mar. Ataques constantes forçaram os habitantes locais a recuar da costa e se submeter, ou contratar escandinavos, ou construir sua própria frota. O número 1 marca as terras capturadas pelos normandos, principalmente os dinamarqueses. É bastante lógico - navegar perto e através do mar aberto. Por que eles não povoaram o sul, que é muito mais próximo da Grã-Bretanha? Porque os eslavos estavam sentados lá, que também tinham navios e espadas francas. É claro que os eslavos também foram atacados, em alguns períodos foram forçados a pagar tributos e as cidades foram destruídas. Além disso, as relações eram difíceis, por exemplo, uma parte dos eslavos poderia atacar outra parte junto com os dinamarqueses. E os Ruyans em geral eram caras tão sérios que não foram particularmente tocados, e durante a cruzada de 1147 contra os Obodrites, os Ruyans ajudaram seus irmãos na fé e derrotaram a frota dinamarquesa. Algumas províncias da Dinamarca prestaram homenagem aos Ruyans, pelo qual o rei Valdemar I capturou Arkona alguns anos depois, em 1168.

Ok, os dinamarqueses e outros noruegueses estão mais ou menos resolvidos. E para onde os suecos direcionaram seu ardor viking? E eles pegaram um exemplo de seus irmãos de leite e atravessaram o mar até a costa da mesma maneira, apenas para o leste, e não para o oeste.

Mapa da obra "História da Suécia", onde o editor responsável e autor da grande maioria dos artigos é o famoso medievalista sueco Dick Harrison (Universidade de Lund). Assinado sob o mapa: Sverige i slutet av 1200 - talet. Para referência: Sveriges historia. 600-1350. Estocolmo - Nordstedts. 2009. S. 433.

Agora é fácil para nós pintar de verde no território da Finlândia, e os suecos levaram 490 anos para fazer isso, desde a época de Rurik. Por muito tempo, porque os finlandeses são caras, embora não sejam ricos, mas também difíceis. Eles são os primeiros que começaram a pescar no Báltico. O barco fino-úgrico, ou haabjas, é um dos tipos mais antigos de barcos. Essas canoas eram usadas como embarcações de pesca e transporte durante a Idade da Pedra, não é nem de bronze, é muito tempo atrás. Portanto, eles não podiam nadar e pirataria pior do que os suecos, embora mais frequentemente eles apenas pescassem.

Observe que a parte sul do Golfo da Finlândia não está sombreada. E porque? Porque lá viviam os estonianos, que também sabiam navegar em navios e enfiar lanças nas pessoas. Claro, eles foram atacados, mas não havia nada de especial a tomar, em comparação com a Europa, então o risco não se justificava. Os estonianos não viviam bem naquela época, negociavam em âmbar, o que lhes permitia comprar espadas, embora em pequenas quantidades. Eles também se engajaram na pesca e na pirataria. Na saga de Olaf Trygvasson, onde se diz que durante a fuga de Olaf e sua mãe para o leste, “foram atacados pelos vikings. Estes eram estonianos.” E, por exemplo, os estonianos da ilha de Ezel (Ezelians) e a tribo dos curônios, relacionados aos Livs, atacaram repetidamente a costa da Dinamarca e da Suécia.

Há também um momento muito importante, mas raramente coberto, você vê a tribo Karelian, no leste? Eles entraram na dependência muito tarde e por muito tempo foram caras independentes e muito inquietos. A frase “Campanha Sigtuna de 1187” diz alguma coisa? Os pesquisadores suecos, e nossos normandos, não mereceram nenhuma atenção desta campanha, mas em vão. Sigtuna é a capital do estado sueco na época, a maior cidade da Suécia, um centro político e comercial, localizado no coração de Uppland, às margens do Lago Mälaren.

Tonelagem e outros parâmetros dos navios de guerra encontrados (de acordo com D. Ellmers com adições)

Agora vamos ver a rota.

Primeiro passamos pelo Golfo da Finlândia, depois 60 km ao longo do Neva. O rio é largo e confortável, você pode ir em qualquer navio. Então vamos para a foz do rio Volkhov e aqui começa o mais interessante. Staraya Ladoga fica a apenas 16 quilômetros da foz. O alvo ideal para um ataque, não um tolo, era Jarl Eirik. Mas para chegar a Novgorod, precisaremos remar 200 quilômetros contra a corrente ao longo de um fairway difícil, que não pode ser passado sem um piloto local. O rio praticamente não permite que você vá contra o vento. Ao longo do caminho, você precisa superar corredeiras em dois lugares.

Navios de combate ou de carga de grande e médio porte (como Skuldelev 5 ou Oseberg / Gokstad) poderiam passar pelas corredeiras de Ivanovo. As corredeiras de Ivanovo foram destruídas nos anos 30 do século XX - o fairway foi endireitado e expandido por detonação. A segunda dificuldade foram as corredeiras de Volkhov. Ao contrário do Neva, eles eram intransitáveis ​​para navios de grande calado. As corredeiras de Volkhov foram escondidas pela água como resultado da construção da usina hidrelétrica de Volkhov, por isso é impossível fazer um experimento preciso agora, mas estudos de fundo mostram que o comprimento máximo do navio não é superior a 13-15m.

Ou seja, o combate "Skuldelev 5" não pode mais passar, apenas Ralsvik-2 passará da placa com navios de guerra. Aqui estão pequenos navios mercantes em média 13 metros, eles podem subir perfeitamente.

Tonelagem e outros parâmetros de navios de carga encontrados (de acordo com D. Ellmers com acréscimos)

Outra tabela da mesma fonte mostra a duração da viagem de Birka a Novgorod, 550 milhas náuticas, 1018 km, 9 dias se navegando 24 horas e 19 se com intervalos noturnos. Não conheço o método de cálculo de Elmers, mas em um experimento moderno, a rota de Estocolmo a Novgorod foi passada, por exemplo, no navio Ayfur

• Comprimento - 9 metros
• Largura - 2,2 metros
• Peso da caixa - cerca de 600 kg
• Vela - 20 m2
• Equipe - 9 pessoas

Isso é um pouco menor que o penúltimo da parte inferior do Skuldelev 6. O navio passou pela rota em 47 dias, incluindo várias estadias de 2 a 3 dias e 10 dias de Staraya Ladoga a Novgorod. Isso sem levar em conta o tempo para ultrapassar os limites. E depois volta com o saque, pelas mesmas corredeiras. E você não pode usar grandes navios de guerra, ou seja, você não trará muitas pessoas, e há malvados feiticeiros finlandeses na floresta. Mas o mais importante, em Novgorod, os eslavos, que têm seus próprios barcos, são chamados de "lods". E suas espadas e cota de malha. Não sei você, mas eu não nadaria. E os suecos também pensavam assim, porque o risco é grande e o escapamento é incompreensível, o que há neste Novgorod? Nem mesmo um padre católico adequado para cortar seu nariz, orelhas e mãos, como foi o caso do padre que acompanhava os primos de Thietmar de Merseburg. E por que então percorrer 260 quilômetros ao longo dos rios? É melhor roubar ao longo da costa do Neva ou ao longo do Lago Ladoga.

eu resumi. Os vikings não atacaram a Rússia porque:

• Os suecos foram ocupados por finlandeses e estonianos por 500 anos. Os estonianos não ficaram para trás e também foram ocupados pelos suecos. Os carelianos se cansaram disso e destruíram a capital sueca. Os suecos não tinham mais alguns milhares de pessoas para a guerra com Novgorod, e os possíveis troféus são incomensuráveis ​​com o risco.
• Novgorod estava muito no interior para sofrer com os ladrões do mar. Para chegar a Novgorod, foi necessário nadar 260 km ao longo dos rios. 200 km é percorrido por um caminho difícil, principalmente a remos, o rio tem corredeiras, uma das quais não é transitável para grandes embarcações militares. Para comparação, na Europa, as cidades foram saqueadas em rios largos e a uma profundidade média de 100 a 150 km. A costa era a preferida.
• Os dinamarqueses têm mais 700 km até Novgorod. Eles tinham objetivos mais próximos e interessantes.

“Kievan Rus foi fundada pelos vikings” - acho que essa frase evocará uma variedade de emoções entre os historiadores: indignação, raiva, surpresa, riso, alegria, compreensão. A teoria normanda da fundação da Kievan Rus levanta muitas dúvidas. Você pode encontrar muitas informações sobre isso na Internet. Vamos apenas pensar em como poderia ser. Este não é um trabalho científico, mas sim uma simples suposição filosófica de raciocínio.

Vamos raciocinar com base no julgamento de que os vikings fundaram a Kievan Rus, ou melhor, seria verdade dizer - eles conquistaram e lideraram. A propósito, naquela época o estado era simplesmente chamado de Rus, tornou-se Kyiv apenas recentemente, acredito que devido ao fato de que esse nome poderia significar não apenas um estado com um centro em Kiev.

Talvez os vikings ou os varangianos não fundaram a Rússia, mas apenas a fortaleceram com seu controle, deram uma contribuição especial para seu desenvolvimento no cenário mundial.

Possíveis evidências da teoria da fundação da Rússia pelos vikings

Vamos começar pelos nomes. O primeiro nome vem da memória - Rurik, é claro, Rurik. A propósito, seu nome norueguês soa como Hrerik Hemmingson. Nascido em uma família de governantes escandinavos. Ele era um escandinavo, eles também eram chamados de varangianos. Lembra-se da conhecida antiga rota comercial "Dos varangianos aos gregos"? Assim: o caminho passou da Escandinávia (os países modernos da Dinamarca, Noruega e Suécia) para Bizâncio (atual Turquia) com a capital na época em Constantinopla (moderna Istambul) através do Dnieper e do Mar Negro. Rurik é o fundador da crônica do principado de Novgorod na Rússia. Mas não vamos divagar. Profético Oleg governou após a morte de Rurik e era seu parente. O nome de nascimento de Oleg é Odd. O famoso príncipe Igor (filho de Rurik) recebeu o nome do nome escandinavo Ingvar. Sua esposa Olga também tinha um nome escandinavo e raízes escandinavas. Todos os príncipes são vikings.

Skalds e cronistas

Outra prova da forte influência dos varangianos ou vikings na vida na Rússia é que os skalds apareceram pela primeira vez na Escandinávia, que falaram sobre os heróis e anti-heróis da época. Então é daí que vem a crônica! (por exemplo, "The Tale of Igor's Campaign"). Pode-se comparar os antigos cronistas da Rússia com os skalds na Escandinávia durante a Era Viking.

O apogeu da Era Viking e da Rus Kievana ocorre ao mesmo tempo na história - este é os séculos 9 a 10.

Inscrições rúnicas também foram encontradas não apenas nos países escandinavos, mas também na Ucrânia. Por exemplo, a Wikipedia fala sobre a inscrição rúnica no futark mais velho na ponta de uma lança, que foi encontrada em Volyn (datada do século IV). Inscrições rúnicas da Era Viking também foram encontradas na Ilha Berezan, na foz do Dnieper.

Semelhança de culturas

O mosaico de uma das casas em Kiev retrata os fundadores de Kiev em barcos com cabeças de dragão e escudos presos ao navio. Sabemos que para intimidar o inimigo antes da batalha, na proa do navio (e a proa estava então acima da água) penduravam uma cabeça de dragão esculpida em madeira (drakkar na tradução significa dragão). As laterais do drakkar postadas do lado de fora informavam ao inimigo sobre um ataque iminente. Muito provavelmente, essa moda foi trazida pelos vikings, que fundaram o grande estado naquela época. Embora, talvez, este seja apenas um intercâmbio cultural entre os povos.

Os historiadores da época chamam os Varangians Russ. Eles eram relativamente altos, com cabelos e olhos loiros. Tanto os varangianos quanto os eslavos se encaixam nessa descrição. Talvez fôssemos apenas um povo? Talvez tanto os eslavos quanto os escandinavos tenham os mesmos ancestrais - arianos, antigos pastores e lavradores?

E as mulheres também subiram na escala social junto com os homens, seus direitos não foram oprimidos, as mulheres foram respeitadas tanto na Rússia quanto na Escandinávia.

De acordo com escavações arqueológicas em 2016, soube-se que a Kiev pré-cristã foi construída de acordo com o padrão norte (como cidades escavadas, em particular na Suécia): a cidade foi dividida em áreas iguais [link nº 6 na parte inferior do página].

Estátua de Freyr em Chernihiv

Em Chernihiv há um memorial para a história - o monte do príncipe Cherny (o fundador de Chernigov), que, segundo a lenda, era um varangiano. Uma estatueta do deus Freyr (o deus da fertilidade de acordo com a mitologia nórdica) foi encontrada no túmulo. O enterro é muito semelhante ao tipo de enterros escandinavos da Era Viking (dois guerreiros foram enterrados com espadas e outras armas, cavalos de guerra, uma mulher foi enterrada com chaves, que simbolizavam sua localização elevada). Abaixo está uma breve história sobre o monte do príncipe Cherny em Chernigov, você pode ler mais sobre isso na mesma Wikipedia.

Pingente com dragão em Korosten

Escavações em Korosten (antiga Iskorosten) da região de Zhytomyr mostraram um pouco sobre a vida da época em que o príncipe Igor governava e depois a princesa Olga. Vários túmulos (enterros antigos) foram escavados, e entre os achados estava um pingente feito no estilo escandinavo de boro, característico do século X. Neste pingente você pode reconhecer o mítico animal dragão, que era tão popular entre os escandinavos durante a Era Viking. Arqueólogos e historiadores afirmam que o pingente é feito no estilo escandinavo de boro, típico dos escandinavos que viveram na Era Viking (século X).

Nas escavações em Korosten (região de Zhytomyr, em 946, segundo a lenda, foi queimada pela princesa Olga em retaliação à execução do marido do príncipe Igor pelos drevlyans), entre outros achados, também foi encontrado um fragmento de um anel temporal escandinavo .

Runas em Volhynia e Ilha Berezan

Na Ucrânia, também foram encontradas inscrições rúnicas com runas vikings mais antigas na ponta de uma lança (século IV), o achado foi em Volyn. Além disso, inscrições rúnicas da Era Viking foram encontradas na foz do Dnieper e na ilha de Berezan.

A runa Odal (Othal) do alfabeto rúnico mais antigo da Era Viking pode ser encontrada frequentemente em nossos antigos bordados.

Tesouros fúnebres dos antigos alemães em Vinniki

Outra prova de que os vikings estavam na Rússia é que um antigo cemitério de uma tribo germânica do final do primeiro e meio do século II foi encontrado em Vinniki, na região de Lviv. Partes de um vaso de barro vitrificado vermelho, objetos de vidro e metal e dois grandes caldeirões de bronze foram encontrados em enterros de cremação [para mais detalhes, veja o link nº 8].

Semelhança de mitologias e crenças

As mitologias germano-escandinava e eslava são muito semelhantes entre si.

O chamado dos varangianos pelos eslavos

Sobre o chamado dos varangianos, liderados por Rurik em 862, diz uma citação da lista de Ipatiev do Conto dos Anos Passados:

Em lѣⷮ҇. hj. o. o҃ ⁘ e exilado Varygy do outro lado do mar. e não lhes dê tributo. e mais frequentemente em suas próprias mãos. e não haveria verdade neles. e coloque a haste em roⷣ. e o antigo ѹsocial em nenhumⷯ҇. e lute sozinho por uma tigela. e nós mesmos procuraremos rkosha em nossos príncipes. laia teria nos liderado e rѧdil. por direito. atravesse o mar para Varѧgoⷨ҇. para Rússia. sіtse bo chamada. você Varⷽ҇gy Rus. ꙗko todos os amigos são chamados de Svej. amigos são zhrmani. Inglês. ini e Gotha. tacos e si rkosha. Rússia. Chud. Eslovênia. Krivichi. e toda a nossa terra é grande. e sbilna. mas não há pessoas nele. sim, vão príncipesⷮ҇ e governem sobre nós. e escolha. três irmãos. desde o seu nascimento. e por conta própria toda a Rússia. e veio primeiro ao esloveno. e derrubou a cidade de Ladoga. e os anciãos em Ladoz Rurik. e outros Sineѹs em Bѣlѡzerѣ. e o terceiro Truvor em Izborsk. e ѿ tѣkh Varѧg. apelidado de Ruskaꙗ da terra.

As primeiras crônicas datam do século XIII, em que os acontecimentos do século IX são mencionados pela primeira vez. Então me parece que não se pode ter 100% de certeza na história, porque a história é escrita por pessoas, e muitas vezes são tendenciosas. E também houve tais fatos na história quando o novo governo destruiu toda a documentação, todos os vestígios de seu governo anterior, a história do povo ...

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Era Viking

Os chamados historiadores da Era Viking referem-se ao período dos séculos VIII-XI. A julgar do ponto de vista da história mundial global, a Era Viking não teve um impacto significativo no destino dos povos da Europa, dizem os cientistas. Mas na história dos próprios países escandinavos (Noruega, Suécia, Dinamarca), esses séculos realmente se tornaram marcantes, durante os quais houve um enorme impulso no desenvolvimento econômico e social desses estados. Além disso, os vikings serviram, acreditam alguns cientistas, e, se assim posso dizer, o papel de um catalisador na formação de nosso estado futuro. Os historiadores não negam que os normandos participaram ativamente do processo de gênese (origem ou surgimento) do estado de Kievan Rus, e imediatamente o adicionam para se dissolver rapidamente nas massas russo-eslavas. Tal afirmação é observada na literatura histórica doméstica dos últimos anos, por exemplo, na Nova Enciclopédia Ilustrada Russa de 2001, embora, em nossa opinião, tenhamos o cuidado de não fazer tal afirmação categórica.

Matrizes de bronze para a fabricação de placas cinzeladas da Era Viking. Século VII, aproximadamente. Öland, Suécia

A data tradicional para o início da Era Viking é designada pelos pesquisadores como 8 de junho de 793, ou seja, da época em que os vikings atacaram o mosteiro de St. Cuthbert na ilha de Lindisfarne, na costa leste da Inglaterra, mas o autor do livro mais popular do século 19, The Viking Campaigns, estudioso sueco Anders Stringholm, data dessa data para 753. Foi então que os vikings apareceram pela primeira vez na costa da Inglaterra e roubaram a ilha de Thanet, ou Tinet.

Acredita-se que a Era Viking terminou na segunda metade do século 11, no ano da morte do rei norueguês Harald the Severe Ruler na batalha perto da cidade inglesa de Stamfordbridge em 1066.

Por quase três séculos, os vikings aterrorizaram os povos dos países costeiros da Europa Ocidental e do Norte, África, Mediterrâneo e, claro, o Mar Branco. Os cronistas ocidentais atribuem aos vikings a extraordinária coragem e velocidade de suas operações ofensivas. Frotas de navios transportavam guerreiros altos e ruivos que soltavam um grito de guerra que aterrorizava todos os que viviam na costa e nas ilhas de norte a sul, onde traziam morte e destruição. Os navios vikings sempre apareciam inesperadamente no horizonte e se aproximavam das margens tão rapidamente que os habitantes da costa nem sequer tiveram tempo de coletar o essencial, e tiveram que correr precipitadamente para escapar do ataque de bárbaros cruéis.

Ao estudar a Era Viking, os historiadores acharam difícil determinar a natureza da expansão normanda. Como A.Ya. Gurevich, e você verá isso por si mesmo, familiarizando-se com o conteúdo das sagas escandinavas, ataques militares, pirataria e comércio pacífico às vezes andavam de mãos dadas com eles. Os mesmos vikings podiam agir como ladrões e invasores, ou como colonos e agricultores pacíficos, mas os primeiros prevaleceram na maioria dos casos.

A embarcação marítima era, por assim dizer, o emblema dos vikings, pois a vida desses piratas dependia principalmente de um navio que pudesse entregá-los a qualquer ponto dos mares e oceanos. Seu bem-estar e muitas vezes a vida dependiam dessas instalações de natação despretensiosas.

Os cronistas ocidentais, maravilhados com sua grande habilidade em administrar navios, argumentam que nenhuma nação poderia competir com eles no mar. Seus navios eram igualmente adaptados tanto para remar quanto para velejar.

Embora seja de notar desde já que a vela apareceu nos navios dos escandinavos a partir do século VII, antes disso a sua frota era exclusivamente de remo. Dando uma descrição dos navios do Norte, Cornelius Tacitus em sua obra “Sobre a Origem dos Alemães” no século I dC. observou: “No meio do próprio Oceano, vivem comunidades de Svions; além de guerreiros e armas, eles também são fortes na frota. As suas naves destacam-se pelo facto de poderem aproximar-se do ancoradouro em qualquer uma das suas extremidades, uma vez que ambas têm a forma de uma proa. Os svions não usam velas e não prendem remos ao longo dos lados em fila, um após o outro; eles os têm, como é costume em alguns rios, removíveis, e os remam conforme necessário, em uma direção ou outra.

Os vikings eram navegadores habilidosos, perfeitamente capazes de usar o fluxo e refluxo para entrar nos rios dos países europeus. De acordo com um cronista ocidental, os habitantes de Paris ficaram especialmente impressionados com uma imagem característica quando viram navios vikings se movendo por terra. Atravessando o Sena, antes de chegar à capital da França, os normandos habilmente puxaram seus navios para fora da água e os arrastaram em terra firme, contornando a cidade por uma distância de mais de meio quilômetro, depois novamente lançados acima de Paris e prosseguiram adiante. o Sena para capturar a cidade de Champagne. Os parisienses olharam com espanto para este espetáculo, e o cronista ocidental o menciona como um evento incrível e inédito. Embora, como sabemos agora, entre os povos do norte, incluindo nossos ancestrais - os rus-eslavos, era comum arrastar barcos em terra firme - através de portagens para encurtar o caminho.

O que significa a palavra viking? De acordo com uma versão, segundo os cientistas, esta palavra vem do norueguês vik (vic) - bay, ou seja, pode ser traduzido como povo das baías. De acordo com outra versão, os pesquisadores formaram a palavra Viking a partir do nome de uma área específica da Península Escandinava - Vika (Vicen), adjacente ao fiorde de Oslo, na Noruega. No entanto, tal frase, supostamente derivada do nome indicado da região norueguesa, mais tarde não resistiu a críticas, pois se soube que os habitantes de Vik não eram chamados de vikings, mas um termo completamente diferente - vikverjar. Outra explicação, de que esta palavra foi formada a partir do inglês antigo wic, que significava entreposto comercial, fortificação, também foi rejeitada pelos cientistas.

Segundo o autor do livro "Campanhas Vikings" A.Ya. Gurevich, a mais aceitável é a hipótese do cientista sueco F. Askerberg, que derivou o termo viking do verbo vikja - virar, desviar. Ele acreditava: um viking é uma pessoa que deixou sua terra natal como um guerreiro do mar, um pirata, para roubar e roubar em outros países. O cientista enfatizou especialmente que em fontes antigas as viagens marítimas dos escandinavos eram distinguidas - se para fins de ataques predatórios, então era chamado de "ir ao viking", enquanto os escandinavos eram estritamente distinguidos das viagens comerciais comuns.

Os cronistas ocidentais chamavam os piratas escandinavos - normandos, que se traduz como povo do norte. O autor da "Crônica Eslava" Helmold relatou que o exército normando consistia no "mais forte entre os dinamarqueses, sve-ons e noruegueses". Nos tempos antigos, os ancestrais dos dinamarqueses e suecos eram chamados de dinamarqueses e sveons. Adam de Bremen chamou os dinamarqueses e os Sveons também de normandos, ele escreveu sobre "piratas, a quem os dinamarqueses chamam de vikings". “Os normandos falavam uma língua bárbara, como os povos do norte que vieram de uma parte do mundo conhecida como Outer Scythia”, referido no livro “History of the Goth Kings” de Isidore of Civil (560-636) como “terra Barbarica ”. Os vikings na Inglaterra eram chamados de dinamarqueses, em Bizâncio - varangianos, na Rússia - varangianos (no norte russo - Urman, ou Murman), a maioria dos cientistas acredita, embora, em nossa opinião, não seríamos tão firmes em afirmar, especialmente sobre o último.

Em geral, os vikings, ou normandos, eram então chamados todos os escandinavos (a propósito, esta palavra era o nome coletivo dos povos da Noruega, Suécia, Dinamarca e parte da Finlândia) desde meados do século VIII até o malfadado ano 1066 para eles.

Os vikings geralmente se tornavam representantes da classe alta, a aristocracia, especialmente os membros mais jovens de famílias ricas que podem não ter herdado nada. Para essas pessoas, tornar-se um viking significava fazer uma longa jornada por ricos espólios liderados por seus líderes locais, muitas vezes aventureiros comuns, sedentos de glória e mais poder, para depois cantar suas façanhas, batalhas e batalhas em canções folclóricas-sagas que não morreu por séculos.

Desde a época da grande migração dos povos, atribuída pelos historiadores aos séculos IV e VII, existe o seguinte costume: em anos de vacas magras ou em caso de grande aumento da população, quando a terra não podia alimentar todos os habitantes, uma parte dos jovens que não eram casados ​​e ainda não possuíam seu próprio negócio. Eles foram enviados para fora do país para procurar em outros lugares por comida, moradia e encontrar uma nova pátria.

Por exemplo, em um tratado atribuído ao abade Odon (942), é mencionado o costume dos dinamarqueses, segundo o qual, por falta de terra, uma parte significativa de sua população, por sorteio, deixava sua terra natal a cada cinco anos em para buscar novas terras para si e nunca mais voltar. Um clérigo da Normandia chamado Dudo (Dudo Sanquintinianus, nascido em 960), que escreveu um tratado inteiro sobre os costumes e ações dos primeiros reis normandos por volta de 1015, falou com mais detalhes sobre esse costume. Dudo, citando no início a história sobre o mar cita (Scithicus pontus), a ilha de Scandia (Scanzia insula), os godos-getah, então contou:

“Esses povos se excitam com o excesso inebriante e, corrompendo o maior número possível de mulheres de forma extremamente ultrajante, produzem inúmeros filhos em casamentos tão vergonhosamente concluídos. Quando essa prole cresce, inicia disputas de propriedade com seus pais, avós e entre si, pois seu número é muito grande e a terra que ocupam não pode alimentá-los. Então essa multidão de jovens lançou sortes, quais deles, segundo o antigo costume, deveriam ser expulsos para terras estrangeiras, a fim de conquistar novos países com a espada, onde pudessem viver em paz eterna. Assim fizeram os Getes (Gete), são também os Godos (Gothi), despovoando quase toda a Europa, até onde pararam agora...

Deixando sua terra, eles direcionam sua vontade para um ataque mortal às nações. Seus pais os perseguem para que ataquem os reis. Eles são mandados embora sem qualquer bondade, para que possam ganhar riqueza em uma terra estrangeira. Eles são privados de sua terra natal para que possam se estabelecer tranquilamente na de outra pessoa. Eles são expulsos para uma terra estrangeira para que se enriqueçam com armas. Eles são forçados a sair por seu próprio povo para compartilhar com eles a propriedade de outros. Seus próprios parentes dissociam-se deles, que eles se regozijem na propriedade de estranhos. Seus pais os abandonam, suas mães não deveriam vê-los. A coragem dos jovens é despertada para o extermínio dos povos. A pátria é libertada do excesso de habitantes, e os países estrangeiros sofrem, feios inundados por um inimigo numeroso. Tudo o que fica em seu caminho é despovoado. Eles cavalgam ao longo das praias, coletando presas das terras. Num país roubam, noutro vendem. Tendo entrado pacificamente no porto, eles retribuem com violência e roubo. (Estudos Dinamarquês-Russos, traduzido por K. Tyander.)

Desde então, as viagens marítimas tornaram-se um hábito, quando os pais de família enviavam filhos adultos para o outro lado do mar para que se cuidassem e fizessem riqueza. Foi a partir daí que os escandinavos adquiriram o costume - em anos difíceis de fome, enviar jovens liderados por velhos guerreiros experientes em viagens marítimas para obter riqueza em terras abundantes com armas. Troféus obtidos em países distantes, e muitas vezes de seus próprios compatriotas, eram dados de presente a jovens camponeses fortes para reabastecer as tropas. Quanto mais riqueza o líder comum dos vikings tivesse, maior a probabilidade de se tornar um grande líder local e talvez até o rei de todo o país. Assim, supostamente, nasceram as campanhas vikings e vikings.

Embora seja difícil concordar com Dudo que o principal motivo do aparecimento desses ladrões foi a superpopulação do norte do país. De que tipo de superabundância de habitantes na Noruega naquela época podemos falar, quando o reassentamento se deu ao longo da costa em uma faixa muito rara, constantemente interrompida e estreita, e a densidade populacional era tal que não havia mais de dois noruegueses por centenas de habitantes? quilometros quadrados.

O famoso cronista medieval Adão de Bremen em seus "Atos dos Pontífices da Igreja de Hamburgo" (por volta de 1075) apresentou uma versão ligeiramente diferente e mais plausível da formação dos vikings. Descrevendo a Noruega como um país duro, frio e estéril, Adam chamou a pobreza dos noruegueses como a principal razão para as campanhas vikings, assim como “os dinamarqueses - tão pobres quanto eles”: “Movidos pela falta de negócios em sua terra natal , eles contornam o mundo inteiro e através de ataques piratas em todos os tipos de terras produzem riquezas que trazem para casa, compensando assim as inconveniências de seu país. (Adam, lib. IV, sar. XXX, tradução de V.V. Rybakov e M.B. Sverdlov) campanhas semelhantes devido à sua pobreza, mas tal “natação em massa” de ladrões do mar não veio deles, como da Escandinávia.

Os principais motivos para as campanhas vikings, segundo estudiosos ocidentais, poderiam ser a busca comum por fama e fortuna, além disso, os vikings buscavam não apenas enriquecimento fácil, mas também bases comerciais e novos locais de assentamento, que não podem ser completamente descartado.

Em nossa opinião, a principal razão para o êxodo maciço dos habitantes da Noruega foi a política violenta de sua unificação por Harald om Fair-Haired no século IX, em cujas mós a maioria das pessoas ricas - títulos e até comuns pessoas que não concordavam com isso, caíam nas mós. Provavelmente, o supracitado Ottar também foi vítima disso e foi forçado a deixar a Noruega, mudando-se para a Inglaterra por volta de 890.

Sabe-se pelas sagas islandesas que durante quase todo o século IX a Noruega foi dilacerada por guerras internas, irmão contra irmão, filho contra pai, pai contra filho - muito sangue foi derramado, então, para resolver a questão, matando parentes de um adversário, incendiar uma casa ou navio era considerado uma coisa comum. O auge das campanhas vikings cai apenas no século IX, pelos documentos escritos daqueles anos, sabe-se como os países da Europa Ocidental e do Mediterrâneo sofreram com os ataques vikings. Esses terríveis eventos estão repletos das sagas daquela época.

É possível que tenham sido esses eventos que forçaram os habitantes costeiros da Noruega no final do século IX a iniciar o reassentamento nas ilhas do Atlântico Norte - as Ilhas Faroé, Shetland, Orkney e Hébridas. Mais tarde, eles descobriram a Islândia e a Groenlândia. Os normandos começaram a desenvolver terras mais ao sul, incluindo a Inglaterra e a França. Tal movimento “amante da liberdade” em busca de riqueza e posse de novas terras, como uma reação em cadeia, deu origem ao movimento viking em outros países, incluindo os bálticos: os Vikings-Ests e os Vikings-Venedi e outros são conhecidos das sagas. Além disso, coincidiu com o incrível desenvolvimento da construção naval escandinava, que na época era a mais avançada do mundo.

No início da Era Viking na Península Escandinava (na Suécia, Noruega, Dinamarca), os primeiros estados de esquadrão começaram a se formar, unindo guerreiros vikings em torno de si, que ajudaram a cumprir o rei eleito (em textos latinos geh, em escandinavo konung ), com exceção dos militares, todas as demais funções estaduais: arrecadação de impostos, gestão judiciária e administrativa.

Entre esses guerreiros do mar, um tipo especial de Viking se destacou, os chamados berserkers, que possuíam força terrível, poder invencível e coragem selvagem. De acordo com a interpretação de alguns pesquisadores, Berserker (berserker, berserker) é traduzido como uma pele de urso ou em uma pele de urso.

Menções de guerreiros incomuns, heróis, cujas qualidades de luta foram muito além das capacidades humanas, existem em contos de fadas, mitos, lendas, épicos de quase todos os povos. Lembremos também nossos heróis dos contos e épicos folclóricos russos. No entanto, um dos personagens mais misteriosos e misteriosos do passado é, claro, o berserker escandinavo.

Desde os tempos antigos, a "pintura de guerra" dos guerreiros tinha, digamos de uma forma moderna, uma imagem própria. Cada tribo lutava sob seu próprio símbolo de algum animal, que é seu animal totêmico, que eles adoravam. Algumas fontes mencionam a completa imitação dos guerreiros à sua besta totêmica, desde os movimentos até o seu modo de vida. Daí, provavelmente, vieram as expressões “forte como um touro” ou “valente como um leão”.

Um exemplo de imitação de uma besta totêmica como mentor de combate era o rito de iniciação que existia nos tempos antigos - iniciação, quando um jovem se juntava às fileiras de guerreiros adultos e tinha que demonstrar suas habilidades de combate, destreza, coragem e bravura. Uma das formas de iniciação era uma luta com essa fera, que terminava comendo a carne de um animal de culto e bebendo seu sangue. Acreditava-se que isso deveria dar ao guerreiro força e destreza, coragem e fúria de uma fera selvagem. Em outras palavras, a vitória sobre o animal totêmico simbolizava a transferência das qualidades animais mais valiosas para o jovem guerreiro. Como resultado, o animal totêmico, por assim dizer, não morreu, mas foi incorporado nesse guerreiro. Provavelmente, são precisamente esses ritos de iniciação que podem explicar a existência de canibalismo entre as tribos nos tempos antigos (lembre-se de Heródoto).

Entre os berserkers escandinavos, o culto ao urso desempenhou um papel importante. Provavelmente, isso se refletiu em suas roupas cotidianas - uma pele de urso jogada sobre seu corpo nu, e é por isso que, de fato, esses guerreiros receberam esse nome. No entanto, como alguns pesquisadores observam, seria mais correto chamar o berserker não apenas de um guerreiro humano "com roupas de urso", mas como "alguém com roupas de urso, encarnado como um urso". Ressaltamos que foi encarnado em um urso, e não apenas vestido com sua pele.

Em tempos mais recentes, o termo berserk tornou-se sinônimo da palavra guerreiro, ou melhor, ladino, porque esse nome significava um guerreiro que era propenso a ataques de raiva, raiva desenfreada. Além disso, durante a batalha, o berserker podia entrar em tal frenesi que sua força aumentava muitas vezes, ele absolutamente não notava dor física e, o pior para ele e ainda mais para os guerreiros de outras pessoas, o berserker muitas vezes podia não controla suas próprias ações. Se ele "acabasse", então tanto o seu como os outros poderiam sofrer. Os reis noruegueses preferiam ter esses guerreiros raivosos em suas tropas, mas as pessoas comuns tentavam evitar se comunicar com eles, já que o berserker “sem-teto” sempre representava um perigo potencial para os outros, e era quase impossível lidar com ele. É por isso que em tempos de paz, nos intervalos entre as campanhas militares, os berserkers viviam separados do povoado principal a uma distância respeitosa, numa área cercada por uma paliçada alta.

Nem todo mundo pode se tornar um berserker, infelizmente, é difícil dizer algo sobre sua aparência. Alguns acreditam que essa rara capacidade de cair em uma "raiva bestial" foi herdada de geração em geração, era impossível aprendê-la. Uma das sagas, por exemplo, fala de um homem que teve 12 filhos, e todos eles eram berserkers: “Era seu costume, estando entre os seus e sentindo a fúria se aproximar, ir do navio para a praia e joguem grandes pedras ali, arranquem árvores, caso contrário, em sua fúria, teriam mutilado ou matado parentes e amigos.”

Como uma das formas de alcançar o transe necessário antes da batalha, eles usavam vinho, plantas alucinógenas, em particular o agárico comum, é possível que algum tipo de substância narcótica já fosse usada naquela época, às vezes a hipnose era usada pelos locais feiticeiros. Isso foi feito com o único propósito de levar uma pessoa a um estado próximo ao "delirante tremens", quando aparecem "falhas" comuns. E tal pessoa andou e destruiu tudo em sequência por causa do medo que tudo consumia causado pela ação da hipnose ou substâncias alucinógenas, e ao mesmo tempo raiva e ódio indescritíveis o dominaram. A saga Ynglinga descreve que na batalha eles “correram para a frente sem armadura, roeram as bordas de seus escudos como cães raivosos ou lobos, espumando pela boca e eram fortes como ursos ou touros. Matavam os inimigos com um só golpe, mas nem o fogo nem o ferro podiam feri-los. Eles atacaram em bando com gritos e uivos terríveis, como animais selvagens, e ninguém poderia detê-los.

Segundo um associado de Rene Guénon, seguidor dos ensinamentos esotéricos de Hans Sievers, a prática do ódio ritual foi preservada ao máximo possível precisamente no “berserking”. Em sua opinião, os berserkers, como ele os chama, pertencem à irmandade ariana dos Kshatriyas, a casta de guerreiros mencionada acima, e apenas àquela parte dela que conhecia o segredo do “assentamento de Deus em batalha” ou -assentamento”, a principal divindade militar dos escandinavos. Na própria palavra berserk, de acordo com G. Sievers, há uma raiz Ъеr, denotando um urso nas línguas indo-europeias. Os Berserkers na época do duelo estavam tão saturados de Fúria Sagrada que, supostamente, poderiam se transformar em outra criatura, em particular, em um urso. E como já sabemos, o urso (ou ursa) era um símbolo do poder Kshatriya em geral. No nível físico, ele recebeu a plenitude da força militar e, como se tornou invulnerável aos inimigos, o poder destrutivo de sua agressão não pôde ser interrompido por nenhum esforço humano. O berserker, como se estivesse se transformando em um urso, vestido com sua pele, com uma de suas aparências selvagens suprimiu a mente do inimigo e incutiu horror nele. Conserva-se uma crônica de uma campanha dos romanos ao norte, na qual são mencionados “bárbaros vestidos com peles de urso”. Uma dúzia desses bárbaros em questão de minutos literalmente despedaçou mais de uma centena de legionários romanos bem armados e treinados. E quando os berserkers terminaram com eles, em fúria insaciável, eles correram para "molhar" um ao outro. Mas geralmente eles mesmos morriam, porque era impossível matá-los diretamente na batalha. A morte poderia alcançá-los após a batalha por exaustão nervosa comum (ataque cardíaco) ou por perda de sangue (durante a batalha, em transe, eles não notaram ferimentos). Só o sono os salvou da sobrecarga nervosa.

G. Sievers notou essa característica interessante dos berserkers noruegueses - eles passaram a maior parte do tempo de paz em um sonho, ou seja, dormi quase o tempo todo (a propósito, lembre-se da hibernação dos ursos). Muitas vezes eles adormeceram tão profundamente que, mesmo durante as campanhas marítimas dos vikings, quando a situação crítica de um ataque inimigo estava se formando, eles tiveram que ser acordados com grande esforço. Mas quando o berserker ainda conseguia acordar (às vezes apenas no final da batalha), sua raiva sagrada era ilimitada, e entrar na batalha, como regra, resolvia inequivocamente o resultado da batalha. Nossos biarmianos também receberam isso deles.

Com o declínio da era viking, os guerreiros ursos se tornam párias. Desde o século 11, o termo berserk, junto com o outro - Viking, tem sido usado apenas em um sentido negativo. Além disso, com o advento do cristianismo, esses homens-bestas começaram a ser retratados como criaturas possuídas por forças demoníacas. A Saga Vatisdal conta que o bispo Fridrek, que chegou à Islândia, encontrou muitos berserkers lá. Eles criam violência e arbitrariedade, tiram mulheres e dinheiro e, se forem recusados, o agressor é morto. Eles latem como cães ferozes, roem a borda do escudo, andam descalços em um fogo em brasa, sem tentar controlar de alguma forma seu comportamento - agora eles seriam chamados de "bespredeltsik". Em relação à população da ilha, tornam-se verdadeiros párias. Portanto, a conselho do bispo recém-chegado, os berserkers, como animais, foram afugentados pelo fogo e espancados até a morte com estacas de madeira (já que se acreditava que “ferro” não pega berserkers), e seus corpos foram jogados em um ravina sem sepultura. Após o século 11, não há menção a esses incríveis ursos nas sagas.

Placa de bronze representando um berserker encontrado em Öland, Suécia

Autores da Europa Ocidental que dedicaram suas pesquisas aos vikings os romantizam demais, geralmente descrevendo as “façanhas” dos lobos-marinhos em pomposas criancinhas poéticas. Mas, em geral, eles eram ladrões e ladrões comuns, o protótipo dos futuros piratas que navegaram pelas águas de todos os oceanos o tempo todo e continuam roubando navios mercantes até hoje. Em nossa opinião, ociosos comuns, pessoas preguiçosas que não organizaram suas vidas no continente, tornaram-se vikings. Mas no mesmo lugar era preciso trabalhar incansavelmente, brigar por um pedaço de terra para conseguir pelo menos algum tipo de colheita, cuidar do gado, derrubar floresta tanto para construir casas, quanto para preparar lenha, e para a construção das mesmas embarcações marítimas. Portanto, ralé basicamente diferente fez campanhas predatórias, como uma das sagas diz diretamente, sob a liderança das mesmas pessoas como eles.

Embora, vale dizer que naqueles tempos distantes havia outro tipo de viking - sazonal, que foi notado por J.P. Capper em seu livro "The Vikings of Britain", mas isso foi uma exceção à regra. Por exemplo, um deles, o Grande Swain das Ilhas Orkney, toda primavera forçava seu povo a semear muito grão, após o que ele partiu em uma campanha viking e devastou as terras da Irlanda, voltando para casa com o saque no meio do verão. Ele chamou esses roubos de campanha viking da primavera. Depois de colher e colocar os grãos nos celeiros, Svein novamente fez um "cruzeiro" predatório e não voltou para casa até que o primeiro mês do inverno terminasse, chamando-o de campanha viking de outono.

No entanto, em nossa opinião, a maioria da população comum dos países escandinavos não teve tempo de vagar pelos mares em busca de presas fáceis, eles se forneceram com trabalho pacífico - pecuária, agricultura, caça e pesca, levam pelo menos o mesmo Ottar. Eles foram para o mar, pescaram, bateram no animal marinho - baleias, morsas, focas, colheram frutas, cogumelos, pegaram mel, ovos e assim ganharam a vida. Das antigas obras norueguesas, por exemplo, de uma delas chamada “Rigsthula”, sabe-se que os agricultores trabalhavam incansavelmente em suas terras, abastecendo-se de peixe, carne e roupas: eles “domavam touros, forjavam arados, derrubavam casas e celeiros para feno, fez carroças e foi atrás de um arado”, derrubou a floresta e limpou-a de pedras para futuras colheitas, construiu não apenas drakkars piratas, mas também pequenos navios manobráveis ​​- shnyaks para pesca e viagens comerciais.

E quando dizem que esses ladrões - os vikings poderiam ser os fundadores de outros estados, pelo menos a nossa Rússia, isso causa, pelo menos, apenas um sorriso irônico. Os vikings só eram bons em roubar e matar, nada mais. Como você mesmo verá mais adiante no conteúdo das mesmas sagas islandesas, os vikings (os cientistas acreditam que na Rússia eles eram chamados de varangianos, em Bizâncio - varangianos, em outros países - nomes semelhantes, o que está longe de ser indiscutível) eram piratas do mar comuns , levando com ferocidade bestial aos povos dos países costeiros apenas lágrimas, dor e sofrimento. Portanto, não há razão para cantá-los assim, elevando-os aos céus, e chamar todo um período da história mundial de Era Viking. Eles não mereciam.

Agora, se os historiadores designaram esse período dos séculos VIII ao XI. como na era dos construtores navais escandinavos, isso seria mais justo. De fato, um navio mais perfeito, como os normandos, então não existia em nenhum país. Além disso, não estaremos muito enganados, argumentando que, por mais que cantassem sobre eles nas sagas, os vikings não têm nada a ver com essas perfeições marítimas - embarcações marítimas. Eles eram antes de tudo guerreiros e depois navegadores já habilidosos. E mesmo assim, nem todos possuíam a capacidade de navegar em mar aberto, mas algumas pessoas no navio, que, em geral, nunca participaram das hostilidades, com exceção dos casos de ataque aberto ao navio; eram acarinhados como a menina dos olhos, independentemente das circunstâncias.

Na maioria dos casos, eram essas pessoas, que sabiam navegar perfeitamente em mar aberto pelo Sol ou pelas estrelas, que ficavam ao leme de um navio marítimo, guiando-o habilmente em qualquer clima através dos elementos do mar. Um deles com o apelido característico Starry é mencionado na saga escandinava, que diz que a posição do Sol durante o ano "era bem conhecida por Stjörn (Starry) Oddi da ilha de Flatey e dele os anciões nos navios ou kendtmands (saber)". Essas linhas confirmam mais uma vez nossa ideia de que nem todos poderiam navegar em mar aberto, e esse era o destino de certas pessoas inteligentes - "saber".

R. Hennig, autor da obra em vários volumes Unknown Lands, fornece informações interessantes sobre o lendário Oddi: “A história da cultura islandesa conhece uma certa estranha Star Oddi, que viveu cerca de 1000 anos. Este islandês era um plebeu pobre, um trabalhador do camponês Tor-d, que se estabeleceu na parte norte do deserto da Islândia. Oddi estava pescando por aí. Flatey e, sozinho na vasta extensão, usou seu tempo de lazer para observações, graças às quais se tornou um dos maiores astrônomos que a história conhece. Envolvido em observações incansáveis ​​de fenômenos celestes e pontos de solstício, Oddi descreveu o movimento dos corpos celestes em tabelas numéricas. Pela precisão de seus cálculos, ele superou significativamente seus cientistas medievais contemporâneos. Oddy foi um notável observador e matemático, cujas realizações surpreendentes são apreciadas hoje.

Outros pesquisadores das campanhas vikings, por exemplo, o autor do livro "Vikings" X. Arbman, juntamente com o cientista SV. Selverom, insistem que os escandinavos em mar aberto poderiam usar algum tipo de bússola solar, além disso, eles tinham os dispositivos mais simples para determinar o azimute, o que lhes permitia determinar a localização da embarcação sem estar preso a nenhum objeto no solo. Para controlar sua localização, os vikings usavam a chamada "placa solar", que é uma haste de madeira comum instalada a bordo do navio na posição vertical. Pela extensão da sombra do meio-dia dele, que caía no banco dos remadores com marcas esculpidas, os viajantes do mar podiam julgar se estavam aderindo ao paralelo desejado.

No entanto, de acordo com o conhecido pesquisador dinamarquês das campanhas vikings E. Roesdal, os engenhosos dispositivos de navegação aos quais são creditados eram, de fato, desnecessários durante as travessias marítimas. As viagens dos escandinavos costumavam ocorrer ao longo da costa, e os viajantes tentavam não perder de vista a terra, e pernoitar, se possível, na costa, especialmente na primavera e no outono. A jornada de Ottar confirma essas palavras. E durante a viagem da Noruega à Islândia, os participantes da transição puderam observar tanto as Ilhas Shetland quanto as Ilhas Faroe. Além disso, na orientação correta, os velejadores foram auxiliados observando a força e direção do vento, o voo das aves marinhas, e até mesmo a configuração das ondas deu a oportunidade de escolher a direção desejada do navio, sem falar o sol, as estrelas e a lua.

Deve-se notar outro ponto muito importante, quando os historiadores afirmam que os vikings eram construtores de navios habilidosos, isso também causa um sorriso sarcástico. Esses ladrões, que só sabem segurar uma espada e um remo nas mãos, nunca poderiam ser construtores navais em sua essência, seria um trabalho muito intenso e intelectual para eles. As embarcações marítimas foram construídas por pessoas completamente diferentes que não têm nada a ver com as campanhas militares vikings. Estes eram provavelmente artesãos de navios pacíficos locais ou escravos habilidosos trazidos pelos vikings para a Escandinávia como cativos de outros países, incluindo Biarmia.

A perfeição dos navios escandinavos da época é confirmada por achados arqueológicos. Um grande número de diferentes embarcações encontradas enterradas em montículos, onde foram sepultados juntamente com líderes, escravos, animais domésticos e utensílios, permite-nos afirmar com ousadia. Encontraram navios bem preservados no lodo e no fundo de baías e baías.

Em 1997, arqueólogos dinamarqueses descobriram um navio enterrado no solo perto de Copenhague. Esta descoberta está entre as acidentais, pois os trabalhadores se depararam com ela durante o trabalho de escavação para expandir o porto para o estacionamento de navios raros para o mundialmente famoso Museu do Navio Viking em Roskilde. O navio provavelmente morreu de uma tempestade, afundou e afundou no lodo. Os anéis anuais das tábuas de carvalho do seu revestimento, pelos quais os cientistas determinam a idade do navio, mostraram que o navio foi construído por volta de 1025 durante o reinado do rei Knut, o Grande (1018-1035), que, como você sabe, uniu Dinamarca, Noruega, sul da Suécia e Inglaterra em todo um império vikings. Seu impressionante comprimento de 35 metros surpreendeu até mesmo os conhecidos especialistas na antiga construção naval escandinava.

Anteriormente, nas décadas de 50 e 60 do século passado, os cientistas encontraram outros navios vikings, mas eram mais curtos. Por exemplo, o maior dos cinco navios encontrados perto da cidade de Skuldeleva tinha 29 metros de comprimento. Eles acabaram sendo afundados no século 11 pelos próprios habitantes da cidade para barricar a entrada da baía da invasão inimiga. Como a análise mostrou, um dos navios era feito de tábuas compridas, chegando a 10 metros, sem problemas, feitas de carvalho irlandês de trezentos anos, derrubado perto de Dublin em 1060.

De fato, as sagas muitas vezes mencionam os chamados navios longos, apontados em ambas as extremidades do navio, e a proa recebeu uma aparência semelhante à cabeça de um dragão ou cobra, e a popa - com sua cauda, ​​​​é por isso que eles eram chamados de drakkars (da palavra dragão). Mais tarde, como menciona Stringolm, a imagem de uma cabeça de madeira dos líderes da Noruega foi instalada na proa do navio. As figuras do nariz de um animal ou de uma pessoa poderiam ser removidas ou reinstaladas, pois de acordo com as antigas leis islandesas, ninguém poderia nadar perto da costa, tendo uma boca aberta de uma cobra (dragão) no nariz, para não para assustar os espíritos - os patronos do país.

A "Saga de Olaf, o filho de Tryggvi" menciona o maior e mais longo navio chamado "Grande Serpente", feito no Norte, que não foi visto antes em todos os 1000 anos anteriores da existência da construção naval escandinava. O tamanho da embarcação era geralmente medido por ru-mams (da palavra raume - espaço) e bancos, ou bancos, para remadores. Entre as salas, via de regra, era estabelecido um intervalo de noventa centímetros para dar a cada remador espaço para usar sua força muscular. 34 bancos foram instalados na Grande Serpente, o que fez o comprimento do navio, segundo Stringholm, cerca de 74 arshins (52 metros), provavelmente se somarmos o comprimento da "zona morta" da popa e da proa. Normalmente, no entanto, a lei norueguesa, que existe desde o reinado de Hakon, o Aluno de Adelstein (934-960), prescrevia que os navios longos deveriam ter de 20 a 25 latas. Duas pessoas foram colocadas em um banco, cada uma com seu próprio remo. Portanto, esses navios eram de 40 a 50 remadores. Mas o número total de vikings no navio pode chegar a 70 pessoas ou até mais neste tipo de embarcação. Provavelmente, as pessoas “extras” da equipe podem ser guerreiros ou uma reserva para trocar de remador, ou ambos ao mesmo tempo.

Outro tipo de navios longos dos normandos eram os shnyaks (trados), estreitos e oblongos, com um lado baixo e uma proa longa. Seu nome veio, de acordo com M. Vasmer, da palavra nórdica antiga snekkja - um recipiente longo. Shnyaks, como um tipo de navio, no qual os normandos costumavam lutar, foram mencionados pela primeira vez na Novgorod First Chronicle de 1142. A propósito, o shnyaka foi usado por nossos habitantes da costa ao pescar bacalhau em Murman, e foi usado pelos pescadores do norte até o início dos anos trinta do século passado, até que os barcos a motor vieram substituí-lo. Acontece que esse navio de pesca sem convés mais simples, sem sofrer alterações significativas, foi usado por noruegueses e russos por mil anos, e talvez até mais. Eles foram construídos com sucesso no início do século passado em Kola e no distrito de Onega, na província de Arkhangelsk, e muito rapidamente. Por 3-4 dias, dois construtores de Pomor com o provérbio: “Tyap-blunder, e o navio saiu” construíram rapidamente este barco simples, costurado de zimbro e calafetado às pressas com musgo.

Outro tipo de navios normandos - asci (da palavra ascus - cinza) - diferia dos anteriores em sua capacidade: cada navio transportava até cem pessoas. Em tais pedidos, os normandos atacaram a Saxônia e a Frísia, argumentou Stringholm, e é por isso que eles receberam o nome de askemans - navegando em freixos. Embora, como você sabe, eles tenham sido chamados de askemans por Adão de Bremen. Ainda existiam os chamados knorrs (de knorrar), mas, apesar de sua velocidade e manobrabilidade, eram menos usados ​​para campanhas militares.

Foi mencionado acima que as velas nos navios escandinavos começaram a ser usadas a partir do século VII. No entanto, foi seu uso que contribuiu em maior medida para um fenômeno tão explosivo quanto as campanhas vikings. Sem veleiros, as campanhas vikings em distâncias tão longas seriam simplesmente impensáveis.

Nos navios normandos, geralmente um mastro era instalado no meio, triplicado de forma que pudesse ser removido e, se necessário, montado rapidamente. No livro "A Era Viking" P. Sawyer indicou como o mastro foi instalado. No meio da embarcação, ao longo da quilha, um maciço bloco de carvalho com cerca de 3,6 m de comprimento, chamado kerling, foi preso às armações. uma velha, ou uma velha bruxa. Tinha um ninho onde o mastro era inserido. Na ondulação havia um grande pedaço de prancha de carvalho grosso (mast pärtners), apoiado em seis vigas transversais, encostado nelas. O mastro passou pelos parceiros e foi pressionado contra sua frente forte pela força do vento. Assim, a força com que o vento soprava na vela era comunicada ao casco. Atrás do mastro, havia uma grande abertura nos parceiros, para que o mastro pudesse ser levantado e abaixado sem precisar ser levantado do encaixe. Quando o mastro ficou em seu lugar, a abertura foi fechada com uma cunha de madeira.

Quando o mastro não estava em uso, especialmente durante as hostilidades ou na entrada de baías e rios, era colocado, para não interferir, em dois suportes em forma de T acima do nível da cabeça de uma pessoa. O navio sempre tinha uma vela quadrangular, costurada a partir de listras vermelhas e brancas de tecido de lã (existiam outras combinações de cores), que podiam ser “reefed”, ou seja, com a ajuda de artes - cordas finas de peles de focas e morsas, reduzem ou aumentam sua área, dependendo da força do vento.

A frente e a parte de trás do navio estavam cobertas com pequenos conveses. Na proa estava o vigia, ou mensageiro, e na popa - o timoneiro. A parte do meio era destinada aos vikings e durante o estacionamento era coberta com uma espécie de dossel feito de tecido grosso ou a mesma vela para proteger as pessoas do mau tempo e do vento. Foi puxado sobre um mastro colocado horizontalmente em suportes em forma de T, que neste caso desempenha o papel de um patim.

Um atributo obrigatório de qualquer navio eram conchas em forma de madeira, estofadas com um aro de ferro, pequenos baldes usados ​​​​para bombear água de popa ou da chuva. Constantemente várias pessoas, mudando, derramavam água do porão. A qualidade da calafetagem das costuras, composta por lã de vaca e colofónia, não era a ideal, pelo que este trabalho árduo tinha sempre de ser feito. Embora as leis norueguesas não escritas existentes reconhecessem o navio como impróprio para o mar apenas se a água fora de borda tivesse que ser retirada dele três vezes em dois dias. Mas, é claro, essa regra nem sempre foi seguida.

A base da embarcação era a quilha de um único tronco de árvore, embora mais tarde tenha sido mais frequentemente composta, emendada, pois é difícil para um navio com mais de vinte metros de comprimento pegar uma árvore tão alta. As armações eram fixadas à quilha por meio de cavilhas de madeira, às quais eram “costuradas” tábuas de várias espessuras nos orifícios dos orifícios com raízes finas de abeto ou trepadeiras: da quilha à linha d'água, eram usadas pilhas de polegadas e tábuas já cerca de 4 cm de espessura passavam sobre a água ao longo dos lados, fortes, largos e de fundo chato, por isso superam bem águas rasas, e com uma pequena altura lateral de até 1,5 metro. Na fileira superior de tábuas, uma barra especial foi anexada para reforçá-la - um parapeito, ou um baluarte, no qual os escudos vikings eram pendurados enquanto navegavam ou, provavelmente, servindo para proteger contra flechas e lanças durante um ataque de um navio inimigo. Havia buracos nas laterais para os remos, que ficavam bem ali embaixo dos pés dos viajantes do mar enquanto navegavam. Além disso, eram de comprimentos diferentes: os que estavam localizados na proa e na popa eram visivelmente mais curtos do que os usados ​​no meio do navio.

O escritor inglês J.P. Capper acredita que os remos foram inseridos em orifícios especiais feitos na terceira fileira de pele sob a amurada. Naturalmente, isso causava a ameaça de entrada de água por eles devido ao baixo calado dos navios vikings, e era necessário impedir de alguma forma sua ocorrência dentro do navio. Os construtores navais noruegueses resolveram habilmente este problema, fornecendo as aberturas com válvulas móveis. Além disso, surpreendentemente, não eram buracos redondos comuns, mas com um segredo, feito na forma de uma fenda oblonga, semelhante a buracos de fechadura.

A principal característica dos navios normandos era o leme que dirigia o navio. Ao contrário de todos os lemes existentes nos navios normandos, não foi instalado diretamente na popa, mas no lado estibordo. Foi preso com uma videira de salgueiro a um grande deck de madeira - uma verruga, que por sua vez estava presa à parte externa do corpo. Além disso, ao navegar em alto mar, o leme estava sempre abaixo do nível da quilha e tocava, assim como nos iates, como se fosse uma quilha adicional, extinguindo assim o arremesso durante uma tempestade e tornando o navio mais estável. Além disso, a falta de um leme estacionário na popa tornou possível puxá-lo sem esforço para a terra.

Os normandos, por outro lado, inconstantemente, principalmente no Norte, araram o oceano. Com o início do inverno, os navios, com a ajuda de rolos de madeira colocados sob o fundo do navio, e os esforços de um portão comum - vovós, foram facilmente puxados para terra sob um dossel. Antes da navegação da primavera, os comandantes dos navios examinavam cuidadosamente os navios, se necessário, calafetavam, arriavam cuidadosamente e executavam algum outro trabalho de rotina nesses casos. Traços deste tipo de oficinas, segundo E. Roesdal, foram encontrados em Hedeby e na ilha de Gotland. Durante as escavações em Falster, foi descoberto um verdadeiro estaleiro que remonta ao período tardio da Era Viking.

Com o início do calor, os barcos consertados foram arrastados para a água, e os Vikings descansados ​​zarparam novamente para aterrorizar a população costeira de diferentes países. Normalmente, todos os escritores que cobrem a Era Viking apresentam uma imagem romântica de como algum tipo de aventureiro ousado aparece na frente de civis tremendo de medo sob belas velas listradas. Mas a população soube desses ladrões não a partir do momento em que as velas apareceram no horizonte, mas muito antes, pois foram traídas por um fedor repugnante espalhado ao redor de seu navio por dezenas de quilômetros; mas imagine que havia vários navios. O fato é que os vikings não tinham o hábito de se lavar, e a comida com que eram reforçados deixava muito a desejar.

O fato de que esses ladrões constantemente sujos nunca tomavam banho, muito menos penteavam os cabelos, pode ser lido na saga de Harald Fairhair, o primeiro rei que uniu a Noruega. Ele não recebeu imediatamente um apelido tão bonito, a princípio foi merecidamente chamado de Harald om Shaggy pelo fato de que por dez anos ele não lavou ou cortou o cabelo. Você pode imaginar o que se passava na cabeça dele? Acontece que ele mesmo nunca tomou banho. Certa vez tivemos que nos encontrar com um sem-teto que entrou na loja, pessoas em um raio de 5 metros desmaiaram com seu cheiro. Se levarmos em conta a impureza dessa vítima das reformas russas, pelo menos desde o início, verifica-se que um número muito maior de pessoas poderia ter caído do cheiro de um rei glorioso sem batalhas. De fato, falando sério, os vikings estavam constantemente no navio por meses, estavam sempre em alerta, em prontidão para o combate. Além disso, eles estavam sempre vestidos com roupas quentes feitas de peles de animais - armaduras, e os berserks em geral estavam sempre vestidos com peles de urso. Você não precisa ser uma pessoa muito imaginativa para entender o que estava acontecendo em um navio com uma tripulação de 70 a 100 pessoas.

Além disso, a comida era, do ponto de vista do homem moderno, repugnante. Em uma campanha, eles equiparam grandes suprimentos para alimentar tal horda. A dieta incluía principalmente peixes banais salgados e secos, principalmente os tradicionais como bacalhau e arenque, bem como carne de veado e carne seca. Cloudberries, coletados em julho, foram retirados das bagas em banheiras. Esta baga, indispensável para o Norte, salvou as pessoas de uma doença terrível - o escorbuto, da qual os dentes caem e logo a morte ocorre. Levavam consigo gordura e banha, manteiga com sal e requeijão, petrificados de vez em quando. Certifique-se de incluir o ensopado de farinha obtido pela mistura de farinha em água doce na dieta diária.

Não há necessidade de explicar que fedor surgiu quando, no verão, o peixe, apesar de salgado, começou a azedar e fermentar. Os autores do livro estão familiarizados com esse cheiro, embora não nos assuste, pois viemos da costa do Mar Branco. Mas, quem se depara pela primeira vez com este “aroma” de “pechora picles”, conhecido por nós, sente imediatamente que tem um efeito mortal sobre eles. E no navio viking não havia uma fonte de "sabores", mas várias. Portanto, não enfeitamos nem um pouco que os moradores das regiões litorâneas realmente souberam da chegada desses "caras gloriosos" muito antes, apesar de suas velas ainda não estarem na visibilidade imediata.

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