Síria. O que era realmente

Total absurdo e histeria que rola na Web, é hora de parar. Desinformação, fatos não verificados e estofamento descarado saem de cada ferro. Cenas encenadas por papéis, o número de 200 crescendo aos trancos e barrancos, histórias utópicas, uma mais bonita que a outra - há 4 dias alguém vem propositalmente inflamando, sacudindo e tentando provocar uma reação a fatos inexistentes. Eu coloquei nas prateleiras, o que eu vi nos últimos 4 dias é mentira, e o que aconteceu na realidade.

Análise de falsificações
1. Foto da “coluna destruída”
Esta imagem se tornou viral na web:

Uma coluna esmagada em campo aberto, com uma trilha do rover e uma trajetória incompreensível - essa é exatamente a imagem desenhada no editor mais simples.

O original fica assim e refere-se a julho de 2014, quando a coluna das Forças Armadas da Ucrânia foi derrotada no Donbass:

2. Vídeo "da cena"
Este vídeo (“Strike on Wagner”) com o trabalho do AC-130 foi arrastado diretamente das “fontes primárias”
https://vk.com/nezugar_vk?w=wall-46268973_1048

No entanto, na realidade foi filmado em julgamentos em 2010 e tem uma atitude muito indireta em relação à Síria:

O segundo vídeo, distribuído ativamente como um vídeo de ataque, é um simulador de 2015 (AC-130 Gunship Simulator)

3. Gravações de áudio
O mais difundido foi um vídeo com três vozes, contando como “direto dali” o “companheiro” ligou e denunciou.

A história com essas "revelações" é a mais turva. Três pessoas supostamente não relacionadas gravam mensagens de voz para amigos abstratos. O som é muito claro, o texto é perfeitamente audível, não há ruídos de fundo (com exceção do personagem que supostamente recebeu uma ligação de um amigo sírio - ele tem música tocando ao fundo).

Claro, os registros começaram a aparecer depois que qualquer fato sobre o que aconteceu começou a se espalhar na web. Gravar esses arquivos de acordo com dados da Internet é uma questão de cinco minutos. E sua uniformidade e alta qualidade sugere que eles foram feitos com um objetivo - ser amplamente distribuído, a qualidade do conteúdo neste caso não importava.

4. Artigos no social. redes
Especialmente zelosamente replicou as falsificações acima no LiveJournal. Cada texto era apenas uma coleção de outras falsificações. Eles lançaram: Strelkov, o canal no telegrama WarGonzo e vários públicos militares e pseudomilitares em VK. Com base em suas "informações", esses artigos foram rastreados. E, claro, tentaram semear o pânico e a discórdia na sociedade.

5. Número de pessoas mortas
Uma história incrível sobre como, à medida que crescia o número de publicações sobre o tema da luta, cresciam também as informações sobre o número de participantes. E sobre composição. E sobre os feridos. A lógica dos acontecimentos foi cada vez mais violada, a reação foi cada vez mais dura, e os autores das notícias gostaram cada vez mais do efeito produzido. É necessário mencionar que os autores não têm nenhuma confirmação das palavras (e tenho certeza de que não terão)?
Variações: de 100 a 644 (!) mataram cidadãos russos.

E esse público pegou tanto a figura do teto, quanto os dois vídeos fabricados. Boa verificação de FATOS.

Quem pode se envolver em jogar falsificações?
Falta 1 mês para as eleições, e espalhar a falsa ideia de que o governo se recusa a apoiar seus “batalhões” e expõe “centenas e milhares” de pessoas ao moedor de carne é uma ótima maneira de estragar a reputação do candidato presidencial mais demanda entre o povo.

Autores falsos matam dois coelhos com uma cajadada só: trabalham para a agenda política na Rússia e para a percepção de participação na guerra na Síria. Aqueles que se beneficiam do fato de as tropas de Assad não terem apoio, aqueles que realmente precisam das SDF (curdos de fato) para vencer a guerra civil na Síria, aqueles que conseguiram muito facilmente em campanhas para moldar a opinião pública por muito tempo. sobre o tema das "perdas incríveis" da Rússia. As mesmas organizações se adequaram ao Egito, Líbia, Iraque, começaram contra Damasco. Eles tropeçaram na Rússia e reformataram o trabalho. Eles não levaram em conta apenas que na Rússia eles estavam muito bem preparados para recheios e falsificações - graças ao Maidan ucraniano e à prolongada Primavera Árabe.

O que era realmente
As informações mais claras podem ser obtidas na conta do ISIS Hunter no Twitter. De acordo com esses dados, um grupo do EI mudou-se de Es-Suwar para Khusham (Khsham, Hisham, Khusham). Caminhamos pelo território controlado pelos curdos e, aparentemente, com total apoio deles. Caçadores, o exército sírio e voluntários russos partiram para a contra-ofensiva.

A retirada das forças curdas e do ISIS foi em direção à refinaria de petróleo e gás CONOCO (Tabia), que, como pensavam as forças pró-Assad, estava sob o controle dos curdos.

O fato é que entre as forças da SAA e as SDF (curdos) não houve confrontos violentos antes. Portanto, os Assaditas não tinham motivos para atacar diretamente as FDS. Mas sob a cobertura do ISIS, seria muito interessante para os curdos “jogar fora” a SAA da margem oriental do Eufrates. O que eles, de fato, fizeram durante a ofensiva sob os auspícios do ISIS.

Como a SAA e os aliados estavam prontos para infantaria e artilharia, a ofensiva foi repelida. Mas o que era realmente desconhecido era que uma base americana secreta estava instalada em CONOCO. Esta não é apenas uma refinaria de petróleo, como muitos hipnotizadores ignorantes escrevem. Esta é uma base para tropas e equipamentos dos EUA e, como aprendemos com os eventos de 7 a 8 de fevereiro, o equipamento lá é muito, muito sério. Isso também explica o sigilo da base.

Outros eventos se desenrolaram da seguinte forma. Enquanto a SAA e os aliados contra-atacavam, os americanos perceberam os riscos e começaram a repelir o “ataque” (embora não se destinasse a eles, mas a terroristas, contra os quais os Estados, ao que parece, também estão lutando). Relatos de um pedido feito ao posto de comando das Forças Aeroespaciais Russas são um completo absurdo, porque não se sabia que a base americana estava em CONOCO, e os americanos não começaram a se revelar - isso levantaria muitas questões. É muito mais fácil resolver a situação após o fato, acusando os "russos" de atacarem "os americanos". Como mostram os eventos dos últimos dias e horas, essa tática funcionou "com um estrondo".

Eles realmente trabalharam nas forças do governo com uma variedade de armas, mas não há nenhum vídeo desse trabalho na web. Quanto à bandeira americana hasteada, provavelmente não foram os orgulhosos curdos que a fizeram, mas os próprios americanos. Eles se desclassificaram para designar o território e não receber uma “resposta” das Forças Aeroespaciais Russas. A situação é astuta e vil, como os próprios americanos.

Resultado
Até o momento, não há informações exatas sobre quantos cidadãos russos morreram durante o bombardeio americano. Nem o número exato de vítimas, nem o número de vítimas. Se o fato sobre o funeral de 20 combatentes do ISIS Hunter, todo o resto é falso. E se você vir ou ouvir alguém mostrando “fotos autênticas” ou vídeos, ou informando o número de vítimas, saiba que sua opinião está sendo brutalmente manipulada.

O lado técnico da imagem: o que estava na tela e o que - de fato.

Filmado do filme "Salyut-7"

luvas e anjos

As características da imagem podem ser sentidas desde os primeiros minutos. Os cosmonautas Dzhanibekov e Savitskaya (sobrenomes alterados no filme) estão envolvidos na soldagem durante atividades extraveiculares, divertindo-se casualmente com piadas sobre sexo no espaço (olá, “ gravidade”, que também começou com piadas no espaço sideral). Svetlana fura seu traje espacial, e a primeira mulher a sair para o espaço imediatamente se encontra em uma situação estereotipada de uma “donzela em apuros”. No entanto, eles não têm pressa em salvá-la, porque o parceiro vê a luz sobrenatural com os anjos. Depois de retornar à Terra, a versão cinematográfica de Dzhanibekov é reconhecida como inadequada para voos por causa disso.

Na realidade, houve uma caminhada espacial muito bem sucedida por Dzhanibekov e Savitskaya em 25 de julho de 1984. Ele testou uma ferramenta manual universal (URI), que pode cortar, soldar, soldar e pulverizar um revestimento.

A mesma caminhada espacial, Svetlana trabalha foto de Vladimir Dzhanibekov

Na história da astronáutica, há dois casos de danos à luva do traje espacial, mas ambos, ironicamente, aconteceram com astronautas americanos. Na missão STS-37 em 1991, uma barra de palma restritiva perfurou a luva do traje, mas isso não foi descoberto até depois do retorno - o vazamento de ar era pequeno demais para ser notado. Em 2007, na missão STS-118, uma luva foi danificada durante uma caminhada espacial, a saída foi concluída antes do previsto, mas não houve perigo - apenas duas das cinco camadas foram danificadas. Os trajes soviéticos/russos de Orlan também têm muitas camadas, e as pontas dos dedos são cobertas com pontas de plástico, então não é tão fácil perfurá-las. Além disso, a estanqueidade absoluta é inatingível, e qualquer traje espacial tem taxas de perda atmosférica. E trajes espaciais especiais para atividades extraveiculares possuem cilindros adicionais para lidar com um pequeno vazamento.

Acidente

Filmado do filme "Salyut-7"

No filme, os painéis solares da estação são danificados por meteoritos, após o que é mostrado o desligamento de alguma unidade que desenergizou a estação. Olá novamente gravidade.

Na realidade, a estação foi desenergizada por outros motivos. O incidente é descrito em grande detalhe e claramente no quarto livro da série Rockets and People de B.E. Chertok. Em 11 de fevereiro de 1985, a proteção atual funcionou no sistema de controle - “eliminou engarrafamentos” em um dos transmissores do sistema de comunicação por rádio. Automação mudou para backup. O transmissor principal já havia esgotado seus recursos, então sua falha não foi surpreendente. De acordo com as instruções, foi necessário aguardar a chegada de especialistas no sistema de controle e no sistema de comunicação, mas o próximo turno no CCM tentou ligar o transmissor principal - mas e se a operação automática fosse acidental? Infelizmente, esta foi uma decisão errada - o comando para ligar o transmissor principal causou um curto-circuito, que desativou os receptores e decodificadores localizados na mesma unidade com o transmissor de emergência. A estação perdeu a capacidade de receber comandos da Terra. Uma corrente de curto-circuito de 100-120 amperes descarregou as baterias da estação e desativou o dispositivo de programação de tempo, que deveria dar regularmente um comando para recarregar as baterias dos painéis solares. Sem corrente da bateria, o sistema de controle térmico parou de funcionar e a estação começou a congelar - segundo cálculos, a temperatura dentro dela deveria ter caído para -20 ° C. A estação surda não podia ser reanimada remotamente, as pessoas tinham que voar.

Perigo

Na foto e em alguns documentários, é fortemente enfatizado que a queda descontrolada da Salyut pode se tornar uma catástrofe em escala global. Ironicamente, em 1991, a estação fez uma saída descontrolada de órbita e fragmentos não queimados caíram na Argentina. Perto do observatório amador de Oro Verde encontra-se uma das maiores peças em exposição.

Carloszelayeta/Wikipédia

Além disso, são mencionados achados de tubos, lajes, anéis e outros pequenos fragmentos. Não houve vítimas. No caso de um acidente de estação em uma área densamente povoada, poderia haver uma única vítima, mas o dano real seria muito menor do que o hype da mídia.

Fotografia de sequestro e mistério

Outra questão levantada tanto em filmes quanto em documentários é que os americanos supostamente iriam roubar a estação Salyut-7 do ônibus espacial. Muito brevemente e ponto a ponto:

1. "Salyut-7" - uma estação civil, na qual não deveria haver nada particularmente secreto, os astronautas da França e da Índia voaram para ela sob o programa Intercosmos. A estação Salyut-6 anterior foi visitada por muitos cosmonautas de outros países, de Cuba ao Vietnã. As estações militares eram "Diamantes", que, para fins de sigilo, foram designadas como "Saudações" -2,3,5.

2. Tecnicamente, seria extremamente difícil roubar a estação - você teria que cortar os painéis solares e antenas, além de retirar mais de 6 toneladas de carga da estação e jogá-la fora - o ônibus poderia devolver 14,4 toneladas da órbita, e a Salyut-7 no início da operação pesava 20, e com novos voos, sua massa só crescia.

3. O ônibus espacial com a missão STS-51B, que realmente voou na primavera de 1985, foi levado a uma inclinação diferente (57 ° em vez de 51,6 ° para a Salyut-7) e só poderia voar perto da estação com uma grande diferença em velocidades. Para entrar em órbita "Salyut-7" e se aproximar, ele não teria combustível suficiente. Sim, e no porão de carga desta missão havia um laboratório SpaceLab, que teria que ser jogado fora para levar a Salyut.

4. Ao longo das últimas décadas, não surgiram documentos de que tal proposta tenha sido apresentada, para não falar dos planos de trabalho, equipamentos e treinamento para sua implementação.

No filme lançado recentemente “Salyut-7. A história de um feito "essa versão se repete, e os jornalistas até foram até Norman Taggart, membro da tripulação do STS-51B, que diz que a reaproximação com a Salyut foi acidental. Também alega que uma fotografia da estação de emergência foi supostamente tirada do ônibus espacial. Lá está ela:

A foto mostra a estação Salyut-7, que realmente parece uma de emergência - painéis adicionais não são implantados em um dos painéis solares (estreito na lateral do principal largo), e o ângulo de rotação dos painéis parece anormal . O próprio Savinykh no programa diz que não viu esta fotografia nos arquivos soviéticos, o que significa que os americanos a fizeram. Na Wikipedia, esta foto é atribuída como "uma estação Salyut-7 quebrada, a foto foi tirada pela tripulação da Soyuz T-13". Mas isso não é verdade - o link para a fonte não está disponível, mas esta foto não está assinada no arquivo da web. Não consegui encontrar esta foto nos arquivos online da NASA, ela não possui um número único que geralmente é encontrado em seus arquivos. A agência Sovfoto / Eastfoto é indicada como a fonte da foto, então, muito provavelmente, a explicação para a navalha de Occam está correta - esta é uma fotografia soviética, mas Savinykh estava enganado.

Encaixe

O encaixe como é mostrado no filme não é histórico nem realista. Em primeiro lugar, na realidade, a estação praticamente não girava. E a rotação do tom tornaria o encaixe totalmente impossível. A estação de ancoragem soviética / russa do sistema "pin-cone" funciona assim:

"Ciência e Vida", 1988

Se a estação girasse fortemente, no estágio B, por um lado, a inércia da estação pesando mais de 20 toneladas começaria a agir no pino e, por outro lado, a inércia do navio pesando 7 toneladas. A barra de encaixe teria quebrado ou vomitado.

Aproximação Esquecida

Telémetro a laser LPR-1 6ppc.ru

Mas um estágio de reaproximação interessante e verdadeiramente dramático não foi mostrado de forma alguma. O fato é que a balística poderia aproximar o navio a uma distância de vários quilômetros da estação. O sistema de encaixe manual padrão VSK-1 (cosmonauta especial Vizir) pode ser usado a uma distância de várias centenas de metros. E não havia opção de reaproximação manual entre eles. Em um tempo extremamente curto, os engenheiros da RSC Energia e os cosmonautas do CTC conseguiram desenvolver um método de rendezvous, quando o comandante da nave mediu o alcance com um telêmetro a laser militar LPR-1 e controlou a nave a partir de um conjunto duplicado de botões de controle, e o engenheiro de voo sentou-se com uma calculadora e calculou as manobras necessárias. Isso é descrito com mais detalhes em um artigo separado.

Redramatizado

Uma camada de gelo e uma inundação na estação - soprando uma mosca em um elefante, muitas vezes visto em filmes, para torná-lo mais dramático. Na realidade, havia alguma geada na estação e estava muito frio (os chapéus de malha são um fato histórico). Nas negociações, há de fato uma proposta do MCC de cuspir e ver se o espeto congela. Congele em três segundos. Quando a estação foi aquecida, ficou úmida e os astronautas usaram todo o tecido disponível em trapos. Foi especialmente assustador limpar os cabos antes de conectar. Mas, é claro, a quantidade real de água foi menor do que o que foi retirado. No contexto de erros subsequentes, nem quero encontrar falhas nisso.

Heroísmo sem sentido

A história do sensor solar fechado por um capuz derretido é triste porque não tem sentido. Na realidade, a estação foi primeiro virada por painéis solares para o Sol pelos motores de orientação da nave (e isso é mostrado uma vez no filme!), E os cabos dos painéis foram conectados diretamente às baterias, ignorando qualquer eletrônica. Portanto, todo o heroísmo com uma marreta simplesmente não era necessário. Um sorriso triste separado é causado pelo fato de que depois que o pára-sol da lente foi finalmente derrubado com sucesso, tudo magicamente ficou bem, apesar do fato de o Sol estar ao longo do eixo longitudinal da estação e, em teoria, fora da vista do sensor .

A história do incêndio e da caminhada espacial em alta velocidade simplesmente não resiste a críticas. O enredo do incêndio é claramente tirado da história na estação Mir e é muito exagerado para o drama. E você não poderá vestir instantaneamente um traje espacial - há baixa pressão e você precisa respirar oxigênio puro com bastante antecedência para que o nitrogênio nos vasos não ferva.

Ao mesmo tempo, havia perigos reais na estação. Por exemplo, devido à falta de ventilação, o astronauta se viu em uma bolha com alto teor de dióxido de carbono, que exalou. Havia um risco real de asfixia e perda de consciência. O segundo cosmonauta deveria controlar o trabalhador na estação e, se possível, eles carregavam mangas de ventilação com eles. Pena que não mostraram. O heroísmo cotidiano da vida e do trabalho na geladeira sem comida e bebida quente está ausente na tela.

No outono de 1773, estourou a revolta de Pugachev. Até hoje, os acontecimentos daqueles anos não revelam todos os seus segredos. O que foi: uma revolta cossaca, uma revolta camponesa ou uma guerra civil?

Pedro III

A história é escrita pelos vencedores. A história da revolta de Pugachev ainda é considerada um momento controverso na história russa. Segundo a versão oficial, Pugachev e Pedro III são pessoas diferentes, não tinham semelhança fisionômica nem semelhança de personagens, sua educação também foi excelente. No entanto, até agora, alguns historiadores estão tentando provar a versão de que Pugachev e o imperador Pedro são a mesma pessoa. A história de Emelka, uma cossaca fugitiva, foi escrita por decreto de Catarina. Esta versão, embora fantástica, é confirmada pelo fato de que durante a "investigação" de Pushkin, nenhum daqueles a quem ele perguntou sobre Pugachev sabia sobre ele. As pessoas estavam absolutamente convencidas de que o próprio imperador era o chefe do exército, nem mais, nem menos. Segundo fontes, a decisão de se chamar Pedro III veio a Pugachev não por acaso. Ele, em princípio, gostava de mistificar. Mesmo no exército, por exemplo, exibindo seu sabre, ele afirmou que Pedro I o deu a ele. Não se sabe ao certo de quem foi a ideia de atribuir o nome, mas o fato de ser estrategicamente benéfico é óbvio. As pessoas não seguiriam o cossaco fugitivo, mas seguiriam o czar. Além disso, havia rumores entre as pessoas naquela época de que Peter queria dar liberdade aos camponeses, mas "Katka o arruinou". A promessa de liberdade aos camponeses, no final, tornou-se o trunfo da propaganda de Pugachev.

Guerra camponesa?

A guerra de 1773-1775 foi uma guerra camponesa? A questão, novamente, está aberta. A principal força das tropas de Pugachev não eram, é claro, os camponeses, mas os cossacos Yaik. Uma vez livres, sofreram cada vez mais opressão do Estado e perderam seus privilégios. Em 1754, por decreto de Elizabeth, foi introduzido o monopólio do sal. Este movimento foi um duro golpe para a economia do exército cossaco, que ganhava dinheiro vendendo peixe salgado. Mesmo antes do levante de Pugachev, os cossacos organizaram levantes, que repetidamente se tornaram mais massivos e coordenados. A iniciativa de Pugachev caiu em terreno fértil. Os camponeses realmente participaram ativamente das campanhas do exército Pugachev, mas defenderam seus interesses e resolveram seus problemas: massacraram os latifundiários, queimaram as propriedades, mas, via de regra, não foram além de seus lotes. Ligar o campesinato à sua terra é uma coisa muito forte. Depois que Pugachev leu um manifesto sobre a liberdade em Saransk, muitos camponeses se juntaram a ele, eles transformaram a campanha de Pugachev ao longo do Volga em uma procissão triunfal, com sinos, a bênção do padre da aldeia e pão e sal em cada nova aldeia, aldeia, cidade. Mas fracamente armados, presos à sua terra, não puderam garantir um triunfo a longo prazo para a revolta de Pugachev. Além disso, deve-se notar que Pugachev não administrou suas tropas sozinho. Ele tinha toda uma equipe de especialistas que definitivamente não eram de origem camponesa, e alguns nem eram russos, mas esse lado da questão é uma conversa à parte.

questão de dinheiro

A revolta de Pugachev tornou-se a revolta mais massiva de toda a história da Rússia (sem contar a revolução de 1917). Tal rebelião não poderia ter ocorrido no vácuo. Levantar milhares e milhares de pessoas para uma rebelião armada de longo prazo não é realizar um comício, isso requer recursos e recursos consideráveis. Pergunta: onde o fugitivo Pugachev e os cossacos Yaik conseguiram esses recursos. Está agora provado que a revolta de Pugachev teve financiamento estrangeiro. Primeiro de tudo - o Império Otomano, com o qual a Rússia naquela época estava em guerra. Em segundo lugar, ajuda da França; Durante esse período histórico, foi o principal oponente do crescente Império Russo. Da correspondência das residências francesas em Viena e Constantinopla, emerge a figura de um oficial experiente do Regimento de Navarra, que teve que ser transportado da Turquia para a Rússia o mais rápido possível com instruções para o "chamado exército de Pugachev". Paris destinou 50 mil francos para a próxima operação. Apoiar Pugachev foi benéfico para todas as forças para quem a Rússia e seu crescimento eram um perigo. Houve uma guerra com a Turquia - as forças das frentes foram transferidas para lutar contra Pugachev. Como resultado, a Rússia teve que terminar a guerra em termos desfavoráveis. Assim é a "guerra camponesa"...

Para Moscou

Após o triunfo das tropas de Pugachev em Penza e Saransk, todos esperavam por sua "campanha de Moscou". Eles o esperavam em Moscou. Eles esperaram e temeram. Sete regimentos foram puxados para a antiga capital, o governador-geral Volkonsky ordenou que canhões fossem colocados perto de sua casa, “operações de limpeza” foram realizadas entre os habitantes de Moscou e todos aqueles que simpatizavam com o rebelde cossaco foram apreendidos. Finalmente, em agosto de 1774, o tenente-general Alexander Vasilievich Suvorov, na época já um dos generais russos mais bem-sucedidos, foi chamado de volta do 1º Exército, que estava nos principados do Danúbio. Panin instruiu Suvorov a comandar as tropas que deveriam derrotar o principal exército Pugachev na região do Volga. Moscou "exalou", Pugachev decidiu não ir para lá. As razões ainda não estão claras. Acredita-se que a principal razão para isso foram os planos de Pugachev para atrair o Volga e, especialmente, os cossacos de Don em suas fileiras. Os cossacos Yaik, que haviam perdido muitos de seus chefes nas batalhas, estavam cansados e começaram a resmungar. A "rendição" de Pugachev estava se formando.

Salavat Yulaev

A memória da revolta de Pugachev está guardada não só nos arquivos, mas também nos topônimos e na memória do povo. Salavat Yulaev é considerado o herói da Bashkiria até hoje. Um dos times de hóquei mais fortes da Rússia leva o nome dessa pessoa excepcional. Sua história é incrível. Salavat tornou-se a "mão direita" de Pugachev quando ele não tinha 20 anos, participou de todas as grandes batalhas da revolta, Pugachev atribuiu o posto de general de brigada ao seu jovem habilidoso. No exército de Pugachev, Salavat acabou com seu pai. Juntamente com seu pai, eles o prenderam, o enviaram para Moscou e depois para o exílio eterno na cidade báltica de Rogervik. Aqui Salavat foi até sua morte em 1800. Ele não foi apenas um excelente guerreiro, mas também um bom poeta que deixou um sólido legado literário.

Suvorov

O perigo que a revolta de Pugachev escondeu é evidenciado pelo fato de que ninguém, exceto o próprio Suvorov, foi atraído para pacificá-lo. Catarina entendeu que atrasar a repressão do levante poderia resultar em sérios problemas geopolíticos. A participação de Suvorov na repressão da rebelião jogou nas mãos de Pushkin: quando ele estava coletando material para seu livro sobre Pugachev, ele disse que estava procurando informações sobre Suvorov. Alexander Vasilievich acompanhou pessoalmente Pugachev. Isso sugere pelo menos que Emelyan Ivanovich era uma pessoa não apenas importante, mas extremamente importante. Considerar a revolta de Pugachev como outra rebelião é altamente irracional; foi uma guerra civil, das quais dependia o futuro da Rússia.

Mistério envolto em escuridão

Após a supressão da rebelião e a execução dos principais participantes da revolta, Catarina ordenou a destruição de todos os fatos sobre a guerra camponesa. A aldeia em que Pugachev nasceu foi movida e renomeada, Yaik - renomeada Ural. Todos os documentos que de uma forma ou de outra pudessem lançar luz sobre o curso desses eventos foram classificados. Há uma versão de que não foi Pugachev quem foi executado, mas outra pessoa. Yemelyan foi "eliminado" na prisão de Butyrka. As autoridades temiam provocações. Goste ou não, agora é impossível provar. Meio século após esses eventos, Pushkin não conseguiu "encontrar os fins", resta esperar por novos estudos.

No mesmo tópico:

Riot Emelyan Pugachev: o que realmente aconteceu

Aqui fica a notória entrevista do professor polaco Ryszard Kaczmarek, autor do livro "Polacy w Wehrmachcie"

Pólos Byaki na Wehrmacht - 4 ()

Pólos na Wehrmacht

Yuchuhloma
3 de outubro de 2015
Primeiro, uma entrevista com Ryszard Kaczmarek, autor do livro "Polacy w Wehrmachcie", Wydawnictwo Literackie, Cracóvia. Quando traduzimos para InoSmi (ou algo assim)

Quantos ex-cidadãos da 2ª Comunidade Polaco-Lituana vestiram os uniformes de Hitler?

Não há dados exatos. Os alemães consideraram os poloneses convocados para a Wehrmacht apenas até o outono de 1943. Então, 200 mil soldados chegaram da Alta Silésia polonesa e da Pomerânia anexadas ao Reich. No entanto, o recrutamento para a Wehrmacht durou mais um ano e em uma escala muito maior. Dos relatórios do escritório de representação do governo polonês na Polônia ocupada, conclui-se que até o final de 1944, cerca de 450 mil cidadãos da Polônia pré-guerra foram convocados para a Wehrmacht. Em geral, pode-se considerar que cerca de meio milhão deles passaram pelo exército alemão durante a guerra. Isso significa que cada quarto homem da Silésia ou da Pomerânia lutou com uniforme alemão.

Na Polônia, até hoje, acredita-se que os silesianos e cassubianos, servindo na Wehrmacht, se tornaram traidores.

Para a maioria dos habitantes da Silésia ou da Pomerânia, a situação estava claramente definida: ou se alistam no exército, ou suas famílias enfrentam severa repressão, serão enviadas para o governo geral ou para campos de concentração. Depois de 1943, após a derrota em Stalingrado, os alemães iniciaram a mobilização ao máximo para compensar as perdas nas unidades da Frente Oriental. A ameaça de represálias contra as famílias dos soldados mobilizados deveria evitar a deserção.
Claro, houve aqueles que foram para a Wehrmacht por razões ideológicas. Eles acreditavam no nazismo, que junto com Hitler seriam capazes de construir uma nova Europa ariana. Mas na Alta Silésia anexada, apenas 8.000 membros foram aceitos no NSDAP, a maioria líderes da minoria nacional alemã do pré-guerra. Isso não é tanto para uma região com uma população de um milhão e meio de pessoas. Havia situações em que os pais vinham ao conselho de alistamento junto com seus filhos e pediam para serem convocados para as mesmas unidades em que serviram para o Kaiser.

Mas era possível escapar antes mesmo da mobilização.

Onde? Não foi tão fácil ir da Silésia ao Governo Geral. E como existir lá sem documentos, sem trabalho, em um ambiente estrangeiro? Além disso, sempre havia a questão do destino futuro dos parentes. Hoje é fácil fazer acusações, mas nem todos eram capazes de heroísmo.
Isso também decorre do tradicional cumprimento da lei na Silésia e na Pomerânia. As pessoas estão acostumadas com o fato de que as autoridades devem obedecer. Além disso, eles viviam anteriormente no estado alemão, e o estado polonês foi apenas um episódio de 20 anos para eles. As autoridades ordenaram ficar armadas - e eles foram.

Sem a menor resistência?

Se houve resistência, foi bastante passiva. Durante a partida dos recrutas, que a princípio eram realizadas nas estações com grande alarde, as canções polonesas eram frequentemente cantadas. Principalmente na Pomerânia, especialmente na Gdynia polonesa. Na Silésia, em áreas com laços tradicionalmente fortes com a fala polonesa: na área de Pszczyna, Rybnik ou Tarnowskie Góra. Os recrutas começaram a cantar, então seus parentes se juntaram, e logo se descobriu que durante o evento nazista toda a estação estava cantando. Portanto, os alemães abandonaram a despedida solene, porque isso os comprometia. É verdade que cantavam principalmente canções religiosas. Situações em que alguém fugia da mobilização aconteciam muito raramente.

Mas seria possível não assinar folklists. Assim como fizeram em Cracóvia ou Varsóvia.

Isto também não é verdade. Mesmo os oficiais comunistas que reabilitaram os silesianos ou cassubianos depois de 1945 entenderam que nos territórios anexados ao Reich, a listagem folclórica era obrigatória. Além disso, a própria conversa de "sinalizar uma lista folclórica" é um mal-entendido. As folhas não foram assinadas, tudo foi registrado por um funcionário alemão. Anteriormente, os moradores tinham que preencher um questionário. A recusa significava prisão, deportação e, em casos extremos, um campo de concentração. O questionário de várias páginas não perguntava sobre a nacionalidade, mas apenas sobre os ancestrais de três gerações atrás (se viviam na Silésia ou eram visitantes), qual escola as crianças frequentavam (polonês ou alemão), sobre as organizações em que eram membros, sobre dever militar, sobre prêmios. Com base nele, de acordo com cálculos muito precisos, os funcionários atribuíram um determinado silesiano ou cassubiano a uma categoria específica.

O primeiro e o segundo caíram para alemães étnicos. "Um" recebeu aqueles que eram politicamente ativos antes da guerra e "dois" - passivos. O primeiro e o segundo eram considerados cidadãos do Reich, mas com os "dois" era impossível subir na hierarquia do NSDAP. A “troika” foi recebida por pessoas “de sangue alemão”, que eram polonizadas, mas podiam ser germanizadas. Inicialmente, eles não receberam a cidadania alemã, apenas com o tempo as autoridades tiveram que determinar sua posição. "Quatro" recebeu aqueles que estavam associados a organizações polonesas. Os alemães os chamavam de renegados. Mas vale lembrar que as folklists foram introduzidas em 1941, quando o recrutamento para o exército já estava em pleno andamento.

Quando os alemães decidiram recrutar poloneses?

Imediatamente. No outono de 1939, foi realizado o chamado censo policial. Todos tiveram que decidir quem ele é: um polonês ou um alemão. Alguns meses depois, aqueles que se identificaram como alemães foram chamados à junta de recrutamento.
Foi quando as pessoas perceberam em que armadilha estavam. Durante o censo, eles foram chamados de alemães para evitar a repressão - por exemplo, o despejo de que as pessoas tinham muito medo. Ninguém assumiu que isso significava serviço na Wehrmacht. E as autoridades disseram que aqueles que se declaravam alemães estavam sujeitos à lei de recrutamento de 1935.
Volklist, de acordo com a política racial nazista, criou um caos burocrático nesse sistema, do qual os alemães não puderam sair até o final da guerra. Em 1941, foi decidido que apenas os proprietários de "um" e "dois" poderiam entrar no exército, pois eram os únicos cidadãos do Reich. Mas nas unidades do exército já havia muitas pessoas com "triplos" e até com "quatros". De acordo com a lei nazista, eles tiveram que ser liberados do serviço.

Mas o exército não quis fazer isso e, juntamente com o Gauleiter da Alta Silésia Fritz Bracht, em 1942 conseguiu uma mudança nas regras para que as pessoas da “terceira categoria” pudessem receber a cidadania com um período experimental que deveria durar 10 anos.
Chegou mesmo a situações absurdas, quando o filho recebia um “dois” e imediatamente entrava no exército, e os pais com um “quatro”, como renegados, eram ameaçados de despejo para as terras do governador-geral. Ou, em geral, lhes foi recusada a entrada na lista folclórica. O comando da Wehrmacht informou que soldados da Silésia reclamam que estão lutando pelo Fuhrer, e seus pais são privados de todos os direitos, e até cartões de racionamento são retirados. Portanto, revisões de categorias e pedidos de recommissões eram uma prática muito comum. Uma comissão especial, na qual se sentaram os mais importantes funcionários da administração alemã, considerou cuidadosamente tais pedidos até o final de 1944. Então já estava claro que o III Reich estava desmoronando, mas a Silésia estava se preparando às pressas para a defesa contra o Exército Vermelho.

E onde serviam os poloneses em uniformes alemães?

Em toda parte. Nas frentes ocidental e oriental, em Rommel na África e nos Balcãs. No cemitério de Creta, onde jazem os membros mortos do desembarque alemão de 1941, também encontrei sobrenomes silesianos. Encontrei os mesmos sobrenomes em cemitérios militares na Finlândia, onde foram enterrados os soldados da Wehrmacht que apoiaram os finlandeses na guerra com a URSS.
No começo parecia que nem tudo estava tão ruim. O primeiro recrutamento ocorreu na primavera e no verão de 1940. Enquanto os recrutas passavam por treinamento e entravam em suas unidades, a guerra na frente ocidental já havia terminado. Os alemães capturaram a Dinamarca, Noruega, Bélgica e Holanda, derrotaram a França. As hostilidades continuaram apenas na África. Na junção de 1941 e 1942, o serviço era uma reminiscência de tempos de paz. Eu estava no exército, então posso imaginar que depois de um tempo uma pessoa se acostuma com as novas condições e se convence de que é possível viver, que nenhuma tragédia ocorreu.

Os silesianos escreveram sobre como viviam bem na França ocupada. Mandavam para casa fotos com a Torre Eiffel ao fundo, bebiam vinho francês, passavam o tempo livre na companhia de francesas. Serviram nas guarnições da Muralha do Atlântico, então reconstruída. Fui atrás de um silesiano que passou toda a guerra nas Cíclades gregas. Completamente em paz, como se estivesse de férias. Até seu álbum, no qual pintou paisagens, foi preservado.
Quando Hitler atacou a URSS em 1941, as pessoas da terceira categoria da lista folclórica não foram imediatamente enviadas para o front. Eles tinham medo de desertar. Stalingrado mudou tudo.

Os velhos silesianos, que chegaram ao front oriental com o uniforme da Wehrmacht, disseram que o dia em que foram convocados para o exército foi o pior dia de suas vidas.

Porque a certa altura descobriu-se que o recrutamento para o exército significava morte certa. Os recrutas morriam com mais frequência, às vezes depois de apenas dois meses de serviço. As pessoas viram como seus vizinhos foram para a frente e como logo depois disso o chefe da organização local do NSDAP veio até suas famílias. Foi ele quem notificou a morte de pais e maridos. Ele circulou os arredores como um anjo da morte.
As pessoas não temiam que alguém os pagasse pelo serviço prestado aos alemães, tinham medo da morte súbita. O soldado alemão também estava com medo, mas no centro do Reich, as pessoas acreditavam no significado da guerra, em Hitler, no fato de que alguma arma milagrosa salvaria os alemães. Na Silésia, com poucas exceções, ninguém compartilhava dessa fé. Mas os silesianos tinham muito medo dos russos.

Eles estavam nas tropas da SS?

Claro, embora não tenhamos muitos documentos sobre esta questão. No início, apenas voluntários eram aceitos lá, geralmente membros da Juventude Hitlerista, que haviam passado nos testes raciais. Mas desde 1943, as SS começaram a interceptar recrutas da Wehrmacht. Os critérios raciais já não desempenham um grande papel. Os recrutas nem mesmo entenderam imediatamente em que parte estavam. Mas não sabemos exatamente onde e como eles lutaram.

Os dignitários nazistas enfatizaram que os soldados da Silésia eram habilidosos e corajosos.

Isso também fica evidente nos relatos do comando. Eles dizem que os silesianos são realmente bons soldados e pediram aos oficiais que os cercassem de tutela e não permitissem que fossem discriminados. E não havia problemas disciplinares especiais com eles, ao contrário dos alsacianos que serviam na Wehrmacht. Quase 5.000 silesianos premiados com a Cruz de Ferro pertenciam à terceira categoria da lista folclórica, o que significa que eles tinham cidadania polonesa antes da guerra. Várias centenas receberam a Cruz de Cavaleiro, a mais alta condecoração militar alemã.
Mas, ao mesmo tempo, vale lembrar como era a vida na frente. Um soldado acorda pensando em política? Ele acorda com o pensamento de como sobreviver até o dia seguinte. E ele respeita seus colegas, não importa de que parte da Alemanha ele venha e como ele se sente em relação a Hitler. Além disso, as pessoas da Silésia estavam acostumadas a trabalhar. Eles foram para o exército diretamente do alto-forno ou da mina, onde estavam envolvidos em trabalho físico pesado em condições difíceis. Bom "material" para serviço mortal na infantaria.

E, no entanto, não havia divisões especiais da Silésia ou da Pomerânia.

Houve uma proibição da criação deste tipo de unidades. O número de pessoas com a terceira categoria da lista folclórica não poderia inicialmente ser superior a 5% do total. Os alemães simplesmente não confiavam nos silesianos e cassubianos. Eram soldados habilidosos, mas pouco confiáveis, o que se confirmou quando começaram a passar para Anders. Além disso, eles não podem ser promovidos a oficiais não comissionados, você nem consegue se lembrar das patentes de oficiais. E sem oficiais e suboficiais, você não pode criar uma unidade militar.

A escala dessa desconfiança era grande. Os silesianos não podiam servir na Força Aérea, tropas de tanques, marinha, inteligência, guarda costeira ...

Isso foi ainda agravado pela ignorância da língua. Você não pode ser membro de uma tripulação de avião sem saber alemão. Os alemães lamentaram que isso fosse um desperdício de mão de obra, porque os silesianos, que lidavam diariamente com equipamentos complexos em suas minas ou fábricas, eram candidatos ideais para petroleiros ou pilotos. Mas em 1944 não havia tempo para lhes ensinar a língua. Então eles foram ensinados apenas expressões elementares, comandos e palavras do juramento. Chegou ao ponto em que os alemães, no final, foram autorizados a falar polonês.

Quantos poloneses morreram em uniformes alemães?

Aqui também não há dados exatos. É claro que as maiores perdas ocorreram na frente oriental, mas não podemos dizer quantos silesianos ou cassubianos lutaram lá, muito menos o fato de não sabermos o número de mortos ou capturados. Mas dado que cada segundo soldado da Wehrmacht morria, podemos supor que até 250.000 poloneses poderiam ter morrido no front.

Alguns, no entanto, conseguiram se transferir para o exército de Anders.

Sabemos o número exato - 89 mil. Alguns desertos, alguns vieram de campos de prisioneiros de guerra. Em 1941, quando uma brigada separada de fuzileiros dos Cárpatos lutou na África, eles desenvolveram um sistema especial para retirar os poloneses dos campos. Isso foi feito por oficiais que examinaram os questionários da Cruz Vermelha em busca de prisioneiros. Aqueles que eram de origem polonesa foram levados para campos separados e oferecidos para servir no exército. Os próprios poloneses não se candidataram, porque tinham medo de linchamento.

Os silesianos foram para o exército de Berling lutando ao lado da URSS?

Havia poucos desertores aqui. Os soviéticos frequentemente matavam prisioneiros, e aqueles que conseguiam sobreviver eram tratados como traidores. Stalin também tinha esse ponto de vista, que inicialmente não queria concordar com a chegada de prisioneiros de guerra no exército polonês. Mas, apesar disso, conhecemos cerca de 3 mil soldados que foram capturados na frente leste, que foram levados para a 3ª Divisão de Infantaria. Romuald Traugutt. Eles também lutaram na Muralha da Pomerânia.
Aqueles que retornaram à Polônia após a guerra tiveram que passar por um procedimento de reabilitação. Eles geralmente não tinham muito problema. Ainda assim, tratava-se de camponeses, trabalhadores, mineiros, pessoas que não estavam envolvidas na política e não causavam problemas para as autoridades comunistas.

Por muitos anos, os historiadores consideraram o tema dos poloneses na Wehrmacht como um tabu. Por quê?

Um grande papel aqui foi desempenhado pela ideologia comunista e o paradigma histórico, do qual se seguiu que os poloneses foram exclusivamente vítimas da Wehrmacht. Os combatentes escreveram memórias sobre guerrilhas ou batalhas no exército de Anders, admitindo apenas ocasionalmente que já haviam servido na Wehrmacht. No entanto, os historiadores começaram a escrever artigos sérios sobre isso na década de 1980. Paradoxalmente, há cinco anos, o golpe com o “avô da Wehrmacht” (ou seja, o boato pré-eleitoral sobre o avô de Donald Tusk, então candidato à presidência da Polônia) ajudou nisso. Desde então, o tema deixou de ser um tabu.
Outra coisa é que as pessoas tinham vergonha de seu serviço na Wehrmacht. Mariusz Malinowski fez um filme sobre o destino dos silesianos que acabaram no exército alemão. Estive na demonstração deste filme em várias localidades da Silésia. Após a exibição de "Filhos da Wehrmacht", os veteranos que falaram na frente da câmera foram presenteados com flores e parabenizados por políticos locais. Você podia ver a surpresa em seus rostos. Pelo que eles foram parabenizados? Com serviço na Wehrmacht? Para eles, foi um drama terrível, intensificado pelo fato de que, após a guerra, souberam dos inúmeros crimes cometidos pelos alemães, não apenas pela Gestapo ou SS, mas também por seu exército. Quando foram levados para a Wehrmacht, eles podiam saber dos campos de concentração, mas ninguém pensava que o exército também estivesse envolvido no genocídio. No início dos anos 40, a Wehrmacht gozava de uma reputação imaculada.

Aloisy Lysko, um dos heróis do filme de Malinovsky, passou a vida inteira procurando pelo pai, que morreu de uniforme alemão na Ucrânia. Anos depois, ele encontrou seu túmulo. E quantas pessoas assim hoje?

Podemos supor que 2-3 milhões de pessoas na Polônia têm um parente que serviu na Wehrmacht. Quantos deles sabem o que aconteceu com eles? Provavelmente poucos. Os alunos vêm constantemente a mim e perguntam como estabelecer o que aconteceu com meu tio, com meu avô. Seus parentes ficaram calados sobre isso, eles se safaram com a frase de que seu avô morreu na guerra. Mas isso não é mais suficiente para a terceira geração do pós-guerra.

Bartosz Wieliński

Tradução de Vladimir Glinsky, especialmente para a mídia2.

Um pequeno posfácio.
- isto é do autor do blog onde encontrei a entrevista.
Este não é um documento histórico, mas um artigo. Vamos estimar o grau de verossimilhança dos números.
89 mil poloneses transferidos para o Exército de Anders - uma figura dos aliados.
Daqueles feitos prisioneiros pelos britânicos, o exército de Anders entrou
Até maio de 1945 - 54.898
depois de maio de 1945 - 13.795
total de 68.693
Além disso, 15.515 pessoas não ingressaram no Exército de Anders. Junto com eles foram feitos prisioneiros pelos americanos.
Acontece que pelo menos 110.000 poloneses foram feitos prisioneiros pelos Aliados.

Pouco se sabe sobre aqueles feitos prisioneiros pelos nossos.
Há um livro do austríaco Karner "Karner" Arquipélago GUPVI ", que contém um certificado do Coronel Bulanov datado de 28/04/1956 (?).

No livro, intitula-se "Estatísticas do NKVD-GUPVI sobre prisioneiros de guerra", que informa o número de prisioneiros de guerra de cada nacionalidade registrados no GUPVI até 30/11/1956 (?). De acordo com este certificado, 60.272 poloneses foram registrados, incluindo 5 generais. Destes, 57.149 foram repatriados e 3.127 morreram. No momento da redação do certificado, 1 polonês permanecia em cativeiro, um deles era general.

A integridade desta informação é questionável. Não limpe,
se os transferidos para o exército polonês na Frente Oriental estão entre os repatriados. O autor do artigo fala de 3 mil soldados levados para uma divisão específica. Vale a pena notar que, quando cruzamos a fronteira polonesa em 22 de julho de 1944, havia 100.000 soldados no exército de Berlim. De onde eles vieram, nossas fontes são silenciosas. De uma forma ou de outra, com todas as incertezas, o número total de poloneses capturados da Polônia, feitos prisioneiros em diferentes frentes, não é inferior a 170.000 pessoas.
A esse respeito, os números estimados do artigo (cerca de 500.000 poloneses na Wehrmacht, dos quais cerca de 250.000 morreram) não parecem muito altos.

Agora sobre os poloneses que não lutaram ao lado da Wehrmacht.

Durante a CAMPANHA POLONESA da Wehrmacht em 39, a Polônia teve um exército mobilizado (diferentes números são dados, mas mais de um milhão de pessoas), das quais (supostamente) 66 mil pessoas morreram.

O EXÉRCITO POLONESO na Frente Oriental participou das batalhas no leste da Bielorrússia, na Polônia propriamente dita, na Pomerânia e no assalto a Berlim. Número até o final da guerra - cerca de 200.000 pessoas (sem unidades que estavam em processo de formação)
Perdas irrecuperáveis (mortos e desaparecidos) 24707

EXÉRCITO ANDERS - número em diferentes momentos da guerra 48.000-77.000 pessoas (depois de maio de 1945 aumentou, mas logo foi dissolvida). Participou de batalhas na Itália. Perdas irrecuperáveis, juntamente com outras unidades polonesas no oeste, foram de 3.500 pessoas (outro corpo apareceu lá mais tarde).

CAMPANHA FRANCESA 1940 Perdas mataram 1400 pessoas.

REVOLTA DE VARSÓVIA. Vários números são dados para as perdas dos insurgentes armados, geralmente 15-20 mil pessoas (as perdas da população desarmada foram pelo menos uma ordem de magnitude maior).

MOVIMENTO PARTIDÁRIO. Suas dimensões são muito exageradas, dificilmente são possíveis números confiáveis. Partidários poloneses atiraram em todos, partisans soviéticos, nacionalistas bielorrussos e ucranianos, população desleal, alemães e o exército soviético.

De uma forma ou de outra, na primeira quinzena de setembro de 1939, um milhão de poloneses participaram da guerra e na primavera de 1945 - até 400 mil. No entanto, a guerra foi longa e parece que os poloneses tiveram que lutar e morrer nela mais como parte da Wehrmacht.

-----
Sob o céu abafado da Palestina, Nas cidades barulhentas da Síria,
Aviso qvos ego Fará tremer o espírito do inimigo.

Obrigado por esta postagem: STiv

12/02/2018