Na maioria das vezes, um sentimento fugaz de reconhecimento do desconhecido - déjà vu - ocorre em situações cotidianas. Você está sentado com amigos em um café e, de repente, há a sensação de que já esteve aqui: com as mesmas pessoas, no mesmo interior ... Você reconhece essa cena nos mínimos detalhes e parece que pode até prever eventos alguns momentos à frente.

O déjà vu acontece em um país estrangeiro, onde chegamos pela primeira vez, e durante um encontro com estranhos- não temos um passado comum, mas sentimos claramente que essa pessoa, lugar, evento já esteve em nossa vida (embora não possamos lembrar quando, em que circunstâncias). Surpresa, curiosidade, ansiedade se misturam a essa sensação incrível. Há uma antecipação de um milagre, uma ilusão de clarividência, que permite, enganando o tempo, ver o futuro ou reviver o passado. E depois de alguns segundos, tudo desaparece: o passado se torna conhecido novamente, o presente se torna novo e o futuro, como sempre, é desconhecido.

encanto mágico

A sensação fugaz de déjà vu que a maioria de nós experimentou pelo menos uma vez em nossas vidas é difícil de esquecer. Ele levanta muitas questões sobre a percepção do tempo e do espaço, sobre as características de nossa memória, consciência e inconsciente. E embora o nome do fenômeno (do francês déjà-vu - “já visto”) tenha surgido apenas no século 19, ele interessa à humanidade desde os tempos antigos.

Filósofos - platônicos e pitagóricos - a consideravam "uma memória de vida passada", os estóicos viam nele "a eterna repetição da mesma coisa". Aristóteles tentou encontrar uma explicação racional para esse fenômeno, sugerindo que sua causa é uma desordem da psique humana. No entanto, o déjà vu continuou a manter seu charme mágico.

Segundo a revista New Scientist, cerca de 90% dos homens e mulheres afirmam estar familiarizados com o efeito do déjà vu, e alguns dizem que esse sentimento os visita regularmente, com mais frequência quando estão cansados, irritados ou estressados. As crianças experimentam o déjà vu pela primeira vez aos oito ou nove anos: para que essa experiência surja, é necessário um certo nível de desenvolvimento da consciência. Aqueles que têm uma predisposição genética para doenças associadas a uma violação da percepção sensorial (esquizofrenia, epilepsia) são mais propensos ao déjà vu.

Artistas, escritores e poetas não ficaram indiferentes a esta misteriosa experiência. “Não se gabe, tempo, poder sobre mim. Essas pirâmides que você ergueu novamente não brilham com novidade ”, exclamou Shakespeare, considerando vida moderna apenas um “ressurgimento da antiguidade” (Soneto nº 123 traduzido por S. Marshak).

No século 19, o deja vu é mencionado mais de uma vez em obras literárias em Dickens, Chateau-Briand, Baudelaire e mais tarde Proust, segundo os quais essa "visão brilhante e indistinguível" parecia dizer: "Pegue-me no ar se tiver forças e tente resolver o enigma da felicidade que ofereço você". A sensação de mistério se deve ao fato de que no momento do déjà vu temos perguntas “eternas”. Talvez, em geral, o que tomamos para o presente seja algo que já vimos uma vez, de uma forma diferente, em uma vida diferente - diferente e ao mesmo tempo nossa?

Memórias Proibidas

O fundador da psicanálise, Sigmund Freud, tentou resolver (e desmascarar) esse “mistério da felicidade”: ele disse que a sensação de déjà vu é um vestígio de uma memória reprimida (esquecida) de uma experiência traumática emocional muito forte ou desejo que é inaceitável para o nosso Superego.

Em "Psicopatologia" vida cotidiana"Ele fala sobre uma menina que veio pela primeira vez à aldeia para visitar seus amigos da escola. “Indo visitá-la, ela sabia que essas meninas tinham um irmão gravemente doente”, escreve Freud. - Entrando no jardim, e depois na casa, ela sentiu como se já tivesse estado aqui antes - ela reconheceu este lugar. Naquele momento, ela esqueceu completamente que seu próprio irmão havia se recuperado recentemente de uma doença grave, e que ela experimentou uma alegria inexplicável, percebendo que poderia continuar sendo a única criança da família.

Uma situação semelhante na casa de amigos por um momento "reviveu" essa experiência reprimida. Mas, em vez de se lembrar, escreve Freud, "ela transferiu a 'lembrança' para o jardim e a casa, e parecia-lhe que já tinha visto tudo". “Minhas próprias experiências de déjà vu posso explicar de maneira semelhante”, acrescenta Freud, “pela ressurreição de um desejo inconsciente de melhorar minha situação”.

Em outras palavras, o déjà vu é um lembrete de nossas fantasias secretas, um sinal de que estamos em contato com algo desejável e ao mesmo tempo proibido. Não é à toa que Freud em seus primeiros trabalhos associava o déjà vu às lembranças do ventre materno - o único lugar, sobre o qual todos podem dizer com confiança: “Já estive lá!” Talvez seja exatamente esse o motivo do encanto excitante do déjà vu?

Segundo Freud, o déjà vu está associado à memória do útero da mãe, sobre a qual todos podem dizer com confiança: "Já estive lá!"

O aluno de Freud, o psicanalista húngaro Sandor Ferenczi, acreditava que também poderíamos falar sobre nossos sonhos: algo que acontece em este momento associativamente nos lembra dessas tramas esquecidas. O criador da psicoterapia analítica, Carl Gustav Jung, também não ignorou esse fenômeno.

Ele relembrou a sensação que experimentou enquanto viajava pelo Quênia: “Na saliência de uma rocha, vi a figura de um homem apoiado em uma lança. Esta imagem de um mundo completamente alienígena, ao que parece, me fascinou: experimentei estado de deja vu. Uma vez que eu estava aqui, eu conhecia bem esta vida! Em um instante, foi como se eu voltasse à minha juventude firmemente esquecida: sim, este homem está esperando por mim aqui há dois mil anos. Ele explicou essa experiência pela influência do inconsciente coletivo - uma espécie de memória ancestral, que, em sua opinião, cada um de nós possui.

Deja vu é como um sonho que, assim que acordamos, se esvai, deixando apenas vagas lembranças. Como em Olhos do Cão Azul de Gabriel Garcia Marquez.

“Ela me encarou atentamente, mas eu ainda não conseguia entender onde eu tinha visto essa garota antes. Seu olhar úmido e ansioso brilhou na luz irregular do lampião de querosene, e me lembrei que todas as noites sonho com este quarto e o lampião, e todas as noites encontro aqui uma garota com olhos ansiosos. Sim, sim, é ela que vejo todas as vezes, cruzando a linha instável dos sonhos, a linha da realidade e do sono. Encontrei cigarros e acendi um cigarro, recostando-me na cadeira e me equilibrando nas patas traseiras - fumaça azeda e azeda fluindo em anéis. Ficamos em silêncio. I - balançando em uma cadeira, ela - aquecendo os dedos finos e brancos sobre a tampa de vidro do abajur. Sombras tremeram em suas pálpebras. Pareceu-me que eu deveria dizer alguma coisa, e eu disse ao acaso: “Os olhos de um cachorro azul”, e ela respondeu com tristeza: “Sim. Agora nunca vamos esquecer isso."

Mau funcionamento do cérebro

Uma memória esquecida, um desejo proibido ou uma representação simbólica - graças a essas explicações, o déjà vu não tem mais nada a ver com o dom da previsão ou percepção de uma vida passada. Ciência XXI século continua a desmascarar essas ilusões. Ela nos trouxe de volta à sugestão de Aristóteles de que o déjà vu nada mais é do que um mau funcionamento do cérebro.

O estudo da epilepsia, cujos ataques são frequentemente precedidos por episódios de déjà vu, permitiu aos neurofisiologistas identificar a causa de tais sensações: trata-se de uma disfunção de curto prazo no trabalho de várias partes do cérebro. Como resultado, ocorrem dissociações (destruição associações) entre nova informação e memórias, - diz Chris Moulin, psicólogo da Universidade de Leeds (Reino Unido). “E reconhecemos instantaneamente um objeto ou situação desconhecida.”

Outra explicação para esse fenômeno: o déjà vu ocorre devido a um mau funcionamento sistema neural cérebro causado por fadiga, estresse ou intoxicação. Confuso, nosso cérebro leva novas impressões para as já familiares. Então o déjà vu é definitivamente apenas uma falsa impressão, talvez dotada de significado (como tudo que vem do inconsciente), e os cientistas ainda precisam decifrá-lo até o fim.

Essa impressão pode significativo, - como tudo que vem do nosso inconsciente

Mas mesmo sabendo que não há nada de sobrenatural no déjà vu, você não deve negar a si mesmo o prazer de vivenciar esses momentos. Afinal, por um breve momento eles nos dão a ilusão de que o tempo pode voltar atrás ou, inversamente, pelo menos um milésimo de segundo à frente dele. Todos os sentidos são aguçados quando sentimos que enganamos o tempo. E então de volta para vida comum. Mas esses momentos são o que você sempre precisa pegar: um pouco de mágica, em dose homeopática.

Maria nem se interessou pelo efeito déjà vu. Até o outono deste ano.

Maria Ignatova:

Alguns momentos da minha vida se repetem, ou eu já os vi em um sonho.

Por um mês inteiro, ela é literalmente assombrada por coincidências. Parece à menina que ela já andou por esta rua, viu aquele rapaz nela, ouviu a conversa das velhas que passavam, e até um corvo estava sentado neste galho. E tudo ficaria bem, só que... ela definitivamente está aqui pela primeira vez. Para uma explicação, Maria recorreu a um psicólogo.

Lucia Suleimanova, psicóloga:

Isso se deve ao fato de você uma situação difícil em que você está muito envolvido emocionalmente. Todos os lugares que você frequenta, assim como pessoas, objetos e situações, criam em você um sentimento de esperança, medo ou ansiedade. E isso, por sua vez, pode causar déjà vu.

Capaz estresse severo o cérebro é danificado e parte da informação desaparece, o vazio é rapidamente preenchido por um novo, mas continuamos a percebê-lo como o passado. Daí a vaga sensação de que já aconteceu. Há também outra versão. A vida monótona e a rotina diária levam ao fato de que o cérebro começa a confundir o passado e o presente, porque são absolutamente idênticos, e nada de novo e memorável acontece com você.

Lucia Suleimanova, psicóloga:

Temos dois tipos de memória: memória de curto prazo e memória de longo prazo. Às vezes, jogamos algumas informações na memória de longo prazo e esquecemos. BATER ajuda a incluir esta informação, e parece-nos que já o foi.

Os esoteristas asseguram: o déjà vu aparece em nossas vidas por uma razão. Cada coincidência tem seu próprio significado mágico. Você não pode ignorar essas mensagens, caso contrário, perderá algo importante.

Alexander Panfilov, parapsicólogo:

Deja vu significa que você está passando por um ponto importante em sua vida. A partir deste ponto, você começa a se mover em direção correta e fazer escolha certa ou não. É muito importante ouvir a si mesmo nesses momentos. O próprio universo te tira da realidade e reinicia, reescreve. Aqui é importante reavaliar seus valores e repensar a direção em que você está se movendo.

Pesquisadores paranormais têm sua própria explicação para esse efeito. Segundo eles, vivemos em um dos muitos universos. E cada um deles tem nossa cópia, e o déjà vu vem quando sincronizamos com eles. Mas, por enquanto, essa teoria continua sendo apenas uma teoria.

Os médicos descem do céu à terra. Eles consideram este efeito uma violação da autoconsciência, causada por uma doença - esquizofrenia ou epilepsia. Uma pessoa perde a ideia do que realmente está acontecendo em sua vida e a confusão começa em sua mente.

Vasily Generalov, neurologista:

O efeito do deja vu em pacientes com epilepsia é um tipo de convulsão. Se isso for um prenúncio de um grande ataque convulsivo, os estados de déjà vu podem até ocorrer em série. Em pacientes com epilepsia, a causa do desenvolvimento das crises é algum tipo de alteração funcional, na maioria das vezes no lobo temporal.

Medicamentos também podem provocar déjà vu. NO prática médica há casos em que os antidepressivos fazem com que os pacientes sintam que tudo o que aconteceu com eles já aconteceu. Mesmo medicamentos para gripe podem causar esse efeito. Antes de procurar um significado místico nas visões, lembre-se de quais pílulas você tomou no dia anterior.

Antonina Orekhova, "Humor"

Olá de novo! Você se pegou pensando que o que tinha acabado de acontecer já tinha acontecido com você? Normalmente, essa condição recebe uma definição como o efeito déjà vu, em tradução literal"visto anteriormente". E hoje vou tentar revelar a vocês as teorias em que os cientistas se baseiam para explicar como e por que isso acontece conosco.

Um pouco de história

Esse fenômeno tem recebido atenção em tempos antigos. O próprio Aristóteles era da opinião de que este é simplesmente um certo estado que surge devido à influência vários fatoresà psique. Por muito tempo recebeu nomes como paramnésia ou promnésia.

No século XIX, um psicólogo francês, Émile Boirac, interessou-se por pesquisar vários efeitos mentais. Ele deu à paramnésia um novo nome que ainda existe hoje. Aliás, ao mesmo tempo ele descobriu outro condição mental, completamente oposto a isso, chamado jamevu, que significa “nunca visto”. E geralmente se manifesta quando uma pessoa de repente percebe que um lugar ou uma pessoa se torna completamente incomum para ela, nova, embora haja conhecimento de que ela é familiar. Assim informação simples completamente apagado na minha cabeça.

teorias

Todo mundo tem suas próprias explicações, alguém é de opinião que viu o que estava acontecendo em um sonho, tendo assim o dom da previsão. Aqueles que acreditam na transmigração de almas afirmam que exatamente os mesmos eventos ocorreram em uma vida passada. Alguém extrai conhecimento do Cosmos... Vamos tentar descobrir quais teorias os cientistas nos oferecem:

1. Falha no cérebro

A teoria mais básica é que há simplesmente um mau funcionamento no hipocampo, que causa tais visões. Essa é a parte do cérebro responsável por encontrar analogias em nossa memória. Contém proteínas que desempenham a função de reconhecimento de padrões. Como funciona? Nossas convoluções criam antecipadamente algo como um “molde” do rosto ou ambiente de uma pessoa, e quando conhecemos alguém, nos encontramos, esses “moldes” surgem neste mesmo hipocampo, como uma informação recém-recebida. E então começamos a “quebra-cabeças” onde poderíamos vê-lo e como saber, às vezes dotando-nos de habilidades de grandes adivinhos, sentindo-nos como Vanga ou Nostradamus.

Descobrimos isso através de experimentos. Cientistas dos EUA no Colorado ofereceram fotografias para testar assuntos pessoas famosas profissões diferentes, bem como atrações que são familiares para muitos. Os sujeitos tinham que dizer os nomes de cada pessoa na foto e os nomes dos lugares sugeridos. Nesse momento, foram medidos atividade cerebral, que determinava que o hipocampo estava ativo mesmo naqueles momentos em que a pessoa não tinha noção da imagem. No final do estudo, essas pessoas explicaram o que aconteceu com elas quando simplesmente não sabiam o que responder - associações com a imagem da foto surgiram em suas mentes. Portanto, o hipocampo começou a atividade violenta, criando a ilusão de que já o tinham visto em algum lugar.

2. Memória falsa

Há mais um hipótese interessante sobre por que o déjà vu ocorre. Lembre-se, recentemente estudamos os tipos de memória com você? Se não, então releia o artigo também. Assim, verifica-se que nem sempre é possível confiar nela, pois existe um fenômeno chamado falsa memória. Ou seja, se ocorrer uma falha na região temporal da cabeça, informações e eventos desconhecidos começam a ser percebidos como já familiares. O pico de atividade de tal processo é a idade de 15 a 18 anos, bem como de 35 a 40.

As razões são diferentes, por exemplo, adolescênciaé muito difícil, a falta de experiência afeta a percepção do mundo circundante, ao qual eles geralmente reagem de maneira acentuada e dramática, com emoções muito intensas que às vezes “derrubam” a estabilidade sob seus pés. E para tornar mais fácil para um adolescente lidar com essa condição, o cérebro, com a ajuda de uma falsa memória, recria a experiência perdida na forma de déjà vu. Então fica mais fácil neste mundo quando pelo menos algo é mais ou menos familiar.

Mas em uma idade mais avançada, as pessoas vivem uma crise de meia-idade, sentindo-se nostálgicas sobre os tempos "jovens", sentindo uma sensação de arrependimento por não ter tido tempo para fazer algo, embora as expectativas fossem ambições muito altas. Por exemplo, aos 20 anos, parecia que aos 30 eles definitivamente ganhariam dinheiro para sua casa e carro pessoais, mas aos 35 eles percebem que não apenas não atingiram a meta, mas praticamente não chegaram perto para ele, porque a realidade acabou por ser completamente diferente. Por que a tensão aumenta e a psique, para lidar, “apela” por ajuda, e então o corpo ativa o hipocampo.

3. Do ponto de vista da medicina

Os médicos são de opinião que distúrbio mental. No decorrer da pesquisa, descobriu-se que o efeito déjà vu ocorre principalmente em pessoas com vários defeitos de memória. Portanto, deve-se considerar cuidadosamente o fato de que os ataques de insight muitas vezes não se faziam sentir, pois isso indica que a condição está se deteriorando e pode evoluir para alucinações prolongadas.

4. Esquecimento

A próxima versão é que simplesmente esquecemos tanto algo que em algum momento o cérebro “ressuscita” essa informação, combinando-a com a realidade, e então há a sensação de que algo assim já aconteceu em algum lugar. Tal substituição pode ocorrer em pessoas muito curiosas e curiosas. Porque depois de ler Grande quantidade livros e possuir uma grande quantidade de informações, tal pessoa, por exemplo, entrando em uma cidade desconhecida, chega à conclusão de que em uma vida passada, aparentemente, ela morou aqui, porque há tantas ruas familiares e é tão fácil para navegá-los. Embora, de fato, o cérebro reproduzisse momentos de filmes sobre esta cidade, fatos, letras de músicas e assim por diante.

5. Subconsciente

6. Holograma

Os cientistas modernos também estão “intrigando” sobre como explicar esse fenômeno e criaram uma versão holográfica. Ou seja, pedaços de um holograma do tempo presente coincidem com pedaços de um holograma completamente diferente que ocorreu há muito tempo, e tais camadas criam um efeito déjà vu.

7.Hipocampo

Outra versão associada a disfunções no giro do cérebro - o hipocampo. Se funcionar normalmente, uma pessoa é capaz de reconhecer e distinguir o passado do presente e do futuro e vice-versa. Encontrar a diferença entre apenas a experiência adquirida e a já aprendida há muito tempo. Mas algum tipo de doença, até estresse severo ou depressão prolongada capaz de interromper a atividade desse giro, então ele, como um computador que “travou”, trabalha várias vezes no mesmo evento.

8. Epilepsia

Pessoas com epilepsia são propensas a experimentar esse efeito com frequência. Em 97% dos casos, eles o encontram cerca de uma vez por semana, mas pelo menos uma vez por mês.

Conclusão

E por hoje é só, queridos leitores! Quero observar que nenhuma das versões acima ainda foi oficialmente reconhecida. Além disso, há uma parcela considerável de pessoas que nunca viveram assim na vida. Portanto, a questão ainda está em aberto. Assine as atualizações do blog para não perder o lançamento de novas notícias sobre o tema do autodesenvolvimento. Tchau tchau.

Na maioria das vezes, um sentimento fugaz de reconhecimento do desconhecido - déjà vu - ocorre em situações cotidianas. Você está sentado com amigos em um café e, de repente, há a sensação de que já esteve aqui: com as mesmas pessoas, no mesmo interior ... Você reconhece essa cena nos mínimos detalhes e parece que pode até prever eventos alguns momentos à frente.

Deja vu acontece tanto em um país estrangeiro, onde chegamos pela primeira vez, quanto durante um encontro com estranhos - não temos um passado comum, mas sentimos claramente que essa pessoa, lugar, evento já esteve em nossa vida ( embora não consigamos lembrar quando, em que circunstâncias). Surpresa, curiosidade, ansiedade se misturam a essa sensação incrível. Há uma antecipação de um milagre, uma ilusão de clarividência, que permite, enganando o tempo, ver o futuro ou reviver o passado. E depois de alguns segundos, tudo desaparece: o passado se torna conhecido novamente, o presente se torna novo e o futuro, como sempre, é desconhecido.

encanto mágico

A sensação fugaz de déjà vu que a maioria de nós experimentou pelo menos uma vez em nossas vidas é difícil de esquecer. Ele levanta muitas questões sobre a percepção do tempo e do espaço, sobre as características de nossa memória, consciência e inconsciente. E embora o nome do fenômeno (do francês déjà-vu - “já visto”) tenha surgido apenas no século 19, ele interessa à humanidade desde os tempos antigos.

Filósofos - platônicos e pitagóricos - a consideravam "uma memória de uma vida passada", os estóicos viam nela "uma eterna repetição da mesma coisa". Aristóteles tentou encontrar uma explicação racional para esse fenômeno, sugerindo que sua causa é uma desordem da psique humana. No entanto, o déjà vu continuou a manter seu charme mágico.

Segundo a revista New Scientist, cerca de 90% dos homens e mulheres afirmam estar familiarizados com o efeito do déjà vu, e alguns dizem que esse sentimento os visita regularmente, com mais frequência quando estão cansados, irritados ou estressados. As crianças experimentam o déjà vu pela primeira vez aos oito ou nove anos: para que essa experiência surja, é necessário um certo nível de desenvolvimento da consciência. Aqueles que têm uma predisposição genética para doenças associadas a uma violação da percepção sensorial (esquizofrenia, epilepsia) são mais propensos ao déjà vu.

Artistas, escritores e poetas não ficaram indiferentes a esta misteriosa experiência. “Não se gabe, tempo, poder sobre mim. Essas pirâmides que você ergueu novamente não brilham com novidade”, exclamou Shakespeare, considerando a vida moderna apenas um “ressurgimento da antiguidade” (Soneto nº 123 traduzido por S. Marshak).

No século XIX, o déjà vu é mencionado mais de uma vez nas obras literárias de Dickens, Chateau Briand, Baudelaire e depois Proust, segundo os quais essa "visão cintilante e indistinguível" parecia dizer: "Pegue-me no ar se você tenha força, e tente resolver o enigma da felicidade que lhe ofereço. A sensação de mistério se deve ao fato de que no momento do déjà vu temos perguntas “eternas”. Talvez, em geral, o que tomamos para o presente seja algo que já vimos uma vez, de uma forma diferente, em uma vida diferente - diferente e ao mesmo tempo nossa?

Memórias Proibidas

O fundador da psicanálise, Sigmund Freud, tentou resolver (e desmascarar) esse “mistério da felicidade”: ele disse que a sensação de déjà vu é um vestígio de uma memória reprimida (esquecida) de uma experiência traumática emocional muito forte ou desejo que é inaceitável para o nosso Superego.

No livro Psychopathology of Everyday Life, ele fala sobre uma menina que veio pela primeira vez à aldeia para visitar seus amigos da escola. “Indo visitá-la, ela sabia que essas meninas tinham um irmão gravemente doente”, escreve Freud. - Entrando no jardim, e depois na casa, ela sentiu como se já tivesse estado aqui antes - ela reconheceu este lugar. Naquele momento, ela esqueceu completamente que seu próprio irmão havia se recuperado recentemente de uma doença grave, e que ela experimentou uma alegria inexplicável, percebendo que poderia continuar sendo a única criança da família.

Uma situação semelhante na casa de amigos por um momento "reviveu" essa experiência reprimida. Mas, em vez de se lembrar, escreve Freud, "ela transferiu a 'lembrança' para o jardim e a casa, e parecia-lhe que já tinha visto tudo". “Minhas próprias experiências de déjà vu posso explicar de maneira semelhante”, acrescenta Freud, “pela ressurreição de um desejo inconsciente de melhorar minha situação”.

Em outras palavras, o déjà vu é um lembrete de nossas fantasias secretas, um sinal de que estamos em contato com algo desejável e ao mesmo tempo proibido. Não é à toa que Freud, em seus primeiros trabalhos, associou o déjà vu às lembranças do ventre materno - o único lugar sobre o qual todos podem dizer com confiança: "Já estive lá!" Talvez seja exatamente esse o motivo do encanto excitante do déjà vu?

Segundo Freud, o déjà vu está associado à memória do útero da mãe, sobre a qual todos podem dizer com confiança: "Já estive lá!"

O aluno de Freud, o psicanalista húngaro Sandor Ferenczi, acreditava que também poderíamos falar sobre nossos sonhos: algo que está acontecendo no momento nos lembra associativamente essas histórias esquecidas. O criador da psicoterapia analítica, Carl Gustav Jung, também não ignorou esse fenômeno.

Ele relembrou a sensação que experimentou enquanto viajava pelo Quênia: “Na saliência de uma rocha, vi a figura de um homem apoiado em uma lança. Essa imagem de um mundo completamente alienígena, ao que parece, me fascinou: experimentei um estado de déjà vu. Uma vez que eu estava aqui, eu conhecia bem esta vida! Em um instante, foi como se eu voltasse à minha juventude firmemente esquecida: sim, este homem está esperando por mim aqui há dois mil anos. Ele explicou essa experiência pela influência do inconsciente coletivo - uma espécie de memória ancestral, que, em sua opinião, cada um de nós possui.

Deja vu é como um sonho que, assim que acordamos, se esvai, deixando apenas vagas lembranças. Como em Olhos do Cão Azul de Gabriel Garcia Marquez.

“Ela me encarou atentamente, mas eu ainda não conseguia entender onde eu tinha visto essa garota antes. Seu olhar úmido e ansioso brilhou na luz irregular do lampião de querosene, e me lembrei que todas as noites sonho com este quarto e o lampião, e todas as noites encontro aqui uma garota com olhos ansiosos. Sim, sim, é ela que vejo todas as vezes, cruzando a linha instável dos sonhos, a linha da realidade e do sono. Encontrei cigarros e acendi um cigarro, recostando-me na cadeira e me equilibrando nas patas traseiras - fumaça azeda e azeda fluindo em anéis. Ficamos em silêncio. I - balançando em uma cadeira, ela - aquecendo os dedos finos e brancos sobre a tampa de vidro do abajur. Sombras tremeram em suas pálpebras. Pareceu-me que eu deveria dizer alguma coisa, e eu disse ao acaso: “Os olhos de um cachorro azul”, e ela respondeu com tristeza: “Sim. Agora nunca vamos esquecer isso."

Mau funcionamento do cérebro

Uma memória esquecida, um desejo proibido ou uma representação simbólica - graças a essas explicações, o déjà vu não tem mais nada a ver com o dom da previsão ou percepção de uma vida passada. A ciência do século 21 continua a desmascarar essas ilusões. Ela nos trouxe de volta à sugestão de Aristóteles de que o déjà vu nada mais é do que um mau funcionamento do cérebro.

O estudo da epilepsia, cujos ataques são frequentemente precedidos por episódios de déjà vu, permitiu aos neurofisiologistas identificar a causa de tais sensações: trata-se de uma disfunção de curto prazo no trabalho de várias partes do cérebro. “Como resultado, dissociações (destruição de ligações associativas) ocorrem entre novas informações e memórias”, diz Chris Moulin, psicólogo da Universidade de Leeds (Reino Unido). “E reconhecemos instantaneamente um objeto ou situação desconhecida.”

Outra explicação para esse fenômeno: o déjà vu ocorre devido a um mau funcionamento no sistema neural do cérebro causado por fadiga, estresse ou intoxicação. Confuso, nosso cérebro leva novas impressões para as já familiares. Então o déjà vu é definitivamente apenas uma falsa impressão, talvez dotada de significado (como tudo que vem do inconsciente), e os cientistas ainda precisam decifrá-lo até o fim.

Essa impressão, talvez com significado, é como tudo o que vem do nosso inconsciente

Mas mesmo sabendo que não há nada de sobrenatural no déjà vu, você não deve negar a si mesmo o prazer de vivenciar esses momentos. Afinal, por um breve momento eles nos dão a ilusão de que o tempo pode voltar atrás ou, inversamente, pelo menos um milésimo de segundo à frente dele. Todos os sentidos são aguçados quando sentimos que enganamos o tempo. E então voltamos à vida normal novamente. Mas esses momentos são o que você sempre precisa pegar: um pouco de mágica, em dose homeopática.

Deja vu é uma sensação emocionante quando a realidade, o passado e o presente parecem ir além de si mesmos. Esse sentimento surge inesperadamente e nas condições mais comuns. Por exemplo, você está sentado em um café com um grupo de amigos e, de repente, há a sensação de que já viu tudo isso e tudo isso é muito familiar para você nos mínimos detalhes. Mas o déjà vu parece especialmente surpreendente em um país estrangeiro onde nunca estivemos antes, ou quando encontramos uma pessoa que não podíamos ver antes. Uma sensação incrível, que se mistura com uma sensação de algum tipo de misticismo, um milagre, a possibilidade de previsão.

O nome do fenômeno do déjà vu vem do francês déjà-vu - "já visto". E embora esse nome tenha aparecido apenas no século 19, o fenômeno em si ocupa a mente da humanidade desde os tempos antigos. Os filósofos explicaram esse fenômeno de diferentes maneiras. Aristóteles, por exemplo, sugeriu que a causa da sensação de déjà vu é um transtorno mental. Mas este fenômeno tem sido mistificado em todos os tempos.

Segundo a revista New Scientist, cerca de 90% dos homens e mulheres estão familiarizados com o efeito déjà vu, e mais frequentemente essa sensação ocorre em estado de fadiga e estresse. Pela primeira vez, as crianças experimentam esse sentimento aos 8-9 anos, pois é necessário um certo nível de desenvolvimento da psique para sua aparência. O déjà vu é mais provável de ocorrer em pessoas com predisposição genética para distúrbios sensoriais, como esquizofrenia ou epilepsia.

O que é déjà vu e de onde vem Sigmund Freud tentou determinar. Em sua opinião, o déjà vu é um traço de uma forte memória dolorosa reprimida da consciência (ou esquecida). experiência emocional. Como exemplo, Freud citou a seguinte história: uma menina veio visitar seus amigos na aldeia. Ela sabia que seu irmão gravemente doente estava morando com eles. Ao entrar no jardim e depois na casa, teve a sensação de reconhecer o lugar. Mas naquele momento ela esqueceu completamente que seu irmão tinha estado muito doente recentemente, e também que ela sentiu alegria - mas não percebeu isso para si mesma - que seu irmão poderia morrer e ela continuaria sendo a única criança da família. Com seus amigos, ela se deparou com uma situação muito semelhante, que “reviveu” a experiência reprimida de sua consciência. Mas ela não se lembrava da experiência em si, transferindo-a para uma memória imaginária de um jardim e uma casa que ela nunca tinha visto.

Carl Gustav Jung também estudou o fenômeno do déjà vu. Ele descreveu sua experiência própria quando, um dia, viajando pelo Quênia, ele viu a figura de um homem de pé em uma montanha e apoiado em uma lança. “Esta imagem de um mundo completamente alienígena, ao que parece, me fascinou: experimentei um estado de déjà vu. Uma vez que eu estava aqui, eu conhecia bem esta vida! Em um instante, parecia ter voltado à minha juventude firmemente esquecida: sim, este homem está me esperando aqui nos últimos dois mil anos ”, escreveu Jung. Ele explicou esse fenômeno pela existência do inconsciente coletivo, do qual o chamado. memória ancestral, que, segundo Jung, cada pessoa possui.

No século 21, a ciência continuou a desmascarar a noção de déjà vu como uma epifania, e assim por diante. Em sua suposição de um mau funcionamento da psique como a causa do déjà vu, Aristóteles estava certo. Os episódios de déjà vu muitas vezes precedem as crises epilépticas, e o estudo desse fato levou à identificação da causa da sensação de déjà vu: trata-se de uma disfunção de curto prazo no funcionamento de várias partes do cérebro. Devido a essa disfunção, as conexões associativas são destruídas e objetos desconhecidos começam a parecer familiares para uma pessoa. Outra explicação para o fenômeno é que a causa do déjà vu é um mau funcionamento do sistema neural do cérebro, que ocorre devido à fadiga, estresse ou intoxicação. Como resultado, o novo parece familiar ao cérebro.

Acontece que o déjà vu é uma sensação falsa. No entanto, é bem possível que, como tudo o que vem de pessoa inconsciente, tem certo significado. Os cientistas ainda precisam descobrir o que o déjà vu implica.

Daria Lapotko,
jornalista do portal "103.by"