Do livro de E.P. Savelyev "História antiga dos cossacos".

Pela primeira vez, estrangeiros e especialmente alemães empreenderam o estudo e a análise crítica das antigas crônicas russas, curiosamente e não dolorosas para o orgulho do povo russo.

Tudo o que se destaca na história da Rússia foi deliberadamente abafado ou distorcido por eles; eles tentaram atribuir todas as características russas à sua raça e muitas vezes tentaram tirar de nós não apenas glória, grandeza, poder, riqueza, indústria, comércio e todas as boas qualidades do coração, mas também o nome tribal - o nome dos russos, conhecidos desde os tempos antigos como eslavos.

À frente de tais críticos das crônicas eslavo-russas está August Ludwig Schlozer, que veio acidentalmente (em 1761) para a Rússia (a convite do historiador da corte G.F. Miller) e depois se tornou membro de nossa Academia de Ciências. Em sua obra “Nestor. Russian Chronicles ”, publicado em alemão e traduzido por Yazykov para o russo em 1809-1810, Schlozer, reorganizando e jogando fora palavras arbitrariamente (da lista de Ipatiev), concluiu que os varangianos eram um povo de uma tribo germânica que vivia ao longo das margens do os mares Báltico e alemão, e que os russos pertencem à mesma tribo e podem significar os suecos. As conclusões de Schlozer foram vigorosamente repetidas por seus compatriotas e depois por nossos historiadores, sem entender que eles estavam vendendo a glória de sua pátria e seu grande passado. Essa inércia e falta de vontade de entender as inúmeras fontes que falam diretamente sobre os eslavos da antiga Rússia são impressionantes. No entanto, estamos acostumados a adotar tudo inteiramente do Ocidente e a acreditar em tudo, especialmente nos alemães.

De nossos historiadores posteriores, apenas Ilovaisky se rebelou contra o schlezerianismo, ou seja, Origem germânica Russov, em sua obra "Investigações sobre o início da Rússia" em 1882, mas ainda atribuiu completamente os varangianos aos normandos, o que, como veremos a seguir, não deve ser feito. Os materiais que serviram para criar a mais antiga história eslavo-russa ficaram sob um alqueire por muitos séculos, não desmontados, examinados e não passados ​​pelo cadinho da crítica sólida e imparcial, assim como Herculano e Pompeu se esconderam sob cinzas por cerca de dois mil anos. anos. Enquanto isso, a história da Rússia eslava é tão rica em fatos que seus traços estão por toda parte, entrelaçados na vida de todos os povos europeus, com uma análise rigorosa da qual a própria Rússia avançará e mostrará todas as ramificações dessa maior tribo do mundo . Embora o caminho para isso, em sua vastidão, seja bastante difícil, já é um pouco familiar: Lomonosov, Katanchich, Venelin, Shaffarik, Savelyev - Rostislavich, Moroshkin, Nadezhdin, Borichevsky, Chertkov, Veltman, Lukashevich e muitos outros, e, vamos dizer com gratidão, não sem sucesso. Em particular, Egor Klassen trabalhou nessa questão na segunda metade do século passado e, antes dele, o pesquisador de antigos sítios arqueológicos eslavos-russos Thaddeus Vollansky. A dificuldade em estudar esses monumentos reside no fato de que o pesquisador precisa conhecer todos os principais dialetos eslavos e as mudanças que ocorreram neles ao longo dos séculos a partir do desenvolvimento interno da palavra e da influência vizinha; também é necessário conhecer o caráter, os costumes, os costumes, a vida doméstica e o movimento interno do mundo eslavo.

Sabemos que a história não deve ser tendenciosa para um determinado povo, mas não permitiremos que estrangeiros pouco informados, como os schletserianos, transformem a história russa em sátira e refutem que a Rússia desenvolveu sua força a partir da influência dos escandinavos sobre ela e que o próprio nome que ela recebeu deles, apresentaremos aqui materiais que, como dizem, os pulgões não ardem e a ferrugem não destrói. Esses materiais consistem em nomes tribais espalhados por todas as histórias e agora purificados pela crítica ao traduzi-los para o grego, romano, tártaro, alemão e escandinavo e trazidos por ela ao seu protótipo; também os nomes de cidades, folhetos vivos, assentamentos, sepulturas, tesouros, aterros, ruínas, moedas, medalhas, ídolos, armas, restos da língua eslava preservados em lugares, costumes, costumes, crenças, a ordem da guerra e a maioria importante, os restos da escrita eslavo-russa mais antiga. Esses monumentos indicam claramente que nossos ancestrais, os eslavos-russos, como povo, existiram antes dos gregos e romanos e deixaram vestígios que indicam sua existência, bem como sua arte e iluminação. Os gregos e romanos deram a muitas tribos eslavas seus próprios apelidos compostos arbitrariamente, referindo-se à localidade, ou à sua aparência, ou à severidade nas guerras, ou às suas ocupações e modo de vida. Como resultado, centenas de nomes supérfluos se acumularam na história antiga, nada significando etnograficamente; mas aqui e ali os nomes reais dessas tribos aparecem. Vamos nos concentrar principalmente neles ...

Os habitantes mais antigos da Europa Oriental, as margens dos mares Azov e Negro, partes da Ásia Menor e as estepes dos gregos da Transcaspian chamaram o nome comum dos citas e os dividiram em várias tribos [Heródoto. I-IV e VI. Yust. 1, 8. XI, 1. pág. VII e XI. Plin. Comendo. Leste e etc]. Destas tribos, as mais famosas são: Sakas, Parthians, Daves, Massagets, Varkas ou Urkis e Girki - Girkams, Skolts e Sarmatians. Davy... foram um dos principais povos citas da Ásia Ocidental e das margens do Mar Cáspio (Estrab. II, 508, 511. Plin. Est. Fontes 6, 19, 33 e 37). No século VI. BC Dagi estavam sob o domínio dos persas. Nesta época, algumas tribos Dagi deixaram seu país e se estabeleceram no bairro da Armênia. Outra parte desse povo mudou-se para Samaria (Esdras: 4. 9). Isso aconteceu, presumivelmente, depois que seus parentes, os citas, penetraram da costa do Mar Negro na Babilônia, Síria e Palestina, formando ali seus assentamentos, dos quais os gregos asiáticos conheceram a cidade de Scythopolis, no local dos judeus betesianos. A terceira parte das dags por volta do 5º c. BC, mudou-se para as margens do Mar de Azov e depois se estabeleceu na Trácia, formando lá um povo conhecido na história sob o nome de dácios ou dácios, que mais tarde se mudaram (no século VIII) para o curso superior do Danúbio. Conseqüentemente, o nome "cita" não era o nome genérico desse povo, que o próprio Heródoto admite, dizendo: "O nome comum de todos os citas, pelo nome de seu rei - Skoloty; os helenos os chamavam de citas. Os persas chamavam esse povo de Saks. Os vizinhos dos citas europeus, segundo Heródoto, eram os sármatas ou Savromats - que viviam do lado esquerdo do Baixo Don até o Cáucaso, a leste das margens do Mar de Azov, e falavam um dos os dialetos citas. Isso é evidenciado por Heródoto (IV, 117) e Ovídio. Mais tarde, depois de Heródoto, historiadores como: Estrabão (século I), Ptolomeu (século II d.C.) e outros, Yatsigov, Alan e Roksolan (Ros-Alan) pertencem às tribos sármatas. Os Yatsigs ou Adzigs são divididos em três castas: os reais, que se sentaram no Mar Negro e depois no Danúbio, os cultivadores - pelo Mar de Azov e os Yatsigs-portadores de espada (de acordo com à pronúncia grega "metanaste"). [O nome grego deste povo é traduzido pelos historiadores como Yasigi, Yatsigi, Azigi, Yazygi e Zyhi, Zikhi, Zygi e às vezes Sigi, até mesmo Tsigi, Tsingy e Tsikhi. Isso não é inteiramente verdade. Nos originais gregos, após a letra inicial A há um zeta, pronunciado como DZ. A pronúncia correta deste nome em russo será com a inicial A - Adzigi ou Adigi, que é o nome que os atuais circassianos se chamam agora, estragados sob influência turca: Adyge, Adyge e Adyge. Sem a inicial A - Jigi ou Chigi. Os Azov Yatsigs moveram-se para o oeste junto com os Roxolanos. Alguns deles, que permaneceram na Hungria, ainda existem sob os nomes de Yaschags e Rusiyaks. O lugar entre Pest e Geves é agora chamado Yaschag. Um cálice de ouro com uma antiga inscrição eslava foi escavado há 60 anos:].

De acordo com Ptolomeu, os Tagras realmente estavam naquele lugar e, como pode ser visto na inscrição acima, os Yatsigs, que Taul - zhupan (hetman, príncipe) escondeu nas montanhas das hordas de Trajano, que esmagaram as tribos eslavas ao longo este caminho. O nome "sármatas", como "citas", não era um nome próprio para este povo, mas foi dado pelos gregos pônticos, que muitas vezes encontravam os habitantes dessas áreas apenas no comércio, nos mercados públicos e, presumivelmente, não com toda a massa, mas apenas com uma conhecida corporação de industriais e comerciantes que traziam para esses mercados as obras e produtos de seus próprios países e dos países vizinhos. Tanto na antiguidade, como agora nestes mercados, ou feiras, um certo tipo de mercadores industriais localizam-se em locais separados, de acordo com os objetos do comércio, tais como: peleiros, curtidores, couros crus, sapateiros, ferreiros, peixarias, meleiros, bredniks, etc. Couro cru e peles eram os principais itens de exportação da Cítia e da Sarmácia. Os gregos os forneceram para todos os países do sul da Europa. Arreios de cavalos, escudos militares, etc. eram feitos de tais peles. Consequentemente, o apelido "Sarmatians" ou "Savromats" e "Suromats" veio de "carne crua", ou seja, fabricantes de couro cru, curtidores de couro cru [Class. Materiais para a história dos eslavos-russos. Questão II. 1854].

Diodorus Siculus diz que os sármatas vieram da Média. Eles foram transferidos para o Don pelos citas. Mas por que os gregos não os chamavam de medos, mas sármatas ou sauromatas? Venelin procurou a raiz desta palavra na língua grega e produziu a palavra "Sármata" do olho de lagarto. Outros derivaram esta palavra do persa "sar" - senhor, cabeça e "mada" - uma mulher, da dominação deste povo de mulheres. Prof. Estrasburgo. un. F.G. Bergman (1860) a palavra "Sármatas" traduz "povo do norte", de Shauro - norte e companheiros - pessoas (esteira mediana e manto antigo). Mas em relação a que tipo de pessoas eles eram nortistas - é difícil dizer. De acordo com a escrita antiga, eles viviam na nascente do Indo, então ao sul da Média, e no tempo de Heródoto na atual Transdon. Como eram chamados nos tempos antigos, não sabemos, mas apenas sabemos que Heródoto os chamou por esse nome no século V. BC, e depois dele começou a repetir esses nomes e todos os historiadores gregos. Portanto, essas opiniões são errôneas. As relações iniciais dos gregos com os citas foram nas rotas comerciais. ... Os citas, como os pastores, produziam couro cru em grandes quantidades e o vendiam aos gregos. Este produto era um dos principais ramos do comércio. É por isso que os gregos e romanos, apesar das constantes guerras com os sármatas, sempre lhes deram preferência sobre outros povos vizinhos e tentaram reassenta-los em suas posses, nem mesmo venderam os cativos como escravos, mas os prenderam ao seu ofício favorito. . Se aceitarmos isso como base, ficará claro para nós por que os antigos historiadores escreveram citas-sármatas, Wends-sarmatians, alanos-sarmatians e assim por diante. Os trácios também tinham produtores de queijo, que os gregos chamavam de eaurmatal. Em muitos lugares da Pequena Rússia, mesmo agora eles chamam syromyatnikov - syrmate e kozhemate. Os gregos não pronunciam o som Y e por isso escreveram Sarmat, Surmat e Saurmat - Saurmatai.

"Skoloty" também é uma palavra eslava-russa. No dialeto da Grande Rússia, o nome "estilhaçado" significava skolotin problemático, problemático, do verbo bater, bater junto, nocautear. Os chamados comerciantes, comerciantes, shibaev. No entanto, na Rússia existem vários rios com o mesmo nome, tais como: Skolotka (Har. lábios.). Kolota (lábios de Varsh.), Kolocha (lábios de Smolensk.), Koloksha (lábios de Yarosl.), etc. Os habitantes do sul da Rússia, segundo Klassen, são chamados por Heródoto de "chips" das palavras de apenas um governante de da tribo, com quem conversou pessoalmente. Muito provavelmente, tratava-se de comerciantes russos problemáticos, pessoas exigentes que exigiam descontos ou aumentos, como é feito agora. Heródoto também nomeou o governante desta tribo Skolot. Mas essa opinião dificilmente é correta. Afinal, nem todos os povos citas europeus que viveram no espaço do Mar Cáspio ao Danúbio e mais ao norte por 20 dias de viagem, contando o dia em 200 etapas (cerca de 640.000 sq. In.), eram mercadores e shibays, para que Heródoto os chamasse desse nome aleatório. Vamos procurar outra explicação para esta palavra. Embora, é claro, todos os nomes abaixo sejam substantivos comuns. Como prova disso, citaremos vários nomes aleatórios dados pelos gregos e romanos aos povos do atual sul da Rússia e derivados da ocupação dos habitantes e dos objetos de seu comércio, bem como das roupas e sapatos eles vestem.

Alane - criadores de gado, pastores de "Alan" - pastagem, em Tver, Novgorod, Smolensk e outras províncias. Zipani, sipani - zipunnnki - Zipani, Sipani. Kakats de kakata - sapatos de casca de bétula - Zaccati. Kisyni de gatinho - botas de rena - Kissini. Kurpinniki de kurpins - sapatos de fibra de flocos - Carpiani. Kurp - usar ou vender sapatos com fivelas - Carpi. Luntainiks - usando botas de pele de veado - Lantani. Malachainiki - Malachita. Melanchlani vestindo capas pretas - Melanchlani. Narynians de Nyara - botas de feltro, Neuri, Nerinani. Strusni usando sapatos com orelhas - Sturni, Strusi. Harpiniks vestindo caftans cinza - Carpagi. Chepans vestindo cossacos, zhupans - Cepini. Shabura vestindo vestes grossas de linho - Sabiri. Caolho - Arimaspi - Krivichi. Budins, do pequeno russo "budin" - horomina, morando em casas de madeira - Budini. Noivos - Coniochos e Heniochi - titulares de freio. Volynians, homens livres - Valoini, Vulini, Vulni. Imundo - Pagani, etc. [Em muitas áreas da Rússia, bem como entre os camponeses do Don, a palavra “volyn” é frequentemente usada - liberdade, desobediência às autoridades, rebelião. Volyn - ser obstinado, numa linguagem infantil - brincar.] Centenas de tais povos imaginários com nomes corrompidos na boca dos gregos e romanos podem ser citados. Ainda mais tarde, os gregos, romanos e depois os germânicos alteraram os nomes próprios dos eslavos e suas cidades para além do reconhecimento; por exemplo: Svyatoslav - Svendosflav, Yaroslav - Iarysleif, Igor - Ingor, Volodar - Baldur, Ratibor - Radbiart, Novgorod - Nemogarda e Nowago, Rybinsk - Kibinska, Kizlyar - Kitzlar, Ustyuzhna - Ustezna, Kozlov - Kolzof, Ryazhsk - Rask, Kiev - Kuiada e Kioabu (Konst. Bagr.); Murom - Murow, Vyshgorod - Wusegarda, Msta - Mstva, Smolensk - Milinisk, Ochakov - Axiake, croatas - Chrodati, convidados - Gosi; Akhtyrka - Aqathyrska, Bel-deus - Biabog, machado - Saqaris, Uglich - Aulisch, etc. Os gregos (Konstantin Porphyrogenitus e outros) distorceram tanto alguns dos nomes de cidades e vilas que nem o próprio Schlozer se atreveu a explicá-los e colocar pontos de interrogação sobre muitos, e ainda assim essas cidades estavam localizadas em algum lugar perto de Kiev, Smolensk e Novgorod. É assim que muitas tribos supostamente heterogêneas habitavam as atuais terras eslavas. Se adicionarmos a isso os nomes aleatórios dessas tribos, que se originaram de seu local de residência, como: Zagortsy, Podgortsy, Nagortsy, Porechan, Zarechan, Brezhan, Pomoryan, Zalesyan, Drevlyan, Ozeryan, Ucranianos, etc., quais nomes os gregos deram por si próprios, então não há como, sem crítica estrita, chegar à verdade.

Assim, os gregos, e depois deles os romanos, chamavam os habitantes do atual sul da Rússia e da Ásia Ocidental pelo nome comum dos citas: citas, sketes, scoots, scyuts, scyths, scyuf e scyut (levemente e chud), da forma original deste nome, conhecido na época de Homero (Odiss. 14, 34), Scvtos e Scutos, que significa pele (cutis) entre os gregos do Adriático, e couro cru ou couro cru (gado) entre os gregos pônticos - escudo, latim. scutum, já que essa arma de defesa era feita dessas peles. Os gregos não tinham o som "u" em sua língua e o pronunciavam como "sk" e, portanto, escreviam em vez de "escudos", ou seja, escudeiros, sketes e citas, enquanto os romanos em vez de "u" escreviam "sc" e pronunciavam "scytes", etc. Consequentemente, os gregos e romanos chamavam todas as tribos eslavo-citas de escudeiros, escudeiros, uma vez que essa arma militar, segundo muitos escritores antigos, foi inventada pelos citas. Isso também é confirmado pelos baixos-relevos persas da época de Dario, nos quais os citas são retratados com escudos e os guerreiros persas sem eles. Sármatas ou Syromyaty e citas são sinônimos do mesmo nome original, mas apenas em dialetos diferentes: é por isso que muitos historiadores antigos costumavam escrever citas-sármatas, sármatas da tribo cita, etc. O nome de uma das tribos citas skoloty também significa escudeiros ou escudeiros, do persa kala, Khazar kel, nossa rocha (skel comum), gótico skildus, litas. skyda, scyld anglo-saxão, norma. skiodr, sueco skold - escudo, proteção. Entre os citas, bem como seus descendentes - os eslavos, o escudo era um símbolo da proteção do poder. É por isso que Heródoto afirma que "chipped" era um nome real e que os citas, que estavam cientes de sua superioridade, eram chamados de "citas reais". Skolots viviam na costa do Mar Negro e na Crimeia. Eles tinham colônias gregas costeiras como afluentes, entre os quais Olbia (F.G. Bergman. Scythians. Halle. 1860. Traduzido por V.A. Kansky).

Todos os nomes dados do povo cita são substantivos comuns. O nome genérico de todas as tribos eslavas é "Ross", encontrado desde os tempos antigos em toda a Europa Oriental, do Mar Báltico ao Mar Negro e do Mar Cáspio à Ásia Central, até o Egito. Este nome é encontrado na forma completa e abreviada: Rossy, Rozzy, Ruzzy, Resy, Ras, Aorsy, Rsi, Rsa, Rsha, Rasy, Rosha, Raza, Razena, Roksy, etc. [Sobre o príncipe do norte Rosha ou Rosa diz o profeta. Ezequiel, cap. 38 arte. 2 e 3 e cap. 39 arte. 1. Sobre a invasão do norte dos citas, um povo antigo e forte, diz o profeta. Jeremias no cap. IV, art. 5-29 e cap. VArt. 15–17.] Em conjunto com outros nomes: Attorosi, Khazirozzi, Sebbirosi, Alanorsi, Roksolane, Porsi, Parsi, Geta-Russy, Uni-Rosi, Udi-Rosi, Udin-Rosi, Savvei-Rosi, etc. [Estudioso bizantino do século X. Svidas e alguns outros escrevem "Skufis o Ros", ou seja, Citas ou Rosses. Eratóstenes (século III aC) afirma que o país e o povo de Ros foram nomeados citas de outros povos.] Lugares e rios ocupados pelo Ross: r. Rsa ou Raça (na Antiga Tróia); Rsa - r. Araks, em árabe El-Ras, em Mongol Orsay e Rakhsa, em grego Rasa e Oros; Jaksart ou Syr Darya, nos tempos antigos - Raça; O Volga também se chamava Rasa e Rsoyu; R. Rusa ou Porusie, em Novgorod. lábios; R. Ros, fluindo para o Dnieper; R. Rusa na Morávia; R. Rusa, o ramo direito do Neman; Mar Negro - Mar da Rússia. O Don, como o Volga, era chamado de rio russo pelos árabes, os gregos e romanos chamavam os eslavos: Stavani, Stlavani, Swoveni, Slavi, Slavini, Sklavini, Sklava, etc. Em todos esses nomes, a letra dominante é "a". Consequentemente, o nome do povo "eslavos" é um substantivo comum e vem de "glória". As eternas guerras dos eslavos com os romanos, que tentavam conquistar suas terras, transferiram o nome "sklava" para os prisioneiros de escravos de guerra, razão pela qual estes últimos em Roma começaram a ser chamados por esse nome em geral. Mas isso não impede de forma alguma que o nome dos eslavos seja derivado da palavra "glória". Os eslavos nunca emprestaram seus próprios nomes de povos estrangeiros, como os alemães: Ratwald - Rodovlad, Ragnvald - Rogovlad ou Rogvold; Velimir - Volimir, Zventibold - Svyatopolk e muitos outros, mas eles tinham seus próprios e produziram o melhor de "glória" e "honra", em geral de qualidades notáveis, por exemplo: Bretislav, Boleslav, Bureslav, Boguslav, Vladislav, Vretislav, Vseslav, Wenceslav, Vyacheslav, Vratislav, Gremislav, Dobroslav, Bueslav, Razislav, Lyuboslav, Mstislav, Mecheslav, Miroslav, Primislav, Rostislav, Svyatoslav, Bueslav, Sulislav, Sobeslav, Sudislav, Dobromysl, Slavomysl, Slavolub, Slavomir, Unislav, Yaroslav, Preslav, Zaslav, Chestibor e muitos outros. Heródoto traduziu a palavra "eslavos" em grego: alazons e avkhetians - glorificado.

A antiga Mísia e a Macedônia, como veremos a seguir, eram habitadas pelos eslavos. As tribos Pelasgo-Thracian eram eslavas (pesquisa de Chertkov) [Segundo Geiger e Grimm, os orakians chamavam de centeio briza. Em algumas áreas da Pequena Rússia, o centeio é agora chamado de britz; no Don, a grama é chamada breezy - wheatgrass penteada da raça cereal.]. Após a queda do reino macedônio, uma parte dos macedônios por volta de 320 aC mudou-se para o mar Báltico; esse povo ficou conhecido sob o nome de Bodrich, mantendo até a queda do brasão de Alexandre, o Grande, representando um bucéfalo e um abutre. Os Bodrichs falavam a língua eslava e, a partir do ataque dos alemães, mudaram-se para Ilmen e Lovat, onde fundaram Novgorod e Pskov por volta de 216 aC (Ptolomeu). Eslavos de todas as idades se chamavam orgulhosamente por esse nome. Somos eslavos, ou seja, amantes da glória, diziam. O nome genérico desse povo, como mencionado acima, era Russy ou Rossy, ou seja, adoradores de orvalho, água. Consequentemente, nem os citas-Skolos nem os sármatas existiam como povos separados. Esses nomes foram dados por acaso aos eslavos - Rosses dos escudos de couro que usavam há 24 séculos pelos gregos e, depois, repetidos por muitos séculos por historiadores e geógrafos, finalmente desapareceram completamente do uso como supérfluos.

Quem ler estas linhas perguntará quão ingênuos, segundo o autor, foram os grandes Heródoto, Estrabão e outros historiadores gregos e romanos, que tão imprudentemente apelidaram o grande povo eslavo-russo com nomes aleatórios que não eram característicos deles. Sim, de fato, neste caso eles eram ingênuos, como os estrangeiros são ingênuos até agora, quando se trata do povo eslavo-russo. Quem quiser conhecer superficialmente alguns livros didáticos alemães sobre a história e geografia da Rússia dos séculos XVIII e passado ficará surpreso ao descobrir neles que sob a palavra "muzhik" - Muschiks - os alemães entendiam um servo, sob o cabeça - a cabeça dos rebeldes, sob a palavra trabalho - corvéia; Kozma Minin eles têm um rebelde russo, pulq - um ramo dos cossacos, Baba Yaga - a deusa da guerra entre os russos; na Rússia, segundo os alemães da época, existem três raças de cavalos: um cavalo, um cavalo e um nag; ou: na Rússia eles aquecem o ar colocando fogo nas ruas, e assim por diante. O que é isso? Ingenuidade, ignorância ou apenas uma zombaria dos russos? Na geografia comercial de Christiani (século XVIII), a cidade de Arkhangelsk está localizada na província ocidental de Dvina. Províncias orientais: Pole, Mordva, Ustyug, Vyadsky, Peyorsky, Obdorsky e outras Derbent fica na terra dos Samoiedas. Petersburg está localizada nos rios: Don, Ob, Dvina, Volga, Dnieper e Neva. Essa geografia chegou a ter duas edições. Que precisão na descrição dos povos devemos exigir dos antigos gregos, acidentalmente abandonados nas costas setentrionais de Pontus e Maeotida? Vamos dar mais dois exemplos da ingenuidade de cientistas estrangeiros que visitaram a Rússia e o Don no final do século XVIII e na primeira metade do século XIX. O famoso escritor francês Alexandre Dumas père escreveu em seu diário de viagem que viu como os cossacos comiam velas de sebo e “bebiam vodka sob a propagação de cranberries”. O cientista Pallas escreveu em 1773 que tinha visto Elbrus de Starocherkassk e que esta montanha também era visível de Sarepta. Na realidade, isso não poderia ser, desde os lugares nomeados para Elbrus cerca de 700-800 verstas.

Schlozer argumenta que os eslavos-russos do século IX. eram nômades. Enquanto isso, o geógrafo bávaro em 866 conta até 4.000 cidades entre os eslavos, 148 cidades entre os Unns-Rosses, 180 cidades entre os grandes russos (Vuillerozi), 212 entre os sabeianos russos, 250 entre os cazar-ross, etc. Procópio e Maurício no início do século VI. eles dizem que os eslavos vivem em cidades e aldeias e estão envolvidos na agricultura, artesanato e comércio. Tácito em 60 d.C. escreveu que os alemães ainda não conheciam as cidades, enquanto os eslavos construíam sólidas casas de madeira e cidades fortificadas. Os escandinavos chamavam a Rússia (Ruszaland) de reino das cidades - Gaardarikr. O nosso cronista Nestor diz o mesmo. Schlozer, que escreveu comentários sobre Nestor, não pode ser suspeito de ignorância. Então o que é? Apenas na intenção maliciosa de menosprezar, humilhar os eslavos-russos que o abrigaram e lhe deram o título de membro de sua Academia de Ciências. Todos os historiadores e geógrafos medievais chamavam a Rússia de país de cidades e nosso acadêmico do final do século XVIII. chamou-lhe o país do povo errante. Os historiadores antigos nos dizem que os citas, sármatas, yatsygs, roxolanos e alanos são um e o mesmo povo. Mas qual é o nome da raiz desse povo que habitou a Rússia atual desde os tempos antigos? Heródoto diz que os sármatas são uma tribo cita. Ptolomeu (século II d.C.) chama os eslavos e alanos de citas e os mesmos eslavos e alanos de sármatas; ele também diz que os citas são uma tribo sármata. Plínio (século I d.C.) chama os cazares - citas, sérvios - sármatas, roxolanos - alanos. Estrabão (século I) sármatas - citas, roxolanos - alanos. Gregos - de acordo com Nestor - eslavos citas. Svydas e geografia antiga - Russov pelos citas. Konstantin. Bagr. (X c.), Anna Komnena, Leo, o Diácono e Kinnam - Russov Scythians; Marciano de Heráclio - Alanos pelos sármatas, Chalkokondyla - Russ pelos sármatas; Procópio - os Wends pelos sármatas, Diodorus Siculus (século I aC) - os assírios e os medos pelos sármatas. Nas tabelas de Peutinger, os Vedas (as margens do Mar Báltico) são chamados de sármatas; em Skimnos de Quios e no Périplo do Ponto de Euxinus, os alano-russos são chamados de sármatas. Adão de Bremen - os Wends pelos citas, e o Papa Silvestre II - pelos sármatas, Kluuverius - pelos Wends e eslovenos - pelos sármatas, Iornand (século VI) dos eslavos pelos sármatas e pelos godos - pelos eslavos . Anton - Budinov, Roksolan e sérvios - sármatas. Shaffarik - Roksolan, Alans e Yatsig - Sarmatians. Amian Marcellinus e Beato Jerônimo - Yatsigs, Pannonians - Sarmatians; história georgiana antiga - Alan Rossami. Procópio - Antes e Eslavos - Alanos, Prisk (século V) - Aorses (que viviam a leste do Mar de Azov) - o povo sármata-cita. Segundo Heródoto, os citas adoravam a espada, na forma do deus da guerra. De acordo com Clemente de Alexandria, os sármatas também adoravam a espada como um deus da guerra. Segundo Nestor, os russos veneravam a espada como o deus da guerra. "Pequenos Aorses", i.e. A Pequena Rússia, escreve Estrabão (L. XI, p. 506), descendia, com toda a probabilidade, dos Grandes Aorses que viviam ao norte. Pequenos Aorses podiam colocar 200.000 cavalaria. Os grandes são incomparavelmente mais.” Quase todos os historiadores chamam os hunos de citas. Getae, Massagetov, Tiragetov, Tana-Getov e outros.Além disso, quase todos os historiadores gregos chamam ou citas, depois sármatas, depois alanos, depois russos, por exemplo. Geta-Rosses. Todos esses povos, de acordo com escritores gregos e romanos, falavam eslavo ou russo, mas apenas em diferentes dialetos.

Se considerarmos todos os nomes próprios como pertencentes a povos individuais, então temos que admitir que há expressões na história que testemunham a completa ausência de lógica, assim como exemplos de absurdos, como por exemplo. o povo cita que vive na Sarmácia européia, uma tribo eslava, ou os citas da tribo sármata, e os sármatas do cita, etc.

De acordo com Estrabão, os roxolanos viviam entre o Dnieper e o Don e eram um povo numeroso e corajoso que podia reunir até 50.000 ou mais cavaleiros bem armados. Plínio, Tácito e Ptolomeu, assim como Iornand, indicam o local de residência desse povo no mesmo local que Estrabão. Plínio os reconhece como um povo relacionado aos alanos: portanto, Roksolani é o mesmo que Rossy-Alanos; Ilovaisky também chegou a essa conclusão em suas "Investigações sobre o Início da Rússia". Tácito (século I d.C.) classifica Roxolan entre os sármatas e descreve sua participação na batalha desta forma: “Os sármatas ouviram mais de uma voz do líder; todos se incitam a não permitir o lançamento de flechas, dizendo que uma batalha deve ser evitada com um golpe rápido e combate corpo a corpo ... Os sármatas, deixando o arco, que são bons de perto, avançaram com longas lanças e espadas ”(Anal. VI, 35). Em outro lugar, o mesmo historiador diz: “É incrível que a coragem dos sármatas esteja, por assim dizer, fora de si. Ninguém tem tanto medo de combate a pé quanto eles; mas quando eles fazem um ataque com lava, dificilmente qualquer formação pode resistir ”(História, I, 79). Arriano (século II d.C.) em suas “Táticas” sobre os métodos militares dos sármatas diz: “Os lanceiros se aproximaram das fileiras inimigas e contra-atacaram com lanças” ... ou: “eles expulsaram o inimigo com lanças quando atacados, como os alanos e sármatas” (IV, 3). Amiano Marcelino em 358 d.C. diz que os sármatas tinham lanças longas e que seu grito de guerra era a exclamação “Mara! mara! ”, que significava morte [Mara, pestilência, mer, morreu - têm a mesma raiz. Os Don Cossacks das aldeias mais baixas e os Little Russians têm uma expressão de palavrão: “Mara leva você”, ou seja, morte. Entre os antigos assírios, babilônios e persas, “a” e “e” eram pronunciados com indiferença, ou melhor, tinham um som médio: Beel - Baal ou Baal, Marduk ou Mardukh - o espírito dos mortos, o principal deus da Babilônia . Balta da Ossétia, lituano - baltos, branco. Naboo perso-babilônico - céu. Baltasar é o rei branco. Sar - ser, ou seja, rei, mestre.] Os historiadores dados chamaram esse povo de "sármatas" de acordo com um antigo hábito, pois ao mesmo tempo eles, assim como outros, são chamados de "roksolans", ou seja, Alans-Rosses e é descrito como um povo de pastores. Os sármatas da época do Reino do Bósforo (século I) uniram-se, segundo os historiadores romanos, em um povo forte sob o controle dos "spadines", ou seja, os sármatas. senhor.

O último dos autores da antiguidade sobre os Roxolani é mencionado pelo historiador gótico Iornand (século VI). Segundo ele, esse povo permaneceu dentro dos mesmos limites que lhe foram atribuídos por Estrabão: portanto, não foram levados para o oeste pelo movimento huno. Vístula e Neman (crônicas prussianas). Roxolanos já são chamados de Russes lá. Ao mesmo tempo, a Rússia do Dnieper, do Mar Negro e dos Cazares também emerge no campo histórico. Historiadores árabes dos séculos IX e X. Ibn-Dast, Mukadesi, Masudi e outros falam diretamente da Rússia vivendo ao longo das margens do Mar Negro em uma ilha arborizada e pantanosa, bem como na terra do rei Khazar; que deste povo, falando a língua eslava, são recrutados destacamentos para o seu exército e que os russos habitam toda uma parte da capital de Itil ou Atel (na foz do Volga). Ilovaisky forneceu muitos dados convincentes sobre a escravidão da Rússia do norte e do Báltico em sua “Pesquisa sobre o início da Rússia” e Yegor Klassen em “Materiais para a história dos russos eslavos”, edições I e II. Aqui nos limitaremos a algumas indicações que esclarecem mais claramente essa questão.

Russy e a cidade comercial de Rusa, nas margens do Mar Báltico, são mencionadas já no século IV. AC Este é escrito pelo grego Pytheas, que visitou esses lugares em 320 em um navio junto com mercadores gregos. Depois disso, com base em crônicas antigas, os historiadores escandinavos falam dos Russes do Báltico: Torfey (norueguês), Johannes Magnus (sueco) e Saxon Grammatik (dinamarquês). Saxo Grammaticus (d. 1208) diz que no 1º c. Segundo R. X., o rei dinamarquês Froton 1º derrotou o czar russo Trannor em uma batalha naval e tomou sua cidade de Rotala, na Livônia, e Peltisk (Polotsk), a capital de Vespasius, outro czar russo, conquistou o país de alguns outros Czar Gonduvan e casou com sua filha. No século III. sob Froton 3º, os russos e os hunos atacaram a Dinamarca: o rei dos russos, Olimer, comandava a frota, e o rei dos hunos, o exército terrestre. No século 1 o governante norueguês Gulfdan lutou nas terras do leste da Rússia e da Livônia, matou o rei eslavo-russo Sigtryg em um duelo e se casou com a filha de outro rei russo Eymund [História da Noruega, I. 175. Torfey.]. No século II. Goter, filho do rei sueco Gotbrod, morreu em batalha com Boy, filho da princesa russa Rynda. O filho de Goter e seus sucessores tiveram muitas guerras com os russos ao longo do século II. (Saxo Gramática). O rei sueco Gotebrod alguns anos antes de R. X., lembrando a violência cometida pelos russos na Suécia, e reunindo um exército significativo de suecos e godos, entrou na Rússia, espancou muitos russos e os obrigou a prestar homenagem a si mesmos. Seu sucessor começou novamente a guerra com os russos. (Johannes Magno). O rei Velimir dos godos em nossa época declarou guerra ao czar russo Gervif, derrotou-o e impôs tributo à Rússia. Mas logo Gervif expulsou os godos (Magnus). No século VI. O rei sueco Ingvar conquistou a Estônia e se mudou para a Rússia, mas foi morto lá. (Saxo Gramática). Klassen diz que na propriedade de F.N. Glinka, na província de Tver, existem pedras antigas com inscrições; uma fotografia de um deles foi enviada à Sociedade de Antiguidades de Copenhague; lá eles lêem a seguinte inscrição: “Aqui Ingvar é erguido em escudos”, que significa: reconhecido como rei. Os cronistas também falam do príncipe pomerano russo Ratibor, que deu sua frota para ajudar o rei dinamarquês Gildestand a exterminar os piratas do mar. As sagas islandesas mencionam o famoso governante russo Zigurlam ou Chigurlam, que, segundo Torfey, viveu no século III aC.

Os dados fornecidos comprovam claramente que no atual noroeste da Rússia e ao longo das margens do Mar Báltico, os russos viveram desde tempos remotos, constituindo vários estados independentes e fortes, que não eram dinamarqueses, nem noruegueses, nem suecos, pois tinham inimizade constante com eles. O mesmo é dito pelos historiadores citados acima.

Os godos também não são classificados entre os suecos ou os dinamarqueses, pois sempre lutaram em aliança com os russos contra os suecos, ou em aliança com estes contra os russos. Saxo Grammatik diz ainda que Ivor (um eslavo veneziano) no século VII. conquistou a Dinamarca e a Suécia, depois matou seu genro Rerik (também Wend), que reinava na Zelândia, que na época era habitada por eslavos. A filha de Ivor Ovda com seu filho Harald fugiu para o príncipe russo Radibrat e se casou com ele. Harald, com a ajuda da frota russa, ascendeu ao trono dinamarquês. Consequentemente, os russos tinham uma frota muito forte no mar Báltico e possuíam, como veremos a seguir, ambas as margens desse mar. Essa. oeste e sul. Os russos eram eslavos: ocupavam apenas todas as terras que eram habitadas por esse povo. Em suas terras havia cidades: Staraya Russa, Novaya Russa entre os ramos do Neman, dos quais o direito ainda se chama Russoyu, e a área costeira adjacente era chamada Porosi, segundo Pythea - Rusnei; Rusislava é o atual Roslau no Elba (Labe). Ao longo da costa sul do Báltico, muitas cidades e aldeias ainda têm nomes eslavos-russos. Os vestígios dos Russes também são visíveis nas margens norte e oeste deste mar; assim, por exemplo, Reskild, o lugar onde viveu o historiador Saxon Grammatik, na tradução do nome deste lugar significa: “uma estaca para os Russes”, ou seja, havia um local de execução para os russos; Roslagen, ou seja, o acampamento nômade do Russ, uma área na costa de Uppland, na Suécia. Que os russos-eslavos possuíam as costas ocidentais do Mar Báltico é evidenciado pelo historiador do século 11. Adão de Bremen; ele escreve que na cidade de Uppsala havia um ídolo eslavo dourado do deus Radegast, ou seja, Convidado de rádio, patrono do comércio e dos comerciantes (convidados). Radegast - convidados felizes. Em outros lugares, ele afirma que o templo de Uppsala era feito de ouro. Outro templo para esse deus ficava na cidade de Retra, na costa sul. Na ilha de Rügen, habitada pela tribo eslava dos Rans, famosa pela riqueza, navegação e comércio, na cidade de Orekunda ou Orekonda, na Península de Vitov, havia um templo do deus amplamente glorificado e reverenciado Svyatovit ou Sventovit . O templo de Sventovit na cidade de Svyatograd ou Sventograd foi destruído em 1168 pelo rei dinamarquês Valdemar I. Muitos dos tesouros deste templo ainda estão no Museu de Antiguidades do Norte de Copenhague. As ruínas do Kremlin de Svyatograd ainda são visíveis perto da cidade de Arkona. Sobre. Ryugen, em eslavo - Ruyan, na cidade de Stopen-stone (agora Stubenkammer) também havia três templos reverenciados: Svarog, Volos e Perun [Svarog ou svarozhich - o deus do fogo (do sânscrito svarg - céu, ou seja, nebovich). Dietmar, bispo de Merseburg (975-1018). VI, 17. Pertz "Scriptores", p. 812. Compare: o eslavo Svarog, o hindu Svarga, filho da rainha massageta Tamirisa, que lutou com Ciro, - Svargapis, o rei dos Agathirs (tribo cita) também é Svarganis, de Svarog - o deus do fogo e api - terra, entre os citas de acordo com Heródoto. De acordo com escavações na Etrúria (Itália), os etruscos também chamavam a terra de ani. Para os egípcios, o touro Apis personificava o poder da terra. Serápis - deus, rei da terra.]. No templo de Volos, foi mantido um bipé dourado que caiu do céu para Mikula Selyaninovich. Outro em Mikul-bor, atual Mecklemburgo. Tácito fala (Alemanha, cap. XL) sobre o culto dos eslavos na ilha de Rügen à deusa da terra - Matkazem (Gertha). Uma preciosa estátua desta deusa com uma foice na mão direita e um feixe de varas de ouro com orelhas de âmbar na mão esquerda foi transportada em uma carruagem pelas aldeias da primavera até Kupala. Os alemães agora chamam os restos deste templo de Hertaburg [Celebração de Kupala e agora é realizado com muitos rituais na Prússia, Pomerânia e outras terras alemãs como uma relíquia do paganismo eslavo, herdado de seus ancestrais germânicos - os eslavos. "Canção ritual da primavera no Ocidente e entre os eslavos". E.V. Anichkov, São Petersburgo, 1903, parte I.].

Os schletserianos objetam que os dados históricos fornecidos por Dietmar, Torfey, Saxo Grammaticus e Johannes Magnus sobre os antigos eslavos-russos foram pouco verificados pela crítica histórica e, portanto, são, por assim dizer, contos de fadas vazios. O que importava? Por que os críticos ainda estão em silêncio? Aparentemente, eles não estão à altura da tarefa de refutar esses dados. As autoridades dos historiadores nomeados falam por si: Dietmar foi bispo de Merseburg (nascido em 975), Saxo Grammaticus foi reitor de Reskild (falecido em 1208) e Magnus arcebispo de Uppsala (nascido em 1488); além disso, eles escreveram a história não da Rússia, mas da Escandinávia, portanto, não se pode suspeitar de predileção deles. Sob suas mãos eles tinham lendas, sagas e crônicas sobre a vida dos povos antigos que habitavam as margens do Mar Báltico. Suas narrativas históricas também são confirmadas por escavações arqueológicas.

A principal ocupação dos russos de Novgorod e Primorye era o comércio com os países vizinhos. Mercadorias asiáticas foram entregues lá pelo Volga e rios que deságuam no Golfo da Finlândia. Para proteger as caravanas comerciais do ataque de ladrões, os russos tinham numerosos e bem armados guardas fluviais e marítimos, chamados "varangianos", do verbo eslavo variti - antecipar, avisar e cozinhar (em cirílico) - eu dirijo; ferver - nadar nas águas. Ditmar (Chronicon) diz que os eslavos de Bodrichi tinham guardas armados especiais que vigiavam a integridade dos bens; que seus bens eram chamados de vara, para guardar – Gaich ou Vetiti, daí os guardas – Varagayche e Varavetniche. Entre os Wends, o protetor dos bens era chamado vooragai. Consequentemente, os varangianos não constituíam nenhuma nacionalidade separada, mas simplesmente era uma casta especial de militares cujas funções eram proteger os navios mercantes do ataque de piratas do mar, chamados vikings no mar Báltico, e nos rios russos conhecidos como "Polyanitsi ". Os varangianos aceitavam pessoas de comprovada coragem e honestidade. Os líderes dos esquadrões varegues eram chamados de príncipes, cujo título é encontrado apenas entre os povos eslavos, mas não alemães. Na província de Tambov. “cozinhar” significa se envolver em um comércio de entrega. Em Moscou, os "varegues" eram chamados de mercadores hodeb. O ditado "cheio de variazhnichat" - pare de barganhar. Nestor diz (a mais antiga lista Laurentian) que os varangianos eram: Rus, Svee (suecos), Anglianos, Ourmans (Nordmans) e Gte (Geta ou godos), ou seja, que entre os eslavos-russos, os guardas das caravanas de comércio eram os varangianos - Rus, e outros povos tinham seus próprios guardas, que tinham (de acordo com Nestor) também um nome eslavo, de acordo com o domínio dos eslavos no mar Báltico, e talvez algum outro que Nestor não conhecesse, e por isso chamou a propriedade desse nome eslavo comum. Esta última opinião é mais provável, pois nem os historiadores escandinavos nem os dinamarqueses dos varangianos como classe militar sabem, pelo menos não dizem uma palavra sobre eles. Varangians-russos no século 9. ainda dominava as margens oeste e sul do Mar Báltico, mas a principal rebentação estava em Novaya Russa, no delta de Neman. Desta propriedade, os novgorodianos com povos vizinhos em 862 elegeram um príncipe para si. Portanto, não importa de onde Rurik e seus irmãos venham, seja da costa sueca do planalto, que pertencia aos russos, ou do sul, não importa para nós, mas que ele e seu esquadrão eram eslavos, sem dúvida. Os suecos nunca se chamaram Russ, e ainda mais “Varangians-Russ” [Os finlandeses chamam os suecos e noruegueses Ruossi ou Ruoci, por hábito antigo, pelo domínio naquelas margens da antiga Russ. ]. Os historiadores escandinavos não dizem nada sobre o chamado dos príncipes e não conhecem Rurik. Apenas um de nosso cronista Nestor fala sobre eles. Para nós, isso é muito importante, pois este evento diz respeito apenas aos russos, e a mais ninguém. O atual Koenigsberg, o antigo Krolevets, está localizado no rio. Rerik fluindo do lago de mesmo nome. O nome Rerik no dialeto dos eslavos luticianos que viviam neste rio significava um falcão. A capital dos eslavos de Bodrichi, Rarog, significava um falcão. Mecklemburgo, o antigo Mikluhin-boro, que ainda era eslavo, chamava-se Rurik e também significava um falcão. Entre os Drevans, o falcão era chamado Rurik, entre os Pomeranos, Rurik, e entre os Lusatians superiores, Rurke. O nome de Rurik também foi levado pelo irmão do príncipe soberano da Boêmia (História da Boêmia. Palatsky). Os nomes da águia e do falcão foram usados ​​pelos eslavos desde tempos imemoriais como epítetos da juventude. Os historiadores latinos Latom e Khemnitsky chamam Rurik de neto do príncipe Bodrichi Vitislav, de seu segundo filho Godolub. Sineus - Bigode azul, como Guid, Conde de Bouillon, foi apelidado de barba branca, Frederico I de barba ruiva, Harald III, o rei dinamarquês, - Dente azul, Henrique - Barba azul, etc. Trubor, Sambor também são nomes eslavos do norte. Trubor - sopre na floresta, caçando na buzina. A saga Edda Snorre diz que a pátria dos heróis escandinavos, ou melhor, bálticos, era o país de Svitiod, Svidura, ou seja, país de luz, sol, sul. De acordo com outras sagas, esses heróis eram "ases" que se mudaram para lá por volta do século I aC. das margens do Mar de \u200b\u200bAzov (A Saga de Fridtjof the Bold. Tengger). Neiman acredita que os varangianos também vieram desta antiga pátria de Odin ou Wodan. Os varangianos rasparam suas barbas, deixando bigodes; assim é retratado em nossas imagens genealógicas, bem como no bracteato de ouro armazenado no Museu de Copenhague e Rurik.

Em vão os normandos, os seguidores de Schlozer, estão tentando provar que os nomes dos 40 líderes russos mencionados nos tratados de Oleg e Igor com os gregos são germânicos. Este é um trabalho inútil. Esses nomes são todos eslavos, das margens do Mar Báltico. Ilovaisky já trabalhou nisso com sucesso em suas "Investigações sobre o Início da Rússia". E que os alemães adotaram e se apropriaram de muitos nomes eslavos, os alteraram e distorceram além do reconhecimento, então isso é verdade. Aqueles que desejam comparar os dicionários de russo com folclórico alemão, francês e inglês, além de italiano, ficarão surpresos ao encontrar neles mais de cem palavras com raízes eslavas. Este legado foi deixado pelos nossos antepassados ​​como o povo mais numeroso e mais antigo da Europa. (Ver cap. VI "Getae-Russes"). Konstantin Porphyrogenitus deu os nomes das corredeiras do Dnieper em russo e em eslavo, mas, como todos os gregos em geral, ele distorceu esses nomes de tal forma que ninguém os entenderia em nenhum dos dialetos. Os normandos também procuram aqui as raízes germânicas das palavras. Mas este é um trabalho fútil [D. Ilovaisky em suas "Investigações sobre o início da Rússia", pp. 126-140, explicou suficientemente que os nomes das corredeiras do Dnieper dados por Konst. Bagryanorodn., têm raízes eslavas e são registrados apenas em dois dialetos - eslavo e russo.]. Os romanos chamavam os sérvios de Rassiyans, enquanto os próprios sérvios se autodenominavam Rassane e Rashane. Zupan sérvio tinha o título de "racial". Rusyns e Rusnyaks vivem na Áustria. Será que esses povos receberam o nome dos desconhecidos alemães-russos, como Schlozer tenta provar. Afinal, seu objetivo é óbvio para todos: humilhar, menosprezar o grande povo eslavo-russo e derivar seu nome do povo inexistente de russos - normandos, russos - suecos, dos quais os últimos nunca ouviram falar, eles não chamam-se Russ e a palavra príncipe nem sequer lhes é conhecida. Na época da chamada dos varangianos para Novgorod, Staraya Russa já existia; portanto, de acordo com a Crônica Laurentiana, os russos também participaram da convocação dos príncipes, pois estavam à frente da população da região de Novgorod.

Colonos de Staraya Russa, querendo se aproximar do mar, fundaram Novaya Russa, que já era conhecida em 320 aC (Pytheas). Consequentemente, Staraya Russa é ainda mais velha que New. A existência da cidade de Novaya Russa no delta do Neman, em seu braço direito - Ruse, perto da beira-mar, é indicada por Skimnos de Chios e Holkokondyla. Há uma lenda de que o Apóstolo André, o Primeiro Chamado, esteve em Novgorod durante sua viagem ao norte. Ptolomeu diz que os habitantes das margens do Mar Báltico, os Veneti, que pertenciam à tribo eslava, em 216 aC, pressionados pelos godos, cederam as minas de âmbar a eles e se mudaram para o nordeste, para as margens de cerca de. Ilmen e r. Lovat. Embora os russos tenham expulsado os godos das terras venezianas em 166 d.C., os colonos de Ilmen e Lovat permaneceram em novos lugares e fundaram cidades comerciais ali, das quais Novgorod e Pskov ficaram conhecidos. Consequentemente, Novgorod foi fundada por volta de 216 aC Em contraste com o nome desta cidade, as antigas cidades do Veneti começaram a ser chamadas de cidades antigas - Stargard, onde está agora Oldenburg. Iornand no século VI. escreveu que em 350 d.C. Novgorod foi conquistada pelos godos, mas não por muito tempo. Assim, todas as invenções de Schlozer e seus seguidores sobre os nômades eslavos e sobre a Rússia escandinava são uma zombaria grosseira do grande povo eslavo-russo. Milhares de dados a mais podem ser citados para provar essa opinião, mas nos desviaríamos muito de nossa tarefa direta - a história da vida dos povos que são considerados os ancestrais dos cossacos.

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Citas (grego Skythai), lascado, Ishkuza

• V. Abaev comparou o etnônimo skuta com o germânico *skut- (arqueiro, atirar).
• K. T. Vitchak e S. V. Kullanda explicam o nome próprio cita da seguinte forma: outro grego. Σκόλοτοι< *skula-ta < *skuδa-ta < *skuda-ta (то есть «лучники», с закономерным переходом *d >*l em cita). Além disso, a forma *skuδa-ta existia no século VII aC. e., quando os gregos começaram a contatar os citas (é por isso que outros gregos Σκύϑαι). Então ocorreu a campanha assíria dos citas - é por isso que os assírios. Ašgūzai ou Išgūzai. Por volta do século 5 aC e. - a época da visita de Heródoto a Olbia - a transição *δ > *l já ocorreu.

A transição do iraniano antigo *δ para o cita *l como uma característica da língua cita também é confirmada por outras palavras citas.

Linguagem

A língua cita está incluída no subgrupo nordeste das línguas iranianas. Muito próximos em língua e cultura dos citas eram os Savromats (Sármatas), Saks e Massagets.

Tempo de existência

Na verdade, a história dos citas na região norte do Mar Negro - século VIII. BC e. - Século IV. n. e. Desde o início da guerra com os cimérios até a derrota do reino cita pelos godos na Crimeia.

Origem

Existem várias lendas sobre a origem dos citas -

1. Entre os citas, havia uma lenda de que seu povo era mais jovem que todos os outros e que em sua terra, que estava deserta, o primeiro homem Targitai nasceu de Zeus e da filha de Borisfen. Targitai teve três filhos: Lipoksai, Arpoksai e Koloksai. Sob eles, objetos dourados caíram do céu: um arado, uma canga, um machado e uma tigela. Os irmãos mais velhos e do meio não conseguiram pegar esses objetos: eles acenderam imediatamente. O filho mais novo foi capaz de receber com segurança as maravilhosas dádivas do céu e, portanto, ele recebeu a realeza.

• do irmão mais velho veio a família de Avkhats,
• do meio - os gêneros de catiars e traspians,
• do mais jovem - paralatov.

Aqui Heródoto diz que o nome comum do povo é cortado; os gregos os chamavam de citas e os persas - Saks. Foi a parte da Cítia do Danúbio à Meótida, especialmente conhecida em Olbia, que foi chamada de Cítia primordial. Mil anos se passaram de Targitai até a época de Heródoto.

1. Os gregos do Mar Negro contaram a Heródoto mais uma lenda. Hércules, conduzindo as vacas de Gerion, entrou na Cítia, então ainda não habitada. Quando Hércules adormeceu, seus cavalos deixaram o jugo. Ele os encontrou em Hylaea com uma meia mulher meio cobra que vivia em uma caverna, que concordou em devolver as éguas para ele se ele se casasse com ela. Hércules viveu com ela por muito tempo e três filhos nasceram de seu casamento. Só depois disso o herói recuperou seus cavalos. Ao partir, deixou um arco e um cinto para sua amada, para que um de seus filhos, que pudesse puxar este arco e se cingir como um pai, permanecesse na posse da terra, e os outros dois fossem removidos. A tarefa foi concluída pelo mais jovem deles chamado Scythian, o ancestral dos reis citas. Dos dois anciões - Agathirs e Gelon - originaram-se as tribos de Agathirs e Gelons. Neste mito pode-se ouvir claramente a reelaboração grega de outra tradição nativa, que diferia da anterior. Refere-se claramente ao cruzamento dos primórdios dos recém-chegados (Hércules) e locais (deusa com pés de cobra) nos citas, enquanto no primeiro o elemento local soa mais forte, embora o recém-chegado, talvez, se manifeste no fato de que a futura terra de os citas estavam vazios quando apareceram.
2. Heródoto ressalta que há, no entanto, outra história, na qual eu mesmo confio mais. De acordo com esta história, os citas nômades que viviam na Ásia, pressionados pela guerra dos massagetas, atravessaram o rio Arak (Syr Darya) e se retiraram para a terra da Ciméria.

No momento, existem apenas três versões de onde os citas apareceram na região do Mar Negro.

1. Grakov B. N. teoria autóctone. Grakov acreditava que os ancestrais diretos dos citas eram as tribos da cultura Srubna semi-sedentária (pastora) da Idade do Bronze, que penetrou na região norte do Mar Negro da região do Volga. O reassentamento ocorreu por um longo tempo a partir de meados do 2º milênio aC. e a migração de Heródoto dos citas - esta pode ser considerada uma das últimas ondas de migração. Os cimérios, que os citas conheceram, também são uma das ondas da cultura Srubnaya, mas anterior, que acabou por permitir que tribos aparentadas se fundissem, formando um elemento étnico homogêneo.
2. Artamonov M.I. Teoria asiática anterior. Antes da chegada dos citas na região do Mar Negro, uma cultura de troncos se desenvolveu lá e precedeu os citas. Os próprios citas vieram da Ásia Ocidental e foram associados às civilizações desenvolvidas daquela época (como o principal elemento do estilo animal cita). Na sua opinião, os cimérios são representantes da cultura das Catacumbas, que foram expulsos da região do Mar Negro na segunda metade do 2º milênio aC.
3. Terenozhkin A. I. Teoria da Ásia Central. De acordo com sua versão, não há continuidade étnica ou cultural entre a população da região norte do Mar Negro e os recém-chegados citas. Os citas penetram na região do Mar Negro da Ásia Central (Mongólia, Altai, Cazaquistão Oriental) de uma forma já culturalmente formalizada, baseada na tríade - tipo característico de armamento, arreios de cavalo, estilo artístico animal.
   Por sua vez, seu movimento para o oeste foi liderado pelo ataque dos Massagetas, e eles, por sua vez, foram atacados por seus vizinhos orientais e, muito provavelmente, a grande seca de 800 aC levou a tal reação em cadeia.

História

século 7 BC. A guerra dos citas com os cimérios, que permitiu aos citas expulsar estes últimos da região do Mar Negro e ocupar seu território.

685 Sob a liderança de Spargapif, os citas migraram do norte do Cáucaso e do Kuban para a região norte do Mar Negro. Muito provavelmente, a Cítia neste momento é dividida em três regiões -

• entre o Don e o Volga, o clã de Ishpakaya-Partatua governa.
• entre o Don e o Dnieper as regras do gênero Spargapif,
• entre o Dnieper e o Danúbio, e possivelmente toda a Cítia, as regras arianas.

anos 70 século 7 BC. Uma série de campanhas citas na mídia, Síria, Palestina e Ásia Menor. Como resultado, os citas puderam se estabelecer lá.

Dentro dos limites da Transcaucásia Oriental (moderno Azerbaijão e parcialmente iraniano Azerbaijão), no norte e parcialmente nas margens sul do rio Araks, foi fundado o estado dos citas, nomeado nas fontes de Ishkuz, que existiu até o século VI BC. BC, quando os citas foram expulsos da Transcaucásia pelos medos.

679-674/73 BC. Os citas sob a liderança de Ishpakai (um dos primeiros líderes historicamente conhecidos dos citas), em aliança com os medos, Urartu e o reino de Maná, participaram da guerra contra o reino assírio sob a liderança de Assarhadon, durante a qual Ishpakay faleceu.

673-654 BC. Partatua (Prototius) torna-se o líder dos citas, sob cuja liderança os citas deixaram a coalizão anti-assíria. De acordo com uma hipótese, isso aconteceu devido à conclusão de um casamento dinástico - Partatua se casou com a filha de Assarhadon.

Dyakonov I. M.

Piotrovsky B.B., Belyavsky V.A., Grakov B.N., Artamonov M.I.

654-625 BC. Madai (Madiy), provavelmente filho de Partatua, tornou-se o líder dos citas. Neste momento, os citas fazem uma série de campanhas predatórias em todo o Mediterrâneo - para a Síria, Palestina, Egito. Ao mesmo tempo, eles permanecem fiéis às relações aliadas com a Assíria. 653/52 aC Os citas, ajudando a Assíria, derrotam os medos. De acordo com a lenda de Heródoto, a partir dessa época e por 28 anos, a mídia prestou homenagem a eles, além de ser submetida a roubos. 645 aC Os citas sob a liderança de Madai na Transcaucásia, novamente ajudando a Assíria, derrotam os cimérios. 625 A campanha dos citas para o Egito. De acordo com uma versão, o faraó Psammetik I os comprou com presentes, de acordo com outra, os citas ainda estavam com medo de entrar em conflito aberto com as tropas egípcias. Depois de 612 a.C. Os medos estão expulsando os citas de todas as terras da Transcaucásia que haviam conquistado anteriormente. Isso foi feito graças à astúcia de Cyaxares, o rei dos medos. Após a destruição da Assíria, Cyaxares decidiu se livrar dos citas. Ele convidou os reis dos citas para um banquete, embebedou-os e ordenou que fossem mortos. Os citas partiram sem líderes deixaram a Transcaucásia.

650-584 BC e. O rei dos citas era Madiy. Começam longas e bem-sucedidas campanhas dos citas na Transcaucásia e na Ásia Ocidental. 624-585 BC. O reinado de Ciaxares. Mas é possível que ele tenha morrido mais cedo na virada do século. 616 aC Invasão cita da mídia. 614 aC Cerco de Nínive e Ashur pelos medos. Ashur foi tomada, o cerco foi levantado de Nínive graças aos citas - os aliados da Assíria. 612 aC Nínive foi tomada por forças aliadas - os medos, babilônios e citas, que ficaram do lado da mídia. Os citas estabeleceram seu domínio sobre a mídia por 28 anos. 609 aC Os citas derrotaram o faraó egípcio. Virada dos séculos VII-VI BC. Cyaxares (ou seu filho Aliattes) decide destruir os citas e matar seus líderes em um banquete. Depois disso, parte dos citas retorna à região do Mar Negro, parte se submete aos medos. 590-585 aC A guerra entre a Média e a Lídia, como resultado da qual a paz foi concluída, segundo a qual os citas, que lutaram ao lado da Lídia, tiveram que deixar a Transcaucásia.

650 aC O líder cita Ariant realiza um "censo" da população na região do Mar Negro. Ele ordena que cada cita traga uma gorjeta. Depois disso, ele lança um grande caldeirão. A descrição está em Heródoto -

“Nesta área (perto do curso superior do Hypanis-Bug) há um vaso de cobre, talvez seis vezes maior do que o vaso para misturar vinho, que Pausânias, filho de Cleombrotus, mandou dedicar aos deuses e colocar no entrada para Pontus (Mar Negro). Para aqueles que não viram este vaso, vou descrevê-lo: pode facilmente conter 600 ânforas, e a espessura desse vaso cita é de seis dedos. Segundo moradores locais, é feito de pontas de flecha. Um rei cita, chamado Ariant, desejava saber o número de citas. Para isso, ele ordenou que todos os citas trouxessem uma ponta de flecha cada e ameaçou de morte quem não obedecesse. Então os citas trouxeram tantas pontas de flecha que o rei decidiu erigir um monumento para si mesmo: ele ordenou que este vaso de cobre fosse feito com as pontas de flecha e exibido em Exampey. Aqui está a informação que recebi sobre o número de citas.

Como indicado anteriormente, há opiniões de que Ariant possuía as terras do Dnieper ao Danúbio, mas ao mesmo tempo ele poderia controlar a Cítia como um todo.

Assentamento dos citas de acordo com Heródoto (Grakov B.N. Scythians - Moscow State University, 1971, p. 16-17.):

Muitas hipóteses também foram expressas sobre eles, que, no entanto, se desfazem na localização exata dos cinco principais rios: Istra, Tiras, Gipanis, Borisfen e Tanais. Isso nos permite delinear o assentamento das tribos de acordo com os dados de Heródoto. É assim que vemos este assentamento. Do Danúbio ao Dnieper, a costa é ocupada pelos citas: sua fronteira norte com os neurônios fica em algum lugar no alto Dniester. Gipanis e o Dniester aproximam seu curso na terra dos alazons: essa convergência começa imediatamente acima de Nikolaev. Ao longo do Bug, Kallippids, de outra forma Hellenes-Scythians, estão mais próximos de Olbia. Mais tarde, no decreto Olbian em homenagem a Protogenes (século III aC), eles são chamados de "mixelins", ou seja, "helenos mistos". Isso confirma a precisão dos dados de Heródoto. Acima deles vive a tribo cita dos Alazons, no lugar onde o Bug e o Dniester convergem. Ainda mais altos estão os lavradores citas, em algum lugar no interflúvio dos mesmos rios. Exampey tinha sua fronteira com os Alazons. A quarta tribo cita, os agricultores citas, viviam ao longo do Dnieper e além do Dnieper até Pantikap (Ingulets). Deve-se supor que os fazendeiros citas viviam em ambas as margens do Borysfen, assim como os nômades citas, que estavam localizados atrás de Panticap e mais atrás dos fazendeiros, obviamente viviam parcialmente dentro da margem direita. Em outras palavras, ambas as tribos até certo ponto viviam intercaladas. Os nômades citas na margem esquerda do Dnieper viviam nas estepes, divididos ao meio por Hypakiris, e chegaram ao rio Gerros (Konka). Mais ao leste e ao sul viviam os citas reais do outro lado do rio Gerros. Eles ocuparam a estepe até Meotida e Tanais e o norte da Crimeia até as montanhas onde viviam os selvagens Tauri. Imediatamente acima dos citas ao longo do Dnieper viviam androfagi (canibais). Heródoto diz que eles são os únicos canibais de todos os povos da Cítia. Eles usam roupas citas, vagam, mas têm uma linguagem própria, diferente dos citas.

Ao norte dos lavradores e andrófagos citas, segundo Heródoto, entre o fantástico lago de onde flui o Dniester e o Dnieper, os Nevri vivem imediatamente a oeste do Dnieper. Em outras palavras, os neurônios ocupavam um vasto espaço não mais nas estepes, pois os trechos superiores do Dnieper e do Bug, bem como a margem direita do Dnieper adjacente a eles, já estão na zona da floresta-estepe. Ao mesmo tempo, eles de alguma forma eram vizinhos dos boudins localizados a leste. Muitas coisas incríveis foram contadas sobre os neurônios como lobisomens e feiticeiros. Os neurônios, segundo Heródoto, tinham costumes citas.

Ao norte dos citas reais na margem esquerda do Dnieper e mais a leste viviam melanchlens, isto é, pessoas vestindo mantos pretos. Sua fronteira oriental não é clara, mas em algum lugar mais perto do Don eles devem ter entrado em contato com os Boudins e, talvez, com os sauromates. Esta é uma tribo especial, não cita, mas seu modo de vida é cita. Talvez os melanchlenianos sejam chamados de não citas porque tinham sua própria língua, ou porque não faziam parte do grupo político cita.

Acima dos Meotianos, que ocupavam o delta e as partes mais baixas do Tanais-Don, três dias de viagem desde a sua confluência com o Meotida, quinze dias de viagem para nordeste, na margem direita do rio, os sauromates viviam em a estepe sem árvores. Eles supostamente se originaram dos casamentos dos filhos de citas livres e mulheres amazonas guerreiras. Suas mulheres eram, portanto, guerreiras, e sua língua era cita estragada por culpa das amazonas que não a entendiam. Eles mantiveram a independência política e eram puros nômades.

Acima dos Savromats ao longo do Don, além de sua estepe, mas já em florestas heterogêneas, ou seja, na estepe florestal, viviam os Boudins - um povo muito grande, segundo Heródoto, e nômade. Seu país, em algum lugar no oeste, era contíguo a Nevris (o país dos Neuros), pois uma geração antes de Heródoto, os Neuros se mudaram para a terra dos Boudins. Os Boudins falavam sua própria língua. Eles, aparentemente, não faziam fronteira com os citas e eram, sem dúvida, politicamente completamente independentes. Em seu país havia uma grande cidade de madeira de Gelon. Era habitada por certos gelons, que falavam cita ou helênico, reverenciando os deuses gregos, em particular Dioniso. Eles eram sedentários e engajados na agricultura. Outros escritores, de acordo com Heródoto, em vão consideraram os Gelons e Budins como um povo.

Vigarista. VII - início. século VI BC e. Gnur, filho de Lik, neto de Spargapif, tornou-se o rei dos citas na região do Mar Negro.

90-50 anos século VI BC. Savliy (Kaduit, Kaduin, Kalvid - em algumas fontes) - o filho de Gnur - torna-se o rei dos citas. Segundo a versão de Heródoto, o assassino de seu irmão - Anacarsis - um dos sete sábios.

Final do século VI BC. O rei dos citas torna-se Idanfirs, filho de Savlius, que participa da guerra contra Dario I. Um dos líderes nesta guerra foi Skopasis, cujo destacamento (provavelmente, os Azov citas e sauromatas) foi o mais pronto para o combate e móvel. Outro líder conhecido de Heródoto, Taksakis, liderou o exército dos Gelons e Boudins.

514/12 aC A guerra dos citas com o rei persa Dario I.

Darius reuniu um enorme exército de 700 mil pessoas - colorido e multilíngue, composto por representantes de 80 povos. Com este exército, o monarca persa passou pela Ásia Menor, atravessou o lado europeu pelo Bósforo, atravessou a Trácia. E, finalmente, tendo atravessado o Danúbio em uma ponte de navios construída para ele por mercenários (gregos da Ásia Menor), ele entrou na região do norte do Mar Negro - dentro dos limites da Cítia. A viagem foi planejada para dois meses.

Os citas, bem cientes das ações do inimigo, sabiam de seus números colossais. Eles próprios, juntamente com as tribos aliadas, não podiam colocar mais de 200 mil soldados. Percebendo a profundidade do perigo que pairava sobre eles, os citas, no entanto, decidiram lutar até o fim. Para isso, eles desenvolveram um plano estratégico geral para a campanha:

• evite grandes batalhas;
• atrair o inimigo profundamente em seu território;
• atacar suas rotas de abastecimento;
• destruir por ataques destacamentos de cavalaria móvel e pequenos grupos de persas que estão separados das forças principais em busca de comida e água.

Ao mesmo tempo, recuando, os citas encheram poços e nascentes e queimaram a vegetação - gramíneas de estepe que serviam de ração para o gado.

O exército de Dario com seu enorme comboio, perseguindo os citas, conseguiu, segundo Heródoto, chegar a Tanais (Don) e Meotida (Mar de Azov) em pouco tempo, após o que voltou. Da fome, da privação, da doença e dos constantes ataques da cavalaria cita, os persas sofreram enormes perdas, sem vencer uma única batalha e sem capturar nenhum despojo. Felizmente para Dario, os mercenários gregos não desmantelaram a ponte sobre o Danúbio após os 60 dias acordados, e os remanescentes de suas tropas e ele próprio, tendo escapado da morte, retornaram à Pérsia.

480-460s século 5 BC. Ariapif tornou-se o rei dos citas - o pai de Skil, Oktamasad e Orik. Durante seu reinado, vários eventos importantes ocorreram -

• estabeleceu relações com o reino Odrysian (através do casamento dinástico),
• estabeleceu um protetorado sobre Olbia (embora haja uma opinião de que não é assim).

Ele próprio foi morto pelo rei dos Agathirs (provavelmente uma tribo trácia) Spargapif. Após a morte do rei dos citas, Opia, esposa de Ariapif e mãe de Orik, ascendeu ao trono. A questão de saber se esse personagem é uma figura histórica real permanece discutível.

OK. 465-447/45 BC. Após um curto reinado de Opia, Skil, filho de Ariapif, chega ao poder. Ele era filho de uma mulher grega e aceitou quase completamente a cultura grega e, depois de se tornar rei, estabeleceu-se em Olbia, promovendo os interesses comerciais da Ístria. Como resultado de intrigas palacianas, ele foi executado pelos próprios citas.

decada de 50 século 5 BC. Octamasad, também filho de Ariapif, tornou-se o rei dos citas. Ele era um parente do rei dos Odrysses - Sitalka. Talvez com seu apoio ao poder no Bósforo em 438 aC. veio Spartocus. Orik, irmão de Oktamasad, provavelmente governou Olbia ao mesmo tempo.

Vigarista. início em V século 4 BC. Rei Atey destrói outros reis dos citas e usurpa o poder.

Aparece assentamento Kamenskoe (localizado perto da cidade de Kamenka-Dneprovskaya e B. Znamenka, região de Zaporozhye). Do lado da estepe, o antigo assentamento era protegido por uma muralha de terra e um fosso, e do norte e oeste por falésias sobre o Dnieper, r. Konka e estuário Belozersky. No canto sudoeste ficava a acrópole, onde vivia a nobreza cita. As principais ocupações dos habitantes eram a fabricação de ferramentas de bronze e ferro, tecelagem, cerâmica, além da agricultura e pecuária. Os artesãos viviam em abrigos e edifícios de chão com pilares, a nobreza vivia em casas de pedra. O assentamento era um grande centro de artesanato e comércio, intimamente associado às colônias gregas da região norte do Mar Negro e à população local da Cítia. No final do século III. BC. o território do povoado foi abandonado (com exceção da acrópole, onde a vida continuou até o século III d.C.).

358 aC O poder dos citas está sujeito à Ístria na costa do Mar Negro.

344 aC Os citas estão travando uma guerra bem-sucedida com os tribais, que viviam no território da moderna Bulgária.

343 aC Subordinado a Callatis na costa do Mar Negro.

anos 40 século 4 BC. O rei Atey, tendo eliminado outros reis, uniu as tribos citas do Mar de Azov ao Danúbio.

339 aC e. Guerra dos citas com Filipe II da Macedônia. Segundo a lenda, foi nesta guerra que o rei Atey morreu aos 90 anos.

Da fonte sabe-se que “ambos os lados ficaram irritados, seguiu-se uma batalha, na qual os citas, apesar da superioridade de suas proezas espirituais e números, foram derrotados pela astúcia de Filipe; 20 mil crianças e mulheres foram levadas (pelos vencedores macedônios), muito gado, mas não havia ouro e prata, o que foi a primeira evidência da pobreza dos citas; 20 mil éguas de sangue foram enviadas para a Macedônia para criar a raça” [Justin. Epítome de Pompeu Trogus. "História de Filipe" (IX, 2-3)].

No caminho de volta, o exército macedônio foi emboscado pelos Triballi.

331 aC Zopyrion é deixado por Alexandre, o Grande, como governador da Trácia, Ponto (ou Cítia). Querendo provar a si mesmo recolhe 30 mil. exército e vai à guerra contra os citas. Muito provavelmente, ele chegou a Olbia, mas depois teve que fugir. Como resultado, ele foi ultrapassado pelos citas, derrotado, perdendo quase todo o exército. Ele mesmo morre em algum lugar da Bessarábia.

313 aC Lisímaco, o governante da Trácia, infligiu uma severa derrota aos citas do outro lado do Danúbio.

310-309 BC e. Guerra dinástica no reino do Bósforo. Agar, o líder dos citas, apoiou Sátiro, mas como resultado da batalha no Rio Gordo, outro pretendente ao trono, Eumela Bósforo, irmão de Sátiro, venceu.

280-260 dC BC. Os sármatas invadem a Cítia e de fato assumem completamente a região norte do Mar Negro, destruindo e expulsando os citas. Posteriormente, parte dos citas permaneceu na foz do Dnieper e na península da Crimeia. A outra parte atravessa o Danúbio e ali se instala, o território é chamado Lesser Scythia (Ístria-Dobruja).

Vigarista. III - início. século 2 BC. Grandes mudanças estão ocorrendo na Cítia. A pressão dos sármatas está se intensificando, como mencionado anteriormente, o assentamento de Kamenskoe deixa de existir (exceto a acrópole, que continua a funcionar) no Dnieper. Em toda a região do norte do Mar Negro, os arqueólogos notaram a mudança da cultura cita para a sármata. Ao mesmo tempo, os citas na Crimeia começaram a se estabelecer, se dedicar à agricultura, pesca e artesanato.

130-114/13 AD BC. O reinado do rei cita Skilur na Crimeia. Ele foi capaz de unir todo o território dos citas na Crimeia, até a foz do Dnieper e do Sul. Erro. Ele transformou a Nápoles cita (perto da moderna Simferopol) na capital. Para lutar contra Pontus, ele começou a atrair sármatas (Roxalans), liderados por Tasius. Skilur conseguiu tomar posse de Kerkinitida, o Belo Porto e Fortificações, as cidades da costa ocidental da Crimeia, que até então faziam parte da República de Quersonesos.

114/13-111 BC.(110-107 aC) O reinado de Palak, filho de Skilur. Em três expedições, Diofanto derrotou sucessivamente Palak, conquistou a montanha Taurians, ocupou as fortalezas citas de Khabei e Nápoles na Crimeia e subjugou os citas a Mitrídates do Ponto.

Mais tarde, os citas recuaram novamente e Diofanto novamente foi contra eles, libertou Kerkinitida e as Fortificações e começou a sitiar o Belo Porto. Palak moveu-se em direção a ele, mas foi derrotado de tal maneira que, de acordo com a inscrição de Quersoneso em homenagem a Diofanto, "ninguém escapou da infantaria e apenas alguns escaparam dos cavaleiros". Na primavera, Diofanto mudou-se para Khabei e Nápoles e forçou os citas a pedir paz.

Os citas que viviam no Bósforo se revoltaram contra Perisades, o último rei nominal do Bósforo da dinastia anterior, que transferiu o poder para Mitrídates VI, mas manteve seu título. A revolta foi liderada pelo cita Savmak, talvez o escravo adotivo de Perisad. O rei foi morto, Savmak tomou o poder, mas Diofanto liquidou essa revolta, subordinando Quersonese, o Bósforo e a Estepe Crimeia a Mitrídates do Ponto.

Através dessas guerras, a Cítia de Touro foi dividida em vários domínios e não representava mais um único reino.

Ser. século 1 BC. Os Getae sob a liderança de Birebista cruzam o Danúbio e destroem Olbia. A cidade deixou de existir. Mais tarde, os citas persuadiram os habitantes fugitivos a reconstruir a cidade, mas ele não se recuperou mais de tal golpe. Isso teve um impacto muito sério no próprio comércio dos citas com os gregos.

80 aC O estado pôntico Mitrídates Neoptol derrotou a frota dos citas, tomou Tiro e Olbia deles. E um pouco mais tarde, no estreito de Kerch, ele também quebra a frota dos citas e, no inverno, no gelo, derrota as forças aliadas do Bósforo e dos citas. O poder e a autoridade dos citas foram abalados, mas eles continuam a influenciar a política de sua região.

século 1 BC. - Século II. DE ANÚNCIOS Segundo dados arqueológicos, começa uma forte mistura de citas e sármatas, pois suas culturas coincidem, e já é bastante difícil separar uma cultura da outra.

257 dC A chegada está pronta na Crimeia. Eles atacam o reino Bospro. Ao mesmo tempo, o reino cita deixou de existir como tal.

anos 70 século 4 Invasão dos Hunos. Eles varrem os restos dos citas tanto na Crimeia quanto na Ístria, no Danúbio. Os citas, pode-se dizer, dissolvem-se completamente no ambiente étnico que os cerca.

organização social

Traços da presença dos citas também são observados no norte do Cáucaso. O principal território do assentamento dos citas são as estepes entre o curso inferior do Danúbio e o Don, incluindo a estepe da Crimeia e áreas adjacentes à costa norte do Mar Negro. A fronteira norte não é clara. Os citas foram divididos em várias grandes tribos. De acordo com Heródoto, os citas reais, que viviam nas estepes entre o Dnieper e o Don, eram dominantes. Os citas nômades viviam ao longo da margem direita do baixo Dnieper e na estepe da Crimeia. Entre o Ingul e o Dnieper, os agricultores citas viviam entremeados de nômades. Na bacia do Bug do Sul, perto da cidade de Olbia, viviam os Calípidos, ou Helênico-Citas, ao norte deles - os Alazons, e ainda mais ao norte - os citas-lavradores. Os limites do assentamento de tribos individuais da Cítia (especialmente os lavradores citas) não são claros (veja o mapa acima).

As relações estreitas com as cidades escravistas da região norte do Mar Negro, o comércio intensivo dos citas em gado, pão, peles e escravos intensificou o processo de estratificação na sociedade cita. Sabe-se que os citas tinham uma união de tribos, que aos poucos adquiriu as características de uma espécie de estado do tipo escravista, chefiado pelo rei.

A partir do final do século VII BC e. A sociedade cita conhecia diferentes gradações de status social:

• escravos de várias origens e explorados de várias maneiras;
• "hippotoxotes" (atiradores montados) - membros da comunidade gratuitos;
• os pobres, que tiveram a oportunidade de lutar apenas a pé;
• diferentes níveis de aristocracia, dos chefes de famílias ricas aos nomarchs-skeptukhs;
• reis do local para três reis principais com um sênior em posição à frente.

No início do século VI. BC. a estratificação social atinge grandes proporções. As razões para dizer isso são dadas pelos enterros daquela época. Montes reais grandiosos com servos e concubinas assassinados e covas simples com um mínimo de inventário. A maioria dos membros da comunidade livre lutava a cavalo e possuía alguma propriedade, mas já nessa época surgiram os “polvos”. Estes são citas a pé que tinham apenas um par de bois para atrelar à carroça, daí o nome. Havia até pobres que não tinham nada. Destes, formou-se a infantaria cita, que, com o tempo, cresceu cada vez mais numericamente.

Um estrato de escravos, originalmente estrangeiros, também apareceu. Nas lendas e descrições de Heródoto, os escravos eram a população local, nos territórios capturados pelos citas.

O poder real era hereditário, mas havia vários reis. Isso pode ser visto, por exemplo, nas guerras com a Assíria, quando um ou outro rei podia ser inimigo e aliado da Assíria. Vemos o mesmo durante a invasão de Dario, quando os citas formaram três destacamentos, cada um liderado por seu próprio rei. Ao mesmo tempo, o poder aparentemente pertencia a uma dinastia.

Até o século V BC. o poder real limitava-se a um conselho de reis ou a uma assembléia militar. Em outros casos, o poder do rei era ilimitado. Uma invasão sobre ela foi seguida por decapitação ou morte na fogueira.

Já no século IV. Atheus governou a Cítia com poder absoluto, tendo outros governantes em submissão, nomeados em uma das inscrições olbianas como basileus, ou seja, reis.

economia

Heródoto indica que parte das tribos citas estava engajada no cultivo da terra. Trigo, cevada, milho, feijão, cebola e alho foram cultivados. Também é indicado o cânhamo, do qual foi feita a lona e algum tipo de droga para fumar.

A maior parte dos citas estava envolvida na criação de gado nômade. Era o ano todo. No inverno, o tebenevka era comum (o próprio gado obtinha sua comida debaixo da neve). Parte dos nômades migrou para a região de Azov para os estuários dos rios, onde a grama alta foi preservada. Yurts de feltro estavam sobre rodas e um par de bois foi atrelado a eles. Essas caravanas de carroças eram acompanhadas por guerreiros montados.

A julgar pelas escavações do assentamento Kamensky, a composição dos rebanhos foi a seguinte:

• cavalos - 40%
• gado - 40%
• gado pequeno (ovinos, caprinos) - 18%
• cães, jogo de caça: veado, saiga, castor - 2%

Curiosamente, os citas não criavam porcos, mesmo nos centros estabelecidos de seu estado.

Assim, não apenas a carne foi usada, mas também peles e lã. Costuraram casacos de pele de carneiro, feltro, couro vestido. O leite também era usado como alimento; não era à toa que os citas eram chamados de ordenhadores de éguas e mamíferos.

Oficinas de fundição de ferro foram encontradas em grande número no assentamento de Kamensky. O cobre foi extraído em pequenas quantidades perto de Donetsk e também, provavelmente, percorreu rotas comerciais do Cáucaso e dos Urais do Sul. Zinco para bronze foi extraído no Baixo Dnieper, a origem do estanho ainda não é clara.

O ferro estava em quantidades suficientes nos pântanos das planícies aluviais do Dnieper. A fundição de ferro era extremamente antieconômica, 40-60% permanecia na escória. A julgar pelas escavações, grandes famílias patriarcais estavam envolvidas na fabricação de ferro - cerca de 900 hectares no assentamento Kamensky eram pontilhados de grandes casas (150-300 m³ cada), nas quais havia forjas para a produção de várias armas e equipamentos.

Junto aos metalúrgicos viviam os marceneiros, cujas ferramentas (cinzéis, machados, enxós) também se encontravam em grande quantidade, tanto na povoação como nos túmulos. O fato de os carpinteiros ainda serem especializados diz que os yurts sobre rodas possuem muitas peças de madeira. Além disso, havia habitações permanentes - estradas de inverno, que também precisavam ser atendidas por carpinteiros.

A cerâmica foi desenvolvida. A roda do oleiro era pouco usada, os pratos eram moldados à mão a partir de trouxas de barro. Encontramos analogias dos utensílios citas na cultura de Late Srub. Os utensílios são principalmente potes redondos com um gargalo vertical ligeiramente alargado ou com uma borda levemente dobrada. Eles também encontram pratos de pescoço estreito com corpo esférico.

A tecelagem também foi difundida no ambiente cita. encontrar um monte de verticilos de barro e chumbo. Eles são encontrados em assentamentos e como elemento obrigatório em sepultamentos femininos. O material para o tecido é onda de ovelha e cânhamo. Além dos tecidos, foram tecidas esteiras, e também foram utilizados feltros e feltros.

A partir do século VII BC. o comércio dos citas com as cidades gregas do mar Negro assume um caráter regular. Os principais bens que os citas forneciam aos mercados eram pão e escravos. Além disso, o escopo do comércio de grãos era grande. Mesmo nas moedas dos reis citas, uma espiga de trigo foi retratada. Foi nesse comércio que surgiu o reino do Bósforo (a exportação de pão representava a maior parte das exportações). O comércio de cereais desenvolveu-se até ao século III. BC. até a invasão dos sármatas, depois começou a diminuir gradualmente, dando lugar ao comércio de gado. Junto com o gado, também eram exportadas peles, que vinham da faixa floresta-estepe, pelas terras dos citas. Mel e cera também foram exportados.

Uma parte substancial do comércio pertencia à exportação de escravos. A partir do século VI. BC. Os nomes dos escravos citas aparecem em inscrições antigas. Ao mesmo tempo, os citas vêm em grande número para a Grécia para participar de guerras. Além dos citas, um grande número de escravos veio das tribos dos Getae, Triballi, Sarmatians e Meotians. Na virada dos séculos III e II. BC. o fluxo de escravos citas enfraqueceu.

Quanto às importações para a própria Cítia, vale destacar o vinho, que veio em grande quantidade da Grécia. Como resultado, os pratos gregos são amplamente utilizados - não apenas ânforas para vinho, mas também vasos para incenso, unguentos, perfumes, que são frequentemente encontrados nos túmulos de citas ricos e simples.

Tecidos e roupas também chegaram à estepe - isso é relatado por escritores gregos. As joias eram em grande quantidade - espelhos, contas de vidro e pasta, brincos e várias joias. Os citas também frequentemente atuavam como intermediários no comércio com as estepes e tribos florestais mais ao norte.

Origens

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• DENTRO E. Gulyaev. Citas: a ascensão e queda de um grande reino. 2006

... A antiga grandeza do povo cita é evidente em seus grandes remanescentes ... Mikhailo Lomonosov

Citas... A este povo associamos estepes sem limites, manadas de cavalos, carroças, acampamentos... Os Citas surgiram na região do Mar Negro no século VII. BC e. Havia tribos agrícolas entre eles ("citas-lavradores", "citas-agricultores", - Heródoto os chamou), a maioria continuou a vagar nas estepes do sul da Ucrânia e da Crimeia. estadia dos citas na península de o século VII. BC e. Eram tribos nômades envolvidas na criação de gado. Na época de Heródoto, os primeiros assentamentos citas já estavam começando a aparecer na Crimeia. Perto da aldeia de Frontovoe (no distrito de Leninsky), foi descoberto um cemitério de terra com enterros citas do século V. BC e. 1 * Em algum lugar próximo havia um assentamento da mesma época.

Ricos montes de líderes e nobres citas (Kul-Oba, Três Irmãos, Talaevsky, Zolotoy, etc.) são conhecidos na Península de Kerch e na Crimeia central.Os nômades citas estão gradualmente se estabelecendo no solo. Começa um novo período tardio na história da Cítia. Abrange um período significativo de tempo - a partir da segunda metade do século IV (ou início do III). BC e. até a morte final do reino cita no século III. n. e. Após a derrota do reino de Atea**, o outrora enorme poder dos citas se dividiu em três partes, que ainda ocupavam um território bastante significativo - em Dobruja (Romênia), na região do Dnieper e na Crimeia. A residência dos reis citas foi transferida para a Crimeia. "Todo este país (a Península da Criméia. - Ed.), bem como quase toda a região além do istmo de Borisfen (Dnepr. - Ed.), é chamado de Scythia Minor", escreveu Strabo 2 .

Dnieper Scythia era completamente dependente do reino cita na Crimeia. A transferência da capital do estado se deve a uma série de razões, principalmente a ameaça no continente dos sármatas e, além disso, o desejo de se aproximar das cidades gregas da região norte do Mar Negro, subjugar algumas das e realizar um comércio independente de pão. Toda a política adicional dos líderes citas visa a implementação desta tarefa, que é vital para a economia da Cítia. No território da Crimeia, quando o reino dos citas surgiu, já existiam dois estados gregos independentes - o Bósforo, localizado nos lados europeu e asiático do estreito de Kerch, e Quersoneso, cujas posses territoriais, seu coro (distrito ), foram a Península de Heracles e terras na costa noroeste, com as cidades de Kerkinitida (moderna Evpatoria), Kalos-Limen (Belo porto, moderna Chernomorsk) e muitas pequenas fortificações e propriedades. Os limites exatos da chora ainda não foram estabelecidos 3, e dificilmente é possível falar sobre sua estabilidade. A vida política, econômica e cultural do reino cita na Crimeia por mais de 600 anos esteve intimamente ligada a esses estados, como bem como com Olbia, uma grande cidade da região norte do Mar Negro, que no século II. BC e. e mais tarde se viu periodicamente subordinada aos reis citas. A constante comunicação dos citas com o mundo grego, com muitos povos da região norte do Mar Negro, especialmente com as tribos sármatas, com a população local de Taurica, levou à criação de uma nova cultura cita tardia, diferente da cita cultura dos séculos anteriores.

Muitos rios da península - Belbek, Alma, Kacha, Salgir, Bulganak e outros se originam nas encostas das montanhas da Crimeia. Entre os pomares e as vinhas que se estendem ao longo das suas margens, levam as suas águas até ao mar. As terras férteis dos vales dos rios são habitadas desde tempos remotos. Nos séculos IX-V. BC e. Aqui viviam os taurinos - agricultores e criadores de gado. Mais tarde, a partir do século III. BC e., ao longo dos vales dos rios, especialmente na sua foz, os citas começam a se estabelecer, passando gradualmente da pastorícia nômade para a agricultura. Seu número está aumentando rapidamente, mais e mais novos assentamentos aparecem.Atualmente, cerca de 80 assentamentos citas (assentamentos fortificados) e assentamentos (assentamentos abertos) são conhecidos no centro, sudoeste e sudeste da Crimeia 4 . O norte da Crimeia permaneceu quase deserto. Os criadores de gado citas vagaram por muito tempo em suas vastas extensões de estepe. As fronteiras do estado cita se estendiam no sul até a cordilheira principal das montanhas da Crimeia, no oeste eram limitadas à faixa costeira e no leste chegavam Feodosia. Nos tempos helenísticos e especialmente romanos (nos primeiros séculos de nossa era), a Cítia da Crimeia era densamente povoada, o que, claro, não aconteceu imediatamente. Os primeiros assentamentos citas são conhecidos na Crimeia oriental e central. As terras da costa sudoeste começaram a ser povoadas especialmente ativamente nos primeiros séculos de nossa era - em conexão com o influxo dos sármatas (mais sobre eles abaixo). razões. Por exemplo, na costa ocidental eles surgiram como postos avançados para proteger as fronteiras ocidentais da Cítia*. Alguns assentamentos na Crimeia central estavam localizados perto das rotas comerciais mais importantes de Nápoles ao Bósforo (Bom), de Nápoles a Quersonese (Alma-Kermen), de Nápoles a Perekop e ainda à região de Dnieper (Kermen-Kyr).

Os assentamentos geralmente estão localizados em locais elevados, no centro e sudoeste da Crimeia - nos esporões das cordilheiras externas e internas das montanhas da Crimeia, perto de nascentes com água potável. Os locais elevados serviam como uma defesa natural contra o inimigo. Além disso, cada assentamento era protegido por um muro de pedra ou uma muralha e um fosso. Nos casos em que a topografia da área não permitia a criação de uma fortificação em um local elevado (por exemplo, o antigo assentamento "Chaika" perto de Evpatoria está localizado em um local plano), foi naturalmente necessário construir pedras altas e fortes Infelizmente, a maioria dos assentamentos citas tardios da Crimeia não foram submetidos a um estudo sistemático.Na Crimeia central, exceto Nápoles, apenas o antigo assentamento de Kermen-Kyr (no território da fazenda estatal de Krasny) foi investigado. Pequenas escavações de natureza exploratória foram realizadas nos assentamentos de Zalesye (na estrada para Sevastopol), Dobroe (na estrada para Alushta), Dzhalman 5 (Pionerskoye), Zolotoe yarmo (em uma das esporas de Dolgorukovskaya yayla). Vários túmulos e sepulturas também foram escavados.O noroeste, oeste e sudoeste da Crimeia foram muito melhor estudados. Agora, vários assentamentos estão sendo escavados aqui, entre eles Ust-Alminskoye perto da aldeia de Peschanoe, "Chaika" 6 , Popovka, Tarpanchi 7 na costa noroeste. assentamentos fortificados de Scythia (de 5 a 20 hectares de área), cujos habitantes, juntamente com a agricultura e a pecuária, se dedicavam a diversos ofícios e comércio. Os povoados fortificados são geralmente de pequena dimensão (de 1,2 a 2 hectares), a principal ocupação da população da maioria deles era a agricultura. Abrigos - pequenas fortificações que surgiram em os primeiros séculos da nossa era - destinavam-se a proteger a população de uma aldeia próxima no momento do perigo. Atualmente, quatro cidades citas são conhecidas na Crimeia. A maior delas é Nápoles, a capital do estado (a área é de cerca de 20 hectares). Três outros o cobrem significativamente em tamanho - o assentamento de Kermen-Kyr, a 4 quilômetros de Simferopol (cerca de 4 hectares), Ust-Alma (6 hectares), Bulganakskoe (2,5 hectares), localizado na margem esquerda do rio Bulganak, entre as aldeias de Pozharsky e Demyanovka*, e possivelmente Dobroe, perto da aldeia moderna do mesmo nome.

Se o tempo de ocorrência de muitos assentamentos, que foram escavados, não foi estabelecido, o tempo de sua morte é determinado pelo chamado material de levantamento **. Os últimos fragmentos de ânforas e vários utensílios, coletados na maioria dos assentamentos do centro e sudoeste da Crimeia, nos permitem julgar que eles morreram no século III aC. n. e. A população deixou suas casas e a vida aqui não foi mais retomada.
Nova capital

Assim, os primeiros assentamentos de citas estabelecidos na Crimeia aparecem no século V. BC e. Cento e cento e cinquenta anos depois, quando o reino de Athea deixou de existir, a capital do estado foi transferida para a Crimeia. Na parte central da península, no cruzamento das rotas comerciais mais importantes de Quersoneso, o reino do Bósforo, a Crimeia ocidental e também a região do Dnieper, a cidade de Nápoles * ou Neapolis (traduzido do grego - "nova cidade ") surge.

O próprio nome da cidade, por assim dizer, enfatiza a importância do evento - o surgimento de uma nova capital em vez da antiga. Nápoles surgiu em uma colina, bem protegida pela própria natureza: do leste e nordeste por falésias inexpugnáveis de rochas Petrovsky, do norte e oeste - por um feixe Petrovsky bastante profundo. E apenas do lado sul e sudeste a cidade permaneceu acessível ao inimigo. Aqui foi construída uma poderosa muralha de fortaleza, onde há opiniões divergentes sobre a época do surgimento da nova capital cita. Alguns estudiosos acreditam que Nápoles apareceu no século III. BC e. 8, outros chamam uma data posterior - I c. BC e. 9 Um estudo abrangente do material permite-nos expressar outro ponto de vista: como capital do estado cita tardio, Nápoles foi fundada no século IV. BC e. Isso é confirmado por fragmentos de cerâmica vitrificada preta e azulejos de marca encontrados no assentamento. Antes do aparecimento dos citas, os taurinos viviam no planalto agora ocupado pelo assentamento: os arqueólogos descobriram uma pequena camada cultural com achados de cerâmica tauriana do séc. -V séculos. BC e. Nápoles foi descoberta em 1827, quando, ao selecionar uma pedra para construção, encontraram acidentalmente um relevo representando um cavaleiro cita e três lajes de mármore com inscrições - o nome do rei Skilur, dedicatórias a Zeus e Atena em nome de Posideus filho de Posideev. Estas lajes foram compradas por um amante local de antiguidades A.I. Sultan-Krym-Girey de um tártaro que carregava uma pedra do assentamento 10 . No mesmo ano, um tesouro de moedas romanas foi descoberto em Nápoles*, e durante as escavações realizadas pelo diretor do Museu de Odessa, I. P. Blaramberg, uma laje com uma imagem em relevo de dois cavaleiros, um velho e um jovem, foi encontrado.

Os achados despertaram imediatamente o interesse geral em Nápoles, que não desapareceu no século II. Eles atraíram a atenção não apenas de historiadores, mas também de historiadores da arte, numismatas e epigrafistas. Muitos cientistas visitaram o assentamento e realizaram pequenas escavações nele. A ideia de que Nápoles era uma cidade grega, que nasceu a princípio, foi mantida na ciência por muito tempo 11 . Foi finalmente dissipado apenas como resultado de escavações sistemáticas no assentamento, iniciadas após o fim da Grande Guerra Patriótica. Por muito tempo, PN Schultz foi o organizador da pesquisa sistemática de Nápoles e o líder permanente do trabalho. Com sua participação ativa, foi criada a expedição Touro-Cita, que realizou escavações no assentamento de 1945 a 1960 (com pequenas pausas). P. N. Shults, A. N. Karasev e outros membros da expedição descobriram e publicaram os materiais mais interessantes 12, graças aos quais ficou bastante óbvio que estávamos diante da capital de um estado “bárbaro” (não grego). escavações, estruturas defensivas foram descobertas: a muralha sul da cidade, portão central, mausoléu e torre leste, partes da cidade adjacentes às muralhas defensivas, edifícios residenciais nas regiões central e norte de Nápoles, edifícios econômicos e religiosos. Foi possível traçar os principais períodos da história da construção da capital cita, para abrir uma necrópole a sudeste de Nápoles.Como já dissemos, o planalto do assentamento é mais acessível pelo sul e sudeste. Tendo iniciado a construção da cidade, os citas tiveram que cuidar da construção da muralha Sul. Durante as escavações, durante as quais foram descobertos 57 metros lineares da muralha defensiva, foi possível traçar várias etapas ou períodos de construção de sua construção. A primeira e mais antiga muralha defensiva foi erguida no século III aC. BC e. Foi construído com grandes blocos de pedra, entre os quais havia um aterro de crosta rochosa. A espessura do muro não ultrapassou 2,5 m, a altura máxima foi de 5 m. Na área do portão - o local mais vulnerável na defesa - a parte superior do muro foi forrada com tijolos de barro e subiu ainda mais. BC e. os citas tornam-se tão fortes que ameaçam constantemente Quersonese e suas posses. A guerra iminente com os querosonestas exigia o fortalecimento de suas próprias fronteiras. Em primeiro lugar, era necessário transformar a principal cidade da Cítia - Nápoles - em uma fortaleza inexpugnável.Estrabão escreve que Skilur e seus filhos fortificaram suas fortalezas 13 . E vemos realmente que grandiosas obras de fortificação estão sendo realizadas na capital do estado. Durante o reinado de Skilur, vários cintos adicionais foram anexados ao lado externo da antiga muralha defensiva. Sua espessura aumenta de 2,5 para 6,5 ​​m. Os portões recebem uma espécie de moldura em forma de saliências - pilões - 3,35 m de comprimento e 1,65 m de espessura. Essas saliências, que serviam para proteger o portão do inimigo, desempenhavam o papel de um tipo de torres de portão. As paredes não eram erguidas estritamente na vertical, mas com uma inclinação estreitavam-se 20 cm para cada metro de altura do lado de fora e 10 cm do lado de dentro, ou seja, para cada metro de altura o muro já chegava a 30 cm. área do portão central, a muralha defensiva manteve uma superestrutura tosca coroada de ameias, provavelmente com brechas. Atrás dele havia um campo de batalha bastante amplo para os defensores da cidade. O cinturão de pedra da muralha podia atingir uma altura de 4,5-5 m, enquanto a superestrutura de adobe, de 1,5 m de espessura, elevava-se 3 m junto com as ameias, assim, a altura total da muralha neste trecho aparentemente atingiu 8 m.

Os portões, feitos de grossas tábuas de carvalho, eram de duas folhas e giravam em rolamentos. Raramente eram abertos, apenas em ocasiões solenes, mas eram sempre guardados por guardas, prontos a informar toda a cidade no momento da aproximação do perigo. Além dos portões centrais, N. L. Ernst abriu os portões na parte leste da muralha. As escavações de edifícios residenciais e públicos forneceram material diversificado e cientificamente valioso. Os reis, a nobreza cita, viviam em grandes casas sólidas cobertas de azulejos. Para a construção foram convidados, provavelmente, mestres gregos. Uma das grandes casas de pedra está aberta em frente ao portão central e sua área é de 85 metros quadrados. m. A casa é dividida em 3 quartos, a área de cada um deles é de cerca de 30 metros quadrados. m. Ao norte da casa, aparentemente, havia um pátio, de onde dava a entrada. Lareiras foram encontradas em dois quartos, o terceiro (sem lareira) era obviamente um hall de entrada, suas paredes eram rebocadas e pintadas com cores vivas. Infelizmente, apenas pequenos fragmentos de afrescos chegaram até nós, mas eles também testemunham o propósito especial deste salão, pintado, provavelmente por um mestre grego visitante. sociedade. Foi construído no século III. BC Ainda antes, foi erguida a chamada "casa com porão" (mais precisamente, um semi-cave) localizada nas proximidades. Dela sobreviveram insignificantes restos de muros de pedra e um porão escavado na rocha, medindo 12,10x5,65 m. Com base nos restos remanescentes do muro sudeste, com 1 m de espessura, é admissível supor que a casa era de dois metros. história. Seu telhado pode ser julgado por numerosos fragmentos de telhas de diferentes centros da região do Mar Negro, encontrados no porão. Durante as escavações foram encontrados pedaços de gesso pintado, atestando a riqueza da decoração da casa e a prosperidade do seu proprietário, guardando-se na cave inúmeras ânforas com vinho e azeite trazidos das ilhas de Rodes, Knida e Kos. Fragmentos de cerâmica vitrificada preta, tigelas em relevo - o chamado "Megar" -, forro ósseo de caixões, cerâmica vitrificada vermelha, uma cabeça feminina em terracota.A casa com porão remonta ao século IV. BC e. No século II. BC e. foi reconstruída e existiu até ao início do século I. BC e. Posteriormente, em seu lugar, foi instalado um depósito de lixo.Edifícios semelhantes de duas e três câmaras foram abertos em diferentes partes de Nápoles.A construção de tijolos brutos era amplamente praticada entre os citas. Nos tempos helenísticos, todas as casas em Nápoles são construídas de barro. É bem possível que esta técnica tenha sido adotada pelos citas dos gregos, que a tiveram em grande uso. As casas cruas são quentes e duráveis, e a produção de tijolos de barro não requer grandes gastos e habilidades especiais.Nos séculos III-II. BC e. na cidade, junto com as casas da nobreza, construídas de acordo com todas as regras da arte da construção, aparecem pequenas casas, abrigos e iurtas dos pobres. No local foram encontrados os restos de duas iurtas de 2,10x1,80x2,80 m e uma estrutura semelhante a iurta de 1,80 m de diâmetro, todas pertencentes ao período helenístico e testemunhando a sobrevivência da vida nômade no ambiente cita tardio . As iurtas primitivas podiam ser usadas como residências de verão ou como dependências. Heródoto, descrevendo os costumes dos citas, diz sobre a estrutura da iurta: construção. Mas os yurts estão gradualmente desaparecendo dos citas. Nos primeiros séculos de nossa era, não existiam tais estruturas em Nápoles, foram abertos abrigos em diferentes partes da cidade. Sua parte inferior é aprofundada na camada cultural e na rocha. A forma dos abrigos é retangular, oval ou redonda, as dimensões são pequenas - de 12,5 a 4,5 metros quadrados. m. No centro geralmente havia uma lareira, ao longo das paredes havia bancos nos quais se sentavam e dormiam. Durante as escavações de Nápoles nas partes central e norte, não havia sinais de planejamento regular. Somente na área dos portões centrais da cidade os citas tentaram dar à capital uma grande aparência. Dentro da cidade, em frente aos portões, havia uma grande praça salpicada de lascas de limão branco. A área era emoldurada pelo chamado "edifício com pórticos", esta estrutura era um muro de pedra de 0,85 de espessura, 29,3 m de comprimento, com pequenos pórticos nas laterais. O telhado de telhas de cada pórtico era sustentado por 6 pilares quadrados, entre os quais se erguiam, aparentemente, estátuas de mármore e bronze com dedicatórias aos deuses. Foi junto aos restos do edifício com pórticos que um relevo de um Palak equestre*, fragmentos de estátuas de mármore, uma laje com uma dedicatória a Zeus e Atena, um relevo representando Skilur e Palak, um fragmento da inscrição: "Rei Skilur , filho do rei..."

Os citas construíram tal edifício duas vezes. O primeiro deles, de menor tamanho, foi construído no século IV. BC e. Em seguida, foi destruída e paralela a ela, mais próxima do portão, foi erguida uma estrutura semelhante, mas de tamanho maior. Na porta da cidade - à direita da entrada - os restos de um pedestal de pedra, possivelmente de bronze ou estátua de mármore, foram encontrados. Aqui, na praça, eram feitas transações comerciais, vinham comerciantes estrangeiros, embaixadores de outros estados, paravam de funcionar, a área vira um lixão. Mas durante o período de prosperidade do país, durante o reinado de seus poderosos governantes, tudo foi diferente. Um grande celeiro foi aberto perto das muralhas defensivas de Nápoles, composto por cerca de 60 poços, com capacidade de 1,5 a 2 toneladas de grãos . As covas são feitas com muito cuidado - são escavadas na rocha e cavadas (parte superior) na camada cultural, e seus pescoços são forrados com pedra. De cima, o poço era bem fechado com uma tampa de pedra e coberto com barro para que a umidade não entrasse. Ao longo da muralha defensiva da cidade havia uma rua pavimentada, sob as lajes de pedra das quais se escondiam poços de grãos. Ao longo dos séculos de sua existência, Nápoles foi um importante centro comercial, sendo o pão o principal produto comercial e fonte de riqueza dos citas. A população da Cítia sujeita aos reis trouxe trigo para Nápoles. Parte dela foi despejada em poços de grãos para armazenamento de longo prazo, criando reservas estatais em caso de um longo cerco, quebra de safra etc. azulejos, pratos de vidro e laca vermelha, vários itens de luxo - jóias de ouro, tecidos caros. As relações comerciais com ilhas distantes foram realizadas através da mediação das cidades da região norte do Mar Negro. O pão era vendido a mercadores visitantes, que, por sua vez, o levavam para Ólbia, Quersoneso, Bósforo e mais adiante para as cidades gregas do Mediterrâneo, obtendo lucros significativos com a venda. que no século II. BC e. - sob Skilur - dependia diretamente do reino cita. Skilur cunhou sua moeda em Olbia. Conhecido cidadão de Olbia, natural da ilha de Rodes, Posidei vivia em Nápoles. Aqui eles colocam quatro estátuas com dedicatórias a Zeus, Atena, Aquiles Pontarco, a deusa Rodes 15 . Posideus era um grande comerciante, ele aparentemente muitas vezes tinha que carregar pão de Nápoles para Olbia, e depois em galés para chegar a Rodes e outras ilhas do Mar Egeu. Por isso, Posideus homenageou especialmente Aquiles Pontarco, o patrono do mar. Um comerciante grego chamado Eumenes também vivia em Nápoles. Durante as escavações foi encontrada uma dedicatória à deusa da fertilidade Deméter, colocada por Eumenes.Durante muitos anos, o fornecimento de mercadorias ultramarinas a Nápoles, incluindo vinho da ilha de Rodes, foi realizado através de Olbia. As relações comerciais foram mantidas com Quersonesos, assim como com Panticapaeum, no Bósforo eles compraram jóias de ouro - produtos dos mestres joalheiros do Bósforo. O comércio ativo passou pelas cidades da costa noroeste da Crimeia - Kalos-Limen e Kerkinitida. Talvez os próprios citas, sem intermediários, negociassem com mercadores ultramarinos, especialmente durante o período de subjugação de Olbia, quando podiam usar sua frota e fazer longas viagens. O comércio entre os citas era de natureza cambial, as relações monetárias também não se desenvolveram em tempos helenísticos ou nos primeiros séculos da nossa era. Além do pão, vendiam lã e peles de animais, mel, cera, linho.Somente a nobreza cita podia comprar pratos caros. No entanto, todos, tanto as pessoas nobres como as pessoas comuns, precisavam diariamente de panelas para cozinhar alimentos, armazenar leite, fazer queijo, etc. casamento cerâmico.A cerâmica é perigosa em termos de fogo, então os fornos eram geralmente levados para fora da cidade. Mas rodízios de bronze, armeiros podiam viver e trabalhar na cidade. Em Nápoles, os restos de escória de bronze, argila lyachki * foram encontrados repetidamente. Em 1958-1959. durante a escavação da muralha defensiva, foi descoberto um molde de fundição feito a partir do cabo de uma ânfora de Rodes. Foi possível encontrar vestígios da produção siderúrgica. Ferreiros napolitanos forjavam punhais e espadas, faziam ferramentas.

Os habitantes da capital cita não cuidavam apenas do pão de cada dia, mas também do alimento espiritual. Dos materiais obtidos pelos arqueólogos, pode-se ver que os habitantes da cidade construíram e decoraram templos, realizaram várias cerimônias religiosas, fizeram oferendas aos deuses. Na parte norte de Nápoles e fora de suas muralhas defensivas, quatro edifícios públicos foram escavados para cerimônias religiosas . Estes edifícios tinham a mesma disposição (hall e vestíbulo retangulares) e diferiam entre si apenas em tamanho e qualidade de decoração. uma porta de 1,6 m de largura. As paredes da casa eram feitas de tijolos de barro assentes sobre uma fundação de pedra, o telhado de duas águas estava coberto de telhas. Havia uma lareira no centro do salão. São 16 reentrâncias esculpidas na rocha, de 20 a 25 cm de diâmetro, a partir de suportes de madeira que sustentavam o teto e a tampa sobre a lareira. Fragmentos de um crânio de veado com restos de chifres foram encontrados no canto noroeste desta sala. As paredes do salão foram rebocadas e pintadas, as peças de gesso preservadas permitem reconstruir toda a pintura do salão 16. Parece ser dividido em três faixas: a superior é recortada com vestígios de tintas vermelhas e cinzas. Acima dela está uma cornija de estuque cinza. O cinturão do meio era dividido por semi-colunas com capitéis coríntios, entre os quais havia retângulos emoldurados com molduras pintadas. O terceiro cinturão inferior consistia em alternar retângulos largos e estreitos pintados com tinta marmorizada vermelha e preta. Sobre a pintura, muitos desenhos de grafite foram riscados no gesso. Entre eles estão representações de guerreiros com lanças, um aríete sobre rodas, manadas de cavalos, estatuetas humanas primitivas e sinais sármatas 17 . O edifício foi construído no final do II - início do século I. BC e. e durou até os séculos II-III. n. e. Nenhum objeto de trabalho e vida foi encontrado nele. Ao mesmo tempo, seu esplendor, proporções, paredes pintadas, dimensões, layout, restos de lareira e ossos de animais sacrificados indicam claramente que o edifício era público, servido para fins religiosos. A sudeste do edifício com afrescos, os restos mortais de uma casa, a mesma em planta, mas menor - 15x7,2 m. Suas paredes também foram construídas com tijolos de barro e assentadas sobre uma base de pedra. O edifício passou por dois períodos de construção e está muito mal conservado. Não havia vestígios do chão e da lareira. No canto sudoeste do salão principal, foram encontrados 13 fragmentos intactos e muitos pequenos de chifres de veado jovem e 4 pedaços de chifres de veado grande. Este edifício antecedeu a construção da casa com frescos e serviu também para fins religiosos, fora da cidade em 1956-1957. durante a escavação de um grande monte de freixos, foram encontrados os restos de um edifício (dimensões 11x5,6 m), que, como a casa com afrescos, consistia em um salão e um vestíbulo. Na passagem havia um recesso na rocha para um poste de madeira que sustentava o teto. No centro do salão principal havia uma lareira redonda. O telhado era provavelmente de barro ou junco, rebocado com barro. O edifício foi erguido nos séculos III-II. BC e. Mais tarde, foi gravemente danificada por um incêndio e foi reconstruída: a divisória de madeira que separava o salão do vestíbulo foi substituída por uma de pedra e a espessura das paredes foi aumentada. Na virada da nossa era, o prédio pereceu e não foi mais restaurado.Durante a construção da casa perto de seu vestíbulo, uma criança foi enterrada em uma cova ladeada de pedras. Ele estava em uma posição agachada. Aparentemente, era uma menina, já que em volta do pescoço da criança havia uma conta baixa feita de pasta azul e azeviche. O que é - um sacrifício de construção ou um enterro associado a algum outro ritual?A questão mais sem solução na história dos povos antigos são suas crenças, vários rituais. Às vezes nos deparamos com restos de sacrifícios, alguns rituais, cujo significado permanece um mistério. A ciência, infelizmente, ainda não acumulou fatos suficientes para explicá-los. E, aparentemente, muito tempo vai passar antes que o véu comece a se abrir, atrás do qual se escondem a visão de mundo e as idéias religiosas de pessoas do passado distante. No lado sudeste do edifício havia um cinzeiro (seu diâmetro é de 4 m) com restos de calçadas de pedra e cerca de pedra. Posteriormente, os restos do edifício e do cinzeiro foram cobertos com um aterro de uma grande colina de freixos, e em vez do edifício de culto destruído perto da muralha defensiva, foi construído um novo (13,4x6,5 m de tamanho) fora da cidade . Consistia também de um salão e um vestíbulo, onde se conservavam dois fossos para pilares de madeira que sustentavam o tecto. sofá feito de pedrinha e coberto de barro por cima. Suas laterais foram pintadas com listras de ocre vermelho e fuligem. No canto sudoeste da sala, foram descobertos os restos de um altar, que era uma cova de 30 cm de diâmetro e 30 cm de profundidade, coberta de barro por dentro. Continha os ossos de cinco ovelhas, fragmentos de vasos moldados e figuras de barro deliberadamente quebradas de pessoas e animais*.

O estudo do cinzeiro rendeu descobertas interessantes. Entre eles está a cabeça de terracota de Deméter, um fragmento da estatueta de terracota de Hermes - a mão segurando a bolsa. (O mensageiro dos deuses Hermes - "rápido como o pensamento" - era o patrono do comércio, e os gregos frequentemente o representavam com uma bolsa na mão.) Duas estatuetas de bronze dos Dioscuri 18 foram encontradas no cinzeiro. Segundo a mitologia grega, os inseparáveis ​​irmãos Dioscuri Castor e Polydeuces - habilidosos lutadores e governantes de carruagens - protegem as pessoas de todos os tipos de perigos que os aguardam no caminho, tanto em terra estrangeira quanto em casa. A ideia de heróis emparelhados, ligada à ideia de geminação, foi emprestada pelos citas por muito tempo. Não surpreende, portanto, que o culto dos Dióscuros fosse compreensível e próximo deles: plantas aromáticas, fragmentos de lareiras com cabeças de carneiro, fragmentos de vidro e vasos de laca vermelha, contas, broches, fragmentos de ânforas, etc. cinzeiro aqui (e no edifício descrito acima) era uma colina de sacrifício onde várias oferendas foram feitas aos deuses durante cerimônias de culto .Pausanias, um antigo autor do século II. n. e., descrevendo os sacrifícios dos gregos, ele relata os seguintes detalhes: “Eles colocam barras quadrangulares, ajustando-as como pedras durante a construção do prédio, elevando a uma certa altura, impõem mato. sacrifício: Hera - uma vaca, Zeus - um touro, enchem-nos de vinho e incenso, colocam no altar e acendem. Os indivíduos doam o que podem: quem tem menos recursos doa algo do pequeno gado. Todos esses sacrifícios são queimados , e o próprio altar é queimado "19. Aparentemente, algo semelhante aconteceu em Nápoles: os citas honravam a deusa Tabiti - a padroeira do fogo, a lareira. Como Tabiti era a divindade suprema, o lugar central nas casas de culto era ocupado pela lareira, onde o fogo sagrado queimava e as cerimônias de culto eram realizadas. Em Nápoles ainda são visíveis três montes de freixos, cujo surgimento provavelmente está associado ao culto do fogo.A comunicação constante com os gregos deixou sua marca no mundo espiritual dos citas. Do panteão grego, eles adotaram muitos ritos e cultos, especialmente divindades que eram adequadas ou um tanto semelhantes às suas.A influência da cultura grega foi especialmente acentuada no período helenístico. A aristocracia se esforça para imitar os helenos em tudo; para a construção e decoração de edifícios ricos, mestres gregos são convidados, e os planos e proporções desses edifícios, residenciais e públicos, repetem os gregos. Nessa época, os reis citas, como o basileu grego, cunhavam sua própria moeda. A influência grega também é perceptível no vestuário: Skilur e Palak são retratados em mantos no relevo, o manto de Skilur é preso no ombro com um broche. Os gregos viveram e trabalharam em Nápoles (conhecemos Posedeus e Eumenes). Parte da população, sem dúvida, conhecia a língua grega - as dedicatórias aos deuses eram escritas em grego.Em vários exemplos, vemos que na época helenística, especialmente no reinado de Skilur, floresceu a capital dos citas. A população está engajada no comércio, no artesanato, a cidade está sendo construída. Os governantes cuidam não apenas de transformar Nápoles em uma fortaleza pronta para resistir a um longo cerco, mas também da aparência da cidade, para que os hóspedes ultramarinos, embaixadores de outros estados, vejam a riqueza dos reis citas, sintam a força e poder do Estado. Anteriormente, outros estavam convencidos deste "professor": já no século III BC

citas e gregos

A exploração realizada por P. N. Shultz na década de 1930 ao longo da costa noroeste da Crimeia descobriu vários assentamentos gregos e citas 20 . Ao mesmo tempo, surgiu a ideia de que as linhas defensivas - grega e cita - pareciam se opor. Atualmente, graças ao estudo intensivo da costa ocidental, incluindo os assentamentos e cemitérios localizados ao longo do vale do rio Alma, surge um quadro um pouco diferente, permitindo uma representação mais realista da relação entre os citas e os gregos. Os gregos começaram a se estabelecer na costa noroeste da Crimeia já no século VI. BC e. (Kerkinitida) 21 , mas a maioria das povoações e quintas surgiram nestas margens mais tarde, a partir do século IV aC. BC. 22 Sua aparição está ligada, aparentemente, com o desenvolvimento da faixa litorânea, com a criação do coro de Quersoneso. Não é à toa que, durante as escavações, tantos materiais importados caem nas mãos dos arqueólogos: ânforas e azulejos com os selos de oficiais e artesãos de Quersoneso, vários vasos de cerâmica da produção de Quersoneso - jarras, frascos, lutheria. assentamentos citas séculos IV-III. BC e. ainda não descoberto. Existem apenas alguns enterros citas do 4º c. BC e. nos montes da Idade do Bronze.Por cerca de um século, os gregos viveram pacificamente aqui, na costa noroeste da Crimeia, envolvidos na agricultura, viticultura, pesca e criação de gado. Sua economia pode ser julgada pelos restos de cereais encontrados durante as escavações, por facas de uva, anzóis e chumbadas para redes. Existem relativamente poucos ossos de animais domésticos - a pecuária não recebeu grande desenvolvimento.No século III. BC e. alguns desses assentamentos morrem repentinamente, sua morte é acompanhada pela destruição de propriedades fortificadas, incêndios. Assim, a propriedade perto do lago Sasyk (Pansky) 23 e vários outros assentamentos dos gregos de Chersonese pereceram. Quem destruiu as propriedades gregas? A arqueologia responde: os vizinhos mais próximos são os citas.Uma grande cidade comercial da região do Mar Negro, Quersoneso estava ligada a muitos centros do mundo antigo. Navios carregados de ânforas com vinho e azeite vinham da ilha de Tasos, de Heraclea, Sinope, Amis. Muitos navios indo para as margens do Bósforo e para Olbia desembarcaram em Quersonese. Naturalmente, os reis citas procuraram tomar este porto. No entanto, não era fácil lidar diretamente com Quersoneso, parecia mais fácil capturar os assentamentos costeiros e gradualmente sangrar a cidade. Os citas precisavam de todo o coro para isso? Aparentemente não. Em primeiro lugar, era necessário capturar pontos maiores e separados da costa - saídas para o mar, o que daria aos citas a oportunidade de realizar comércio independente com países ultramarinos. A guerra entre Quersonese e os citas assumiu um caráter prolongado, os confrontos militares se sucederam. Às vezes, o mesmo assentamento costeiro mudava repetidamente de mãos. Quersonese não conseguiu forçar os citas a recuar - o inimigo era muito beligerante e forte. Habilmente usando uma técnica testada e comprovada - um ataque surpresa, a cavalaria cita levemente armada poderia rapidamente perturbar as fileiras próximas dos hoplitas e arqueiros gregos. Os citas usaram todas as oportunidades para atacar o inimigo. Uma das inscrições de Quersonese diz que o ataque foi cometido durante uma procissão festiva em homenagem a Dionísio 24. Ficou claro que Quersoneso sozinho não poderia lidar com esses "bárbaros". Eu tive que atrair os sármatas para o lado deles.Os sármatas são um povo nômade que veio das regiões do Volga e Urais para as estepes da região norte do Mar Negro. Isto é o que Estrabão escreveu sobre eles: "Suas tendas de feltro estão presas às carroças em que vivem. O gado pasta ao redor das tendas, cujo leite, queijo e carne eles comem. Meotida (Mar de Azov. - Ed.), e no verão nas planícies" 25 . Há uma história bem conhecida citada por Polien, um escritor romano do século II aC. n. e., sobre a rainha sármata Amag, falando ao lado de Quersoneso 26 . Chegou-se a um confronto militar em que Amaga venceu, e o rei cita foi morto. E embora isso seja provavelmente uma lenda, reflete um quadro histórico muito real, em particular, a incerteza dos Quersoneses no resultado da luta contra os bárbaros. BC e. A tributação de um grande estado grego atesta a força e o poder dos citas.No século II. BC e. eles capturaram Kerkinitida, o Belo Porto (Kalos-Limen), o posto comercial grego perto de Evpatoria (o antigo assentamento "Gaivota") e outros assentamentos do coro Quersonese. Impotente para derrotar os citas, desta vez os Quersonesitas foram forçados a procurar ajuda do rei pôntico Mitrídates VI Eupator, que enviou tropas lideradas pelo comandante Diofanto para ajudar Quersoneso. Strabo relata que os Roxolani usavam capacetes e conchas feitos de couro de touro, capacetes de vime, além de lanças, arco e espada. O enorme exército dos roxolanos não resistiu aos 6.000 guerreiros de Diofanto, que, presumivelmente, se distinguiu por suas excelentes habilidades de liderança militar. A brilhante vitória de Diofanto predeterminou em grande parte o resultado da guerra. Palak teve que recuar, a capital do estado de Nápoles foi severamente destruída. Diofanto forçou os citas a renunciar às suas reivindicações ao Bósforo. E os Quersonesitas comemoraram a vitória, em homenagem ao líder dos vencedores na cidade, um decreto honroso foi emitido e esculpido em uma pedra, felizmente, que chegou até nós. Diz que os citas entregaram as fortalezas localizadas no interior do país - Khabei e Nápoles. Estrabão relata sobre a fortaleza cita de Palakiy, e a inscrição de Quersoneso mencionando um grego morto em Palakiy 28 também fala disso. E, finalmente, outro decreto Quersonese nomeia a quarta pequena fortaleza - Napit 29 . Onde ficavam essas fortalezas? Com quais pontos geográficos no mapa moderno da Crimeia eles são identificados?

Procure por fortalezas antigas

Vamos nos voltar para os conhecidos assentamentos citas da Crimeia e tentar descobrir quais deles podem, pelo menos aproximadamente, ser correlacionados com as fortalezas indicadas nos decretos de Quersoneso e por Estrabão. Infelizmente, nenhuma inscrição com seu nome foi encontrada em nenhum dos assentamentos citas na Crimeia. E como não existem fatos exatos e indiscutíveis, a localização só pode ser hipotética 30 . Comecemos pelo fato de que os decretos em questão refletem os eventos associados à campanha de Diofanto. Consequentemente, fortalezas devem ser procuradas na área de operações militares dos citas e gregos. O teatro de hostilidades foi, provavelmente, na Crimeia ocidental, na área da chora Quersonese, e no território do estado cita, adjacente às posses de Quersonesos. Alguma parte da Cítia profunda também deve ser incluída aqui, uma vez que as fortalezas de Nápoles e Khabei estavam localizadas, a julgar pelo decreto em homenagem a Diofanto, nesta região da península. É muito importante descobrir quais assentamentos citas existiram nesta região território no século 2 aC. BC e., em outras palavras, qual deles os gregos poderiam destruir e conquistar.Agora a grande maioria dos cientistas localiza Nápoles no local da moderna Simferopol * (mais precisamente, no trato Kermenchik, na região sudoeste da cidade). Nápoles foi um importante ponto estratégico na guerra com os gregos, já que o decreto menciona sua rendição pelos citas. É verdade que é o segundo nome depois da fortaleza Khabei. Isso significa que Nápoles era uma cidade menor? Mas, talvez, tenha sido destruído pelo segundo, e no caminho para ele outra grande cidade, Khabei, estava e foi a primeira a ser atingida? ..

Na costa ocidental da Crimeia, o maior assentamento cita está localizado na confluência do Alma no mar e, portanto, é chamado condicionalmente de Ust-Alma. O que foi o castro, qual é a sua história? BC e., ou seja, antes das guerras de Diofanto. Os moradores de Ust-Alminsky poderiam participar da guerra com os gregos. E se Nápoles e Khabei, como diz o decreto em homenagem a Diofanto, estivessem no meio da Cítia, então Palakios poderia estar na costa. O grego, que pagou com a vida nas suas muralhas e foi premiado com a inscrição, morreu - é possível - aqui mesmo, na foz do rio Alma. Claro, isso é apenas uma suposição, embora não sem fundamento: afinal, ainda não sabemos de uma única fortaleza cita que surgiu antes das Guerras Diofantinas no sudoeste da Crimeia e na costa ocidental, com exceção do Ust- Assentamento de Alma. E Khabei? Onde estava esta cidade nas profundezas da Cítia? Já dissemos que quatro quilômetros a noroeste de Simferopol, em um cabo delimitado em ambos os lados por vigas profundas, há um grande assentamento cita Kermen-Kyr (depois do nome da colina) 32 . Agora, este é o território da fazenda estatal de Krasny. O antigo assentamento é conhecido pelos cientistas desde 1889. O conhecido pesquisador da Crimeia AI 33 . O cientista sugeriu que havia uma fortificação do mesmo tipo que a de Nápoles. As primeiras escavações em Kermen-Kyr foram realizadas em 1929 por N. L. Ernst, que também chegou à conclusão de que o antigo assentamento é semelhante a Nápoles.

Escavações em 1929, 1945 e 1951 mostraram que o assentamento possuía uma acrópole**, protegida por uma poderosa muralha defensiva (7,25 m de espessura). No piso, lado sudoeste da cidade, havia uma muralha de terra, e em cima dela havia um muro de pedra de 1,65 m de espessura e um fosso em frente à muralha.

Assentamento de Kermen-Kyr. I - escavação em 1945; II - escavações em 1945 e 1951; III - pedreira

Os restos de vários edifícios residenciais foram descobertos em Kermen-Kyr. O tamanho de um deles, de planta retangular, é de 5x4 m. As fundações de pedra das paredes desta habitação, o piso de adobe, foram preservadas, e o revestimento de argila repousa sobre uma camada de cinza, na qual fragmentos de cerâmica do 3º-2º séculos foram encontrados. BC e. As próprias instalações podem ser atribuídas ao mesmo tempo. Poços de grãos e domésticos foram localizados ao redor da casa. Arqueólogos desenterraram dois fornos de cerâmica. De um deles havia apenas vestígios, o segundo está bem preservado. Esta última, de planta redonda, de duas camadas, foi construída em tijolos de barro, de forma quadrada e oblonga 34 . A câmara inferior, com 1,33 m de diâmetro e 0,51 m de altura, foi separada da câmara superior por uma sobreposição inter-câmaras. A câmara superior não foi preservada, mas tijolos semelhantes a rolos de vários tamanhos encontrados durante as escavações podem ser usados ​​para restaurar seu teto abobadado. Os métodos complexos de alvenaria do forno testemunham a tecnologia de construção relativamente alta que os citas alcançaram no século I aC. n. As cerâmicas do povoado são diversas: fragmentos de ânforas de Rodes, Knidos e Kos, fragmentos de pithoi (barris de barro), azulejos, louças de vidrado vermelho, fragmentos de raladores de grãos, cabeças de carneiros de barro que adornavam bases de barro (os chamados tijolos com chifres), etc. Em algum lugar perto do assentamento havia um antigo cemitério onde os habitantes de Kermen-Kyr enterravam seus parentes.O Museu da Sabedoria Local da Crimeia contém duas lápides encontradas perto de Kermen-Kyr. Em um deles (sua altura é de 1,40 m), as imagens em relevo são aplicadas na parte frontal em três camadas. Na camada superior - uma cena de uma luta entre um cavaleiro e um soldado de infantaria. O guerreiro tem um escudo na mão esquerda e provavelmente uma lança na direita. Sob os pés do cavalo está o corpo de um guerreiro derrotado. Cães correndo são retratados na camada intermediária. Sob seus pés estão os corpos de duas pessoas mortas. Na parte inferior - terceira camada - a figura de um cavaleiro. A segunda estela (trabalho muito tosco) é uma imagem antropomórfica.Em 1967, um túmulo da Idade do Bronze foi escavado perto do povoado. Em seu montículo havia cinco criptas citas tardias com sepulturas coletivas 35 . Estas criptas são ovais ou quase redondas, medindo 1,70x2 m e 1,40x1,80 m. Um longo corredor conduzia a cada uma delas - um dromos cheio de pedras. De 4 a 8 pessoas foram enterradas nas câmaras funerárias com uma variedade de equipamentos relacionados. O que é esse inventário? Vasos de barro para incenso (balsamaria), fivelas de bronze e ferro, dardos de ferro, facas de ferro, tigela de barro. Nos pés de um dos sepultados foram preservados os restos de sapatos de couro, cuja parte superior foi aparada com um cinto de couro e presa nos tornozelos com pulseiras de bronze. Os enterros datam dos séculos II-I. BC Este túmulo pertence, sem dúvida, ao antigo povoado, e provavelmente existiu simultaneamente com o habitual, não pavimentado, onde outrora se ergueram estátuas de pedra semelhantes às descritas acima nos túmulos de pessoas nobres. Mas voltemos às guerras de Diofanto . Assim, as escavações estabeleceram que Kermen-Kyr surgiu nos séculos III-II. BC e. Este é um dos maiores assentamentos do reino cita - a fortaleza mais próxima nos arredores de Nápoles.

Depois de Skilur

Diofanto voltou a Quersonesos Kerkinitida, o belo porto, forçou os citas, como já dissemos, a entregar Khabei e Nápoles. "Maravilhoso e benéfico para o czar Mitrídates" (palavras do decreto de Quersoneso), ele também organizou assuntos no Bósforo. A partir dessa época, por cerca de 40 anos, o reino do Bósforo fez parte do vasto poder de Mitrídates VI Eupator. Muitos assentamentos dos citas derrotados por Diofanto foram queimados e destruídos.As escavações dos últimos anos no assentamento de Ust-Alma revelaram uma camada de fogo da época das guerras com os gregos. A cidade surgiu no final do século III. BC e., e um século depois, seus habitantes lutaram com Diofanto. Embora tenham resistido a essa luta, os gregos conseguiram desferir-lhes um golpe sensível. Não foi melhor em Nápoles: as casas morreram com o fogo, as muralhas da fortaleza foram seriamente danificadas. Logo eles tiveram que ser completamente reconstruídos, mas os citas não foram quebrados. Eles se recuperaram relativamente rápido da derrota, curaram as feridas infligidas pela guerra, e seu estado novamente se tornou bastante forte e formidável.E imediatamente após a guerra, a situação no país era muito difícil. Além disso, Scythia experimentou dias de grande luto - o rei Skilur morreu.

O antigo escritor grego Plutarco (séculos I-II d.C.) nos dá uma mensagem lendária sobre a morte do rei 36 . De acordo com o testemunho deste autor antigo, Skilur supostamente teve 50 ou 80 filhos e ordenou que todos fossem convocados. Quando seus filhos chegaram, ele os convidou a pegar um dardo cada um e quebrá-lo. Cada um sem dificuldade executou a vontade do rei. Então Skilur juntou 80 dardos e ordenou que quebrassem todo o pacote. Esta acabou por ser uma tarefa impossível. "Se vocês ficarem juntos", disse o rei, "serão fortes e invencíveis, mas se não houver uma forte aliança entre vocês, serão facilmente derrotados". Nesta lenda, com toda a probabilidade, não estamos falando dos próprios filhos de Skilur, mas de seus parentes e associados próximos. O rei legou a eles para apoiar o novo governante - seu filho mais velho e herdeiro Palak. Mesmo durante a vida de Skilur, Palak, aparentemente, participou ativamente do governo do estado, talvez como co-governante, e por isso ele foi recebeu uma grande honra - uma imagem em relevo dele estava em um lugar de honra em frente aos portões centrais da cidade. Mais tarde, após a morte de Skilur, os mestres gregos capturaram a imagem do jovem Palak a cavalo.A morte do poderoso rei foi naturalmente acompanhada por uma magnífica cerimônia fúnebre. E dois mil anos depois, os arqueólogos desenterraram um mausoléu nos portões centrais da cidade, que, segundo algumas suposições, serviu como o túmulo de Skilur 37. O que era esse monumento? A estrutura é de planta quadrada e mede 8,65 x 8,1 m. As paredes, com 1 m de espessura, são feitas de quadrados de calcário branco, e sua parte superior é forrada com tijolos brutos. Do lado leste, uma entrada de 1,5 m de largura conduzia à câmara, posteriormente bloqueada com uma pedra. Ali, em um túmulo de pedra, com roupas magníficas feitas de lã branca, bordadas com fios de ouro e inúmeras placas de ouro, o rei foi sepultado. Segundo a tradição, suas armas foram colocadas ao lado do velho guerreiro: duas espadas de ferro embainhadas em escarlate, um capacete e uma aljava cheia de flechas, decoradas com placas de ouro, lanças douradas. Algum tempo depois, a rainha foi enterrada no mausoléu - em roupas caras, com inúmeras decorações. Ela estava deitada em um sarcófago de madeira incrustado de ouro. Aqui, durante décadas, foram enterrados parentes e associados próximos do rei. Por muitos anos, o mausoléu continuou sendo o local de sepultamento das pessoas mais nobres do estado cita. No total, 72 enterros foram descobertos nele, 70 deles estavam em caixas de madeira e, mesmo assim, foram imediatamente enterrados em 2-3 e até 5 pessoas. Em algumas caixas conservavam-se vestígios de barro (manchados de barro por cima e depois pintados com tinta vermelha), havia caixas com decorações em gesso e dourados.Todos os enterros se distinguiam pela riqueza, esplendor e abundância de jóias de ouro. No mausoléu, escavado em 1946-1947, foram encontrados 1.327 objetos de ouro - pingentes, placas costuradas de diversos formatos, medalhões, etc. para o mausoléu foi batido em tábuas de carvalho, na frente dela foi encontrado o esqueleto de um cachorro - um guarda no limiar que leva ao reino dos mortos. Mais tarde, o mausoléu se transforma em uma torre de combate de portão, reforçada com um cinturão de pedra com mais de 2 m de espessura. Pode-se entrar na torre por uma escada de pedra de 11 degraus. Os últimos enterros (superiores) do túmulo real remontam ao início do século I aC. n. e. Dissemos acima que na tumba de pedra do mausoléu foi enterrado - presumivelmente - Skilur. Este ponto de vista foi expresso oportunamente por P. N. Schultz 38 . Baseia-se na data do enterro (século II aC) e na semelhança do rosto do enterrado, restaurado por M. M. Gerasimov a partir do crânio, com as conhecidas imagens de Skilur em moedas e relevos de pedra. De acordo com N. N. Pogrebova, o enterro real poderia pertencer ao filho de Skilur - Palak 39. Infelizmente, fontes escritas não nos dizem sobre o tempo do reinado e morte dos reis citas. Apenas Estrabão diz que os roxolanos sob a liderança de Tasias vieram em auxílio de Palak na luta contra Mitrídates Eupator 40, e em um decreto em homenagem a Diofanto é dito que o rei cita Palak atacou as tropas gregas inesperadamente. que na guerra com os gregos (em 110 -104 aC) Skilur não participou que morreu antes desses eventos, mas seu filho Palak lutou. Se Skilur morreu antes da guerra, o mausoléu foi construído antes de começar, ou seja, durante a preparação ele, durante a reconstrução das paredes. Assim pensaram P. N. Shults e A. N. Karasev. Eles acreditavam que antes da guerra, juntamente com o mausoléu, uma torre do portão oriental estava sendo construída, uma muralha defensiva avançada (o chamado proteicismo) estava sendo construída, separada da muralha principal por um espaço intermediário (peribol). Essa visão continua até hoje na literatura. Mas, neste caso, surge a pergunta, colocada por O. D. Dashevskaya 41: por que durante a guerra com os gregos o mausoléu e a torre não foram destruídos e o túmulo real não foi saqueado? De fato, o mausoléu fica nos próprios portões, o inimigo é vitorioso, os incêndios estão ocorrendo na cidade, os guardas da cidade são mortos - é hora de roubar o túmulo real, onde com certeza (quem não sabia disso! ) um monte de jóias. Mas não, está intacto. Bem, se você tomar o ponto de vista de N. N. Pogrebovoi, o que acontece então? A imagem neste caso é a seguinte: Skilur morreu antes da guerra, sua tumba não é conhecida por nós, e a semelhança do retrato do enterrado em uma tumba de pedra com o relevo e as imagens nas moedas não significa nada. Acontece também que a construção do mausoléu e da torre foi realizada no pós-guerra.Ao analisar ambos os pontos de vista, os trechos na construção do conceito histórico ficam involuntariamente evidentes. Em algum lugar, o fio da verdade se esvai e começa a especulação.Bem, e se (nos permitimos mais um "se") presumirmos que Skilur estava vivo durante a guerra? Afinal, as fontes escritas não nos contam sobre sua morte, como sabemos que ele não lutou? Não é possível supor que Skilur e Palak - ambos - participaram da guerra? Palak liderou um ataque ativo aos gregos e fez um ataque surpresa contra eles, Skilur manteve a defesa da capital. E ele morreu imediatamente após a guerra. Mas mesmo durante a vida de seu pai, o jovem e enérgico Palak, nomeado rei no decreto, poderia estar no poder. Neste caso, a semelhança do retrato da pessoa enterrada no mausoléu e a integridade do próprio mausoléu encontram sua explicação . E, finalmente, mais uma circunstância importante. A julgar pela reconstrução de M. M. Gerasimov, o homem enterrado no túmulo de pedra era um homem idoso. Segundo a lenda, Skilur morreu velho. Há também uma imagem de um Palak equestre, sincronizado com a época do enterro de Skilur, onde Palak aparece diante de nós como um jovem guerreiro. Então, vamos parar: Skilur morreu após a guerra, foi enterrado em um mausoléu construído junto com o portão leste A questão da hora e local do enterro de Skilur permanece controversa. Há depoimentos de especialistas individuais, não considerados aqui pelo autor, que duvidam do caráter retratista das imagens de Skilur. Contradiz o ponto de vista do autor, reforçando a opinião de N. N. Pogrebova, e a idade dos enterrados no mausoléu é de cerca de 40 anos. - Edu.

Inflexível

Nápoles foi seriamente danificada durante a guerra. Era necessário empreender com urgência a restauração da cidade e, sobretudo, fortalecer as fortificações que haviam caído em desuso. Sua reestruturação poderia ocorrer da seguinte forma: os citas não restauraram completamente as paredes destruídas, mas construíram uma nova, com 2 m de espessura, um mausoléu e uma torre de portão foram anexados a ela. Este último tinha uma forma quadrangular, suas dimensões internas eram de 5x3,5 m. Posteriormente, foi reforçado com três correias adicionais e a espessura total de suas paredes aumentou para 6 m na base. parede, cuja altura atingiu 6-7 m. A rampa, aparentemente, serviu de proteção adicional apenas na área dos portões centrais da cidade, e em outros lugares a cidade foi defendida por uma nova muralha, provavelmente junto com os restos da antiga.

No portão central da cidade, a espessura do muro era agora (com rampa) de 12,5 m. O muro novo, como o mais antigo, provavelmente tinha um portão, que poderia ser de madeira, batido em tábuas grossas com pregos de ferro forjado. Assim, foi obtido um sistema de portões duplos, que serviu como uma defesa confiável contra o inimigo. Com toda a probabilidade, a muralha defensiva do sul de Nápoles foi reforçada por torres e saliências de torre ao longo de todo o seu comprimento - não apenas na área de \u200b\u200bo portão. Durante a escavação de uma seção da parede a 40 metros a leste do portão central, foi descoberta uma borda de torre. E o viajante suíço Dubois de Montpere, que visitou Nápoles em 1834, nos deixou um plano do assentamento, no qual a parede sul é retratada com seis torres, e as torres estão localizadas de acordo com as regras da antiga fortificação - cerca de 40-60 metros de distância, ou seja, a uma distância de vôo de uma flecha. Perto da muralha defensiva e da torre leste, muitas pedras de funda foram encontradas durante as escavações, que foram amplamente utilizadas nos tempos antigos durante o cerco das cidades. Há também provas escritas disso. Assim, o antigo historiador militar romano Vegécio recomendou a coleta de mais seixos, pois seus golpes são mais perigosos do que qualquer flecha 43. Ao longo da história da cidade, seus habitantes cuidaram de fortalecer os acessos a ela pelo lado sul. É possível que a muralha defensiva também corresse ao longo da viga Petrovsky no lado oeste do assentamento.Havia uma acrópole na capital cita?Construção desse tipo é conhecida em muitos assentamentos da Cítia tardia. Havia uma acrópole, como vimos, em Kermen-Kyr, havia em Alma-Kermen, em Bulganak 44. Na parte norte de Nápoles, os restos de uma poderosa muralha defensiva foram descobertos. É bem possível que ela tenha servido para defender a acrópole. Mas um segmento muito pequeno dela, apenas 2 m, foi identificado e, portanto, só se pode falar sobre a acrópole de Nápoles até agora apenas presumivelmente. Depois da guerra, a cidade está se recuperando rapidamente, as casas destruídas estão sendo reconstruídas, novos edifícios são sendo erguido. . A helenização penetrou profundamente na cultura dos citas tardios. Manifestava-se tanto na construção de edifícios (proporções, planta segundo modelos gregos), como no desejo de dar à cidade uma aparência magnífica (edifícios com pórticos nas portas centrais da cidade). Na cidade, como já mencionado, havia estátuas com dedicatórias aos deuses escritas em grego, e as próprias divindades não eram apenas citas, mas também gregas. As construções dos primeiros séculos de nossa era no local não foram suficientemente estudadas . Sabe-se, no entanto, que casas de pedra e abrigos desta época existiam em diferentes partes de Nápoles. Perto da muralha defensiva, na área dos portões centrais da cidade, foi descoberto um porão retangular da casa, suas dimensões eram 5,76x3,90 m. Havia também um pequeno porão (1,60x1, 10 m.), possivelmente pertencente a algum anexo. Foram investigadas moradias retangulares de câmara única (de vários tamanhos 3,15x4,45 m., etc.) a parte central da cidade. Nesta época (os primeiros séculos da nossa era) também foram construídos porões de duas câmaras. Um deles foi escavado na parte norte de Nápoles. A parede sudoeste do edifício, com 2 metros de altura, foi traçada; do sul, uma escada de pedra levava ao porão, do qual três degraus foram preservados. Na cripta No. 9, a pintura de nichos reproduz a aparência das casas citas. A julgar pela pintura, essas casas tinham telhados de duas águas, os frontões eram decorados com imagens de patins e flechas. Sabemos também que a pedra está agora substituindo os tijolos brutos da era helenística. Nos primeiros séculos de nossa era, os citas ainda prestam atenção à decoração dos edifícios religiosos (uma casa com afrescos), convidam mestres gregos para isso - talvez para pintar algumas criptas de pedra -pintores. As pessoas ainda ricas compram pratos mais caros e vários itens de luxo. Mas aos poucos a cidade está mudando de cara. Os depósitos de lixo são organizados no local de grandes edifícios anteriormente existentes, o planejamento da cidade na área dos portões centrais da cidade é interrompido, mais abrigos e semi-cavões aparecem. Há sinais claros de declínio. No entanto, tudo isso não impediu que os reis citas cuidassem do fortalecimento do estado e de seu poder.

No vale do Alma

Para a vida econômica do país, baseada no comércio de grãos, era vital expandir o território do estado, desenvolver as terras férteis dos vales dos rios. Ao longo de Belbek, Kacha e Alma e na Crimeia central, após as guerras de Diofanto, surgiram numerosos assentamentos e assentamentos citas. Os assentamentos de Alma foram estudados melhor do que outros. Muitos deles eram conhecidos por N. L. Ernst, já mencionado por nós, o arqueólogo da Crimeia e historiador local, que fez muito para estudar a história da Crimeia. Mais tarde, a expedição Taurus-Scythian realizou o reconhecimento desses assentamentos. Em 1954, na margem esquerda do Alma, perto da aldeia de Zavetnoye, começaram as pesquisas sobre o assentamento de Alma-Kermen (o antigo nome da aldeia).

Nos anos 30 do século passado, este antigo assentamento foi mencionado por um grande pesquisador da história da Crimeia, P. I. Koeppen. "As fundações das muralhas agora são pouco visíveis lá", escreveu Keppen, "constituindo a fortaleza, que os vestígios dos tártaros chamam de Kala". BC e., quando os taurinos viviam aqui. No século II. BC e. Este território foi dominado pelos citas. Um assentamento cita aparece no planalto, e ao seu pé - um assentamento. A área do assentamento é de 1,3 hectares, seu cabo noroeste foi protegido por uma poderosa muralha defensiva (3,5 m de espessura). Sobre o cabo estava a parte mais inexpugnável da povoação - a sua acrópole, atrás da muralha onde os habitantes de Alma-Kermen podiam esconder-se no momento do perigo.Os vestígios das primeiras construções são poucos. Atestam que as casas foram construídas sobre alicerces de pedra, e as paredes provavelmente de tijolos de adobe.Os quartos são de forma rectangular, por vezes com cantos arredondados. Perto de um deles, foi feito um sacrifício nas covas, os arqueólogos encontraram ossos de animais misturados com os ossos de uma criança e, em seguida (em outra cova) - um pote moldado. Perto das covas estava o esqueleto de um bebê agachado. Havia também um pequeno altar retangular de barro aqui. BC e., ou seja, após as Guerras Diofantinas, as terras férteis, a proximidade de água doce criaram condições favoráveis ​​à agricultura e à criação de gado 46. Não é por acaso que grãos carbonizados de trigo e centeio estiveram entre os achados. Na despensa, talvez um celeiro ou galpão, ânforas cheias de grãos estavam no chão.A julgar pelos numerosos restos de grãos encontrados neste e em outros assentamentos, os citas cultivavam principalmente trigo. A agricultura era o arado, o estado cita fornecia uma enorme quantidade de pão ao mercado do Mar Negro, sem o arado isso seria impossível. Além do arado, no entanto, uma série de ferramentas auxiliares serviam para o cultivo da terra, principalmente uma enxada - uma ferramenta que tinha duas pontas afiadas - para quebrar torrões, e larga, plana - para soltar a terra. (Tal enxada de ferro, que também poderia ser usada para cultivar um jardim, foi encontrada no sítio de Alma-Kermen. Seu comprimento é de 25 cm, no centro há um buraco para uma vara). A colheita era feita com foices, mas o trigo era ceifado, deve ser trilhado O antigo historiador grego Xenofonte (séculos V-IV aC) escreve sobre como os gregos trilhavam o pão. BC e.). "Animais - bois, mulas, cavalos eram conduzidos em círculo, jogando espigas de milho sob seus pés, das quais o gado arrancava grãos" 47 . Aparentemente, os citas usavam o mesmo método de debulha (embora provavelmente utilizassem tábuas de debulha). O grão necessário para a alimentação era esmagado em almofarizes de pedra, moído em moinhos manuais, obtendo-se cereais e farinha. Moinhos redondos inteiros (pedras) e seus fragmentos são encontrados com muita frequência durante as escavações. Como eles se pareciam? A mó inferior foi fixada imóvel e o grão foi derramado em sua superfície plana de trabalho através de um orifício na mó superior. A mó superior era girada com a ajuda de um cabo de ferro ou madeira, transformando o grão em farinha. Esses moinhos são geralmente pequenos - seu diâmetro não excede 35-36 cm. Além disso, havia também mós-empurradores retangulares. Nesse caso, a pedra superior não girava, mas movia-se para frente e para trás com a ajuda de uma alça. Nos primeiros séculos da nossa era, surgiram os moinhos, conduzidos por burros ou mulas. Um fragmento da metade superior de tal dispositivo - 2,2 m de diâmetro - foi encontrado no assentamento Alma-Kermen. A criação de gado teve um papel importante na economia: numerosos ossos de animais domésticos encontrados nos assentamentos indicam que eles criavam principalmente pequenos bovinos - ovinos, caprinos e suínos. Mais tarde (os primeiros séculos da nossa era), o gado começou a ser criado. Mas a base da economia dos habitantes de Alma-Kermen e outros assentamentos e assentamentos da Cítia continua sendo a agricultura 48 . Não é à toa que um grande celeiro foi aberto na capital do estado, Nápoles. Os habitantes dos vales dos rios, aparentemente, trouxeram pão para cá. O juramento dos cidadãos de Quersonesos diz: "Não venderei o pão trazido da planície, nem o levarei com iguais para qualquer outro lugar, mas apenas para Quersonesos". 49 . Os habitantes da Cítia provavelmente também foram proibidos de vender ou exportar pão para qualquer lugar, exceto Nápoles. Aparentemente, os reis citas estavam engajados em um comércio monopolista de pão.Um papel auxiliar, embora importante, foi atribuído à viticultura, vinificação e pesca na economia. Na distribuição e desenvolvimento da viticultura entre os citas, a influência de Quersoneso e outras cidades gregas afetadas. Duas facas de videira foram encontradas no local de Alma-Kermen. E em sua necrópole, lagares portáteis de pedra para uvas eram usados ​​como placas de fundação para uma das sepulturas.O vinho importado era caro, era acessível apenas para citas ricos. Seu próprio vinho era muito mais barato, então a vinificação nos primeiros séculos de nossa era foi amplamente desenvolvida entre eles. Um lagar esculpido na rocha com um dreno para drenar o mosto foi encontrado perto do assentamento de Krasnozorinsky * em Kacha. Durante as escavações de Nápoles, uma videira carbonizada foi descoberta. Segundo os pesquisadores**, as uvas cresciam no vale do Salgir ou perto do assentamento.

A pesca, muito naturalmente, era a ocupação dos habitantes das povoações e povoados costeiros. Havia muitos peixes na costa da Crimeia, especialmente linguado e tainha: escamas e ossos de peixe não são achados raros, em particular no assentamento de Ust-Alma. Os citas estavam envolvidos na jardinagem? Heródoto apontou que os Gelons - um dos as tribos citas - tinham jardins. Na Crimeia, os jardins foram criados por Touro. Em um dos assentamentos de Touro dos séculos IX-VIII. BC e (Uch-Bash) ossos de cerejas, ameixas e cerejas foram encontrados. Os restos encontrados de maçãs, peras, cerejas, nozes nos assentamentos e nos cemitérios dos citas da Crimeia testemunham que eles também tinham jardinagem.Vários ofícios desempenharam um papel significativo na economia do estado cita. Em primeiro lugar, claro, ficou o artesanato em cerâmica 50 . Os pratos são necessários em qualquer casa - grandes e pequenos, e o barro estava sempre à mão: as colinas do assentamento Ust-Alma, Alma-Kermen e outros são afloramentos de barro quaternário. Portanto, por toda parte nos assentamentos citas - assentamentos e aldeias - encontramos numerosos fragmentos de vasos moldados, simples e polidos, às vezes com ornamento, mais frequentemente sem ele. Muitos navios intactos também chegaram até nós, encontrados principalmente em cemitérios e assentamentos. São de várias formas e tamanhos - desde pequenos vasos de brinquedo feitos para crianças até grandes potes em que guardavam grãos, farinha, água, leite.A tecelagem era muito comum entre os artesanatos caseiros, feitos pelas mulheres. Para obter as matérias-primas, semeou-se e semeou-se o linho e o cânhamo. Em assentamentos, cemitérios (e em assentamentos), foram encontrados numerosos pesos para fusos - os chamados verticilos - pequenos pingentes de barro redondos ou bicônicos (em forma de cone duplo) apenas em sepultamentos femininos). Em alguns deles são riscados desenhos fantasiosos, geralmente imagens de animais - carneiros, cabras, veados. Há também estampas de tecidos em enterros. Os estudos desses restos mostraram que o linho era o principal material para os tecidos.Para a estação fria, as roupas eram costuradas com couro e peles de animais. No famoso peitoral dourado de Tolstoy Grave, dois citas estão costurando uma camisa de pele de carneiro. Os guerreiros citas foram repetidamente retratados em calças de couro. Em enterros femininos, agulhas de bronze são frequentemente encontradas, às vezes cuidadosamente colocadas em um estojo de agulha de bronze - um estojo com um laço para pendurar. Mesmo no enterro da rainha no mausoléu de Nápoles, uma agulha de ouro foi descoberta. Os homens estavam envolvidos no corte de pedras, na fabricação de tijolos de adobe para construção e no próprio negócio da construção. Além disso, existem muitas outras necessidades na economia que exigem mãos masculinas: é necessário fazer mós para moer grãos e esculpir uma argamassa de pedra ou lagar, sem mencionar o fato de que a construção de qualquer habitação absorvia muito trabalho Durante as escavações, muitas vezes é possível encontrar escórias de ferro - vestígios de ferraria. Os ferreiros citas fabricavam facas de ferro, sovelas, pregos, punhais, pontas de lança.Como vimos, um molde de fundição feito de um cabo de ânfora foi encontrado no assentamento de Nápoles - evidência indiscutível do ofício de fundição entre os citas. Isso significa que algumas das decorações encontradas nas sepulturas foram feitas por artesãos locais.

sob o governo de Roma

Tendo ficado mais fortes após a derrota, tendo ganhado força, os citas estão novamente atacando os gregos. Eles estão novamente nas muralhas de Quersonesos, ameaçando o reino do Bósforo, mas sem sucesso. Aspurgo no século I. n. e. derrotou os "bárbaros", provavelmente os citas. Neste momento, o reino cita novamente entra em uma aliança com os sármatas. Os Quersonesitas também não conseguiram se defender desta vez. Tive que pedir ajuda, desta vez para Roma. Nos anos 60 do século I. n. e. Legionários romanos entraram em Quersoneso, e a República Quersonesa perdeu sua independência por um longo tempo. A principal política de Roma na península era a subjugação dos territórios vizinhos. Os legionários tiveram que criar vários postos militares para proteger Quersonese dos "bárbaros". Uma dessas fortalezas dos romanos era Charax, uma fortaleza perto da atual Yalta, no Cabo Ai-Todor 51 . Aqui, para Charax, os romanos construíram uma estrada de terra de Quersonesos 52, e cercaram a fortaleza com paredes de pedra inexpugnáveis. Os legionários estacionados em Charax deveriam guardar as comunicações ao longo da costa sul de Taurica. A necessidade exigia penetrar profundamente na Cítia, para criar um posto militar em algum lugar no caminho de Nápoles a Quersonese. Um ponto estratégico excepcionalmente conveniente e muito importante foi o assentamento no rio Alma - Alma-Kermen. Ele estava localizado perto da estrada principal Nápoles - Quersonesos (apenas 4-5 quilômetros do assentamento para esta estrada), ficava no caminho entre Nápoles e a maior cidade costeira - Ust-Alminsky. Provavelmente, nos tempos antigos, como agora, uma estrada terrestre passava ao longo do Alma, ligando os dois assentamentos mais importantes da Cítia. E, finalmente, (Alma-Kermen) o curso médio do Alma é exatamente aquela profunda Cítia, onde é mais conveniente - principalmente para a segurança de Quersonese - colocar um destacamento de legionários. Alma-Kermen havia um assentamento. Os legionários, tendo ocupado (provavelmente à força) o planalto da povoação, obrigaram os seus habitantes a instalarem-se na povoação. Os citas não tiveram escolha a não ser obedecer: havia poucos guerreiros entre eles - as escavações da necrópole de Alma-Kermen (cerca de 300 túmulos foram descobertos) deram apenas cópias únicas de punhais e espadas. E o que esses guerreiros poderiam fazer contra as armas romanas? .. O exército romano foi formado a partir da população local da Mésia, Trácia e outras províncias ocidentais, bem como orientais do vasto Império Romano. Entre os legionários havia vários artesãos: pedreiros, carpinteiros, oleiros, armeiros. Como a manutenção das forças armadas exigia enormes custos, os exércitos romanos fizeram amplo uso de suas próprias reservas. Ao montar acampamentos, os legionários construíram muralhas e valas, erigiram quartéis e banhos de pedra, ladrilhos foram queimados no local e pratos foram feitos. Além disso, os soldados romanos estavam envolvidos na agricultura e criação de gado - novamente para suas próprias necessidades. E tudo isso além do principal e principal - o serviço militar. Os oleiros na produção de azulejos colocam o selo de sua legião. De acordo com essas marcas e inscrições, sabemos que em Quersonese a guarnição romana era composta por destacamentos da XI legião claudiana, I italiana, V macedônia, tropas auxiliares do exército moesiano e parte da frota moesia. Aparentemente, um dos destacamentos da XI Legião Claudiana, que fazia parte da guarnição de Quersoneso, estava estacionado em Alma-Kermen. A telha foi queimada e marcada em Chersonese, onde a mesma foi encontrada. Um grande lote foi trazido para a construção de vários edifícios no assentamento de Alma-Kermen, onde foram encontrados os restos de um edifício retangular de 13 x 8,5 m. fundação de pedra, foram rebocadas e pintadas por dentro. Pedaços de gesso pintado multicolorido foram preservados. O telhado de duas águas foi coberto com telhas que caíram na casa durante sua morte. O chão era de adobe, manchado, no centro havia uma plataforma de adobe - uma espécie de mesa de sacrifício levantada 10-15 cm acima do nível do chão. Tais altares são amplamente conhecidos nas residências dos antigos trácios que habitavam a antiga Bulgária moderna. Sabe-se que entre os soldados romanos da guarnição de Quersonese havia trácios, que, naturalmente, trouxeram para a Crimeia as características da cultura e religião de seu povo. Em frente à casa do lado sudoeste havia um pátio pavimentado com lajes, entre as pedras planas de seu pavimento foi encontrado um tijolo quadrado de 75x75x5 cm. Esses grandes tijolos, também feitos por legionários, eram geralmente usados ​​para pavimentar o chão dos banhos. O destacamento de legionários estacionados em Alma-Kermen também incluía mestres vidreiros . A sua actividade está associada à criação de uma oficina de vidraçaria no castro, composta por três fornos, sendo a vidraçaria um ofício muito antigo. É difícil dizer onde e quando o vidro apareceu pela primeira vez na Terra. Caio Plínio, o Velho, historiador e naturalista romano que viveu no século I aC. n. e. que morreu tragicamente durante a erupção do Vesúvio, atribui isso ao acaso. Em tempos muito antigos, um navio de mercadores carregando refrigerante natural - salitre desembarcou nas margens da antiga Fenícia. Os mercadores decidiram passar a noite. Sentados ao redor do fogo na praia arenosa, eles começaram a cozinhar comida, mas não havia pedras à mão para colocar a panela. Tive que colocar pedaços de salitre. Salitre misturado com areia - e "fluxos transparentes de um novo líquido fluíram", escreve Plínio. Quando esse líquido esfriou, ficou duro como uma pedra, puro e transparente como a água, e queimou com fogo ao sol 53 . Este era o copo. É difícil dizer se o homem conheceu o vidro desta forma ou de outra. Mas na época romana, a fabricação de vidro atingiu o auge do artesanato: além de pratos, uma variedade de miçangas, anéis, selos, pulseiras e outras jóias eram feitas de vidro. Esses objetos eram muito populares entre a população em geral. Apesar do grande número de objetos de vidro encontrados durante as escavações, restos insignificantes das próprias oficinas de vidro chegaram até nós. Nem uma única oficina foi encontrada até hoje nas cidades gregas da região norte do Mar Negro, embora lingotes de vidro, restos de tijolos refratários tenham sido encontrados em Quersoneso e em Tanais (uma das cidades do Reino do Bósforo, localizada no Don delta) - um molde de barro para fazer uma tigela de vidro hemisférica em relevo 54 É por isso que os restos de três fornos descobertos em Alma-Kermen são tão interessantes para nós. Graças a eles, podemos restaurar todo o processo de produção de vidro antigo 55 , que, aliás, não é muito diferente do moderno. O processo tecnológico permaneceu basicamente o mesmo, apenas as possibilidades e condições de produção mudaram 3,3 m. O forno era coberto por uma abóbada abobadada, construída de pedras sobre barro. Panelas de barro com carga (uma mistura de componentes que compõem o vidro) foram colocadas em uma prateleira de barro especial ao longo das bordas do forno, lenha queimada por dentro. Onde as panelas estavam, a temperatura subiu para 1200 graus - isso é suficiente para derretimento normal e "fervura" do vidro. Do lado norte, um buraco de fornalha em forma de arco feito de pedras levava à fornalha. E no lado oposto, aparentemente, havia "janelas" - orifícios através dos quais o soprador de vidro coletava vidro derretido no tubo e soprava uma bolha com a força de seus próprios pulmões. Com a ajuda de um modelo - um modelo de madeira - o futuro navio recebeu uma determinada forma. A sudeste havia um terceiro forno - o chamado forno de recozimento, no qual, com uma lenta diminuição da temperatura, o produto acabado os vasos foram resfriados gradativamente. Este forno é o maior. De forma retangular, com 6,7x4,3 m, sua parte inferior é enterrada no solo e forrada com tijolos brutos. De cima, o fogão foi coberto com uma abóbada feita do chamado "concreto" (pequenos fragmentos de pedras, pratos quebrados, presos com argamassa de cal tsemyankovo). Descobriu-se uma sobreposição durável e resistente ao calor. Para facilitar o desenho da abóbada e aumentar o isolamento térmico, foram inseridas ânforas na massa de concreto e, em alguns lugares, vasos de estuque. Aparentemente, vários orifícios ("janelas") levavam ao forno, através do qual era carregado com produtos acabados . Depois disso, os buracos foram cuidadosamente fechados por um tempo mais ou menos longo. O fogão, preliminarmente bem aquecido com lenha, esfriou gradativamente, e as vasilhas também esfriaram. Em seguida, os furos foram desvendidos e os produtos acabados foram retirados.Nem sempre, é claro, o trabalho correu bem - uma rajada de vento acidental, uma estranheza acidental - e uma embarcação frágil, ainda quente e viscosa achatada nas mãos do mestre. No entanto, o casamento não foi jogado fora: os pratos defeituosos foram derretidos - assim como agora. Em frente ao primeiro forno havia uma plataforma com muitos cacos de vidro e casamento. Aqui o mestre preparou a composição do futuro vidro - uma mistura de argila de caulim leve, areia, cinza, vidro quebrado. Todo o processo exigia habilidade, paciência, habilidade. Mas esse trabalho duro valeu a pena. Das chamas das fornalhas, como que por milagre, surgiram jarras transparentes e finas, entrelaçadas com fios de vidro amarelo, azul, branco, belas taças esféricas, taças preciosas, pratos, pratos. Quando a embarcação ficou sólida, foi possível decorar sua superfície transparente com traços facetados, foscos, desenhar um padrão complexo.A oficina estava localizada na borda do assentamento, em sua encosta norte. Isso era exigido pela segurança da produção em termos de fogo.Os artesãos romanos tiveram que cozinhar vidro em Alma-Kermen por um curto período de tempo. As fronteiras do império são cada vez mais perturbadas pelos bárbaros. Nos séculos II-III. n. e. eles ameaçam as províncias romanas ao longo do Reno e do Danúbio. Roma está fazendo todos os esforços para preservá-los. As tropas estão se reunindo às pressas nas províncias ocidentais. A guarnição romana, com exceção de uma pequena parte dela, deixa Quersonese, e um destacamento de soldados da XI Legião Claudiana também deixou Alma-Kermen. A oficina de vidro foi abandonada, as fornalhas foram cobertas de lixo, e só por um feliz acaso estão perfeitamente conservadas até hoje. A população local voltou novamente ao planalto da povoação, sendo difícil dizer se Alma-Kermen foi o único lugar da Cítia onde os legionários romanos penetraram. Não conhecemos outro ponto nestas paragens com vestígios evidentes da presença dos romanos. No entanto, foi expressa a opinião de que na foz do rio Alma, na povoação de Ust-Alma, existia também um posto militar romano 56 . Argumentos a favor desta versão: a localização da cidade sobre um cabo, a sua configuração, a abundância de fragmentos de ânforas e cerâmicas vidradas de vermelho dos primeiros séculos da nossa era. Não é suficiente?... Passemos diretamente ao assentamento, aos achados que foram encontrados nele.

Pelo mar

Assim, a boca do Alma. A margem esquerda é íngreme do lado do rio, mas em direção ao mar é íngreme e bastante alta (30 m). Apenas as partes sudoeste e sudeste do planalto levemente inclinadas não são protegidas por nada. Aqui, os habitantes da cidade antiga despejaram uma alta muralha de terra, cavaram um fosso na frente dela - seus restos são visíveis até agora. O lugar para ficar foi excelente. A foz do Alma, provavelmente mais cheia na antiguidade, poderia servir de ancoradouro para navios gregos, e a antiga rota marítima de Quersoneso a Kerkinitida, Kalos-Limen e mais adiante até Olbia passava. Em troca de couro, lã e outros itens agrícolas, os moradores locais recebiam vários bens de comerciantes que passavam: vinho e azeite, laca vermelha cara e artigos de vidro, joias.

O assentamento não se limitava a uma parte fortificada. Ao sul do assentamento - atrás de sua muralha - havia um vasto assentamento e, atrás dele, ao longo da encosta - um antigo cemitério. Já dissemos acima que, aparentemente, uma estrada terrestre corria ao longo da margem esquerda do Alma nos tempos antigos, ligando a capital da Cítia, Nápoles, à maior cidade litorânea. Assim, o povoado de Ust-Alma situava-se no cruzamento das estradas marítimas e terrestres, o que o tornava um ponto estratégico especialmente importante 57. As escavações de exploração foram aqui realizadas em 1946 pelo destacamento P.N. do Instituto de Arqueologia da Academia das Ciências da RSS da Ucrânia*.

Durante a limpeza do poço e da vala, foi estabelecido que eles surgiram na virada da nossa era. Atualmente, a altura máxima do poço é de 2 m, nos tempos antigos era claramente mais alta. A vala nadava pesadamente, sua profundidade não ultrapassava 0,5 m. A entrada da cidade estava localizada no lado sudeste. Outro - do noroeste - ainda é visível hoje.Se a muralha foi precedida por algum outro sistema de defesa da cidade, se teve muros que foram destruídos, suponha, durante a guerra com os gregos, é desconhecido. Só será possível descobrir durante as escavações.Nos últimos anos, vários edifícios residenciais retangulares foram descobertos. Suas paredes são feitas de tijolos de adobe sobre uma base de pedra. Os telhados, aparentemente, eram de junco ou barro. Fragmentos únicos de azulejos foram encontrados no assentamento: esse material era caro e aparentemente foi usado na construção de apenas edifícios ricos. As paredes de adobe das casas eram caiadas de branco por dentro. A julgar pelas camadas de cal, uma delas foi caiada 18 vezes! No canto sudoeste desta casa, foi encontrado um poço de sacrifício cheio de ossos de animais domésticos e no chão de adobe - numerosos restos de pratos dos séculos II e III. n. e. 58 Os citas não tinham móveis. Muitas vezes, a decoração principal da casa era, aparentemente, tapetes espalhados pelo chão. Às vezes, pequenos bancos de pedra e barro eram dispostos ao longo das paredes. Mas mais frequentemente eles se sentavam ao redor da lareira.Os mais comuns eram os de barro, portáteis *, - redondos, ovais ou quadrados, com laterais altas, feitos de barro com uma mistura de cerâmica triturada e palha. Um fogo foi aceso neste braseiro, seu piso foi fortemente calcinado, e nele era possível, jogando fora as brasas, assar bolos, e sobre as brasas cozinhar alimentos. Numerosos fragmentos de tais braseiros portáteis são encontrados em todos os assentamentos citas tardios da Crimeia, incluindo Ust-Alma.

Um pátio pavimentado com lajes de pedra geralmente ficava ao lado da casa. Aqui havia fossas domésticas para vários fins: em alguns se guardavam grãos, em outros se despejavam lixo etc. As ânforas, colocadas sob os galpões, serviam para armazenar água e vinho. Com bom tempo, especialmente no verão, eles moravam no quintal; a comida era cozinhada ali mesmo no braseiro, explorava-se no povoado um pequeno trecho de uma estrada de pedra, ou mais precisamente uma rua de 3,20 m de largura. Normalmente, seus pescoços eram revestidos com pedras por cerca de 0,5 a 1,20 m, depois o poço era untado com argila, fumigado com enxofre para que os insetos não começassem e coberto com grãos. Bem fechado com uma tampa de pedra, untada com barro, serviu como um repositório confiável.Como o antigo escritor e cientista romano Varrão aponta, o trigo pode ficar em tal cova por 50 anos, e o painço por mais de 100 59 . E para disfarçar o lugar do espigueiro, foi feito ao longo da rua da cidade pavimentada com lajes. A mesma imagem foi observada na Nápoles cita. Para uso diário na fazenda, os grãos eram despejados em ânforas, potes ou simplesmente empilhados no chão de celeiros, galpões e sob galpões. seus habitantes mantêm um comércio animado com os assentamentos de a costa noroeste e com Chersonese, a agricultura, pecuária e pesca florescem. Ust-Almintsy também estão envolvidos em artesanato. Os restos de três poços profundos foram encontrados, preenchidos de cima a baixo com cinzas de madeira. Os buracos estão próximos. Perto deles há vestígios de queima intensa prolongada, terra queimada, carvões. Deve ter havido algum tipo de produção aqui. Na cidade ou arredores, provavelmente foram feitos estuques e cerâmicas. Prova disso são os seus numerosos fragmentos, bem como as escórias cerâmicas.Como já referido, uma camada de fogo foi descoberta no local nos últimos anos, possivelmente remontando ao tempo das guerras de Diofanto. A julgar pelos achados (muito escassos) das camadas mais baixas, a cidade surgiu nos séculos III-II. BC e. Mas essas camadas ainda precisam ser estudadas, mas os romanos realmente viviam no assentamento? As escavações não confirmam isso. Não foram encontrados vestígios nem mesmo da presença temporária de soldados romanos. A cerâmica romana fala apenas sobre uma coisa até agora - sobre as relações comerciais da população com as cidades gregas. Claro, uma área muito pequena foi explorada. A continuação das escavações trará, sem dúvida, novos dados, dos quais muito se pode esperar. ..Até agora temos falado sobre a parte residencial da cidade. Agora vamos falar sobre sua necrópole - afinal, mais de 100 sepulturas foram exploradas! O cemitério foi procurado por um longo tempo. Necrópoles não pavimentadas de povos antigos, se não forem marcadas de cima por estelas de pedra, que raramente são preservadas in situ (in situ), são muito difíceis de encontrar. De fato, de cima, tudo está coberto de grama, arbustos, não há fragmentos de pratos antigos - um sinal de uma vida anterior. Como você sabe se há um cemitério antigo sob seus pés? Normalmente, o cemitério ficava não muito longe do assentamento, em algum lugar da encosta. Mas existem várias encostas, e todas próximas. Muitas vezes depende do caso. Assim também foi desta vez: em 1964, a empresa florestal Bakhchisaray fez terraços nas encostas das ravinas perto da aldeia de Peschanoe para plantar pinheiros. De repente, ossos e coisas antigas apareceram em uma das encostas. relatado aos arqueólogos. Sem dúvida - havia uma necrópole do assentamento Ust-Alma. Finalmente. As escavações começaram. Descobriu-se que os habitantes da cidade antiga enterraram seus parentes de maneiras diferentes: em alguns casos, eles cavaram uma grande cripta, em outros - uma cova simples ou fizeram uma cova lateral. Mas eles sempre derramavam um monte de pedras em cima ou colocavam uma pedra grande. De onde veio essa variedade de estruturas funerárias? O fato é que a população do estado cita tardio, incluindo o assentamento de Ust-Alma, não era etnicamente homogênea . Durante séculos, os citas se misturaram com vários povos da região norte do Mar Negro durante séculos: casaram-se com mulheres gregas, levaram os taurinos para o cativeiro, conviveram com os sármatas. Cada povo tem seu próprio rito fúnebre, cuja essência é sempre conservadora . Os citas dos tempos antigos tinham o costume de enterrar em grandes câmaras funerárias - catacumbas ou criptas de barro. Este costume foi preservado nos primeiros séculos.Na necrópole de Ust-Alma, foram descobertas 11 criptas, sendo 7 delas grandes, com numerosos sepultamentos (de 15 a 52 enterrados). Estas criptas, até 4,5 m de profundidade da superfície moderna, geralmente tinham uma forma quadrada em planta, um longo corredor - dromos, com mais de 2 m. A câmara funerária era fechada com uma grande laje de pedra, e o dromos era densamente entupido de pedras. Perto dali, se um guerreiro era enterrado na sepultura, muitas vezes enterravam seu amado cavalo.As criptas eram túmulos de família. Quando um dos membros da família morreu, uma vasta câmara funerária foi escavada para ele e os mortos subsequentes, várias pedras foram colocadas no fundo e um caixão de madeira foi colocado sobre elas. Outros mortos foram enterrados nas proximidades - desde que houvesse espaço suficiente. A fileira inferior, ou camada de enterros, foi coberta com terra, então eles continuaram a enterrar, criando assim uma segunda camada, etc. s. Cada vez, é claro, a fundação de pedra do dromos foi desmontada e depois restaurada novamente. Uma das criptas - 52 pessoas foram enterradas nela - acabou sendo de sete camadas. Tendo feito o último enterro, o dromos foi cuidadosamente fechado e coberto com terra. Como você sabe, os antigos acreditavam que, ao morrer, uma pessoa passa apenas de um mundo para outro, e todos os itens necessários à vida são necessários para ele em o próximo mundo. É por isso que os arqueólogos encontram objetos de trabalho e da vida cotidiana, todos os tipos de decorações em sepulturas antigas. Quanto mais rica uma pessoa era, mais abundantes e variados eram os presentes funerários.Nos primeiros séculos de nossa era, a comida sacrificial tornou-se um atributo quase invariável dos enterros dos gregos, citas e outros povos que habitavam a região norte do Mar Negro. Um prato de vidro vermelho com um pedaço de carne e uma faca de ferro foi colocado aos pés ou perto da cabeça do sepultado, ao lado dele havia um jarro de vidro vermelho com água ou vinho (se um homem pobre foi enterrado, Os pratos feitos substituíram os pratos vidrados de vermelho.A joia de bronze era difundida entre os citas: pulseiras, brincos, fivelas, vários tipos de pingentes - na forma de homenzinhos, pássaros, ânforas. No peito ou no ombro, as roupas eram cortadas com um alfinete - o chamado broche (como nosso alfinete de segurança). Na necrópole de Ust-Alma, juntamente com os habituais broches, há broches decorados com esmalte. Um deles - na forma de um hipocampo (cavalo-marinho) - é um dos raros ornamentos da antiguidade. Os homens às vezes colocam uma hryvnia de bronze em volta do pescoço - uma haste feita de arame redondo com um laço e um gancho no final. Os homens também se enfeitavam com várias contas grandes - feitas de calcedônia e azeviche. Muitos tipos de contas são conhecidos: de pasta egípcia azul, mosaico, heterogêneo, de olhos, preto de azeviche, âmbar, cornalina, cristal, vidro, bronze... a árvore está mal conservada. Apenas em uma das criptas do cemitério de Ust-Alma foram encontrados caixões de madeira que podem ser restaurados. Em sepulturas de mulheres e crianças, são frequentemente encontrados pedaços de giz rosa - rouge, caixas de toalete de osso redondo (pyxides) e ocasionalmente balsamaria ( vasos de vidro alongados para incenso). Há muito poucas armas. Além de algumas pontas de flecha de ferro, os restos de adagas e espadas de ferro foram encontrados apenas duas vezes nas sepulturas de Ust-Alma. Uma das espadas tem pomo anelar, a outra, em excelente estado, não tem retículo. É curioso que as flechas de bronze citas nos primeiros séculos de nossa era tenham caído completamente em desuso. Eles são substituídos por sármatas de ferro, e os de bronze são mantidos como amuletos e às vezes colocados no túmulo. Portanto, nas sepulturas dos séculos II-III. n. e. você pode encontrar uma flecha de bronze do século 5. BC e. Objetos dourados são raros. Em uma das criptas, provavelmente alguma pessoa nobre foi enterrada. Ao lado dele estava um pingente de ouro - uma lua com uma inserção de vidro no centro, e ao redor dos restos do crânio foram encontradas folhas de folha de ouro, aparentemente de uma coroa. Em outra cripta, pedaços de folha de ouro e um brinco feito de fino fio de ouro foi encontrado. Nos primeiros séculos de nossa era, o influxo de sármatas na Crimeia aumenta, mais e mais estruturas funerárias características desse povo aparecem - sepulturas laterais. Uma cova estreita - 50-60 cm - estourou no solo, ao longo de um de seus lados longos (o comprimento geralmente varia de 70 m) foi feito um forro, ou seja, uma câmara funerária. O sepultado foi colocado na cova, coberto com lajes de pedra colocadas na borda, e a cova de entrada foi preenchida com pedras.Os sármatas trouxeram das estepes do Volga não apenas sepulturas, mas também seu rito funerário. Era costume deles, por exemplo, borrifar o fundo da cova com giz ou carvão, cruzar as pernas dos enterrados, colocar uma esteira de feltro sob ela, enterrá-la em troncos de madeira. cabeça, a criança cresceu e sua cabeça ficou alongada (daí a abundância de crânios deformados nas sepulturas). Este costume - verdadeiramente "bárbaro" - ainda é inexplicável. Encontramos todas as características notáveis ​​em Ust-Alma e outras necrópoles citas tardias. Aparentemente, a influência grega também desempenhou um papel. Entre os gregos, os enterros em sepulturas de laje* eram comuns, e vemos duas sepulturas semelhantes na necrópole de Ust-Alma. Eles são citas? Isso nós não sabemos. É bem possível que os gregos que se estabeleceram no ambiente cita estejam enterrados neles.

Os gregos também tinham esse costume: se um parente morria em uma terra estrangeira, eles cavavam uma cova para ele em sua terra natal, às vezes colocavam vários utensílios lá, cobriam a sepultura com terra - tudo, como de costume, mas sem o enterro de uma pessoa. Estes são os chamados cenotáfios. Vários deles foram descobertos na necrópole de Ust-Alma, mais um exemplo. Como talismã (proteção contra espíritos malignos), os gregos usavam gemas - anéis com inserções de cornalina, vidro, ametista. Os anéis são geralmente de bronze, às vezes de ferro. Numerosas gemas foram encontradas nos enterros da necrópole de Ust-Alma. As imagens neles são muito diferentes: a deusa da vitória Nike, Zeus, Athena, Fortuna, um pastor com uma vara, uma cabra deitada sob uma árvore, uma lua e uma estrela (um sinal dos aquemênidas, os reis da Pérsia) , um kanfar (um vaso para vinho), uma águia sentada em um altar, um leão correndo. Anéis importados, trabalho grego. Os citas os compraram como amuletos, guardas contra doenças, mau-olhado. Não é à toa que se encontram principalmente em sepulturas de crianças, quase todas as sepulturas da necrópole de Ust-Alma, como já dissemos, estavam marcadas no topo com uma pequena pilha de pedras ou uma pedra colocada verticalmente. Não há imagens nas pedras. Mas em outra necrópole, também no vale do rio Alma - Alma-Kermensky - havia seis lápides com imagens 60. Vale a pena contar com mais detalhes. Uma das estelas representava uma figura masculina, executada primitivamente em baixo relevo. Na mão esquerda do homem há um punhal em uma bainha, na mão direita há um rhyton (um vaso para vinho). A altura da estela é de 1,10 m. Na outra, executada da mesma forma primitiva, há um guerreiro segurando um escudo redondo na mão esquerda. .Em duas lápides de pedra - um desenho esquemático da parte superior de uma figura humana . O baú de um deles é decorado com uma hryvnia, destacando-se uma estela representando uma figura masculina, feita em alto relevo. A cabeça não foi preservada, a mão direita e os pés foram espancados. O homem está vestido com um caftan na altura do joelho com mangas compridas, o decote do caftan no peito é decorado com ranhuras. A altura da lápide é de 0,95 m. Infelizmente, nenhuma das estelas foi encontrada in situ (no local), cerca de 300 sepulturas foram descobertas no cemitério de Alma-Kermen, e apenas 6 delas tinham esculturas em pedra. Consequentemente, apenas no túmulo de uma pessoa eminente, um nobre guerreiro, os membros da tribo colocaram tal lápide. Talvez ele tenha se destacado em batalhas ou tenha tido algum outro serviço à sociedade e por isso tenha sido premiado com a memória especial de seus parentes.Claro, a maioria das estelas de pedra pereceu para nós para sempre. Mas mesmo dos espécimes sobreviventes, pode-se julgar a cultura cita original, a habilidade dos escultores de pedra. Não menos importantes para o estudo da arte antiga - e ao mesmo tempo para a estrutura social da sociedade - são as criptas pintadas da Nápoles cita 61 Esses monumentos (um total de cinco criptas de pedra com pinturas) são os únicos exemplos de pintura cita que chegaram até nós. Os antigos mestres procuravam capturar imagens da vida real: uma cena de caça ao javali, um cita tocando lira, figuras de mulheres dançando (talvez durante uma cerimônia fúnebre). Nem todos os desenhos são iguais na execução, mas até hoje a naturalidade das poses, a riqueza das cores causam admiração.A arte dos citas tardios é peculiar e complexa. Ela, como sua religião, foi influenciada por outros povos, principalmente os gregos e os sármatas. Nos tempos helenísticos, o chamado "estilo animal" que dominava a Cítia quase desaparece. Uma nova etapa no desenvolvimento da arte estava intimamente associada à barbárie geral da cultura da região do norte do Mar Negro. Foi nos primeiros séculos de nossa era que surgiram desenhos de grafite primitivos em Nápoles e lápides com imagens antropomórficas apareceram no necrópoles. Em contraste com a arte monumental, a arte aplicada, principalmente a toreutica (perseguir, estampar em metal), aparentemente continua a preservar tradições antigas, adaptando-se apenas às exigências e gostos dos clientes.

Declínio do Poder

Como foi dito, nos primeiros séculos de nossa era, a população da Cítia da Crimeia aumentou, e isso aconteceu principalmente devido ao influxo de tribos sármatas. Eles penetram na Crimeia de duas maneiras: da região do Dnieper pelo istmo de Perekop e do Don e do norte do Cáucaso pelo Bósforo. Aparentemente, a invasão da Cítia nem sempre foi pacífica em todos os lugares. No século 1 n. e. a vida cessa em alguns assentamentos do noroeste da Crimeia ("Gaivota", Belyaus, Popovka). Seus habitantes vão para outras partes da península. É difícil dizer com que eventos isso está conectado: talvez a razão para isso seja a mudança climática, talvez o ataque dos sármatas. No centro e sudoeste da Crimeia, a chegada dos sármatas não causou a morte dos assentamentos e o reassentamento de seus habitantes. No entanto, nos séculos II-III. n. e. O estado cita está passando por um momento difícil. Os citas fracassam na luta por Olbia, estão constantemente em guerra com o Bósforo. Além disso, a desunião dos assentamentos, a ausência de poder centralizado em um vasto território agrava ainda mais a complexidade da situação.O crescente perigo militar exigia medidas urgentes para proteger o país. Aparentemente, cada comunidade rural está começando a cuidar disso sozinha.

Abrigos dos citas

Nos séculos II-III. n. e. no sudoeste e no centro da Crimeia, juntamente com assentamentos como Alma-Kermen ou Kermen-Kyr, apareceu um novo tipo de assentamentos fortificados - abrigos. Na maioria das vezes, esta é uma fortificação localizada em algum lugar em uma capa íngreme, inacessível ao inimigo, coberta do lado do chão por uma parede de pedra. A configuração do abrigo dependia do terreno. Sua área sempre foi pequena, mas permitiu que um pequeno número de pessoas no momento do perigo se escondessem junto com seus pertences e gado. Lá embaixo, ao pé, em um lugar aberto e desprotegido, havia um povoado onde acontecia a vida comum e pacífica: construíam casas, semeavam e colhiam pão, pastavam rebanhos, queimavam cerâmica, costuravam roupas. No momento do perigo, toda a população da aldeia abandonou suas casas e se refugiou em um abrigo. Esse tipo de assentamento fortificado foi descoberto no curso superior do rio Alma, perto da aldeia de Kizilovka (o antigo nome era Karagach). O abrigo está localizado no topo de uma colina elevada acima do nível do rio por cerca de 40-50 m A sul, o planalto da antiga povoação rompe abruptamente em direção ao Alma, o resto de suas encostas são suaves. A parte mais elevada é ocupada por uma fortificação, que em planta tem a forma de um trapézio irregular de 47,5x52,5 m. n. e) No curso médio do Alma, em uma colina plana com uma encosta leste íngreme e sudoeste mais suave, há outro refúgio chamado "Montanha Chabovsky". A parte mais alta da colina era rodeada por um muro de pedra com 2 m de espessura e era uma fortificação que surgiu, a julgar pelos fragmentos de cerâmica, nos séculos II-III. n. e.

Assentamento 1, 2, 3 de Krasnozorinsk - poços de exploração, M - N - restos de uma estrada antiga

Fortificações semelhantes existiam na Crimeia central. Um deles está localizado a 2,5 quilômetros a nordeste da vila de Pionerskoye (ex-Dzhalman). De planta rectangular, o abrigo com uma área de 45x30 m foi rodeado por um muro de pedra, que se encontrava mal conservado. Próximo a ele é um grande assentamento com restos de edifícios e estradas antigas. O abrigo pertence aos séculos I-III. n. e. 62 Ao mesmo tempo, havia outro tipo de assentamentos, até agora, infelizmente, pouco estudado - propriedades. Um deles foi inaugurado em 1958-1959. no trato Kizil-Koba 63 . Parte da casa de habitação do proprietário da herdade, um grande enólogo, foi aqui escavada. A habitação era de boa qualidade, com chão de cimento, em vez de terra batida, que aparentemente consistia em vários quartos, território do estado cita nos séculos II e III. n. e. ainda, como em seu auge, é bastante grande. Além disso, está se expandindo significativamente devido ao desenvolvimento dos vales dos rios. Como esse poder era governado, qual era o sistema social da Cítia? Essa questão ainda não foi resolvida. A escassa evidência de autores antigos, dados epigráficos e numismáticos sugere que um rei estava à frente do estado cita. Sabemos sobre o poderoso rei Skilur, durante cujo reinado Scythia atingiu seu poder mais alto. Uma das inscrições de Nápoles - já foi discutida - diz que Skilur era filho do rei. Isso significa que o poder foi herdado de pai para filho. Além de Palak, filho de Skilur, são conhecidos os reis Farza e Inismey, que governaram nos primeiros séculos de nossa era. Eles, como Skilur, cunharam moedas em Olbia.As fontes não dizem que tipo de relacionamento a população subordinada tinha com as autoridades da Cítia. Todas as nossas informações sobre isso são extraídas de materiais arqueológicos. Acima, dissemos que a população da Cítia, aparentemente, trouxe pão para Nápoles, e os mercadores visitantes o compraram lá. Cálculos da quantidade de grãos armazenados na capital permitem confirmar essa suposição, pois muito não pode ser produzido pela população de uma cidade, onde, além disso, vivem a aristocracia, artesãos, comerciantes e guerreiros que não se dedicam à agricultura . Mas em que condições a população dava seu pão às autoridades? Havia uma certa taxa de tributo ou os comerciantes davam alguns bens em troca de grãos? Isso nós não sabemos. Quanto às relações tributárias, elas existiram entre os citas por muito tempo 64 . Ao mesmo tempo, os citas cobravam tributo de Olbia, impunham tributo ao reino do Bósforo.Vários fatos testemunham a diferenciação social da sociedade cita. Vemos, por exemplo, que os representantes da família real têm seu próprio túmulo - um mausoléu, a elite privilegiada da sociedade enterra os mortos em ricas criptas com pinturas; aparentemente, com cada um enterrado - numerosos ouro e outros itens valiosos (é por isso que esses túmulos foram saqueados na antiguidade por companheiros de tribo). A maior parte da população usa criptas de terra, sepulturas de terra e laterais.A questão da escravidão entre os citas continua a ser difícil e discutível. Servos e escravos eram provavelmente o rei e sua comitiva. Não sem razão, no mausoléu de Nápoles, os ricos enterros da nobreza eram acompanhados pelos enterros dos pobres.Desunião, descentralização do poder e luta contra inimigos externos enfraqueceram continuamente o estado cita. As medidas tomadas para fortalecer o Estado, incluindo a criação de abrigos, foram em vão. O rei do Bósforo Sauromates I (r. 93-123) derrota os "bárbaros", provavelmente os citas, e em homenagem à vitória ele cunha uma moeda representando uma fortaleza bárbara em chamas. Seu sucessor Cotius II (123-132) é homenageado pelos bósporos com uma estátua pela vitória sobre os citas. Com toda a probabilidade, ambos os reis infligiram sérios golpes aos citas em pouco tempo. A última vez que os citas são mencionados nas fontes foi por volta de 193: uma inscrição Tanaid (da cidade de Tanais, no mar de \u200b\ u200bAzov) relata a vitória de Sauromates II sobre os citas e Siraks *.

Último impulso

As camadas superiores de todos os assentamentos citas apresentam vestígios de conflagrações. Obviamente, assentamentos e aldeias morreram repentinamente, tornando-se vítimas de um golpe inesperado e esmagador. A população desarmada, aparentemente, não estava em condições de resistir. A única coisa que restava era correr. E as pessoas fugiram, deixando tudo, até coisas preciosas. Aconteceu no século III. n. e. No chão de uma casa em Alma-Kermen (uma casa com afrescos), foi encontrado um pingente de ouro decorado com almandinas e um lingote de ouro jogado às pressas. E um homem assassinado de 35-40 anos permaneceu deitado no limiar. Ele morreu de um golpe na cabeça com algum objeto redondo. A alguma distância desta casa, nos limites do assentamento, jazia outro homem morto. O fogo destruiu as habitações, sob o telhado desabou durante séculos foram enterrados vasos de vidro vermelho e estuque, ânforas com trigo e centeio carbonizados, vários objetos de trabalho e da vida cotidiana. A vida não recomeçou aqui.O mesmo destino aconteceu com a capital do estado - Nápoles. Vestígios de incêndio e destruição do século III. n. e. associada à destruição da cidade. Em suas várias regiões - nas camadas superiores - foram encontrados sepultamentos (com e sem coisas) de pessoas mortas à força. Entre eles - um homem enterrado em um poço em posição agachada, um homem nas ruínas de um muro de defesa. Este último morreu, provavelmente durante a batalha, e permaneceu no local, pois não havia tempo para cerimônias fúnebres. Tudo isso testemunha a tragédia que eclodiu no momento da morte final do reino e de sua capital. Quem foram os autores da tragédia? A resposta pode, infelizmente, apenas presumivelmente. Em primeiro lugar, é intrigante que os recém-chegados que conseguiram causar tal destruição não deixaram vestígios de sua cultura material. Fontes escritas dizem que em 275 dC. e. Esquadrões góticos invadiram a península da Crimeia. De acordo com o inventário arqueológico encontrado nas camadas superiores dos povoados e povoados (numerosos fragmentos de ânforas, cerâmica de vidrado vermelho, etc.), a época da morte dos povoados corresponde a esta data. Os materiais das necrópoles também não o contradizem: sepultamentos posteriores ao século III aC. n. e. não encontrado em cemitérios citas tardios. Aparentemente, a população foi embora, as sepulturas foram abandonadas, não foram feitos novos enterros. Fontes escritas também relatam que as tribos sármatas-alanas faziam parte da união tribal gótica, e os godos propriamente ditos eram apenas o topo dessa união (união tribal) É bastante óbvio que uma série de sepulturas encontradas nas camadas superiores de Nápoles está associada à invasão das tribos que participaram da derrota da capital cita. Vamos dar um exemplo. Na camada superior do assentamento Ust-Alma, foi descoberto um enterro de um sármata, um guerreiro do sexo masculino. O enterrado estava deitado de costas, esticado, com a cabeça para noroeste. Do lado esquerdo, ao longo do corpo, havia uma longa espada de ferro (1,10 m), aparentemente presa ao arnês, pois foram encontrados anéis de ferro nos ossos pélvicos. Uma fíbula de bronze foi encontrada no ombro à esquerda e um pedaço de giz foi encontrado nos ossos pélvicos. A mão esquerda do guerreiro e as falanges de seus dedos direitos foram cortadas. Sepulturas semelhantes não são conhecidas na necrópole de Ust-Alma. É bem possível que diante de nós estejam os guerreiros mortos da União Gótica, na qual predominavam os sármatas-alanos.

No limiar da Idade Média

O estado dos citas da Crimeia viveu por quase setecentos anos, comunicando-se constantemente com a população circundante de cidades antigas. Sem esses contatos, nem o reino cita, nem as colônias gregas da região norte do Mar Negro poderiam existir. O apogeu e o poder da Cítia tardia foram amplamente associados à política de visão de longo prazo de seus reis, que desenvolveram o comércio e fortaleceram a unidade do país. Anos se passaram, guerras e contradições internas minaram constantemente a Cítia. Luciano de Samósata (autor do século II d.C.), em nome de um dos citas, assim caracteriza a situação no estado: “Temos guerras constantes, ou nos atacamos, ou resistimos a um ataque, ou lutamos por pastagens e presa...” 65 .

Vizinhos dos citas e sármatas

Sepulturas citas-sármatas

Antiguidades citas-sármatas são descobertas em túmulos. Em muitos lugares do nosso espaço de estepe, montes de tamanho considerável e forma regular erguem-se em planícies lisas. Alguns deles parecem pirâmides de terra de até 10 braças de altura e até 150 braças de circunferência, forradas com pedras na base. Geralmente são chamados espesso sepulturas. Junto com eles, às vezes sobem montes oblongos de tamanho menor, chamados grandes sepulturas. Esses montes há muito atraem a atenção dos habitantes das estepes, que adivinharam que esses montes são os túmulos de pessoas nobres e reis de povos antigos e podem conter vários tesouros. Como resultado, os montes de estepe têm sido escavados há muito tempo por pessoas em busca de tesouros e tesouros, e não sem sucesso. Cientistas e arqueólogos também prestaram atenção a eles. Lembrando o que Heródoto conta sobre o enterro de reis e pessoas nobres entre os citas, os arqueólogos chegaram à conclusão de que esses montes são túmulos citas. O conteúdo da história de Heródoto sobre este enterro deveria ter encorajado os cientistas a escavar, pois prometia um rico espólio científico. Heródoto conta que os citas enterraram todos os reis com honras especiais e de maneira especial. O corpo do falecido, depois de abrir o estômago e limpá-lo, encheu-o com sementes e ervas aromáticas, untou-o com cera, colocou-o em uma carruagem e o levou pela estepe até os súditos mais próximos, de lá para o próximo , etc., até que todas as tribos sujeitas fossem visitadas. “Quem aceita o corpo trazido faz o que os citas reais fazem: cortam as orelhas, cortam os cabelos, cortam os músculos ao redor, coçam a testa e as narinas e perfuram a mão esquerda com flechas.” Cada tribo, tendo encontrado os restos mortais do rei, acompanhou-os ao local do enterro. Desta forma, uma grande multidão se acumulou na procissão. As sepulturas ficavam em um país chamado Gerra, como também eram chamadas as pessoas que moravam lá, no local onde se podia navegar ao longo de Borisfen (ou seja, perto das corredeiras). Aqui eles cavaram um grande poço quadrangular, e organizaram cavernas separadas, como se fossem quartos especiais, dos quais em um deles enterraram o rei em uma cama, içando lanças nas laterais e arranjando um telhado de vigas e varas de vime sobre elas. No resto das cavernas, primeiro estrangulando, enterraram uma das esposas reais, o copeiro, a cozinheira, o cavaleiro, o escrivão, o mensageiro e os cavalos reais, junto com taças de ouro e todo tipo de jóias de roupas e utensílios domésticos, principalmente ouro. Tendo realizado o funeral, todos os concorrentes entre si cobriram a sepultura com terra, tentando fazer o aterro o mais alto possível ... Um ano depois, foi celebrada uma comemoração, na qual morreram outras 50 pessoas, os melhores servos do falecido rei e 50 melhores cavalos. Eles foram mortos e cavaleiros mortos em cavalos mortos foram colocados em postes e estacas ao redor do carrinho de mão. Assim, com base na história de Heródoto, pode-se esperar encontrar itens da vida cita e móveis domésticos nos túmulos. Essas expectativas foram plenamente confirmadas. Os túmulos deram coleções abundantes de utensílios domésticos de diferentes épocas e, além disso, não apenas os citas, mas, aparentemente, seus companheiros de tribo - os sármatas. Não é possível distinguir o que pertence aos citas e o que pertence aos sármatas, tendo em vista seu parentesco e a homogeneidade das influências culturais sob as quais estavam. Os dados arqueológicos obtidos devem, portanto, ser reconhecidos como dados de uma cultura cita-sármata.

sepultura Kulob

Antes de outras sepulturas reais, em 1831, a sepultura de Kulobskaya foi escavada e examinada, 6 versts da cidade de Kerch. Seu túmulo tinha uma forma quadrada com teto e consistia em lajes de pedra. Nele estava o sarcófago de cipreste do rei, e ao lado dele havia outro sarcófago semelhante, obviamente, da esposa real (ele, no entanto, se decompôs, e apenas braços e pernas foram preservados). O sarcófago do rei foi dividido em duas partes: o corpo do rei foi colocado em uma e suas armas na outra; a propósito, aqui foi encontrada uma espada com um cabo revestido de ouro, com uma inscrição. O rei foi enterrado com várias jóias. Vestidos caros estavam pendurados nas paredes da tumba, que, é claro, decaiu; deles restaram apenas decorações de metal na forma de ouro e placas eletrônicas (de uma mistura de ouro e prata). Na cabeça do rei, sobreviveu um chapéu de feltro em forma de capuz, cravejado de vários tipos de joias. Entre outros objetos, foram encontrados aqui quatro ânforas do tipo grego e o famoso vaso Kulob, hoje guardado na Ermida Imperial de Petrogrado. Um esqueleto de cavalo foi encontrado no canto da tumba, e ao lado dele estava um esqueleto, provavelmente de um escravo do estábulo, indo em direção a ele. No meio do túmulo, um esqueleto de uma rainha foi encontrado no chão. A rainha tinha um diadema eletrônico na cabeça, um monisto de filigrana de ouro com pingentes e uma hryvnia de ouro no pescoço, e pulseiras de ouro representando a caça de veados por abutres em suas mãos.

Túmulo de Chertomlytskaya

A segunda notável sepultura "cita" - Chertomlytskaya (20 verstas da cidade de Nikopol, província de Yekaterinoslav) foi escavada por I. E. Zabelin em 1862. A sepultura é um vasto monte de até 26 sazhens de altura ao longo da encosta e até 165 sazhens de circunferência, alinhados com 7 sazhens na sola. Quando este monte foi escavado 1,5-2,5 arshins de cima, cacos de ânforas quebradas e várias coisas que compunham roupas de cavalo começaram a ser encontradas: pedaços de ferro, carneiros de bronze, botões, várias abotoaduras em forma de cabeça de pássaro, bronze, ouro e placas de prata de vários tamanhos e formas, sinos ligados a placas com corrente de ferro, flechas de bronze, etc. Sob elas foram encontradas uma bola de bronze com fenda com um tubo para colocar uma haste, imagens de bronze de leões, dragões e pássaros; também com tubos de pólo. Quando uma certa área foi cavada no aterro para o continente argiloso, foi encontrado um poço quadrangular oblongo, coberto de terra preta, e além dele mais cinco poços, dois ovais pequenos e três quadrados maiores. Em uma sepultura oval, o esqueleto de um homem foi encontrado, deitado de frente para a tumba principal. No pescoço trazia uma argola de prata coberta com folha de ouro, perto da orelha direita um brinco de ouro de obra grega, no dedo médio da mão direita - um anel de ouro torcido em espiral de arame; ao lado do esqueleto à direita havia uma lança de ferro e a mesma flecha ou dardo, e suas hastes já estavam completamente deterioradas; perto do osso pélvico há um monte de flechas de bronze com traços claros de uma aljava de couro deteriorada. Em outra cova oval, outro esqueleto estava na mesma posição, que tinha um enorme aro de ouro torcido em volta do pescoço (cerca de 0,5 libras de peso), perto da cabeça à direita - um monte de flechas de bronze com restos de árvores, que foram pintados com cintos de cinábrio; Perto do pulso da mão esquerda, várias outras flechas foram encontradas. 11 esqueletos de cavalos foram encontrados em sepulturas quadradas, 5 deles com rédeas de prata e 6 com rédeas de ouro e roupas de sela. Os trajes de freio consistiam em um enorme nariz representando um busto de algum animal, 2 grandes placas com a imagem de pássaros, 2 pequenos botões maciços, 6 botões grandes ou placas com orelhas. O traje de sela de cada cavalo incluía: 4 placas decorando a sela, 4 botões grandes ou placas com orelhas, uma fivela de ferro e um anel de prata, provavelmente de uma cilha. Em dois cavalos, além disso, havia colares de bronze feitos de grandes e pequenas placas em forma de meia-lua com sinos pendurados. A sepultura principal acabou sendo saqueada; no fundo, depois que a terra preta foi retirada, havia marcas de tintas azul e carmim, aparentemente das paredes do caixão, restos de madeira e juncos apodrecidos, grampos de ferro e pregos. Esta pilhagem foi realizada através de uma brecha subterrânea especial cavada ao lado do monte. Mas o sequestrador não conseguiu suportar tudo - a brecha desabou e o cobriu com terra, e algumas das coisas que ele coletou no túmulo acabaram em um corredor subterrâneo e cavernas escavadas na forma de nichos desse corredor. Aqui foram encontrados: dois grandes vasos de cobre, um com seis alças em forma de cabras, uma lâmpada de bronze com seis chifres, 5 aljavas de flechas de bronze, 7 facas, uma espada com cabo revestido de ouro, um balde de bronze, uma pilha de placas de ouro (cerca de 700 peças) com muitos botões dourados que serviam de adorno de algum tipo de roupa ou colcha, cujos restos jaziam sob essas coisas. As placas quadrangulares retratam uma figura feminina sentada de perfil com um espelho na mão esquerda e à sua frente uma figura de pé de um cita bebendo de um chifre; outras placas retratam cabeças femininas, rosetas, uma cabeça de água-viva; a maioria das placas são ervilha triangular. Também foram encontrados dois anéis de ouro, um com a imagem esculpida de um cachorro, o outro com a imagem de um touro, um enorme anel de ouro, uma ponta de ouro de uma bainha de espada, uma tábua entalhada a ouro que servia de cobertura para um arco , a outra de uma bainha de espada - ambas retratando cenas da mitologia grega, 5 espadas com cabos cobertos com ouro cinzelado, quatro das quais retratam grifos e veados, e na quinta, uma imagem de uma caça é excelentemente cunhada e no topo há são duas cabeças de touro sem chifres, muitas placas de cintos tipográficos de ferro e bronze, etc.

Mas os predadores, felizmente, não entraram nos quatro túmulos laterais, que foram escavados nos cantos do túmulo principal dois arshins abaixo de seu nível e se comunicavam com ele por encostas inclinadas. Nessas sepulturas, foram encontrados esqueletos masculinos e femininos, aparentemente de uma rainha. Esqueletos masculinos tinham argolas de bronze ou ouro no pescoço, com imagens de leões nas pontas, pulseiras de ouro nas mãos, anéis de ouro nos dedos, na cintura, do lado esquerdo, facas com cabo de osso e espadas com cabo coberto de ouro com imagens toscas de grifos e veados, nos lombos do cinto, constituído por placas de bronze, aljavas com flechas de bronze, lanças e flechas com pontas de ferro; um dos esqueletos tinha uma taça de bronze com alças de prata e um jarro de prata na cabeça, enquanto os outros tinham ânforas de barro. No esqueleto feminino ao redor do pescoço foi encontrado um enorme aro de ouro liso com cerca de 1 libra de peso com uma imagem de leões nas extremidades; perto das orelhas estão dois brincos, compostos por anéis com sete pingentes cada; na testa há uma auréola dourada cinzelada com ervas com placas em forma de flores e rosetas; perto da cabeça e de todo o corpo estavam 57 placas quadrangulares com a imagem de uma mulher sentada e um menino à sua direita - com um espelho na mão (essas placas serviam de borda de alguma tampa); nas mãos estavam largos braceletes de ouro liso e contas de vidro, em nove dedos anéis de ouro liso e em um com a imagem de um pássaro voador da estepe como uma dracva, etc. Além dos esqueletos e jóias com os quais os cadáveres foram colocados nas sepulturas, uma dessas masmorras foi encontrada uma pilha inteira de ornamentos de ouro na forma de placas com imagens de dragões, leões, veados, ervas, flores, frutas; dragões atormentando veados; dragões lutando contra esfinges; na forma de placas redondas, quadrangulares, triangulares com imagens de uma cabeça de água-viva. Hércules com um leão, um leão atormentando um veado, um abutre, uma lebre, um bezerro, etc.; em forma de botões de vários tamanhos e formas, contas decoradas com filigrana, zapons em forma de esfinges, etc. No total, foram encontrados cerca de 2.500 itens. Aparentemente, todas essas decorações foram amarradas em roupas penduradas nesta masmorra e depois deterioradas (ganchos nos quais penduravam e tecidos deteriorados permaneceram). Em outra masmorra, foi encontrado um famoso vaso de prata, um arshin de altura e até nove polegadas de diâmetro, com imagens de cenas da vida cita; ao lado, uma grande tigela plana sobre um palete, decorada com ranhuras e padrão de grama, com duas alças, sob as quais figuras femininas são retratadas em relevo; sobre ela há uma grande colher de prata com cabo, decorada na extremidade com uma cabeça de javali. Finalmente, várias ânforas de barro de trabalho grego foram encontradas nas mesmas masmorras.

Vida dos citas e sármatas

Coisas semelhantes foram encontradas em outras sepulturas do mesmo tipo em Yekaterinoslavskaya. Tauride, Kiev, Poltava e Kharkov e na região de Kuban. Todos esses itens encontrados por arqueólogos confirmam e complementam as informações sobre a vida dos citas e sármatas que temos de escritores antigos.

Vimos que Heródoto dos citas orientais chama aqueles que não semeiam nem aram. Hipócrates, contemporâneo de Heródoto, dá uma imagem vívida desse modo de vida. “São chamados nômades”, escreve ele, “porque não têm casas e vivem em carroças, das quais as menores são de quatro rodas e outras de seis rodas; são revestidas de feltro em toda a volta e dispostas como casas, algumas com dois, outras com três compartimentos. Não são impermeáveis ​​nem à água, nem à neve, nem aos ventos. Dois e três pares de bois sem chifres são atrelados a essas carroças. As mulheres são colocadas em tais tendas e os homens andam a cavalo; eles são seguidos por seus rebanhos de ovelhas e vacas, e rebanhos de cavalos. Eles ficam em um lugar enquanto houver grama suficiente para os rebanhos e, quando não há suficiente, eles se mudam para outra área. Eles próprios comem carne, bebem leite de égua e comem ippaku (queijo de leite de égua)". Semelhante a esta descrição são as descrições da vida dos sármatas dadas por Estrabão e outros escritores greco-romanos. A arqueologia confirma plenamente esses dados. Quase todas as imagens encontradas nos túmulos da Cítia e da Sarmácia retratam a vida dos nômades das estepes: o vaso Chertomlyk retrata cenas de domesticação de cavalos; em placas vemos citas caçando lebres nas estepes; em outro lugar, 3 cavaleiros estão perseguindo veados, etc. O cavalo é o melhor companheiro e amigo do cita, e o cita não se separa dele mesmo após a morte, colocando-o com ele na sepultura, às vezes em ouro e prata ricos traje. Imagens dos citas em vasos e placas e coisas encontradas nas sepulturas permitem restaurar as roupas dos citas: essas são as roupas de cavaleiros arrojados. Os citas usavam camisas que não chegavam aos joelhos, com mangas estreitas e calças justas de couro ou tecido. Eles usavam jaquetas sem mangas ou casacos curtos com mangas estreitas e pisos inclinados, mais compridos na frente do que atrás; alguns estavam cobertos de pelos. Uma parte essencial da roupa cita era um cinto de couro com fendas e fivela, no qual carregavam uma aljava com flechas, um arco e uma espada. Os sapatos dos citas eram botas de couro, amarradas com dois cintos. Em suas cabeças, os citas usavam capuzes feitos de couro ou pêlo de camelo, consistindo em várias peças, uma das quais cobria a parte de trás da cabeça e descia para as costas. Os reis usavam bandagens (tiaras) e chapéus caros feitos de tecido, couro e metal, enfeitados com pele. As mulheres usavam roupas compridas com mangas compridas e estreitas e um cocar como um kokoshnik. Tanto as roupas masculinas quanto as femininas eram decoradas com placas redondas, ovais e quadrangulares costuradas nelas, cujo número, assim como o material, dependia da nobreza da pessoa. 266 placas de ouro pesando até 2,5 libras no total foram penduradas nas roupas do rei Kullob e no vestido da rainha havia 3,5 libras de placas de ouro (474 ​​peças). Além de placas, contas de metal e vidro, tubos com bordas, botões, pingentes e sinos serviam de enfeite para as roupas. Os citas também usavam jóias na forma de brincos (homens em uma orelha direita), faixas no pescoço, anéis e pulseiras nas mãos. O armamento dos citas, segundo as escavações arqueológicas, consistia em lanças, espadas, machados, arcos com flechas, escudos e armaduras, ferro ou bronze.

Influência grega na vida dos citas e sármatas

Jóias encontradas nas sepulturas citas-sármatas e vários utensílios domésticos testemunham a significativa influência grega na vida de nossos bárbaros das estepes. Os gregos, obviamente, trabalhavam para os bárbaros, vendiam-lhes seus produtos. Entre os vasos de barro nas sepulturas, há muitos vasos pintados com marca grega; deparam-se com espelhos de bronze, às vezes dourados, placas de osso representando cenas da vida e mitologia helênicas (corrida de carruagens, julgamento de Paris). Particularmente notável é a placa de ouro do monte Chertomlyk com imagens em relevo da vida nacional grega. Esta placa mostra, por assim dizer, dois andares. No piso inferior do lado esquerdo, um grupo de mulheres se senta dentro da casa e ouve o que está acontecendo na sala ao lado, que é um pátio já aberto. Aqui está um grupo de três homens conversando. O meio das mulheres é retratado com forte emoção em seu rosto, enquanto a imagem do homem extremo é cheia de indiferença e calma. À frente dos homens está uma mulher com um filho, seu rosto está triste. Há três figuras no piso superior da placa do lado direito, uma das quais retrata um jovem em trajes gregos, que, com um punhal na mão, corre para uma mulher que está fugindo dele, e outras duas figuras estão segurando o jovem de uma tentativa de assassinato. Do lado esquerdo está um homem ensinando um menino a desenhar um arco.

Os gregos faziam coisas para os bárbaros com imagens de sua própria vida bárbara ou cenas de um confronto entre bárbaros e gregos. Cenas da vida bárbara são retratadas nos vasos Chertomlytskaya e Kulyobskaya. O vaso de prata Chertomlytsky tem a forma de uma ânfora e provavelmente foi destinado ao vinho: um pequeno coador é preso dentro do gargalo e três bicas na parte inferior; um em forma de cabeça de cavalo alado e dois em forma de cabeças de leão. A base, pescoço, alças e todas as decorações são densamente douradas. O corpo do vaso é coberto com imagens condicionais e estilizadas de vegetação herbácea intercaladas com imagens completamente reais de pombos e grous selvagens. O friso está ocupado com cenas da vida das estepes. Em primeiro plano estão dois cavalos pastando calmamente. À direita, um jovem cita, agachado sobre um joelho, tenta com um laço manter um cavalo fugindo dele; à esquerda, um cita idoso faz o mesmo, inclinando-se para trás e agachando-se. Na parte superior do friso, dois citas na frente e um atrás freiam o cavalo; próximo, à direita, um cita calmamente de pé tira algo de uma bolsa; atrás dele, o cita manca seu cavalo cansado; do lado esquerdo, o cita, segurando a rédea do cavalo com uma mão, com a outra levanta a perna para inspeção. Acima dessas cenas estão dois grifos atormentando um veado. Todas as figuras são de prata fundida, fixadas no campo do friso (atualmente, os fios que representam o laço e a rédea não foram preservados); a imagem é feita artisticamente, todos os detalhes são claramente desenhados. O vaso Kulob (século XI-I aC) retrata cenas da vida militar. O rei de diadema dourado com rosto cansado, apoiado em uma lança, senta-se em um estrado e ouve um mensageiro ajoelhado diante dele, apoiado em um escudo; um cita sentado ao lado dele puxa uma corda que se soltou de um arco; em seguida, é retratado um cita, que coloca os dedos na boca de outro e examina a mandíbula, causando grande sofrimento ao paciente; então um cita enfaixa a perna ferida do outro com uma faixa estreita. Cenas da luta entre os citas e os gregos são retratadas em uma placa de ouro de uma bainha de espada do Chertomlytsky kurgan. O líder dos gregos convoca seus guerreiros atrasados; neste momento, o líder dos citas está tentando esfaquear o grego com uma espada. A próxima cena - o cita quer perfurar um jovem grego ferido com uma lança, a quem outro grego está tentando levar. No grupo seguinte, um grego atinge um cita já ferido com uma espada, que o repele com um machado; um cavaleiro com uma lança corre para ajudar o cita, mas seu cavalo tropeçou. Atrás desse grupo há uma cena de enfaixamento na perna de um grego ferido, cujo rosto mostra grande sofrimento. Ao final, um cavalo correndo é retratado, derrubando um guerreiro que se deita de bruços no chão. Decorando as coisas com cenas reais da vida cita, os artistas gregos, junto com isso, atendiam ao gosto dos bárbaros e ornamentos condicionais, como, por exemplo, os já mencionados grifos, plantas etc. a arte da Ásia Central, aparentemente chegou aos citas do leste de seus companheiros de tribo, com quem tiveram relações sexuais. O gosto oriental também se refletia na ornamentação colorida de itens de ouro e bronze com pedras preciosas e vidros coloridos.

Há evidências que sugerem que nem todas as coisas encontradas nas sepulturas citas-sármatas eram de origem importada. Uma placa de metal representando um leão e cinco outros animais traz a inscrição grega Ποράχο. Aparentemente, este é o nome do mestre que fez o prato e, embora esteja representado em letras gregas, é sem dúvida bárbaro (semelhante a Farnak). Um navio é assinado diretamente em grego: ξηβανοχονταρούλας έπίει, ou seja, Xebanokoutaroulas trabalhou. O nome também é bárbaro, não grego. Obviamente, os citas e sármatas, vivendo nas colônias gregas, aprenderam vários tipos de habilidades lá. É possível que eles também tivessem seu próprio conhecimento técnico, desenvolvido em comunicação com as tribos orientais. Aparentemente, as obras citas nativas incluem vasos de bronze e cobre com pernas bastante altas, às vezes decoradas no topo com figuras em relevo de um carneiro, uma ovelha e às vezes simplesmente com um ornamento. Estes, talvez, fossem os mesmos caldeirões em que, segundo Heródoto, os citas cozinhavam a carne de animais sacrificados.

A influência reversa dos citas e sármatas na vida das colônias gregas

Os citas e os sármatas não apenas perceberam a influência cultural dos gregos, mas também, por sua vez, exerceram certa influência no modo de vida grego às margens do Pontus Euxine. O sincretismo cultural pode ser visto não apenas na vida dos citas e sármatas, mas também na vida dos próprios gregos. Esse sincretismo veio da reaproximação tribal entre gregos e bárbaros. Heródoto já notou essa reaproximação tribal, apontando para os helenos-citas que viviam perto de Olbia, ao palácio do rei cita em Olbia. Mas este fato foi mais claramente manifestado na chamada reino do Bósforo.

O núcleo deste reino era a colônia grega de Panticapaeum. A ela juntou-se a cidade de Nymphea, que fazia parte da União de Delos, no século V, e Theodosia no século IV, pelo que os arcontes de Panticapaeum se transformaram nos arcontes de Bósforo e Teodosia. Esses arcontes subjugaram várias tribos bárbaras que viviam na vizinhança e, dessa forma, tornaram-se arcontes e reis. Como resultado da unificação sob um domínio dos gregos (Fanagoria e Gorgippia, agora Anapa, juntaram-se ao complexo de Panticapaeum, Nymphaeum e Theodosius) e os bárbaros, o sistema de vida interno no Bósforo cimério mudou completamente. Em vez da habitual república da cidade grega, uma monarquia de tipo oriental foi estabelecida aqui ao longo do tempo. Os monumentos materiais do reino do Bósforo revelam um forte elemento bárbaro em sua vida. Nas catacumbas de Kerch da época romana, vemos a imagem não dos citadinos gregos, mas dos proprietários das estepes, criadores de cavalos e proprietários de terras, defendendo suas propriedades com suas tropas, esquadrões e destacamentos. Essas pessoas não são gregos puros. Uma análise dos nomes preservados em algumas lápides atesta sua origem iraniana, ou seja, cita-sármata. Cocares dos ricos mortos, encontrados nas catacumbas; todos esses chapéus, diademas, uma abundância de jóias de ouro - também falam da barbárie dos habitantes de Panticapaeum. Os gregos e os bárbaros foram reunidos não tanto pela submissão de uma autoridade, mas por uma atividade econômica comum. O reino do Bósforo era um grande produtor e exportador de pão e peixe. Cerca de 400.000 unidades de pão eram exportadas daqui para Atenas todos os anos. Este pão era produzido pelos bárbaros vizinhos - taurinos, citas e sármatas, comprados e revendidos pelos gregos. Esse intercâmbio econômico aproximou gregos e bárbaros e levou à sua fusão tribal. O sincretismo tribal e cultural também está sendo descoberto em outras colônias gregas do nosso sul. Nesse sentido, a história de Dion Crisóstomo, que visitou Olbia em 100 d.C., é especialmente instrutiva. Segundo ele, os habitantes de Olbia já falavam grego impuro, vivendo entre os bárbaros, embora não perdessem seu sentimento tribal e soubessem quase toda a Ilíada de cor, idolatrando seus heróis, principalmente Aquiles. Eles se vestiam no estilo cita, vestindo calças e capas pretas. Eles constantemente travavam uma luta contra os bárbaros, que inundavam e arruinavam suas cidades, mas ao mesmo tempo vinham para o comércio, etc. Ásia Menor e Egito, especialmente desde a época das campanhas de Alexandre, o Grande, e a ampla dispersão dos gregos dentro do antigo reino persa. No sul do nosso país, desenvolveu-se uma variedade especial da chamada cultura helenística.

Essa cultura, apesar de ter sido varrida pela maré de novos bárbaros da tribo turca em nossas estepes, não permaneceu sem significado e influência para a vida do povo russo. Suas sementes dos habitantes de nossas estepes foram trazidas para o norte, para as regiões florestais, para aquelas tribos que foram posteriormente engolidas pelo povo russo. Desta forma, o mundo helênico-cita-sármata teve um certo papel na preparação cultural pré-histórica de nosso povo.

vizinhos do norte dos citas e sármatas

Quais tribos viviam ao norte dos citas e sármatas? Heródoto chama neurônios, que viviam ao norte das cabeceiras do Dnieper, andrófagos, vivendo ao longo do meio Dnieper, melancólico(Chernorizians) - a leste dos Andrófagos, budinov, vivendo ao norte dos Sauromatians. Mas que tipo de tribos eles eram e em que relação eles estão com a população posterior de nossas áreas florestais, não podemos responder a essa pergunta com base no estado das informações históricas. A primeira evidência definitiva da população de nossas áreas florestais vem de escritores romanos e gregos dos séculos I e II d.C. Segundo Plínio, o Velho († 79 d.C.), perto do Vístula, que era a fronteira da Sarmácia Wends. Tácito (1100 d.C.) diz que os Wends estavam espalhados por uma vasta área a leste do Vístula, entre pevkinami, morando na foz do Danúbio, e Finlandeses. O geógrafo e astrônomo alexandrino Ptolomeu († 175 d.C.) coloca os Wends entre os grandes povos da Sarmácia, ou seja, da Europa Oriental, ao redor do Golfo de Veneza (ou seja, o Mar Báltico). Sob o nome de Wends, os eslavos ocidentais, principalmente bálticos, aparecem posteriormente. Mas não há dúvida de que esse nome já foi comum a todos os eslavos: o estoniano Chud tem uma terra eslava e agora é chamado de vano, e o eslavo é väne. O nome "Antes", que denota os eslavos do Mar Negro entre os escritores do século VI de acordo com R. X., aparentemente, nada mais é do que uma variação do mesmo nome "Venedi". Além dos Wends, Ptolomeu designa os habitantes da costa do Báltico - navios e galindov, em que os pesquisadores veem lituanos (posteriormente, ramos dos prussianos levam esses nomes).

Assim, três grupos de tribos, além dos gregos, citas e sármatas já listados por nós, são apresentados pelas evidências históricas mais antigas da Europa Oriental - eslavos, lituanos e finlandeses. Até que ponto essas tribos se espalharam na Europa Oriental durante a era cita-sármata?

casa ancestral eslava

Os cientistas, determinando de acordo com os dados de nomenclatura geográfica e escavações de sepulturas, de acordo com a linguística comparativa, o local de residência original dos eslavos na Europa, estão atualmente inclinados a pensar que este "lar ancestral eslavo" capturou a bacia do Vístula, as montanhas dos Cárpatos país, a bacia de Pripyat, o médio Dnieper com o curso inferior do Berezina e As gomas, inclusive, e o curso superior do Dniester e do Bug do Sul. No norte, os assentamentos eslavos se entrelaçavam e se misturavam com os assentamentos da Lituânia, no leste com os assentamentos de lituanos e finlandeses, e no sul terminavam aproximadamente na fronteira da floresta e da estepe. Mais recentemente, alguns filólogos (acadêmico Shakhmatov) apresentaram a opinião de que os eslavos se mudaram para o território delineado da bacia do baixo Neman e do Dvina Ocidental, trocando de lugar com os finlandeses e lituanos que viviam ao sul deles. Mas essa opinião, baseada principalmente em considerações filológicas, ainda está no estágio de uma hipótese que precisa de mais explicações.

Localização do povo lituano

Quanto ao povo lituano, nos séculos XI e XIII, a área de distribuição de bits era a bacia do Neman. Mas há razões para pensar que o território original da Lituânia era mais amplo, capturando os afluentes esquerdos do Pripyat, o curso do Berezina, a bacia do Dvina Ocidental, o Dnieper superior e, em parte, a bacia do Alto Oka. Os pesquisadores chamaram a atenção para o fato de que os rios que fluem no território de nossos Dregovichi, Krivichi e parte dos Vyatichi têm nomes principalmente não eslavos, dados a eles, obviamente, pelos antigos habitantes. Analisando esses nomes, os pesquisadores descobrem raízes lituanas em muitos deles; a propósito, o nome de Upa é derivado diretamente do nome comum lituano ira, o que significa rio. Mas como no mesmo território existem rios com apelidos finlandeses para va, ga, za, ma, ra, sa, sha (por exemplo, Zelva, Russa - os sistemas Neman, Drissa e Obsha - os sistemas ocidentais Dvina, Vyazma - os sistemas Dnieper), daí a suposição de que os lituanos viviam nessas áreas intercaladas com os finlandeses. Essa suposição também é apoiada pelo fato de que na língua dos finlandeses, não apenas no grupo ocidental (estônios e finlandeses), mas também no grupo oriental (mordovianos), há muitas palavras emprestadas da língua lituana. Portanto, houve um tempo em que os finlandeses orientais estavam em contato com a Lituânia. Parte dos lituanos, talvez, mudou-se mais para o leste. Na bacia de Tsna, perto de Tambov, foi encontrado um cemitério com as mesmas coisas que são encontradas nos cemitérios da região da Letônia.

A área de distribuição dos finlandeses. influência iraniana

Esta área também era muito mais ampla na era cita-sármata do que mais tarde. Se os finlandeses eram conhecidos dos romanos e gregos, deve-se pensar que eles não estavam abandonados nas regiões do norte, mas viviam muito mais ao sul, em contato com a população das estepes. O nome finlandês para o Volga - "Ra" de Ptolomeu - fala a favor dessa suposição. A nomenclatura hidrográfica moderna da Europa Oriental leva ao mesmo.

Na região florestal da Rússia européia, encontramos muitos rios que terminam em va, ga, za, ma, ra, sa, sha. Os nomes de todos esses rios não soam em eslavo e não podem ser dados pelos eslavos. Os eslavos, obviamente, os receberam já em prontidão dos povos que viviam aqui antes e durante o assentamento dos eslavos. Que tipo de povos eles poderiam ser? Os geógrafos já fizeram a observação de que os rios com nomes para as terminações acima se distribuem principalmente nas áreas ocupadas pelos finlandeses. Filólogos (Sjögren, Veske, etc.) apontaram que tais nomes poderiam ter sido dados pelos finlandeses. Mas também encontramos rios com nomes semelhantes nas áreas onde encontramos as tribos eslavas de Radimichi, Severyans e Vyatichi. São eles: Vehra (um afluente do Sozh), Nerussa com o Seva (afluentes do Seim) - o sistema Dnieper; Kroma, Zusha, Ugra, Zhizdra são os sistemas Oka, etc. Samaya Oka significa rio (Yoki) em finlandês. Tudo isso indica que os finlandeses antes do assentamento dos eslavos viviam muito mais ao sul do que mais tarde, nos primeiros tempos de nossa história. Ao mesmo tempo, sem dúvida, eles entraram em contato direto com os povos iranianos que viviam na época no sul de nosso país. Isso explica o fato de que nas línguas finlandesas existem raízes e até palavras inteiras de origem iraniana. De acordo com essas palavras emprestadas, os pesquisadores concluem que há uma forte influência iraniana na vida e na cultura dos finlandeses. Através dos iranianos, os finlandeses se familiarizaram com metais - primeiro, cobre e depois ouro (zarni), prata (Votyak - suspensão, Zyryan - ezis; húngaro - ezüst, ossetian - äzvist), etc. Os iranianos introduziram os finlandeses aos primórdios da agricultura e dos animais domésticos - vacas e ovelhas. O termo emprestado para senhor - príncipe, mestre (öksej) dá razão para pensar que pelo menos parte dos finlandeses experimentou um período de alguma dependência dos iranianos. Se assim for, então é possível que naquele conglomerado de nacionalidades, que Heródoto designou com um nome "citas", também houvesse tribos finlandesas.

Assim, as evidências históricas e os argumentos linguísticos que consideramos levam à afirmação de que até o final do século IV d.C. não havia eslavos nas regiões estepes do sul da atual Rússia européia, que eles permaneceram na parte ocidental da floresta. região, ocupando as bacias do Vístula, o alto Dniester e os afluentes direitos do Pripyat, o baixo Berezina e o Desna, na fronteira, provavelmente interferindo com vizinhos: no norte e leste com lituanos e finlandeses, no sul - com os sármatas e parte dos alemães (godos), tentando, provavelmente, expandir seu assentamento por conta deles. Os grandes movimentos populares ocorridos no final do séc. aumentou a proporções enormes.

Literatura:

N. Kondakov, I. Tolstoi. Antiguidades russas em monumentos de arte. Questão. 2-3. SPb., 1889.

Antiguidades de Heródoto Cítia. Ed. Criança levada. Arqueol. Comissões. Edição 1-2.

Sobre a questão da residência original dos eslavos, lituanos e finlandeses, além das obras de Grushevsky e Bagalei, veja:

Lubor Niederle. Slovanské starozitnosti. 1-2. Praga, 1902-1904.

Nadezhdin. Experiência da geografia histórica do mundo russo // Biblioteca para leitura. 1837. Nº 7.

Weske. Relações eslavo-finlandesas segundo a língua // Anais da Sociedade de Arqueologia, História e Etnografia do Imp. Universidade de Kazan. T. 8.

R. Stackelberg. Relações lexicais iranianas-finlandesas // Proceedings of the Eastern Commission Imp. Moscou Arqueol. Sociedade. T. 1.

A. A. Kochubinsky. Território da Lituânia pré-histórica // ZHMNP. 1897. Nº 1.

“Graças” às obras do historiador grego Heródoto e alguns outros autores da antiguidade, estamos acostumados a ver nos citas e sármatas hordas asiáticas selvagens, ou pelo menos povos iranianos que se estabeleceram nas estepes do sul da Ucrânia e Rússia, Ásia Central e Sibéria. Nos documentos, a menção anterior aos citas refere-se a 4800 anos (século VII aC) da calmaria da Mãe Terra. As referências mais completas e vívidas dizem respeito aos citas do Mar Negro, cujo nome próprio, segundo o mesmo Heródoto, soa como “lascado”, o que claramente e “a olho nu” indica, se não um eslavo claro, então a presença incondicional da raiz eslava “kolo”.

O acadêmico B. Rybakov, com base no nome próprio indicado, fala com razão da presença incondicional dos eslavos na composição do povo, que é chamado em muitas fontes da maneira grega - os citas. O acadêmico decifra o nome “lascado” como “descendentes do sol”, já que “kolo” entre os eslavos também é o nome do sol. E vamos lembrar que os eslavos na "Palavra da Campanha de Igor" se chamam descendentes do sol, ou seja, os netos de Dazhdbozh.

Assim, parte dos citas se autodenominavam Skolots, os persas os chamavam de Saks, Plínio diz que também eram chamados de khazares (e aqui pedimos ao leitor que não se preocupe e não invente “judeu-maçons” para si mesmos, pois os khazares eram nem sempre e nem todos sem exceção eram judeus).

O território do estado cita ocupou as terras da moderna Ucrânia até a zona florestal (no norte), no leste atingiu o Don e o Mar de Aral, no oeste - até a moderna Bulgária e ocupou parte da Moldávia, no sul - para as montanhas do Cáucaso, o Mar Negro e a Crimeia. É interessante que Plínio e Estrabão (autores antigos) chamem o Mar Negro de Cítia de Pequeno e o Grande Cítia, partindo para o leste e norte do Don. Isso não nos lembra a tradição tardia dos livros da Pequena e Grande Rússia? O autor deste artigo não tem a menor dúvida de que esta é uma tradição de nomear as mesmas pessoas. O historiador Tucídite escreve que os citas são o povo mais numeroso, e seu reino é tão poderoso e grande que nem um único povo, não apenas na Europa, mas também na Ásia, pode ser comparado a eles, e nem um único povo é capaz de vencer os citas.

E, de fato, os citas fizeram muitas campanhas agressivas no Oriente Médio e na Ásia Ocidental. Nos anos 4830-40 (670 aC) eles conquistaram a Média, a Síria, a Palestina e lá criaram um reino, cujo nome os gregos deram como "Ishkuza". Em 4996 (512 aC), os citas sentiram o poder militar dos iranianos e expulsaram de suas terras os conquistadores do rei Dario I. Os citas foram liderados nesta guerra pelo rei Idanfirs. O pesquisador da história L. Silenko, depois de analisar o dialeto cita, do nosso ponto de vista, mostrou muito claramente que o nome desse rei glorioso é de origem eslava. Devido às peculiaridades da língua grega, o nome eslavo Dantur se transformou no nome "Idanfirsos". Da mesma forma, nosso Svyatoslav tornou-se entre os gregos "Sfentoslav".

Em 5169, os citas foram derrotados pelas tropas de Filipe II da Macedônia, mas já em 5178 se vingaram dos macedônios, derrotando as tropas do governador de Alexandre, o Grande, Zopyrion, perto de Olbia. Durante todo o tempo de sua existência, a Cítia nunca foi conquistada, e ninguém possuía os citas. Mas, como muitas vezes acontece conosco, se alguém nos derrota, somos nós mesmos. Como resultado de conflitos civis, a Cítia é transformada de um estado centralizado em uma união de tribos, das quais as mais influentes eram os sármatas e os citas da Crimeia.

Desde os anos 5200, Scythia é mais frequentemente chamada de Sarmatia em documentos. E embora os citas e os sármatas sejam teimosamente apresentados na história como povos diferentes, os próprios antigos escrevem: “Os sauromatianos falam a língua cita, mas distorcida desde os tempos antigos”, ou seja, estamos falando de um dialeto.

Os nomes dos deuses citas são conhecidos, que têm uma clara origem ariana e podem ser lidos e entendidos em eslavo. Assim, em nome da Deusa Tabiti, nossa Bereginya é facilmente reconhecida: Tapiti, ou seja, “quente”. Papay é o pai (Svarog), até agora, muitos descendentes dos arianos, incluindo russos, chamam seu pai - "pai". "Ares" não é outro senão o antepassado Orius (Arius).

Os mitos citas são versões iniciais da mitologia eslava. Assim os mitos eslavos mais famosos sobre os três irmãos fundadores do povo: a) Cita, Rus e Esloveno; b) Checa, Lech e Rus; c) Kiy, Shchek e Khoriv têm seu próprio paralelo cita. Esta é uma lenda sobre os três irmãos Lipoksai, Arpoksai e Koloksai. Foi durante o seu reinado que 4 presentes caíram do céu: um arado, um jugo, um machado e uma tigela, que corresponde à dispensação da sociedade védica: o arado é a ferramenta dos trabalhadores, o jugo são os donos, o machado são os cavaleiros, a tigela ritual é os magos.

Assim, o nome próprio, nomes, fé e lendas dos citas, bem como os sármatas, que se distinguem dos citas apenas por seu dialeto, confirmam que havia um número suficiente de proto-eslavos entre os citas. E, se é difícil falar sobre os citas como eslavos diretos, eles certamente se tornaram o substrato (parte) da grande Família dos Gloriosos, e sua cultura [cita] tem características proto-eslavas brilhantes. Não seria supérfluo, mas até necessário, mencionar que até a Idade Média, os europeus ocidentais chamavam os Rusyns da Rússia - citas, e os poloneses e Rusyns da Ucrânia se chamavam descendentes dos sármatas. Em particular, no título de alguns hetmans do Exército Zaporizhzhya havia um componente "Príncipe da Sarmácia".

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Os ancestrais do povo russo não são apenas eslavos, mas muitos povos difíceis de classificar em termos modernos. Normalmente, tais ancestrais são nomeados de acordo com os monumentos arqueológicos que restaram deles. Nos nomes, em graus variados, há utensílios domésticos, tipos de ornamentos, o nome de uma arma ou os assentamentos e lugares históricos mais próximos. É assim que aparecem a “cultura da louça com fio”, “portadores de machado de batalha”, “Chernyakhovites”, “Milogradtsy” ...

No mapa acima, vemos muitos nomes desse tipo e na "área eslava" eles são colocados apenas como culturas "proto-eslavas" "Pshevorskaya" e "Proto-Praga-Korchakov" de 3-4 séculos. Claro, também é adequado Kiev". Mas relativamente "Cherniakhovskaya" há dúvidas: é exatamente onde os góticos iam e voltavam por muito tempo e com confiança ... passagem os hunos e os constantemente presentes citas e sármatas...
Acontece que conheço muito bem a região da região norte do Mar Negro: tanto dos museus de Odessa e Belgorod, Dniester e Kiev, quanto de viagens ao longo do Danúbio, Dniester, Bug do Sul e Dnieper, Crimeia. cita há uma moeda de dez centavos: ouro, armas, armaduras, túmulos, santuários... Até os restos de cidades (na Crimeia).
Mas os citas e os eslavos são idênticos apenas no poema "Citas" de Alexander Blok... Heródoto menciona alguns "lavradores citas", dos quais alguns amantes de tudo que é famoso e reconhecido estão prontos para concluir que estamos falando dos eslavos...

Na Idade Média, os sármatas foram reconhecidos pela primeira vez como seus ancestrais nobreza polonesa(“Sarmatismo”, “teoria sármata”): supostamente, os sármatas conquistaram a população local nas bacias do Vístula-Pripyat e se tornaram nobreza militar ... .
foi mesmo inventado "Retrato Sármata" e um tipo especial de roupa - kuntushi e cintos tecidos de fios de ouro e prata, com cinco metros de comprimento e meio metro de largura. Muitas vezes são chamados "Slutsk", desde a sua produção em massa - já no século 18 - foi estabelecido pelo magnata Karol Stanislav Radzivil, apelidado de "Pane Kakhanka" em sua posse na cidade de Slutsk (agora Bielorrússia). Mas isso já é do campo da “materialização das imagens sensuais”, e não da evidência...
As ilustrações mostram duas figuras bem conhecidas do Grão-Ducado da Lituânia, russo e samogiciano - Lev Sapega e Nikolai Radziwill "Black" (porque também havia Nikolai Radziwill, seu primo, apelidado de "Redhead") /